I See The Horizon escrita por Snow


Capítulo 3
New friend


Notas iniciais do capítulo

Bem, mil desculpas pela demora, mas é que eu realmente tinha desistido dessa fic, mas, por causa dos amáveis reviews que recebi, decidi continuar. Espero que gostem!!! Ah, claro, e comentem hein? Quero saber o que estão achando. Boa leitura!



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– Eu acho que elas deveriam entrar novamente na escola ainda esse ano.

– Ah querido, acabos de mudar de casa, de cidade. Faltam só uns 4 meses, não vale a pena.

É imprecionante como adultos tem a capacidade de falar sobre você, como se não estivesse lá. A discussão era se eu e minha irmã deveríamos continuar a escola esse ano. Eu não sei bem se queria mas ir pra escola era com certeza melhor do que ficar em casa, sem fazer nada, apenas invadindo a casa do vizinho para usufruir da sua piscina. Falando nela...

–... Elas estão reclusas, tem que fazer amigos. Não podem continuar escondidas aqui. O que vocês acham meninas? - meu pai parou de comer como se ansioso para a resposta.

Minha irmã sorriu. É claro que ela queria ir a escola. Eu apenas assenti.

– É, pode ser - minha mãe me olhou com cara feia. Tudo bem, eu andava um tanto mal criada - Desculpa, mas... vocês me obrigaram a vir pra cá e eu não consigo me encaixar!

– Só estamos aqui a duas semanas Val - meu pai semicerrou os olhos.

– Eu sei. E to com medo de que isso não mude nunca!

– Filha, você precisa ter paciência, tudo bem? Vou conversar com o seu pai e logos vocês estarão em uma escola e lá você vai se sentir mais confortável - minha mãe se levantou da mesa e se dirigiu a pia para lavar a louça.

Eu me levantei. Precisava pensar no assunto. Se bem que o que eu mais estava fazendo esses dias era pensar! E vai por mim, quando se tem muito tempo para pensar em nada, acaba pesando muita besteira.

– Com licença - fui para o meu quarto, mas cogitei mudar de direção assim que abri as cortinas da janela perto da minha cama, longe da porta. A piscina estava lá. Suas águas sussurando meu nome, me chamando. Estranho como ela parecia mais limpa agora...

Esperei até que os meus pais subissem para o quarto. Eu sairia escondido porque era certeza que não me deixariam sair tão tarde. Eu não podia mesmo sair tão tarde. Desde o primeiro dia que entrei na casa vizinha (não foram muitas vezes. Nao queria levantar suspeitas e nem me sentir uma arrombadora de casas!) procurava não levar muita coisa, somente minha roupa do corpo mesmo. Acho que isso acontecia porque eu tinha medo - ou remorso - de que alguém me visse.

Saí na ponta dos pés, tentando não fazer barulho. Era assustador estar na rua, sozinha aquela hora da noite. Apressei o passo. Estava quase na porta da casa possuidora da piscina mágica quando ouvi um barulho. Parecia de coisas caindo.

Ai meu Deus! Será que tinha alguém arrombando a casa? Tá que eu fazia isso, quer dizer eu invadia, não arrombava, mas eu não tinha más intesões. A menos que usar a piscina de alguém seja considerado uma coisa má intencionada.

DROGA! Partiu um grito de dentro do lugar.

Recuei um passo. Voltaria pra casa como se só estivesse passando por lá por acaso?

– Oi! - uma voz surgiu atrás de mim. Arregalei os olhos. Minha nossa! E agora? - Hey, você pode me ajudar? Eu sei que parece estranho pedir ajuda a uma estranha, mas... - ele parou de repente.

Sem saber o que fazer, me virei para ele. Era um homem alto, de cabelos curtos que a luz fraca da noite parecia um tom castanho bem claro. Ele usava uma camisa que marcava seu peito largo.

Ele se aproximou. Eu recuei novamente - tá tudo bem? Você não vai dizer nada? - ele sorriu sem graça.

– Sim... - agora, olhando mais de perto,percebi que ele tinha lá seus 20 e poucos anos. Era bonito. Bem bonito.

– Ah, a propósito, eu sou o Logan - ele estendeu a mão.

Com receio, mas sem querer parecer indelicada, retruibuí o gesto.

– Valentina - Logan sorriu.

– E então, você se importa em me ajudar? É que eu deixei algumas coisas cairem então...

Alternei os olhos entre ele e a casa e franzia testa. De jeito nenhum entraria naquela casa com um desconhecido, por mais bonito que fosse.

– É, tudo bem,eu entendo - creio que ele percebeu minha cara.

Mesmo sem ser da minha conta, tive que perguntar - Oque você está fazendo aqui? - só depois que saiu que percebi que tava dando uma de intrometida.

– Bem, essa casa é da minha família. Eu preciso ficar uns tempos na cidade por negócios e vou ficar aqui - ele não precisava ter me contado, afinal, ele nem me conhecia, mas não pareceu se importar.

– Certo... desviei os olhos.

– Bem, acho que não vou receber uma ajudinha - ele apontou com o polegar para a casa - então, vou voltar ao trabalho - ele comessou a entrar na casa quendo eu me toquei.

Vinha invadindo aquela casa a quase duas semanas e, de repente, um dos donos da casa aparece e me pede ajuda. Isso era o mínimo que eu poderia fazer.

– Logan - ele se virou - eu te ajudo.

Comessamos recolhendo alguns utensilhos que tinha caído de uma caixa, depois retirando os cacos de vidro que estavam espalhados pelo chão. O tempo todo, fiquei tentada a dar a volta no jardim e fazer o que me levou até lá - me atirar na água geladinha da piscina.

– Você mora por aqui? - ele colocou alguns cacos em um saco.

– Sim. Na casa ao lado, na verdade.

– huuum. E mora sozinha? - não pude deixar de notar as segundas intensões em sua voz. Era a primeira vez que ele me via, e já estava tentando flertar?

– Eu tenho 16 anos! - juntei as sobrancelhas - moro com os meus pais e minha irmãzinha.

Ele sorriu. Nós conversamos um pouco mais, e descobri que ele tinha na verdade 23 anos e já era um grande empresário, junto com o pai. Ele passaria, provavelmente, uns 60 dias na cidade até completar o serviço que o trouxe. Ele era realmente legal.

No outro dia, acodei disposta e pensei em chamar minha mãe para sair.

– oi filha! - ela colocava o café da manhã sobre a mesa.

– Bom dia! Mãe tava pensando, será que nós não podíamos sair? Pra conhecer a cidade.

– Ué, pra onde você quer ir?

– Não sei, tipo, pode ser o shopping.

– Huhum, vamos sim - ela sorriu - mas não podemos voltar muito tarde.

– Tudo bem. Mas por que?

– Por que hoje mais cedo eu saí com o seu pai para comprar comida para o café da manhã e na volta encontramos o Vizinho aqui do lado. Acredita que agora temos vizinhos?

Corei com o pensamento de que eu já sabia. Tinha entrado sorrateiramente em casa ontem quando voltei da minha pequena aventura de invadir casas com piscinas e fiquei revendo minha conversa com o meu mais novo vizinho gato.

– Então, eu e seu pai achamos ele um rapaz muito educado e simpático, e por isso convidamos ele para jantar conosco hoje a noite.

Minha boca se abriu instantaneamente. Como assim? Eu já tinha me sentido estranha em ter ficado sozinha na casa daquele cara ( casa que eu já conhecia) e agora me sentiria estranha por ficar com ele na minha casa.

Eu tinha que me preparar psicologicamente para aquilo. Logan, meu misterioso vizinho rico, cuja casa vinha sendo invadida frequentemente por mim, jantaria com a minha família. Culpa e um pingo de esperança se misturaram no meu peito.


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