Vivendo Lunaticamente - hiatus escrita por Breaker


Capítulo 16
Não sou um cara tão ruim


Notas iniciais do capítulo

Oieee gente, demorei muito? VOCÊS SÃO UNS PUTOS, todos os leitores leram o último capítulo e poucos comentaram. Gente, assim NÃO DÁ. Isso desanima muito, seriosamente. Nesse capítulo, vocês vão conhecer mais o Matheus, Boa Leitura ^~^



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POV MATHEUS

Sabe quando você vai para um lugar que você sabe que vai acabar em merda? Então, é assim que eu me senti voltando pra Santa Clara. Desde de que eu embarquei no avião, senti como se tudo estivesse ocorrendo em câmera lenta: Eu desembarcando, minha mãe me abraçando e depois me estapeando por ter ido pra outra cidade sem ela, e depois me abraçando novamente, eu voltando pra casa, antigo quarto, minhas coisas... Admito: essa parte foi boa. A parte ruim foi quando eu percebi que:

A) Eu tava em Santa Clara novamente, ou seja, antiga reputação.

B) Eu a Lunis estávamos na mesma cidade novamente, ou seja, agora ela poderia me matar.

C) Eu teria super proteção da minha mãe.

Eu fiz um trato com minha mãe para poder ir para Mineira, se eu arrumasse confusão lá eu voltava pra cá e ia começar a ser vigiado. Aparentemente minha mãe achou que eu ser espancado foi culpa minha, tsc.

Quanto a minha antiga reputação, bem, eu não era o carinha mais popular aqui. Veja bem: eu não sou loiro, nem bronzeado, sou magrelo e não sou a pessoa mais "fácil" de conviver. Era uma coisa bem comum eu arranjar briga por aqui, minha mãe nunca entendeu que a culpa não é minha se os idiotas daqui se sentem ofendidos com minha inteligência. E não, eu não me "acho", é que em comparação, sim, eu sou inteligente.

Ah, minha mãe, o ser mais reclamação da Terra. Ela costumava a ser uma mulher doce e gentil, mas meu pai meio que abandonou a gente quando eu tinha uns 7 anos. Daí ela ficou amarga e com ódio do meu pai. Pra minha sorte, eu sou bem parecido com ele, o que faz ela se irritar bem fácil comigo.

Ei, já são 16:30, hora de apanhar da senhorita Willantis.

***

Devo estar a mais ou menos 30 minutos em frente ao prédio andando em círculos, tentando ter coragem pra perguntar dela. Inclusive, já veio uma garota aqui e perguntou se eu desejava algo e, tudo o que eu conseguir dizer foi:

_ Sim, quero coragem pra falar com uma garota.

Acho que a moça ficou com dó de mim, porque apenas sorriu e entrou novamente.

Fiquei meio cansado, daí decidi sentar na calçada porque sou humilde mesmo. Avisto, ainda meio longe, um ser andando (lê-se pulando e fazendo poses meio estranhas) vindo em direção ao pequeno prédio. Ruivo, nanico, gestos espalhafatosos, só pode ser uma pessoa.

_ M-matheus? O QUE VOCÊ TÁ FAZENDO AI? QUE ROXOS SÃO ESSES? SEU PUTO POR QUE NÃO ME RESPONDEU? -A Luna é sempre tão amorosa que chego a me emocionar com o ato de afeto.

Desenvolvi uma excelente tática: toda vez que ela tá assim, o melhor é abraçar e sussurrar um "me desculpe". Foi o que eu fiz. Sempre dá certo.

Sabe, eu deveria entregar a Lunis pra alguma pesquisa, porque eu não compreendo como ela tem um abraço de urso. Quer dizer, ela é mais baixa e mais magra que eu, deveria ser impossível. A lógica simplesmente não existe no dia-a-dia.

_ *cof cof cof cof*

_ Mas hein - dz Luna se separando de mim, meio corada. Infelizmente, ela lembrou que estava com raiva de mim e me bateu. Ela quer me deixar mais fodido do que já estou.

_Então Luna, quem é? - Fala uma garota loira, com uma parte do cabelo azul e do meu tamanho. Na dúvida se eu sou baixo ou se ela é alta.

_ Eai Math - diz um garoto que não me é estranho... ESPERA, é o Nico.

_Luna posso falar com você? Eai Nico, prazer garota azul.

_ Deve, pera um pouco gente. - Luna me arrasta rua abaixo até chegarmos numa pequena praça. Sentamos no balanço.

_Então...

Então conto tudo o que rolou comigo nessas quatro semanas. Expliquei o porque de não te-la respondido, os roxos e tudo mais.

_ Mas... isso não explica porque você não falou comigo quando eu cheguei.

_ Hã?

_Math, no dia em que eu cheguei aqui, eu te mandei uma mensagem. Você não me respondeu. Você nem mesmo quis saber se eu cheguei bem. E só que... sei lá, você tava assustado comigo?

_ Por causa do lance da Lorena e tudo mais? Bem... um pouco. Nada demais, sério. Agora, você ainda tá bolada?

_ Senti sua falta - Fala Lunis que logo depois me abraça. QUE? Pela primeira vez, um gesto de carinho por pura e boa vontade. O que essa cidade fez com você, nanica?

_ Cadê as câmeras?

_Que?

_Você. Sendo carinhosa. E ninguém te pagou por isso. Ou pagou?

_ Ai, seu idiota! - Daí ela me empurra. Okay, Lunis is back (ok, Lunis está de volta.). Voltamos pra entrada do prédio, onde a garota azul-loiro e Nico estavam sentados na calçada, humpf, querendo imitar minha humildade.

_ O casal já se resolveu? Lunis, já pode parar com as crises de madrugada? - fala Nico entre risos. Mas que intimidade deles é essa? Por quanto tempo eu sumi?

Willantis chutou o Nico. Ele caiu pro lado. Eu não quero ser chutado por ela.

_Ai, calma, é brincadeira, af.

_Olá moço magrelo.

_Olá loira-azul.

_Loira-azul? Hahahahaha, curti.

_Ahn, Julis, Math, Math, Julis.

_ Mas Math, você não ia ficar mais um mês em Mineira? - pergunta Nico.

_ Ia, até me assaltarem e me espancarem lá. Daí minha mãe enlouqueceu e mandou eu voltar.

_Mas gente, você tá bem?

_Melhor com os remédios, Julis hahaha.

***

E passamos o fim de tarde ali, conversando bobeiras e rindo, Luna tinha ficado bem acompanha, afinal. A noite saí com eles, mesmo com minha mãe dizendo pra eu não sair por ai. Conheci os outros meninos e, bem, percebi como Felipe olhava pra Luna. Não gostei, sei lá, aquele garoto era legal, mas mesmo assim não parecia boa coisa. Me lembra uma certa pessoa... um certo Lucca.


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Notas finais do capítulo

Curtiram? Não? COMENTEM *desculpe erros ortográficos*



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