Little Spark Of Hope. escrita por Vick Pimentel


Capítulo 3
Capítulo 3- Momentos.


Notas iniciais do capítulo

Bom pessoinhas um novo capitulo fresquinho pra voceeeeees *----* Espero que gostem e quem quiser dar uma conferida na minha nova fanfic tah aqui o link>>>>>> http://fanfiction.com.br/historia/426064/Revive/ Nessa fanfic Katniss sofre um acidente, perde o pai e a irmã e fica paraplégica, sendo obrigada a viver com as suas limitações físicas. Ela acaba se mudando no intuito de recomeçar... Conhece Peeta no decorrer da história... E se quiserem saber mais leiam a sinópse, porque eu sou babaca e vou acabar com a história toda, kissesssMusica do capitulo>>> http://www.youtube.com/watch?v=rtOvBOTyX00



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Caminho sem entender o porque e onde estou. Não é o Distrito 12. Uma espécie de vale, uma campina talvez.

Ao longe avisto a menina sentada, colhendo as flores que me deram o nome. As duas tranças loiras caindo pelos ombros quando ela se mexe.

Corro para alcançá-la mas mesmo sob o barulho dos tordos ela ouve meus passos, se levanta e olha de relance para mim.

"Prim!"

Tento gritar, mas se consigo, ela não me ouve.

Seu vestido totalmente branco esvoaça quando ela corre para ainda mais longe de mim.

Corro tentando alcançá-la.

"Prim!" "Prim!" "Prim!"

Tento gritar.

Ela nunca olha para traz.

Vejo o fim da campina, provavelmente um penhasco.

Ela diminui o ritmo, mas eu continuo o meu sem nunca alcançá-la. Quando chega a ponta do penhasco, ela para e vai se virando de vagar.Quase em câmera lenta.

Os cabelos vão escurecendo até estarem da cor dos meus, as tranças se desfazem e o longo cabelo escuro esvoaça e voa ao vento. Estou perto agora, e posso ver as feições, tão doces, tão puras... Tão Peeta.

Seus olhos azuis cristalinos cintilam em minha direção uma ultima vez. E quando estico minha mão para puxá-la para mim, ela pula.

Quando alcanço o penhasco minha única reação é um arquejo, meu coração falha uma batida. E não fosse a menina ou Prim eu fugiria.

Lá estão todos aqueles que se foram ou cuja morte eu causei; Finnick, Cinna, Rue, Cato, Boggs, Lavinia a avox ruiva, Madge, Darius o pacificador, Presidenta Coin, meu pai e até mesmo Snow. Todos terrivelmente ensanguentados e jogados ao chão como farrapos.

Apenas a menina permanece em pé, bem no meio de toda aquela barbárie. Seu vestido branco começa a tornar-se ensanguentado como se o sangue a estivesse consumindo aos poucos. Todos aqueles "mortos" começam a se arrastar e agarrar a barra do vestido da menina.

"Mãe!"

Ela grita quando começam a puxá-la para baixo.

Tento correr, tento pular, choro e grito, mas nada parece adiantar.

Ela não parece me ouvir.

Ninguém parece me ouvir.

Eles a puxam cada vez mais para baixo, até que não consigo mais vê-la. Ela some. O vestido ensanguentado é tudo o que fica.

"Não! A minha filha! Eu quero a minha filha!"

Grito a plenos pulmões. Minha voz ecoando no nada em que a campina se transforma.

–Katniss!- A voz me chama.

–Não! A minha filha! Não!- Grito.

Sinto algo me envolver puxando-me para a escuridão. Para a realidade.

–Katniss!- Abro os olhos, e a claridade da janela me faz perceber Peeta, sentado acariciando meu braço, seus olhos preocupados enquanto tenta me acalmar. Lanço-me em seus braços aos prantos porque sei que com ele tudo ficara bem. Peeta me puxa para si e me embala, sua boca roçado levemente em meus cabelos e seus braços ao redor da minha cintura protegendo-me como sempre fizera todos esses anos.

–A minha filha!- murmuro entre os soluços.

–Ela está aqui- Ele pousa suas mãos em minha barriga já extremamente inchada e grande como uma melancia. - Protegida e quentinha dentro de você.

A luz do luar e das estrelas que emana da janela recai sobre seus cabelos deixando-os ainda mais claros, sua pele branca e tão ou mais brilhante que a noite estrelada, os olhos azuis como nunca.

Meu cérebro só formula um único pensamento: Ele parece um anjo. E é isso o que Peeta é, um anjo. Tão e completamente melhor do que eu. Assim como nossa pequena será.

–É uma menina- Digo olhando-o- E ela é como você...Os olhos... A pureza.

Ele sorri. Um sorriso que só Peeta sabe dar. Um sorriso que com o tempo passará a me hipnotizar, a me tirar a noção do tempo, espaço e do meu próprio corpo.

–Como você sabe?

–Eu simplesmente sei.

Quando ele sorri novamente, meu corpo responde impulsionando-se para cima afim de acabar com toda essa distância. Nossos lábios se tocam e o mundo parece sumir e até mesmo o pesadelo parece nunca ter existido. Nada mais importa além de nós. Me desvencilho de suas mãos e o empurro para trás, jogando-o contra a cama. Ele sorri novamente, e tudo o que quero é que Peeta pare, porque meu corpo parece entrar em ebulição toda vez que ele o faz.

Hormônios.

Engatinho até ele, sentindo o peso da barriga adjacente. Mais uma vez nossos lábios se encontram da forma urgente que nunca deixa de ser doce e carinhosa, como sei que apenas ele pode fazer, inclino a cabeça para trás e deixo que sua boca venha até a minha, que nossa línguas se toquem. Suas mãos escorregam para dentro da blusa dele que tenho usado para dormir, já que é maior e mais confortável, cabendo a mim e ao meu bebe. Elas descem pelas minhas costas e vão até a minha barriga traçando uma trilha elétrica por onde passam, deixando-me completamente arrepiada.

–Eu acho que ela parecerá com você. - Peeta murmura quando interrompo o beijo em busca de ar.

–Eu não quero que ela se pareça comig... - Arregalo os olhos quando sinto. Exatamente no lugar onde as mãos de Peeta estão pousadas.

Um chute.

–O que foi?- Peeta pergunta acariciando minha barriga- Eu te machuquei... ou o bebê?

–Oh, meu Deus- arquejo quando sinto novamente, bem no lugar onde Peeta acaricia o inchaço- Tire suas mãos dai!

Ele é quem arregala os olhos quando me afasto bruscamente e sei que esta preocupado, mas tudo o que sinto é o remexer dentro de mim, os chutes de encontro ao lugar onde as mãos de Peeta estavam, como se o bebê pudesse senti-lo e quisesse tocá-lo.

–Katniss o que foi?- Sua expressão chega quase ao desespero e sei que a minha deve estar bem próxima disso- Eu te machuquei foi isso? Você esta sentindo dor?- Ele se aproxima de mim novamente.

–Está se mexendo!- Murmuro, mais para mim do que para Peeta- Oh meu Deus, está chutando!

O terror invade todas as minhas células e tenho medo do que possa estar acontecendo. O porquê dos chutes e remexidas. Haverá algo de errado comigo ou com a bebê? Não consigo assimilar. Tudo o que sei é que não quero que a situação se repita. Mas a criança dentro de mim parece querer me apavorar.

–O bebê está mexendo?- Peeta pergunta novamente, agora sorrindo eufórico. Ele estica sua mão direita e toca minha barriga, como se respondesse, a bebê chuta de novo e de novo, exatamente no ponto onde esta a mão de Peeta.

Olho para ele totalmente exasperada, como ele não percebe o quão pavorosa essa situação é para mim? Há um bebê chutando dentro de mim! E eu nem sei se isso é normal.

–Katniss, isso é maravilhoso! Ela está chutando!- Seus olhos cintilam da mesma forma que os da menina cintilaram no sonho, e me permito esquecer meu o por um momento, apenas para retomá-lo ainda mais forte depois.

Não consigo formular nenhum pensamento claro.

–Ah, meu Deus, Peeta! –Exclamo- E... Se tiver alguma coisa errada... Digo... Comigo ou com o bebê?

–Não tem nada de errado.– Ele murmura sem dar atenção. Como se dizendo qualquer coisa sem importância. Sua atenção se prende ao bebê que ele mesmo colocou ali. - É simplesmente incrível.

Percebo que mesmo sem poder ver, ou realmente tocá-la, Peeta já é apaixonado pela filha. E que mesmo ainda dentro de mim, ela também é por ele. Esse é o máximo de contato entre os dois; o toque e os chutes em resposta, e mesmo assim parece ser maravilhoso tanto para um, quanto paro o outro, porque nem Peeta nem nossa pequena bebezinha parecem querer parar. Nenhum dos dois parece ligar para o medo que me consome. Esse é um momento deles, eu mesma já tive tantos momentos maravilhosos com a minha grande barriga que sei o quão injusto será se eu interromper ou impedir esse contato. Peeta já me dera tantos momentos bons, e essa criança que ainda nem nascerá, tanto outros... Fecho meus olhos, e forço-me a expelir todo o meu pavor repentino. Concentro-me em toda a cena ao meu redor e concluo o quão preciso isso é. O quão feliz e perfeito se tornou o ambiente e somente eu pareço alheia a isso.

Quando Peeta sorri novamente, tão coruja como o pai que sei que será, meus lábios se curvam num sorriso também, e uma lágrima solitária escorre pelo me rosto. Limpo-a rapidamente, porque ficar chorando o tempo todo não faz o meu feitio, e todas essas minhas crises já tem se tornado irritantes.

Passo minha mão sobre a enorme barriga, e dessa vez o chute vem em direção a ela. Meu sorriso se alarga e sou obriga a reprimir um soluço de alegria quando Peeta gargalha satisfeito vendo a minha emoção.

Agora sei como ele se sentiu.

Minha mente vaga por um instante enquanto me deleito com a sensação de alegria que a muito não sinto. Que nunca pensei que pudesse sentir novamente. Em pensar que um dia eu não quisera me casar, quanto menos ter filhos. Eu nunca pude me imaginar tentando ser uma boa esposa, e preocupada no quão boa mãe eu seria. E, no entanto agora, isso se tornara essencial. Tão mais necessário do que qualquer outra coisa.

Peeta me beija, emocionado e sei que esta será uma longa noite. E isso não parece ruim ou cansativo.

Muito pelo contrário.


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Notas finais do capítulo

E ai, reviews? Estou mendigando qualquer review, negativo, positivo, vai do que vocês acharem... Lembrando minha nova fanfic>>>> http://fanfiction.com.br/historia/426064/Revive/ Nessa fanfic Katniss sofre um acidente, perde o pai e a irmã e fica paraplégica, sendo obrigada a viver com as suas limitações físicas. Ela acaba se mudando no intuito de recomeçar... Conhece Peeta no decorrer da história... E se quiserem saber mais leiam a sinópse, porque eu sou babaca e vou acabar contando a história toda.