The Snape's Daughter. escrita por Anne Black


Capítulo 13
Capítulo 12. - Preocupações.


Notas iniciais do capítulo

Eu não gostei muito desse capítulo, de verdade, gastei um boooom tempo escrevendo ele (apagando e escrevendo de novo), mas por fim acabei não gostando.
Mas espero que vocês gostem.
Desculpa MESMO se ficou muito ruim. ):



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POV Anne

No domingo após o almoço estudei com Hermione e pela noite me aventurei com Gina pelo castelo. Na segunda de manhã acordei atrasada e por esse motivo nem tomei café, corri com Gina para nossas aulas.

A semana estava cada vez mais cansativa e, na quinta-feira parecia difícil suportar que ainda teria aula na sexta. Os sonhos e pesadelos com minha mãe tiravam meu sono, eu não tinha mais tempo de falar com meu pai, apenas nas aulas extras, mas ele as levava muito a sério, então... Harry estava cada vez mais ocupado com suas tarefas e com o quadribol, Hermione ajudava Ron e eu, e depois dessa rotina de todos os dias, íamos dormir.

Na quinta, nas duas aulas vagas que eu tive, fui me sentar perto do lago, embaixo da minha macieira preferida. O tempo estava ficando cada vez mais frito e com certeza em duas semanas estaria nevando.

- Ora, ora, ora, se não é a irmãzinha do Potter. – Eu não estava com vontade, não estava com humor e muito menos paciência pra aguentar esse garoto, mesmo porque eu já havia o aguentado enchendo meu saco a semana toda.

- Não estou com humor hoje, Malfoy. Vaza. – Continuei com os olhos no lago e fingindo que Draco Malfoy não existia. Ele bufou várias vezes e então, como sempre, voltou a me encher. O hobby desse idiota é encher meu saco ou o que?

- Ah, o que aconteceu com você, Evans? Pensando muito na mamãe? – Eu juro que tentei respirar fundo e me acalmar, mas, droga! Ele havia feito isso a semana toda.

- Cale a boca, Malfoy! – Apontei minha varinha para sua barriga e murmurei um Petrificus Totallus, Draco caiu no chão com um baque surdo, seus olhos acinzentados giravam nas órbitas e transpassavam toda sua raiva. – Idiota. – Disse enquanto passava por ele. Pouco me importava quanto tempo ele ficaria daquele jeito, se ele contaria para alguém e eu tomasse uma detenção, ele mereceu.

Minha última aula do dia foi Runas Antigas, depois dela teria duas horas até o jantar, por isso decidi subir para o Salão Comunal, iria tentar descansar um pouco. Assim que cheguei ao Salão Comunal, subi para o meu dormitório.

Minha cama de dossel estava arrumada, a única coisa “fora do lugar” era uma carta que repousava em cima do meu travesseiro. Com certeza havia sido minha pequena Ginger que a deixou ali. Que saudades daquela corujinha.

Sentei-me na cama e cruzei as pernas. A carta era de Remo e assim que bati os olhos em seu nome a abri.

“Querida Anne,

Espero que esteja bem e que seus estudos também estejam indo bem. Professora McGonagall mandou cartas para mim sobre seu desempenho, estou realmente orgulhoso. Sirius também, é claro. E estamos com saudades.

Sei que é um pouco cedo, mas você está convidada para o Natal na casa de Sirius. Ele pediu que avisasse, acho que surtaria se eu não o fizesse.

Temos muito o que conversar, porém pessoalmente é melhor. Ah, Sirius pediu para dizer que não pode enviar cartas porque estão intercedendo muitas corujas... Tempos difíceis, você sabe.

Anexado a essa carta está uma foto sua. James que tirou.

Sinto sua falta, digo, sentimos sua falta. Mande um forte abraço a Harry.

Até o Natal.

Remus Lupin, seu padrinho.”

E, realmente, junto com a carta estava uma foto que se mexia. Eu era uma bebezinha tão linda! Bochechas gordinhas e cabelo bem preto. Na foto eu era recém-nascida, dormia em alto sono e só mexia as mãozinhas. Mas ah, eu era muito lindinha, por que fui crescer?

Peguei meu tinteiro, pena e um pergaminho e fui em direção ao Salão Comunal para escrever a resposta a Remo. Ao terminar de descer a escada, meus olhos capturaram Harry cercado por Ron e Hermione como sempre, porém os dois tinham um olhar sério e preocupado.

- Aconteceu algo? – Perguntei sentando no braço do sofá e Hermione assentiu, mas óbvio que Harry nego. Eu suspirei e esperei pela resposta, porém não saiu da boca do meu irmão. Menino teimoso.

- Harry brigou com Umbridge. Disse que como iríamos aprender nos Defender com teoria, sendo que há muita prática lá fora, principalmente nos dias de hoje. – Hermione começou a falar e repreendia Harry com o olhar. – Enfim, eles discutiram e Harry pegou detenção... – Hermione puxou a mão do meu irmão e eu abri a boca em choque: Umbrigde havia escrito em sua pele.

- Harry! – Esbravejei. Ah não, essa mulher tava pedindo pra morrer. Que absurdo! Que coisa ridícula! – Vá agora contar para McGonagall, para Dumbledore, até pro meu pai! Conte a alguém, essa monstra não pode ficar impune. – Mas como eu digo, Harry é teimoso.

- Não! Não vou dar esse gostinho a ela. Não vou reclamar. – Rolei os olhos. Posso de idiotice, só porque você é o tal do Escolhido não significa que tenha que ser burro, Harry James Potter. Porém discutir é sempre a pior opção.

Sentei-me corretamente no sofá e comecei a escrever minha resposta para Remo:

“Querido padrinho,

As coisas estão bem, Harry é um pouco teimoso, mas consigo superar isso. Estou tendo discussões constantes com Draco Malfoy... Sinceramente! Além de ser ridículo, consegue tirar minha paciência.

Também ando tendo muitos sonhos (e pesadelos) com a mamãe, mas além disso, está tudo realmente bem, principalmente as aulas. Estou indo melhor do que pensei! Daqui a pouco tenho aula extra de Poções com o papai.

Mas é claro que aceito passar o Natal com vocês! Será ótimo, mesmo porque não tenho mais para onde ir... Porém não é problema.

Eu era realmente uma linda bebê, não entendi porque fiz a besteira de crescer. James gostava tanto de mim assim? Outro dia sonhei com ele também, Harry e ele são idênticos, exceto pelos olhos.

Então nos vemos no Natal? Sinto saudades também.

Até.

Um grande beijo para você e Sirius, se cuidem e tomem cuidado.

Anne.”

Coloquei a carta em um envelope e esperaria até o dia seguinte para mandá-la, afinal teria que ir até o Corujal. Subi mais uma vez para o meu dormitório e peguei minhas coisas, teria minha aula extra de Poções. Aproveitei e guardei a carta no meio de um dos meus livros.

- Ah, queria te dizer que não estamos tendo aula com o Hagrid... Não faço ideia do porquê. – Harry falou quando eu passei por eles no Salão Comunal. A boca do meu estômago pareceu se fechar. Ai meu Deus...

- Será que... Será que algo aconteceu... a ele? – Um nó se formou na minha garganta e Hermione partilhou da mesma sensação que eu, seus olhos a denunciavam. Harry e Ron abaixaram a cabeça, o rosto de repente ficou abatido.

- Eu realmente espero que não. – Assenti e sai para a aula. No corredor trombei com muitos alunos, porque estava realmente distraída pensando em Hagrid, se algo havia acontecido com ele ou não. Aos poucos eu estava realmente sentindo o peso dos tempos difíceis. Só nessa semana no Profeta Diário havia aparecido alguns desaparecimentos, mesmo eles ainda não acreditando em Harry.

Fiz o longo caminho até as masmorras, quando cheguei à conhecida porta do escritório do meu pai. Bati na porta e o famoso “Entre” me recebeu e eu entrei. Lá estava o homem de expressões frias e centradas sentado em sua mesa com algumas Poções separadas.

- Boa noite, senhorita Evans. Sente-se. – Eu dei um leve risinho. Ele era tão engraçado! Uma hora eu era a filhinha maravilhosa, mas de repente era só mais uma aluna. Sentei-me em sua frente. – Hoje vamos estudar Poções realmente simples. – E começou a explicar as três poções que se encontravam em cima da mesa: para cura de furúnculos, poção simples para dormir e poção fecha-corte.

Anotei cada uma de suas explicações e instruções das poções, evidenciando que estariam na minha “prova” com base no primeiro ano. Após anotar tudo, Severo pediu que eu fizesse as três poções. Não eram demoradas, nenhuma delas levava mais de dez minutos para ficarem prontas e eu não tinha dificuldades, então ficaram boas e não demorou para acabar a aula.

- Como está? – Perguntou enquanto eu fazia minhas últimas anotações, acrescentamos uma observação aqui ou ali.

- Bem. Hoje recebi uma carta do meu padrinho, me convidou para passar o Natal com ele e Sirius... – Deixei a frase solta no ar, vai que ele não deixasse né? Melhor assim, pedir a “opinião” do sr. Snape.

- Ah sim, fico feliz. – Falou um pouco ríspido, mas deu seu quase sorriso. Sorri meigamente de volta. – Tome cuidado no que escreve em suas cartas; muitas estão sendo interceptadas, An. – Assenti.

- Nada comprometedor. – Eu iria escrever para Remo sobre o que Umbridge havia feito com Harry, mas achei melhor não já que a sapa velha era protegida do Ministério e não tinha lá uma aura muito boa. Eu desconfiava bastante dela. – Ah papai, Dolores deu tentação para Harry hoje... – Ele rolou os olhos e murmurou algo como “Que novidade” – Mas ela o torturou.

- O que?! – Jurei ver Severo Snape perder o controle, mas ele logo se recompôs.

- Ela escreveu algo na mão dele, na pele... Não dá pra ler, porque bem, a pele de Harry já deu uma leve cicatrizada, mas ficou bem feio. – E aquele olhar demoníaco que eu já havia visto em seus olhos voltou. – Mas ele não quer contar a ninguém. O garoto é bem teimoso. – Bufei.

- Se ele não quer contar, não poderei fazer nada, mas ficarei de olho nessa Dolores, mesmo porque Dumbledore já me pediu isso... – Bocejei, não conseguindo controlar o sono. – Vá dormir, deve estar cansada. – Assenti e peguei meu material, me levantei, dei um beijo e um abraço no papai e fui para mais uma caminha até o Salão Comunal da Grifinória.

- A senha, por favor. – Pediu Mulher Gorda que pela cara, estava bem entendiada.

- Mimbulus mimbletonia. – Falei cansada e o quadro se abriu. O único que ainda estava no Salão Comunal era Harry, ele analisava sua mão.

- Muito feio? – Ouvi sua risada. Encostei-me atrás do sofá e apertei seus ombros, ele relaxou.

- Quero te pedir algo. – Falou hesitante, como se estivesse com medo da resposta. Deixei que prosseguisse. – Não aguento mais pesadelos, de verdade... Dorme comigo hoje a noite? – Eu ri e estendi minha mão para ele. Harry se levantou e me abraçou, encostou seu queixo no topo da minha cabeça.

- É lógico. Só vou guardar minhas coisas e me trocar. – Ele assentiu e subimos juntos. Pelo menos eu poderia entrar no dormitório masculino, senão teríamos que dormir no sofá, o que não seria muito confortável.

Assim o fiz, guardei tudo e coloquei meu pijama de ursinhos, também peguei meu travesseiro. Harry me esperava na frente do dormitório e abriu a porta para que eu entrasse.

- Harry, precisamos conversar... – Sussurrei assim que nos deitamos e ele fechou as cortinas a nossa volta, com certeza não queria que ninguém enchesse nosso saco.

E então eu comecei a interroga-lo por causa daquela maldita dor na cicatriz que tanto eu o ouvi falar.


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Notas finais do capítulo

Obrigada pelos reviews, adoro tudo que vocês escrevem! E ah, não se esqueçam das dúvidas, críticas e sugestões.
Ps: Eu to pensando em escrever um One Shot Drarry, o que acham?