Jogo Maldito escrita por Jojo


Capítulo 3
Math


Notas iniciais do capítulo

Mais um cap ae de Jogo Maldito, dessa vez até saindo adiantado! LOL
Sem mais espero que gostem ;D



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“O espetáculo começou, as acusações também. Quem será forte o suficiente para sair vivo desse jogo?”

Math não para de acusar as do 3, Saw e Nataly negam veementemente as acusações, mas até elas sabem que são suspeitas, tudo aponta para elas, as provas as evidências. Shiro chora desesperadamente em cima do corpo de Arakawa, se sujando todo com o sangue de sua amada, Ryan tenta esconder o acontecimento de suas filhas, coisa que é totalmente em vão, Juliana começa chorar e Willian tenta ampará-la, mas ao mesmo tempo ele tem que ajudar sua mãe que começa a passar mal com o que vê. John e David ficam em um canto tentando ignorar o acontecimento, mesmo sendo impossível. Mayra fica gritando para Math se acalmar mas é em vão, seu senso de justiça fala mais alto, ele não suporta aquele tipo de coisa, e queria justiça. Enquanto Saw e Nataly tentavam se justificar Danka estava aos berros de dor, seus irmãos estavam a socorrendo mas não era o bastante, eles não tinham recursos suficientes para aquele tipo de ferimento, os outros já tinham até se desfocado da morte de Arakawa e iam falar com Danka pra saber o que aconteceu quando se sucedeu mais eventos horríveis.

O silêncio amedrontador deles em desespero com os gritos de dor de Danka e os berros de Math dão lugar a um ruído que mais parece com um pio, um pio longo e amedrontador, de uma coruja, seguido de uma vibração, uma vibração em seus bolsos, todos logo se apercebem do que se trata e pegam seus celulares, nele encontram a seguinte mensagem.

De: Owler

Arakawa Homura, morreu.

Hora da morte: 03:49.

Todos receberam a mensagem no mesmo momento, fazia apenas uns 5 minutos desde que a morte havia acontecido, eles mal tiveram tempo para refletir sobre aquela morte cruel e horrenda que acabaram de presenciar e já tinham novos fatos para processar. Após as mensagens, o seguiu-se foi ainda mais horrendo.

O corpo de Arakawa sobre o qual Shiro estava se lamentando começou a soltar uns chiados estranhos, como se algum gás estivesse saindo por sua pela, era um som parecido com um shiiiiiiiiiiii bem longo, após os sons estranhos começou o evento ainda mais arrasador para eles, seus olhos não piscavam e suas faces estavam pasmas com o que presenciavam, de repente o corpo de Arakawa passou a se desintegrar, como se fosse areia, uma areia muito fina, desde o cabelo até o pé, tudo foi sumindo após em um processo que começou devagar e tomou velocidade muito rapidamente, em questão de minutos todo o corpo de Arakawa tinha sumido, sobrando apenas suas roupas e pertences. Para piorar se instalou no ar um fedor insuportável de sangue, um cheiro forte e enlouquecedor. Mas logo sua atenção fora tomada pelo telão e mais uma mensagem de Owler.

_Muito bem jogadores do Jogo Maldito, a primeira morte já aconteceu, e não foi preciso esperar nem mesmo um dia para que um dos eventos mais importantes de todos os jogos acontecesse, vocês estão de parabéns. – Owler fez uma longa pausa depois disso, provavelmente esperando a resposta de alguém, ou se preparando para a mensagem seguinte. – Vocês acabaram de presenciar o que acontecerá com o corpo de vocês quando morrerem, vou precisar dar alguma explicação sobre isso?

_Isso é desumano, é cruel, é loucura, por que você está fazendo isso conosco? E com nossos corpos? Não teremos nem mesmo direito a um enterro? – Gritava Shiro se levantando todo cheio do sangue de Arakawa sobre seu corpo, até mesmo em seu rosto, enquanto limpava suas lágrimas e tentavam se firmar a ficar de pé, por causa do choque e pela falta de sua bengala, a original lhe fora tirada quando ele foi dopado e ele nem pensou em pegar aquela que tinha em seu quarto quando viu Arakawa no chão.

_Bom, temos várias perguntas, vamos a primeira: Por que eu estou fazendo isso? – Uma longa pausa novamente, como se estivesse escolhendo as palavras ele prosseguiu – Simples, por que é divertido, por que é viciante, e por que dá dinheiro! Agora vamos a próxima pergunta- Quando Owler foi interrompido por Math:

_Divertido? Se divertir com a desgraça alheia? Você só pode ser um louco, um psicopata, doente mental. E que história é essa de dinheiro? Você está lucrando com nossas mortes?

Todos ficaram espantados com aquilo que acabaram de ouvir, tentavam processar as informações em seus cérebros quando Owler prosseguiu como se não tivesse ouvido Math:

_ Não podemos deixar simplesmente os corpos dos mortos pela ilha, o fedor que causaria seria terrível e vocês ainda poderiam pegar doenças e acabar com toda a graça do jogo, que é ver vocês matando um ao outro e não morrendo por causa de doenças ou fome, esse foi um outro motivo de eu ter deixado tanta comida e água para vocês, tanto na mesa de banquete quanto em seus quartos, para ajuda-los mais ainda existem muitas árvores frutíferas ao redor da ilha. Houve já casos em que alguns jogadores guardaram os corpos consigo mesmo, o que causou doenças e loucura, e outros em que algum jogador insano tentou se alimentar do corpo e-

Owler novamente era interrompido, dessa vez por Willian que disse:

_Outros jogadores, então você já fez esse jogo com outras pessoas? Como isso é possível? Como pode você não ter sido preso, descoberto, vingado, morto, sei lá, alguma coisa.

_Isso não é da conta de vocês, acho que acabei falando demais, mas como eu ia dizendo antes de ser interrompido, após esses problemas passamos a investir em estudos de como se livrar dos corpos, e achamos esse método tão caro mas conveniente. – Novamente Owler era interrompido:

_Existem outros né? E você investe dinheiro nesse tipo de coisa. Não vai ser difícil encontrar você e me vingar quando eu sair daqui. – Berrou Erick de seu quarto enquanto cuidava de Danka.

_ O nome que eu dei a esse processo é nano desintegração, como pode existir aqui alguns leigos na área de medicina, biologia e outros vou apenas por cima dar uma explicação pra vocês do que ocorre no corpo de vocês quando morrem. – Uma longa pausa esperando que todos se focassem nele e então prosseguiu – foram implantados em seus corpos quando vocês foram dopados nano explosivos que estão espalhados pelo seu sangue e células a nível celular, e eles não tem reação nenhuma no corpo de vocês, mas quando o coração para, eles são detonados e o corpo é desintegrado, como areia. – Owler deu novamente uma pausa longa para que todos captassem a notícia e então prosseguiu – O motivo desse fedor de sangue que vocês estão sentido agora é por que quando os nano explosivos são ativados ele pulveriza o sangue, desidrata o corpo e faz toda agua evaporar fazendo tudo virar pó. Mas não se preocupam em lugares tropicais como a Ilha Maldita ocorrem constantemente ventanias, e também, eu acho que vocês tem coisas mais importantes para se preocuparem do que com o cheiro de sangue, como por exemplo: Suas vidas.

E assim com esse tom sarcástico Owler encerrou sua transmissão deixando todos apavorados e chocados. Por alguns minutos nem um deles conseguiu prosseguir com suas ações, ninguém disse algo, ninguém se mexeu, ficaram todos parados e pensando no que acabaram de ouvir, se alguém ainda tinha dúvidas de que aquilo era sério, aquelas dúvidas acabaram ali. Todos continuam pensativos quando foram acordados de seus devaneios pelo choro de Lilian, Ana tinha deixado ela na cama quando acordou e correu para ver o que tinha acontecido, era só um choro de fome, logo Ana começou a amamentar a pequena e o choro acabou.

Ninguém sabia o que fazer a partir dali, então todos logo se focaram em Danka para saber o que havia acontecido.

_Alguém atirou em mim também após matar Arakawa! – respondeu Danka.

Ana acabou de amamentar Lilian e a colocou para dormir, como ela sabia muito sobre primeiros socorros foi logo tomando parte dos cuidados médicos, rapidamente tirou a blusa de Danka, que por sinal era de uma marca muito cara, e a jogou ao lado deixando-a apenas de sutiã. Em seguida ela limpou com água potável, usando uma das garrafas que era deixada no quarto, o ferimento e a barriga de Danka tirando todo o sangue que naquela hora já estava ficando grosso e seco.

_ Você não viu ninguém? Não faz ideia de que seja? – Perguntou Mayra.

_ Não, estava muito escuro, quando eu acordei nem tive tempo de pegar a lanterna, como o barulho era praticamente em frente a porta do meu quarto eu simplesmente abri na hora e fui atingida. – Respondeu Danka com dificuldades devido a dor.

_ Pessoal por favor vamos parar com as perguntas agora, ela não esta em condições de responder. – Disse Laura que logo tomou parte em ser assistente de Ana e a ajuda-la no socorro de Danka.

As duas tinham que ser rápidas, o risco de infecções era muito grande, o ferimento foi no lado esquerdo da barriga bem abaixo do peito, não acertou nenhum órgão vital como confirmou Ana apenas passando a mão sobre a barriga dela, mas Danka estava perdendo muito sangue e era óbvio que a hemorragia já tinha começado, não ia demorar muito para que Danka perdesse a consciência e sucessivamente morresse, o sangramento precisava ser parado logo.

Após a limpeza da pele e do local baleado com água, Danka passou a esterilizar a área com o que encontrou na caixa de primeiros socorros, só aquilo não era suficiente, mas não havia mais opções, após a esterilização Ana pediu que Ryan pegasse para ela uma pinça que estava dentro de sua bolsa de maquiagens em seu quarto, Ryan saiu correndo e logo voltou com a simples pinça, era uma pinça comum como qualquer outra, nada demais, obviamente não era para usos médicos.

Todos ao redor apenas assistiam Ana cuidar de Danka sem falarem nada, sempre neutros e atentos, talvez até pasmos com sua agilidade. Ana logo esterilizou a pinça com álcool que tinha na caixa de primeiros socorros, e depois disse:

_Muito bem Danka, essa será a parte mais difícil, eu preciso extrair a bala de sua barriga antes que ela contamine você, será doloroso, eu vou te dar esse comprimido analgésico mas ele não resolverá muito. O que nós precisávamos mesmo aqui era de uma anestesia.

Danka apenas concordou com a cabeça sobre tudo o que Ana disse, Laura rapidamente tomou das mãos de Ana o comprimido e o levou a boca de Danka, em seguida abriu mais uma garrafa de água e a deu na boca de Danka para que a ajudasse a engolir o comprimido. Em seguida Ana deu para Laura uma toalha de rosto enrolada que ela tinha e pediu para que Laura a colocasse na boca de Danka, Ana explicou que o objetivo disso era que além de abafar os gritos de dor que Danka soltaria também evitaria que ela mordesse a língua muito forte e assim morresse sufocada quando essa enrolasse.

Em seguida Ana com suas ágeis mãos começou a enfiar a pinça nas entranhas de Danka enquanto procurava pela bala, Danka começou a gritar desesperadamente, e todos a sua volta, com exceção de Shiro, ficaram angustiados ao ouvir aqueles gritos de desespero, a dor parecia ser terrivelmente cruel e incessante. Shiro ignorava o que estava acontecendo ali, ele apenas ficou imóvel ao lado das roupas de sua esposa que foi as únicas coisas que sobraram após a desintegração de seu corpo, em seguida ele notou em meio aos restos o celular de Arakawa, ele tinha percebido que ele não fez barulho quando a mensagem da sua morte veio, então ele abriu o celular e viu que este tinha parado de funcionar, agora ele era inútil e não tinha mais utilidade alguma, de raiva ele jogou o celular bem forte no chão despedaçando-o em mil pedaços. Ana finalmente encontrou a bala nas entranhas de Danka, e devagar a retirou.

Ana jogou a bala fora, esterilizou novamente o machucado, e em seguida passou a costurar com agulha comum de costura o ferimento de Danka, após isso ela passou uma gase esterilizada ao redor da barriga de Danka e depois uma atadura, seu trabalho estava pronto e terminado. Danka agradeceu Ana e Laura pela ajuda e logo caiu sono, os irmãos Albuquerque também agradeceram pela ajuda e em seguida se trancaram no quarto.

Shiro sabia que logo as discussões voltariam, ele não queria tomar parte naquilo, então ele apenas recolheu as roupas de sua amada e seguiu em silêncio para o seu quarto. Ryan ia falar com ele quando foi parado por Juliana:

_Deixe ele um pouco sozinho pai, se estivesse no lugar dele eu iria preferir ficar sozinha por um tempo para refletir sobre tudo.

_Claro minha filha, acho que você está certa! – Disse Ryan – Não sabia desse seu lado Ju, você parece ser sempre tão fria, não parece ter compaixão. – Ryan então refletiu – Me desculpe, eu não deveria ter falado isso.

_Na boa pai – disse Juliana já terminando a conversa – tem muita coisa que você não sabe sobre mim, quem sabe se você prestasse mais atenção na família e menos no trabalho você saberia.

Juliana foi ao lado de Willian, que estava elogiando sua mãe pelo bom desempenho que teve ajudando Ana, Juliana queria dizer alguma coisa mas não conseguia pensar em nada bom, então apenas ficou em silêncio ao seu lado até que Willian disse:

_Viu? O jogo aconteceu como ele queria. Está pronta para a carnificina?

_Para! – Disse Juliana – Nenhuma morte mais vai acontecer, provavelmente essa morte foi acidental, ninguém quer um banho de sangue.

_Tudo bem, vamos esperar para ver então.

No quarto 6 se encontrava os Salvatore, John estava em estado de choque, David tentava reanima-lo mas nada adiantava, então subitamente David beijou John na boca e disse:

_Não importa o que aconteça, eu irei te salvar, estarei sempre ao seu lado!

John finalmente voltou a realidade.

Ana estava limpando o sangue de suas mãos quando Ryan chegou após conversar com Juliana.

_Você fez um ótimo trabalho agora a pouco – Disse Ryan já dando um selinho na boca de sua mulher – Meus parabéns!

_Obrigado – Disse Ana – mas eu estou realmente preocupado com tudo isso – Ana se virou, ficando de costas para seu marido – Ryan você percebeu que isso é sério, ele realmente quer que cometamos assassinatos, e isso já começou a acontecer!

_Calma querida – disse Ryan abraçando sua esposa pelas costas e passando seus braços por sua barriga – Eu vou dar um jeito de tirar você e as crianças daqui.

_As crianças é o que mais me preocupa, como elas vão crescer após presenciarem essa carnificina?

_Lilian ainda é praticamente bebê então ela provavelmente nem vai se lembrar, e Ju, bom você nem faz ideia da conversa que acabamos de ter. – Ryan deu alguns beijos no pescoço de Ana e começou a contar sobre Juliana e como ele estava se sentindo culpado de não ter dado mais atenção a sua família quando podia, enquanto Ana o consolava.

Por um tempo ficou tudo em silêncio, mas não demorou muito para a discussão acalorada voltar. Math foi quem começou:

_ É claro que a culpa é dessas lésbicas, todas as provas apontam para elas e pra piorar elas balearam Danka também.

_Nós não fizemos nada, apenas saímos de madrugada para pegar as armas e quando voltamos demos de cara com o corpo da velha jogada no chão e aquela ali baleada. – disse Saw se defendendo.

_Como você a chamou? Mais respeito pelos mortos! – Disse Mayra.

_ Vocês acabaram de confessar que saíram para buscar armas e querem que acreditemos nessa história de inocentes? Obviamente foram vocês que a matou! – Prosseguiu Math.

_Acreditar ou não o problema é de vocês. – Continuou Saw.

_E se você fosse inteligente e essa sua cara de nerd idiota servisse para alguma coisa já teria notado que é impossível nós termos matado ela, nossas armas são diferente e não temos nenhuma arma de fogo. – Defendeu-se Nataly.

_E o que vocês tem dentro dessa bolsa? Pode muito bem ter uma arma de fogo aí escondida. Nos mostre e acreditaremos na sua versão. – Falou Math.

_Não! O que temos aqui não é da conta de nenhum de vocês, e não iremos mostrar para ninguém! – Falou Saw.

_Isso só prova que vocês são as culpadas. – Esbravejou Math.

_E se nós formos? E se formos as culpadas? O que vocês podem fazer? Não é para cometer assassinatos que estamos presos aqui? – Prosseguiu Saw. – Ninguém pode culpar ninguém pelos assassinatos que passarão a acontecer!

_ASSASSINAS!gritou Math e em seguida em um ato de fúria deu um tapa forte na cara de Nataly, que era a que estava mais perto dele.

Seguidamente Math levou uma flechada no coração, disparada por Saw instantaneamente assim que deu o tapa, Math estava morto.


“Mal tivemos tempo para cuidar da primeira morte e dos eventos que sucedem ela e em menos de duas horas depois já tivemos a segunda morte. Esse jogo com certeza vai ser muito interessante!”


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Notas finais do capítulo

jemt, SEGUNDA MORTE JÁ, MELDELS! espero não estar indo rápido demais.

Eae o que estão achando? Saw e Nataly são mesmo as culpadas? E Danka, será que viverá? E Math, estava muito chato? Tinha que morrer mesmo?

Não deixem de dar seus reviews, criticas construtivas, ideias, sugestões, opiniões, ou apenas comente.

É muito bom saber o que os leitores estão achando :D



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