Vida De Casado! escrita por JL Yújó


Capítulo 4
Capítulo IV


Notas iniciais do capítulo

Mais um ai, Pessoas!! ^_^

Boa leitura!!


Xerim!!



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Naruto acordou com o toque de seu despertador. Ao se sentar na cama, estranhou o quarto, mas, logo as lembranças da noite anterior lhe bateram como um trem de carga em alta velocidade. Seus ombros caíram em desanimo. Com uma respiração profunda, se alongou e começou a citar o mantra que disse a si mesmo antes de dormi noite passada.

– Animo, Naruto! Você saiu de casa para se reerguer e começar a pensar um pouco em si mesmo, para variar, para então, e só então, começar a analisar se vale à pena lutar por seu casamento! – depois de perceber o distanciamento dos seus conjugues noite passada, talvez, o divórcio não fosse má idéia no fim das contas. Aparentemente o amor já não existia entre eles, pensou voltando a se deprimir, pois o maior problema era que ainda os amava.

Suspirou e levantou-se. De banho tomado, Naruto vestiu um jeans e um suéter gola alta e manga ¾ vinho, ia preparar algo para comer, mas, lembrou-se que não tinha nada no apartamento, então decidiu parar em algum lugar no caminho da casa Uchiha.

Saiu da garagem do prédio com seu SUV e entrou no trânsito. Depois de um tempo parou em um sinal vermelho, enquanto o esperava abrir, observava os arredores distraidamente, quando viu uma lanchonete com uma placa em cima que dizia Ichiraku Rámem, sua boca salivou. Há quanto tempo não comia um rámem?

Desde que me casei!” pensou com um suspiro. Seu marido dizia que não era uma comida saudável e não o queria comendo porcarias. Mas, na opinião do loiro, o que deveriam proibir de vender era o tal do caviar, coisinha horrível! Argh! Tremia só de lembrar quando provou pela primeira, e última, vez.



***flash back on***


“Que festa mais chata!” Naruto resmungou pela milésima vez em pensamento, enquanto seu sorriso continuava aparafusado no lugar.

Era uma festa beneficente, para arrecadar fundos para uma das Fundações Uchiha que ajudava crianças doentes. Toda a alta sociedade de Konoha estava aqui. Mesmo uma família em particular que não o reconheceu porque havia mudado seu sobrenome, de Uzumaki para Uchiha.

Humpf! Seus sogros também... todos eles! Embora ele gostasse mais de Kizashi Haruno, Inoshi Yamanaka e Mikoto Uchiha, pois seus respectivos pares eram uma verdadeira dor na bunda!

Ele estava casado há quatro meses, no inicio foi difícil, para quem não seria? Casar com três pessoas ao mesmo tempo, realmente, um indivíduo deve ser muito louco ou muito apaixonado... mas, no final é a mesma coisa! Refletiu com uma risadinha interna.

Na hora ia passando um garçom com uma bandeja cheia com alguns aperitivos que o lorinho nunca vira antes, deu de ombros e pegou dois, estava morrendo de fome e estava louco para tirar aquela coleira, que chamam educadamente de gravata.

Como ele estava sozinho em um canto afastado do salão, resolveu colocar um dos dois aperitivos todo na boca, isso depois de encará-lo por um instante e se perguntar o que eram aquelas coisinhas pretas em cima da massa. Realmente não importava, só queria amenizar um pouco a sua fome. Quando seu paladar fez contato com o sabor, seus olhinhos azuis se encheram de lágrimas e procurou uma saída com urgência. Quando viu a porta que dava para a varanda, não pensou duas vezes, se esquivou até ela e saiu para o ar fresco da noite. Mas, nem apreciou isso, correu até a barra da sacada, viu que não tinha ninguém em baixo e cuspiu aquela coisa asquerosa. Só então percebeu que ainda segurava o segundo petisco na mão e o arremessou longe com um estremecimento, mantendo a mão longe do corpo como se ela estivesse contaminada.


***flash back off***



Saiu de seus devaneios ao ouvir uma buzina impaciente atrás de si. Só então percebeu o sinal aberto, gritou um “sinto muito” e lançou um sorriso gentio ao motorista de trás que, primeiro ficou surpreso, depois retribuiu o sorriso e gritou um “não foi nada” encabulado. O loirinho seguiu na via e mais a frente fez um retorno para poder chegar até a lanchonete que vira anteriormente. Hoje iria tirar a barriga da miséria!

Naruto estacionou o carro em frente à grande casa Uchiha e desceu. Foi até a porta do passageiro de trás, abriu e pegou as sacolas que continham o rámem do Ichiraku. Ele, depois de comer cinco porções, decidiu comprar uma porção para cada filho. Como era sábado e, olhou o relógio, 11:15h, sabia que os quatro filhos mais velhos já estariam na casa de algum amigo, então, deixaria suas porções com o cozinheiro.

Entrou na casa, e quase caiu quando dois pequenos furacões, um rosa e um loiro, se chocaram contra si. Mas, conseguiu se reequilibrar a tempo, pois já estava acostumado.

– Papai, papai! Onde o senhor estava? Eu pensei que tivesse ido embora para sempre! – Yui disse chorosa, enquanto se abraçava ainda mais ao pai.

– Sim, o senhor nos assustou, papai! – Harumi disse com um bico fofo.

– Venham, temos que conversar! – disse levando as filhas até a sala de estar. Viu Tsuki parado ao pé da escada e fez sinal para que os seguisse. Na sala, o loiro pôs as sacolas em cima da mesa de centro. – Sentem-se... – antes que pudesse continuar a falar, quatro figuras inesperadas invadiram o local e falaram ao mesmo tempo.

– Onde estava?

– Onde passou a noite?

– Porque está se portando desta forma?

– O senhor irá pedir o divórcio?

– Acalmem-se! – ordenou calmamente. – Sentem-se, irei falar um minuto com o cozinheiro e já volto. – pegou as sacolas e saiu. Após pedir ao cozinheiro que preparasse os rámens, que já estavam pré-cozidos e esquentasse seus acompanhamentos, saiu, deixando claro que era para ser avisado quando estivesse pronto, o que seria em uns 15 minutos. Tempo suficiente para falar com os filhos. Só não esperava que Minato, Ryou, Fugako e Daichi estivessem em casa, isso era uma surpresa.


– E então, papai? – Tsuki perguntou suavemente. Ele já sabia o que tinha acontecido e seja qual fosse à decisão do pai loiro ele aceitaria e apoiaria, se isso fosse fazê-lo feliz... sim, muitos olhavam para ele e viam apenas uma criança, mas, ele era emocionalmente mais maduro do que outros jovens de sua idade. Alguns poderiam pensar que se tornaria um idiota egocêntrico como os irmãos mais velhos, pelo descaso do pai moreno e das mães, mas, diferente deles, ele recebeu e aceitou o amor e carinho ofertado pelo pai loiro e isso o fez ver que não adianta sofrer e emburrar pelo que não tinha, mas, sim, aproveitar ao máximo o que lhe era ofertado de bom grado.

– Bem, respondendo as perguntas de vocês. – disse olhando os filhos mais velhos. – Passei a noite em meu apartamento no centro. E estou fazendo isso, justamente para evitar um divórcio!

– Mas, por quê? – insistiu Minato.

– Seus pais e eu, já não nos entendemos. Precisamos de tempo para pôr nossos sentimentos em ordem e...

– Isso é tudo por culpa daquele seu amigo, não é? O senhor que é dar para ele... – o tapa que Naruto deu no rosto do filho, surpreendeu a todos. O coração de Naruto sangrava, tanto pela tapa quanto pelas palavras ferinas. E o loiro mais novo percebeu isso. – Tou-san, me desc...

– Eu preciso ir! Só vim trazer algo especial para vocês comerem, eu gostava muito quando tinha a idade de vocês, então, pensei que gostariam também.

– Papai...

– Veremos-nos na escola! – disse e saiu rapidamente da casa. Quando chegou ao carro encostou-se nele e chorou. Um tempo depois, respirou fundo, sentindo-se mais seguro para dirigir, entrou, travou o cinto no lugar e saiu do condomínio.


– Está satisfeito agora, Ryou? Todos vocês, estão satisfeitos? – Tsuki perguntou com uma voz fria, o que fez todos os irmãos, mesmo as irmãs, se arrepiarem.

– Eu não tive a intenção de...

– Vocês nunca têm, não é verdade? – disse com um sorriso de escárnio. – Para vocês tudo o que importa são seus próprios umbigos, nunca pararam para pensar em como suas atitudes egoístas poderiam machucar o papai! Sempre que ele tentava agradar qualquer um de vocês e era repelido, ele estampava um sorriso de “tudo bem”, mas, no fundo seu coração sangrava! Mas, vocês percebiam isso? É claro que não, afinal, ele sempre estaria ali para vocês, não é? – seu sorriso era debochado. – Surpresa, babacas! – disse abrindo os braços. – Pois, ele não estará! E querem saber da pior parte, para aqueles que nem carregam o DNA de Naruto Uzumaki? É que se ele se divorciar e casar com outra pessoa e juntos decidirem formar uma nova família, vocês estão ferrados! – disse vitorioso.

– Você também está nesse barco! – Daichi disse, mas, era notório o medo em seu tom, pois era perceptível quem era seu genitor.

– Não, eu não estou! Yui, Harumi e eu NUNCA rejeitamos o papai Naruto. Se ele decidir formar uma nova família, nós três iremos junto! – disse simplesmente. Viu o olhar de desespero dos mais velhos, e nem ligou, foram eles quem se meteram nessa saia justa, então, eles que saiam dela. Mesmo sabendo que seu pai nunca abandonaria nenhum deles, era bom vê-los penar um pouco com a possibilidade. – Vamos meninas, papai disse que nos trouxe algo para comer. – e saiu sendo seguido das irmãs.

Quando o cozinheiro estava servindo os pratos de rámem os outros quatro se juntaram a eles. Na primeira prova, os sete arregalaram os olhos, estava uma delicia.

– Eu quero o papai de volta! – Yui choramingava entre um bocado e outro de rámem. E não era a única.



Naruto passou o resto da manhã deprimido em seu apartamento, pelas palavras cruéis do filho. Por volta da uma da tarde decidiu ligar para o Gaara e ver se ele queria sair um pouco. Depois de marcarem de se encontrar no shopping, o loiro tomou um bom e relaxante banho quente. Vestiu um jeans preto meio desbotado, mas, que era seu preferido e uma camisa de algodão preta com detalhes em laranja. A partir de hoje voltaria a ser o velho Naruto!

Depois de algumas horas de compras e muita risada, os dois amigos estavam sentados numa mesa da praça de alimentação saboreando seus hambúrgueres. Gaara disse ao loiro que Kurama se inscreveu no time de esgrima da escola e que por isso não pudera vir, pois o time treinava aos sábados também. Sempre que falava do filho, ficava evidente o orgulho e amor do ruivo. Naruto queria que seus conjugues fossem assim, em relação aos filhos. Suspirou cansado e largou o lanche pela metade, fazendo o ruivo franzir o cenho.


– Você vai me falar o que está acontecendo? – e o loiro fez. Contou o que aconteceu desde que o amigo sairá, na noite do jantar, até as palavras ásperas do filho esta manhã. – E o que você pretende fazer?

– Eu não sei! – suspirou escondendo o rosto nas mãos. Por um momento nenhum dos dois disse nada.

– Naruto? – ouviram uma voz suave chamando. Quando Naruto se virou deu de cara com o amigo, que também é professor.

– Oh, olá Dei-kun! – o cumprimentou com um sorriso, fraco, porém, sincero.

– Você está bem? Eu estava passando e o notei tão deprimido! – falou preocupado com o amigo. Mas, em momento algum ergueu o olhar para o ruivo, embora sentisse o olhar dele sobre si, e só com isso, sentia o rosto corar.

– Eu finalmente tomei coragem e sai de casa, Deidara! Mas, agora não sei o que fazer! – disse com uma voz perdida e chorosa.




Deidara era loiro, também, embora, seus cabelos fossem mais compridos, chegando ao meio das costas e estavam presos em uma trança folgada, e seus olhos eram da mesma cor de nuvens de tempestades, cinzas. Ele era um pouco mais alto que Naruto.



– Ficará tudo bem Naru-chan, você verá! – disse com um sorriso gentil. – Você está em seu apartamento?

– Sim! – disse se sentindo um pouco melhor por mudar de assunto.

– Como você sabe do apartamento dele? – Gaara perguntou com o cenho franzido e certo toque de ciúmes na voz, embora, não foi, exatamente, pelo amigo de longa data, como ele pensou no inicio.

– Porque fui eu quem mostrou o apartamento a ele quando ficou à venda há cinco anos! – explicou sem entender o motivo da brusquidão do ruivo.

– Deidara mora no mesmo prédio em que comprei o meu apartamento! – Naruto concluiu pelo outro loiro, enquanto tentava segurar o riso. Tava na cara que o amigo ruivo estava interessado no Dei-kun. Uma idéia brilhou em sua cabeça. Sua vida amorosa pode ser um desastre, mas, isso não significa que não poderia fazer alguma coisa para ajudar à dos amigos. – O que você veio fazer aqui, no shopping, Dei-kun?

– Oh, eu vim comprar algumas coisas para a aula de amanhã! – disse com um sorriso animado. Era sempre assim quando falava de sua preciosa química.

– Nada explosivo, espero! – Naruto disse estreitando os olhos. Deidara corou.

– Aquilo foi um acidente! Eu nunca pensei que quando eu dissesse “Despejem com cuidado as misturas” seu filho Minato iria agir como um bruto e despejar tudo de uma vez! – disse batendo o pé, soltando um bufo.

– Meu bebê não tem culpa se você colocou material perigoso para ser trabalhado numa aula cotidiana! – Naruto defendeu o filho.

– Posso perguntar o que aconteceu? – Gaara indagou confuso.

– No ano passado, eu levei material para os alunos fazerem um vulcão. Só que o material utilizado seria o que estávamos aprendendo em sala de aula. E alguns eram um pouco... como posso dizer...

– Explosivos! – Naruto bufou, cruzando os braços e fazendo um bico.

– Certo, explosivos! – concordou e corou quando o ruivo ergueu uma sobrancelha surpreso. – Eu já havia usado os mesmos materiais antes, com outras turmas. Tudo estava correndo bem com aquela também, mas, eu não contava com um pequeno detalhe.

– Qual? – Gaara perguntou franzindo o cenho. Deidara percebeu que ele fazia muito isso, e também ria muito.

– Minato Uchiha! Mesmo falando para manipular os líquidos com cuidado, o garoto parecia ter um tampão no ouvido. Quando me dei conta o produto estava tendo uma reação, só deu tempo de tirar todos da sala e esta explodir! – disse lançando um olhar enviesado ao loiro menor. Que corou um pouco.

– Certo, certo! Mas, e então, você acabou ou não de fazer suas compras?

– Para ser sincero, falta apenas uma coisa, mas, depois de eu comprar já estaria voltando, porque?

– E depois? – queria ter certeza que o amigo não teria uma desculpa para dar.

– Depois nada. Eu estava pensando em ler um livro. Correndo o risco de tornar-me repetitivo... Por quê?

– O Gaara ainda tem uma hora e meia, antes de ir buscar o filho na aula de esgrima, então nós três poderíamos ir para o meu apartamento e curtir um pouco de música. E também hoje eu encontrei uma lanchonete que serve uma comida deliciosa e entrega em casa, vocês irão amar!

– Sab-sabe Naruto, a-acabei de me lembrar qu-que t-tenho...hum...roupa para lavar, é isso! Nossa como sou esquecido! – disse dando o maior sorriso amarelo.

– Tem nada! Eu vi você indo à lavanderia do prédio, antes de eu sair de manhã! – desmentiu o amigo na maior cara de pau. O loiro maior corou até a ponta da orelha e fuzilou o menor com um olhar.

– Então está resolvido! Iremos acompanhá-lo para comprar o último item de sua lista e seguiremos para o apartamento do Naruto! – Gaara disse num tom definitivo.

– Muito bem! – Naruto disse. Levantando-se animado, enquanto Deidara corava profundamente e assentia com a cabeça.


Depois de jogarem os restos do lanche no lixo, os três foram em busca do material que faltava. Quinze minutos depois, estavam a caminho do apartamento. Naruto no próprio carro, já Deidara ia de carona com o Gaara, uma vez que o loiro maior tinha ido de táxi ao shopping.

– Não reparem na bagunça! – Naruto disse depois de abrir a porta do apartamento, entrando e deixando-a aberta para os amigos entrarem. Foi direto ao telefone fazer o pedido de suas comidas.

– Cara, que pressa toda é essa? Dá ultima vez que ti vi assim foi para comer rámem! – disse rindo, mas, parou quando viu os olhinhos do amigo brilhando. – Onde você achou alguém que faz uma porção descente? – perguntou, com os olhos arregalados e a boca salivando.

Assim como Naruto, não comia rámem desde a adolescência. No seu caso foi porque, no inicio lhe lembrava do loirinho, logo depois se mudou de Suna e no País da Terra não encontrou ninguém que fizesse esse prato de modo decente. Então, parou de comer, mas, se o loiro aprovava significava apenas uma coisa... sua abstinência de rámem acabava hoje!

– A duas quadras daqui! – disse e voltou sua atenção ao telefone, fazendo seu pedido.

– Devo supor que vocês gostam de rámem? – Deidara perguntou segurando o riso depois de ver as expressões dos outros dois ao falar da comida.

– Pode apostar seu lindo corpinho nisso! – Gaara disse num tom rouco provocador. E viu fascinado o loiro corar lindamente.

– A comida chegará em vinte minutos! – Naruto disse com um sorriso enorme, que só aumentou ao notar as expressões dos amigos. – Fiquem à vontade, vou colocar essas coisas no quarto, tomar uma ducha rápida e já volto! – disse, mas, antes de sair, pegou o controle do som, que estava ao lado do telefone, e colocou uma música suave para tocar. Foi para o quarto cantarolando, sem nem olhar para trás.

– Mas, o que... – Deidara murmurou e corou mais ainda, olhando fulminante as costas do amigo loiro.

– Essa música é excelente para dançar! – Gaara sussurrou próximo ao seu ouvido. Como ele chegara tão perto, sem ser percebido? – Dance comigo, Dei-chan! – disse já o virando para si. O loiro era uns quinze centímetros mais baixos, o que era perfeito para si, pois quando for beijá-lo não precisará se abaixar muito, apenas uma leve inclinada de cabeça. E...ele o beijaria.


A música já estava dando os seus acordes finais, mas, Deidara não queria se afastar daquele corpo másculo e daquele cheiro que lhe lembrava uma brisa fresca e algo tão... Gaara. E pelo jeito que o ruivo estava lhe apertando, seu desejo também era continuar ali. E assim fizeram, a próxima música teve inicio, seu ritmo, mesmo continuando romântica, era mais agitada, entretanto, o casal continuou no mesmo embalo suave. Até o loiro erguer a cabeça e fitar profundamente os olhos do ruivo. Por um momento os cinzas se perderam nos verdes, então, Gaara, não suportando mais o desejo, desceu sua boca até a do loiro e tomou seus lábios com volúpia.

Era um beijo que não permitia outra coisa, a não ser redenção total. E, em um gemido de prazer, Deidara se rendeu. O ruivo andou calmamente para trás, até suas pernas baterem no sofá e ele cair sentado, puxando o loiro para o seu colo. Separaram-se ofegantes, encostando uma testa na outra.

Gaara olhava fascinado a expressão sensual que o loirinho tinha com os lábios inchados pelos beijos e os olhos fechados. Mas, ele queria ver aqueles belos olhos cheios de desejos, olhando para si.


– Olhe para mim, anjo! – ordenou suavemente. Seu coração acelerou quando os viu abrir lentamente. E sorriu, recebendo um sorriso tímido de volta. – Você é tão lindo! – voltou a possuir aqueles lábios doces, explorando os mistérios daquela boca adorável. Suas línguas duelavam, para logo Gaara tomar o controle do beijo de volta. Ambos estavam tão excitados...



Ding-dong...dig-dong




Naruto saiu do quarto enxugando o cabelo com uma toalha e vestindo apenas uma calça de moletom e uma camiseta. Abriu um sorriso quando viu os amigos se pegando no sofá. Eles nem notaram a campainha. Abriu a porta, pegou as sacolas, pagou o rapaz da entrega, dando-lhe uma generosa gorjeta.

Passou perto do sofá e pigarreou. Ambos os amigos se afastaram do beijo ofegantes, embora continuassem na mesma posição. O loiro no colo do ruivo.



– A comida chegou! – disse balançando as sacolas.



Deidara viu os olhos verdes claros do ruivo brilharem e não pôde conter uma risada. Este o olhou inquisidor.



– Posso saber qual a graça?

– Vocês! Tanta empolgação por comida?

– Comida?! – disseram os dois indignados. Surpreendendo o loiro maior.

– E não é? – disse franzindo o cenho. Os outros dois se entreolharam, para logo voltarem o olhar ao loiro.

– Diga-nos você! – disse Naruto e se encaminhou até a mesa da cozinha. O apartamento não era grande. Dois quartos, um banheiro, uma sala e uma cozinha, divididas por um balcão. Mas, era seu. Pegou três tigelas, colocou os rámens e seus acompanhamentos, ofereceu um ao amigo loiro, juntamente com um par de hashi.

– Prove! – incentivou Gaara. Deidara revirou os olhos, para quê tanto drama? Era só macarrão, porco e algum tempero! Pegou as coisas oferecidas e provou. Arregalou os olhos.

– Ai Kami-sama! Morri e fui pro céu! – disse gemendo. Continuou comendo e gemendo, alheio ao sorriso vitorioso do amigo loiro e ao olhar de luxuria do ruivo.

– Continue gemendo assim que eu te tomarei aqui mesmo na cozinha do Naruto! – Gaara disse com uma voz rouca, sem se importar se o amigo ouvia.



Deidara se engasgou com a porção que havia posto na boca, ao ouvir as palavras do ruivo. Naruto o socorreu, dando umas batidas em suas costas. Quando se recuperou encarou o olhar preocupado de Gaara.

– Você está bem, anjo?

– Você não diz estas coisas para alguém que está comendo ou bebendo algo, Gaara! – o repreendeu corando.

– A culpa foi sua! – se defendeu.

– Minha?! – disse arregalando os olhos. Naruto só os olhava, como em um jogo de ping pong, aonde a bolinha ia e vinha.

– Sim! Você fica aí gemendo todo sex e não quer que eu fique duro assistindo?

– E-eu n-não estava g-gemendo! – gaguejou constrangido.

– Eu tenho que concordar com o Gaara, Dei-kun! Você estava gemendo tanto que eu pensei que você iria gozar a qualquer momento! – disse com um sorriso safado.

– Sim, mas, esses gemidos são exclusivos para os rámens e para mim, Naruto! – Gaara disse, enquanto passava um braço de forma possessiva pela cintura de Deidara, que o olhou maravilhado. E sem pensar sussurrou.

– Sim! – Gaara o olhou e não resistiu, apossou-se daquela boca pecaminosa.

– Tudo bem, eu já entendi! O Dei-kun pertence a você Gaara, será que podemos comer agora?


Os três acabaram rindo das brincadeiras do Naruto, quando perceberam já era hora do ruivo ir buscar o filho no treino de esgrima. Depois de combinar de jantar com o loiro maior na quarta e se despedir do loiro menor, saiu.


– Esta tarde foi realmente agradável! – Naruto disse se deitando confortavelmente no sofá.

– Foi maravilhosa! – Deidara disse sonhador, deitando no outro.

– Você está caidinho pelo Gaara! – provocou.

– Ele é simplesmente... tudo! – disse com um suspiro romântico. Naruto riu, um pouco entristecido.

– Gostaria de poder voltar no tempo em que Sasuke e eu éramos assim também! Ou quando apenas com um beijo, Ino e eu já estávamos transando no escritório dela! E a Sakura? Nossa, teve uma vez em que transamos em um dos banheiros do hospital! Mas, todas essas vezes se empalideciam quando éramos todos os quatro juntos! – disse com um olhar distante, recordando o passado. Um sorriso saudoso adornou seus lábios.

– Então porque você não trás o passado para o presente? – Deidara disse, fazendo o amigo lhe encarar. Como se o mesmo pensamento brotasse em ambas as mentes, um sorriso safado e um brilho de determinação apareceram em ambas às faces.

– Farei isso, ttebayo! – disse pulando do sofá.

– Que os jogos comecem! – disse o loiro maior batendo as mãos em empolgação. Estava torcendo pelo amigo, ele merecia ser feliz. Se depois de tudo o que fosse feito os outros três não se tocassem, ele mesmo trancaria eles em uma sala com as misturas para fazer um vulcão e o jovem Minato Uchiha... “Seria um estouro!” riu internamente.


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Notas finais do capítulo

Que os jogos comessem!!!!


Os dados vão começar a rolar e agora?? *_*


Na próxima, Pessoas, prometo...rsrsrsrssr!! ^_^


Xerim!!



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