Little Spark Of Hope. escrita por Vick Pimentel


Capítulo 2
Capítulo 2


Notas iniciais do capítulo

Então pessoas.. desculpem a demora eu já estava com esse capitulo ziguezagueando pela minha cabecinha faz tempo,ai eu resolvi escrever, mas eu não sei se já aconteceu com vocês de apertar no postar e ter saido da sua conta? E aparecer aquele OPS. É uó mas aconteceu, e eu tive que escrever tudoooo de novo! Sem a mesma inspiração pra melhorar tudo, mas tai, espero que gostem *-*



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São em dias como esse que me sinto completa. Mais viva e menos morta à quinze anos. Annie, Finn, Haymitch -obviamente- e até mesmo Effie chegarão daqui a pouco.

Procuro por uma roupa que seja no minimo confortável e por um espelho. Claro que não para olhar a mim, afinal, para que admirar o meu já conhecido corpo feio ou o que sobrou do bestante do fogo?

Quando acho apoio-o sobre a mesinha de cabeceira da cama, e então observo o pequeno inchaço em minha barriga, alisando-a enquanto pergunto a mim mesma se ela já é perceptível. Peeta diz que sim, e os olhares mais irritantes do que nunca sobre mim, dizem o mesmo. Mas ainda assim não acho que eu esteja pronta para contar, a bem da verdade, por mim, eles só saberiam quando o bebê nascesse...Mas tem Peeta. Como as vezes quero matá-lo.

Abaixo os olhos enquanto acaricio a pequenina elevação em meu ventre e me assusto quando duas grandes mãos sobrepõe-se as minhas.

"Peeta". O som sai mais como um gemido inaudível.

–Você fica ainda mais bonita assim- Sussurra contra o meu ouvido, seus lábios tocam minha orelha e instintivamente estremeço- Ele te deixa mais bonita... O bebe.

Sorrio dando-me ao luxo de acreditar nele dessa vez, mesmo sabendo o quão bom mentiroso Peeta é. Ele observa nossa imagem refletida no espelho; nossos corpos colados; nossas mãos uma sobre a outra acima do meu ventre, como se para ter certeza de que tudo é real, tenho medo de olhar em seus olhos por um momentos e ter de deparar-me com suas pupilas dilatadas. Tenho plena noção de que não suportaria isso agora. Não suportaria vê-lo sofrer. Não agora.

Na verdade, depois de tudo que o vi passar, se coubesse a mim decidir, Peeta não sofreria nunca mais.

–É real- digo a ele- Ele está aqui... Eu estou aqui.

–E nós também estamos!- Anuncia Haymitch do topo da escada, apoiado ao corrimão. Sua expressão o mais desdenhosa possível.

Reviro os olhos e pego a mão de Peeta.

–Vamos. Eles chegaram.

–Antes, eu preciso de uma coisinha.- Seu tom se torna malicioso e sei que estou corada. Anos de casados e é sempre a mesma coisa. Nunca me acostumarei a isso.

Peeta me puxa para si apertando suavemente minha cintura e então me beija com urgência, sinto todo o meu corpo incendiar, em meio a todo calor um frio percorre minha espinha, agarro seus fios loiros puxando-o para mais perto de quando meus hormônios pedem por mais.

–Peeta...- Arfo- Para...

–Só mais um pouquinho- Ele diz entre os beijos, claramente se divertindo com o meu embaraço.

Ele aperta seus lábios contra os meus novamente e preciso empurrá-lo um pouco para poder falar.

–Eles estão esperando.- Forço-me a dizer, mas sei que tudo não passa de um gemido entrecortado.

–E o que isso importa?- Responde Peeta, e no mesmo instante percebo exatamente onde isso vai dar. Minhas bochechas pinicam com o pensamento. Afasto-me bruscamente, ainda assim a tempo de senti-lo reprimir um sorriso contra meu pescoço.

–Vamos embora- Murmuro saindo as pressas do quarto.

Não é difícil presumir a cara de Haymitch quando descemos.

Finn abraça Peeta e os dois somem na cozinha sem ao menos lembrar-se de mim. Talvez eu devesse ficar no minimo chateada, mas já estou acostumada o suficiente para saber lidar com o apego dos dois.

Uma Effie vestida toda e completamente de purpura até a raiz dos cabelos, me olha de cima abaixo e então sobe seu olhar novamente.

–Você esta radiante- Ela solta em tom agudo e carregado do sotaque da capital- Apesar da roupa horrorosa, claro.

–Katniss- Annie cumprimenta vindo me abraçar. Ela ainda não é uma pessoa de muitas palavras.

–E a mim, docinho?- Haymitch se apressa em dizer, claramente se embolando com as palavras- Não me cumprimenta mais?

Rolo os olhos.

–Oh, Haymitch, você mora aqui ao lado, já sou obrigar a te ver bêbado e aguentar esse seu hálito horroroso de aguardente todos os dias. Então, poupe-me da sua falsa cortesia!

Peeta e Finn voltam da cozinha, atravessando a sala com bandejas de comida nas mãos, e com uma graça ensaiada depositam-nas sobre a mesa de jantar, sorrindo abertamente, fazendo-me esquecer como num piscar de olhos, toda a raiva de Haymitch, e me perguntar o que estariam eles falando para voltarem assim tão risonhos.

–Oi, Madrinha- Finn murmura e me abraça sorridente, e quando solta, seu olhar descaradamente sugestivo paira sobre a elevação em minha barriga.

Ele é tão parecido com o pai, penso, já temendo seus comentários tão parecidos com os que Finnick faria se estivesse presente.

–Pensei que tivesse se esquecido de mim.- Respondo tentando parecer alheia aos seus olhares.

–Tio Peeta queria conversar comigo...

–Sei bem o que Peeta queria falar com você.- Dessa vez quem lança um olhar reprovador a Peeta sou eu.

Ele sorri e vem até mim, em pé perto da cadeira em que pretendia me sentar.

–Ah, Katniss... Eu só contei a ele..- Peeta sussurra contra o meu ouvido, seus lábios me fazendo cocegas novamente, quando fala. A cena de poucos instantes atrás volta em minha mente como efeito rebote ao contato dos lábios de Peeta em minha orelha. Fecho os olhos e aperto-os com força, tentando expulsar a lembrança, constrangida.

–Mas eu te disse que não estava preparada...- Digo carrancuda, escondendo meu rosto em seu pescoço, as mãos dele deslizam até a minha cintura e então me pressionam contra o seu corpo.

–Não estava preparada para o que exatamente, docinho?- Pergunta Haymitch.

–Para ficar no mesmo lugar que você por mais de uma hora!- Respondo mal humorada.- Eu estou com fome, se vocês não se importam.

Dito isso aproximo-me da mesa e sento do lado esquerdo de Annie, Finn de seu lado direito, e Peeta logo se acomoda no lugar vago meu lado. Sirvo-me do ensopado de carneiro com ameixas secas sem esperar por ninguém. O prato me traz lembranças que eu preferia esquecer; os jogos, Snow e todas as mortes com ele acarretadas, mas o cozido é algo tão saboroso que nem as lembranças me impedem de deliciá-lo.

–Querida, você esta babando sobre o prato- Comenta Effie como se repreendendo uma criança.

Ouço Annie reprimir um risinho enquanto todos os outros gargalham com gosto. Respiro fundo, pensando no quão horrível seria para Peeta e Graesy Sae se eu resolvesse espetar uma faca, dessa vez não entre, mas bem em cima dos dedos de alguém. Seria injusto estragar a noite que eles vem organizando a dias.

Levo o garfo até a boca e o cheiro do cozido invade minhas narinas, sinto meu estomago embrulhar e se retorcer em resposta, como se aquilo fosse veneno. Um nó se forma em minha garganta e forço-o pescoço abaixo imaginando a cena nojenta que viria a seguir, se eu assim não o fizesse.

Levanto abruptamente da mesa, querendo fugir do cheiro, agora desagradável como nunca antes.

Malditos hormônios!

Peeta segura meu braço e nego com a cabeça.

–Eu estou bem...- Tento não ser grossa.- Eu só... Quero comer outra coisa.

Puxo meu braço com toda a delicadeza que consigo reunir em meio a raiva. Raiva de Haymich e suas perguntas. Effie e seus comentários. Finn e seus risinhos. Peeta e seu cuidado. E principalmente de mim. Eu queria comer cozido.

Como meu prato favorito pode estar me enjoando? Droga.

Alcanço a cozinha sem vomitar pelo caminho. Minha barriga ainda ronca de fome, mas só de pensar em cozido sinto o refluxo voltar. Ótimo. Avisto alguns pães de queijo velhos e e frios, agarro-os como minha ultima esperança, e então pego o tempero de ervas de Grasy Sae sobre a pia.

Quando volto a sala todos já retomaram algum assunto qualquer, mas se calam repentinamente quando ponho tudo sobre a mesa, afastando o prato para longe. Mergulho um frio pão de queijo no molho de ervas e quando levo-o a boca, percebo todos... Até Peeta me olhando como se eu estivesse cometendo uma atrocidade.

–Que coisa horrível!- Berra Effie. Não resisto ao impulso de tampar os ouvidos.

E então para minha infelicidade, é Finn quem responde:

–É coisa de gravida!


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Notas finais do capítulo

Então pessoas, esse capitulo foi bem sem emoção, a verdade é que eu queria postar logo por isso não ficou muito bom... TALVEZ eu poste mais do que cinco capitulos, e SE eu fizer conforme minha inspiração teremos algumas reaparições... Heuheuhue então mereço likes? Reclamações? Sugestões? (adoro sugestões *-*) Reviews??