Megadroide RPG - Fic Interativa escrita por Serfhy


Capítulo 2
Capítulo 2 - Episódio 01 - Quinta-Feira Negra


Notas iniciais do capítulo

ATENÇÃO: leitores que enviaram personagem devem ler o capítulo atentamente, pois, por se tratar de uma fic interativa, há várias situações que necessitam de uma decisão. Decisões essas que devem vir de seus criadores.
De acordo com os acontecimentos e opções apresentadas nos capítulos, manifestem a vontade de seus personagens nos comentários.

Espero que gostem.

PS: O capítulo ficou meio grandinho porque apresentei cinco personagens. Os próximos provavelmente não terão todo esse tamanho.



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Está escuro. Não vejo nada. Onde será que estou? Uma luz? Está se aproximando! Onde será que estou agora? Essa rua me parece familiar. Ah! Aquele é o “Restaurante Id”! É o meu lugar preferido! As sobremesas são deliciosas e o garçom é um jovem androide chamado “Keiji”. Ele é tão simpático e gentil, às vezes até esqueço que é uma máquina. Ele parece mais humano que muita gente.

Agora, estou no restaurante, saboreando uma de minhas sobremesas favoritas. O sempre sorridente Keiji vai de um lado para o outro levando os pedidos dos clientes. Parece que está se divertindo.

De repente houve uma explosão na porta! Do meio da fumaça surgiu um... Um androide! Ele está atacando e matando os clientes! Não consigo me mover! Paralisei de medo! Keiji veio correndo da cozinha, mas foi pego por outro robô! Ele não consegue se soltar!

O massacre continua a ter sequência. Há fumaça por todo lado. Os barulhos de tiros, gritos, choros, explosões e desabamentos abafam até meus pensamentos.

Quando tudo volta ao silêncio, outro robô adentra pelas ruínas do restaurante. Ele ordena aos outros robôs para que tragam o Dr. Droid até sua presença e, com o mesmo de joelhos, o robô começa a falar.

– “Fui eu que roubei seus projetos, pai. Refugiei-me com eles onde você nunca poderia me encontrar, e crie toda uma nova geração de robôs. Estes são os meus mecanoides!”

Pasmo e horrorizado, o Doutor foi incapaz de responder, enquanto o robô continuava seu discurso.

– “Eu os trouxe aqui hoje para que você veja do que eles são capazes. Para que saiba que você é o responsável por tudo que eles vão fazer. Eles não serão mimados nem tratados como crianças como você fez com aquele ali.” – O robô apontou para Keiji nesse momento. – “Nem serão apenas escravos como você fez comigo.” – A amargura em sua voz era palpável. – “Logo, todos se tornarão senhores por seu próprio mérito. Mas não se preocupe, pai. Eu não vou mata-lo agora. Nem ao seu querido filho. Quero que você viva para ver do que eu e meus filhos somos capazes.”

Dito essas palavras, os robôs que seguravam Keiji destruíram seus braços e pernas, e em seguida, atacaram os restante dos clientes. Eu fui apenas mais uma vítima naquele dia.

Eu acordei! Ver o teto branco acima de minha cabeça é reconfortante. Foi só um pesadelo! Nada mais que só um pesadelo! Meu coração ainda está batendo acelerado. Mas por que será que estou sentindo tanta dor? Virei minha cabeça com dificuldade e vi um espelho. Não há palavras para descrever como me senti! Estou em uma cama de hospital, meus braços e pernas foram arrancados, há um grande curativo em um de meus olhos e uma sensação de vazio abaixo do mesmo. Estou sobrevivendo com a ajuda de aparelhos! É horrível! Não consigo conter minhas lágrimas.

Dias depois de acordar, recebo a visita da polícia. Eles querem saber sobre tudo que ocorreu no Restaurante Id naquela quinta-feira. Contei a eles tudo o que sabia.

Mais alguns dias se passam, e recebo uma nova visita. Um androide de aparência familiar.

– Keiji?! – Minha voz saiu fraca.

Aquele parecia ser o Keiji, mas estava um pouco diferente. Usava uma armadura azul que nunca tinha visto. Parecia até um soldado.

– Não mais. Agora eu sou Alpha. O primeiro megadroide. – Ele respondeu.

Alpha então pegou uma cadeira e sentou-se próximo a mim.

– Depois do incidente, meu pai fez mais que me consertar. Ele me fez um upgrade para que eu possa combater Agura e os seus mecanoides.

– Agura? – Eu o questionei.

– Sim. Agura é o antigo assistente do meu pai, e o primeiro androide totalmente funcional da história. Um dia, ele desapareceu do laboratório, levando consigo alguns projetos em que meu pai vinha trabalhando. Jamais imaginamos que isso viria a acontecer. Meu pai e eu sentimos muito pelo ocorrido.

Eu permaneci em silêncio. Não sabia o que devia dizer.

– Sei que desculpas não significam nada agora. Mas meu pai e eu queremos pagar pelos danos que você e os outros sofreram. Se concordar, meu pai pode restaurar seu corpo.

Meu coração se encheu de esperança naquele momento.

– Bem, talvez não restaurar, mas ele pode reconstruir seu corpo mecanicamente. Você será como eu.

Basicamente, Alpha quis dizer que me tornarei uma máquina, um androide como ele. Não, um megadroide. Eu vou perder minha humanidade, mas é melhor que viver dessa forma.

– Vou poder acertar as contas com Agura? – Perguntei.

– Vai.

– Aceito. – Respondi.

Poucos dias depois, cá estou no laboratório do Dr. Droid. Estou em cima de uma mesa, recebendo os ajustes finais em meu corpo. Todas as minhas memórias e meu ser foram preservados nesse corpo.

- Terminei. Dê uma volta com seu novo corpo e depois volte aqui para iniciarmos o treinamento.


Parque Bowyer (Megadroide)


Mais dois novos jogadores acabam de se conectar pela primeira vez. Trata-se de dois jovens, uma moça e um rapaz. Estavam vestidos de forma parecida, ambos usavam algo parecido com uma roupa de mergulho, uma wetsuit cinza, uma armadura que cobria apenas a parte superior do tórax, botas que chegam até os joelhos, luvas que se estendem até os cotovelos, um cinto e um capacete que só expõe os seus rostos.

Mas as semelhanças terminam aí. As armaduras eram de cores diferentes. A moça usava uma de cor preta com detalhes brancos e o rapaz uma vermelha com detalhes dourados. Além disso, ela trazia uma espada nas costas, tinha olhos azuis e seus longos cabelos negros alcançavam, por trás do capacete, até os quadris; enquanto ele, uma mochila com tubos, ambos metálicos, que se estendiam até seus braços, tinha olhos vermelhos e seus cabelos por dentro do capacete, impedindo que fosse visto.

- Nossa! – Exclamou a jovem. – O que será que foram todas essas cenas. – Ela perguntava a si mesma em voz alta.

- Isso foi a introdução à história do jogo. – Respondeu-lhe o rapaz.

- Ah! SAMURAI! Harakire kisama! – Ela grita apontando para o rapaz.

- O que foi isso?

– Nada não. É só uma mania. Eu achei que era algo assim. – Ela sorri. – Você joga há muito tempo?

- Hã? Não, não. Acabei de começar. Acontece que tenho um amigo que jogou durante a fase de testes e ele me deu algumas dicas.

- Que legal. Então você pode me ajudar? Como acabei de começar, ainda não sei nada do jogo.

- Na verdade eu não sei tanto assim. Meu amigo apenas me disse para procura-lo perto da estátua do Alpha depois que conectasse, mas onde será que ela fica?

- Eu acho que deve ser aquela lá. – A garota apontou para a direção oposta a qual o jovem procurava.


- Parece com o Alpha da introdução. – Ela prosseguiu com seu raciocínio.

- Vamos até lá então. – Convidou o rapaz.

- Eu também?

- Claro! Você também quer ajuda não é? Pode me chamar de “Z”. É um prazer conhece-la. – O rapaz estendeu a mão para a garota.

Após ouvir as palavras de Z, a garota não se conteve e começou a gargalhar.

- “Z”! Isso é sério? Por acaso você estava com preguiça de pensar em um apelido melhor? – A jovem tornou a rir, deixando Z com uma expressão desapontada no rosto enquanto mantinha a mão estendida, passando-se por idiota.

- Okey, okey. Já parei de rir. – Ela diz recuperando o fôlego. – O prazer é meu. Pode me chamar de Lukami. – A garota estende a mão e aperta a de Z em cumprimento.

- E então, por que “Lukami”?

- Porque “Luka Megurine” é minha vocaloid favorita, e “Kami” vem de “Kami-sama” que em japonês significa Deus. Então, eu somei as duas palavras e basicamente, significa “Deusa Luka”. – Ela responde sorrindo.

- Eu não entendo nada de japonês, mas admito que é criativo. Agora vamos, há muito para aprendermos sobre o jogo.

A dupla segue em direção à estátua. Há muitos jogadores conversando em volta e muitos indo de um lado para o outro, parece que todos estão explorando ou procurando por amigos. Nada de estranho, o jogo só foi lançado oficialmente há uma semana, então é natural que muitos jogadores ainda estejam se acostumando.

Ao se aproximarem da estátua, puderam ler em seu pedestal os seguintes dizeres, “Alpha, o primeiro Megadroide”. Sentado aos pés da estátua, estava um jogador com a versão masculina da armadura de Lukami. A única diferença entre suas armaduras eram os detalhes, que na dele eram prateados.

A estátua em si não possuía nenhum grande significado, com exceção de sua importância simbólica. Dessa forma, encontrar um jogador em sua proximidade e que não estivesse somente de passagem, seria algo no mínimo curioso.

Z se aproxima do rapaz que parecia estar distraindo com um monitor holográfico a sua frente e questiona.

- Poke?

O rapaz tira os olhos do monitor para dirigir sua atenção a Z. Mais uma diferença é vista entre ele e Lukami, ele tem olhos vermelhos.

- Eu mesmo. Quem pergunta? – Retrucou.

- SAMURAI! Harakire kisama! – Lukami grita atrapalhando a conversa.

Os dois rapazes fitam a garota por uns momentos e depois voltam a conversar, ignorando as palavras dela.

– E aí cara! Sou eu, o Lyon. Ah! Mas aqui eu me chamo “Z”.

- Opa! Tudo beleza mano? – Poke se levanta para cumprimentar o amigo. – Por que “Z”? Se você estava com preguiça de pensar em um apelido, devia ter usado seu nome mesmo.

- Não é!? Eu fiz essa mesma pergunta pra ele. Lyon ficaria bem melhor. – Comentou Lukami.

- Puxa vida, todo mundo implica com meu nick. E eu acho “Z” tão maneiro. – Diz Z meio tristonho.

- Talvez você devesse ter falado com seu amigo primeiro. Poke não é muito bonito, mas até que é um nick legalzinho. – Ela comenta de forma inocente, fazendo Z cair na gargalhada. – Qual é a graça? Eu falei algo errado?

- Acontece que Poke não é apenas meu nick, é meu nome verdadeiro também. – Ele respondeu sem demonstrar nenhum abalo pelo comentário dela.

- De-desculpe. Não falei por mal. – Gaguejou tentando se redimir.

- Não esquenta. Isso acontece. Mas quem é você mesmo?

- Ah! Perdão. Eu não me apresentei. Eu sou Meikoto, mas aqui no jogo me chamo Lukami. – Ela estende a mão para cumprimentar Poke que retribui o gesto. – Eu sou nova aqui e o Z, quero dizer o Lyon, quero dizer... Enfim, ele disse que você poderia me ajudar.

- Tudo bem, eu ajudo, mas... Por que nos disse seu nome verdadeiro?

- Bom, eu já sei o de vocês, então achei que seria justo se vocês conhecessem o meu.

- Okey, mas vamos usar os nick de agora em diante, está bem? – Sugere Poke.

Todos concordam com a cabeça.

- Muito bem. O que querem saber primeiro? – Questiona Poke.

- Acho melhor você começar pelo básico. – Responde Z.

- Eu quero saber onde posso mudar meu penteado. Estou louca para fazer minhas marias chiquinhas. – Comenta Lukami com um sorriso.

- É sério? Tudo que você quer saber é onde mudar o penteado?

– Na verdade, eu também estou curioso quanto a isso. – O comentário de Z faz Poke suspirar um pouco desapontado.

– Tudo bem, depois eu mostro, mas, por agora, vamos nos concentrar no jogo, está bem?

- Okey! – Lukami e Z concordam em uníssono.

- Na verdade, não há muito para ensinar. O jogo é bem simples, os inimigos aparecem e nós explodimos a cabeça deles. Quando forem ao laboratório do Dr. Droid, basta aceitar participar do treinamento para se preparar. O melhor que posso fazer por vocês é explicar sobre os equipamentos.

Equipamentos, ao contrário dos outros jogos, em Megadroide não somam nossas características, eles substituem. Ou seja, se você tem Força 2 e o equipamento concede Força 4, então você passa a ter Força 4 enquanto usa o equipamento. É claro que se você tiver Força 5, ela continuará 5.

- Espera. Se os equipamentos podem substituir nossas características, por que devemos nos preocupar em colocar algum valor nelas? – Questiona Z.

- Porque os equipamentos não duram pra sempre. Armas tem munição, Armaduras quebram, espadas perdem o fio, ou de alguma forma eles perdem a energia. O que importa é, eles acabam e se você não puder recarrega-los, é melhor ter como lutar sozinho. – Responde Poke.

- Entendi.

- Continuando...

Eles são divididos em quatro tipos, Armas, Armaduras, Acessórios e Veículos. De início, só temos acesso as Armas, Armaduras e alguns Acessórios. As Armas são subdivididas em Armas Brancas, para combate corpo-a-corpo e Armas de Fogo para combate a distância.

Os equipamentos também possuem alguma propriedade que os tornam especial, como Ataque Especial com alguma propriedade, Armadura Extra, que dobra sua defesa contra algum tipo de dano, Membros Elásticos, que atingem oponentes a grandes distâncias mesmo sem Poder de Fogo.

Outra coisa que vocês devem ter em mente quando forem escolher seus equipamentos é, cada um deles é feito especificamente para uma classe, ou seja, existem equipamentos para Blindados, para Canhoneiros e para Duelistas, cada um deles marcado pela letra inicial da classe. Existem equipamentos que são para todas as classes, eles são marcados pela letra “A”. Os G2 podem usar qualquer equipamento.

- Mas isso não torna a classe G2 muito forte? – Perguntou Lukami.

- Mais ou menos. Os G2 não são tão fortes individualmente, nenhum de seus poderes de classe é muito útil quando estão sozinhos. Por isso, ser capaz de usar qualquer equipamento é meio que uma compensação. – Respondeu Poke.

O último detalhe a ser visto nos equipamentos é seu “peso”. Todos possuem um peso baseado em “bytes”, e como somos jogadores iniciantes, o peso máximo que podemos levar é de 700 bytes. Isso quer dizer que, podemos pegar quantos equipamentos quisermos, mas a soma de todos não pode ultrapassar esses 700 bytes.

Então, vamos pegar um exemplo, “Blindagem Pessoal A-1; A: 2; Armadura Extra (F ou PdF); 400 Bytes”. “Blindagem Pessoal” é o nome de armadura; “A” vem de “All” que em inglês quer dizer todos; o número “1” que se segue é seu modelo, o que significa que há um modelo melhor; “A: 2” significa que esse equipamento fornece 2 pontos de Armadura; “Armadura Extra” é sua propriedade especial, nesse caso você de escolher entre Força (F) ou Poder de Fogo (PdF); e por fim, “400 Bytes” é o peso dele. Se eu escolhesse esse equipamento, só me sobrariam 300 Bytes livres.

- É possível aumentar nosso valor máximo de bytes? – Questionou Z.

- Sim, mas para isso é preciso ganhar experiência realizando missões. Quando ganharmos alguma eu explico como funciona. – Explica Poke.

– Agora é só pegarmos equipamentos no laboratório do Dr. Droid e partirmos para missão, certo? – Pergunta Z.

– Certo, mas é recomendável irmos em pelo menos quatro. – Acrescenta Poke.

– Então precisamos de mais um. – Conclui Z.

– Vocês estão em três? – Lukami pergunta curiosa.

– Ué, você não quer vir com a gente? – Z indaga a garota.

– Posso mesmo? – Ela sorri esperançosa.

– É claro. Eu não perderia meu tempo explicando tudo pra você por nada. – Responde Poke.

– Obrigada! – Lukami abraça os pescoços de seus dois novos amigos.

– Lukami. Estou feliz por você e tudo mais, mas eu gosto de respirar. – Alerta Z.

– Somos apenas dados nesse mundo, Z. Nós não respiramos. Só é desconfortável. – Explica Poke.

– Desculpem. Eu me animei demais. – Ela solta a dupla e então sorri. – Esperem, se somos uma equipe, isso quer dizer... Que sou a única menina do grupo!?

Z e Poke se entreolham e Z fala.

– Bom, da última vez que me olhei no espelho eu era homem.

– Comigo dois. – Acrescenta Poke.

Após as palavras dos garotos, Lukami começa a olhar os arredores e grita.

– SAMURAI! Harakire kisama!

Em seguida, corre em direção a uma garota e volta arrastando a mesma.

– Pronto! Essa será nossa nova companheira e assim igualamos o número de garotos e garotas. Você quer ser nossa amiga? – Lukami questionou a garota.

A garota que havia sido arrastada para a conversa, vestia a versão feminina da armadura de Z, mas suas cores eram as mesmas da de Lukami, tinha olhos vermelhos e cabelos negros tão longos quanto os da mesma, porém, os seus eram encaracolados. As duas pareciam ter a mesma idade.

– Lukami! Você não pode sair arrastando as pessoas assim! – Repreendeu-a Z.

– É verdade. Sem falar que ela já pode ter um grupo. – Completa Poke.

– Na verdade... – A garota começa a falar com uma voz baixa e rosto corado. – Eu sou nova aqui e...

– Então está decidido! – Interrompe Lukami. – Você vai ser nossa companheira! Como é seu nome mesmo?

– É Celestia. – Ela responde de forma tímida, novamente.

– Que nome lindo! – Diz Lukami.

– Obrigada. – Ela torna a responder com sua típica voz sumida.

– Z! Poke! Agora que estamos em quatro, nós já podemos ir em missões? – Perguntou Lukami.

– Na verdade, seria bom termos um Blindado conosco. – Alerta Poke.

– Celestia, você é de que classe? – Lukami volta-se para a garota.

– Canhoneiro.

– Não estava óbvio? – Diz Z.

– Blindados possuem um escudo no braço esquerdo, Duelistas uma espada nas costas e Canhoneiros essa mochila com tubos até os braços. – Explica Poke. – Você não sabia?

– Não. – Responde Lukami. – Mas e os G2?

– São iguais a estátua do Alpha. Eles não possuem nenhum item ou acessório que os diferencie. Pensando bem, talvez essa seja a diferença. – Responde Poke. – Bom, vamos só pegar os equipamentos que pudermos e depois vemos o que fazer. Deixem eu ver suas características.

– Tudo bem. – Lukami concorda e todos “abrem” monitores holográficos com os dados de seu personagem.

Poke analisa cada um dos companheiros e dá seu veredito sobre cada um.

– Z, seu personagem está bom, bem equilibrado. Eu recomendaria que você pegasse um equipamento que fornecesse Armadura, ou talvez Força, mas não acho que você vá entrar em combate físico.

– Lukami, sua Armadura é zero! Recomendo fortemente que pegue um bom equipamento de proteção.

– Celestia, você também está bem. Um equipamento de proteção já está de bom tamanho.

– Tenho só mais uma coisa para acrescentar para vocês. Se forem escolher o equipamento “Blindagem Pessoal”, escolham como proteção extra o Poder de Fogo (PdF). A maioria dos inimigos da primeira missão, combatem a distância.

– E você? O que vai pegar? – Perguntou Z.

– Eu não acho que vou ser atingido, mas como tenho poucos Pontos de Vida, acho que vou escolher um de proteção também.

– Mas você não é um jogador veterano? Pra você a missão deve ser fácil. – Comenta Lukami.

– Sim, mas já que o tal de Blek venceu a missão sozinho, ela deve estar um pouco mais difícil dessa vez. É o que eu acho.

– Então, todo cuidado é pouco né?

– Exato. E ainda precisamos de um Blindado no time. – Poke fica pensativo por uns segundos e torna a falar. – Vamos colocar um anuncio no mural e ver se alguém responde.

– Anúncio? Tipo as placas de “precisa-se de ajuda” que alguns lugares tem? – Lukami pergunta curiosa.

– Exato. Vamos colocar um anúncio de procura por um Blindado e ver quem responde.

Com a decisão tomada, o grupo acompanha Poke em direção ao mural. Lá, já havia vários anúncios. E a maioria era de pessoas em busca de aliados.

– Co-com licença. Mas por que não pegamos um desses? – Manifesta-se Celestia.

– Porque a maioria é de jogadores que já passaram da primeira missão ou, não há informação suficiente sobre o jogador. Fracamente, eles deveriam no mínimo colocar a classe ao qual pertencem. – Diz Poke.

– Ei, cara! – Z chama a atenção de Poke. – E aquela ali?

Z apontava para uma garota que parecia pertencer à mesma idade que ele e Poke. Ela usava uma armadura completamente negra, tinha cabelos igualmente negros e eram longos e lisos e seus olhos eram acinzentados.

– Parece a versão feminina do Blek. Só que da classe Blindado. – Diz Poke.

– SAMURAI! Harakire kisama! – Grita Lukami, deixando todos perplexos.

– Você precisa parar com isso. – Diz Poke colocando a mão sobre o ombro de Lukami.

– Com licença, mas o que está fazendo? – Z se aproxima para falar com a garota.

– Não que seja da sua conta, mas estou procurando por um grupo. – Ela responde com uma voz firme.

“Ela parece ser o completo oposto da Celestia.” – Pensou Poke.

– Que coincidência! – Manifesta-se Lukami. – Nosso grupo está atrás justamente de alguém da classe Blindado. Por que não se junta a nós?

– Eu, com vocês?! Bom, acho que posso dar a vocês a honra de minha companhia. Eu me chamo Harper, e vocês?

– Eu sou Lukami e esses são Z e Poke. E essa aqui escondida atrás de mim, é a Celestia.

– “Z”? Por acaso voc...

– Pode parar! Todo mundo já fez essa piada. – Z a interrompe.

– Bom, já que seremos um grupo, precisamos decidir quem vai ser o líder. – Comentou Poke.

– É claro que serei eu! – Diz Z.

– E por que você? – Pergunta Harper.

– Porque eu sou o Ranger Vermelho!

– Hã? – Todos indagam simultaneamente.

– Fala sério, todos vocês estão com armaduras pretas. Como sou o único de vermelho, mereço uma posição de destaque.

– É uma razão bem idiota, mas eu concordo. – Afirma Poke.

– Eu também! – Lukami diz empolgada.

– E-eu também. – Concorda Celestia.

– Eu não. Sou uma jogadora Beta. Eu deveria liderar o grupo. – Revela Harper.

– Eu também sou um Beta e não tenho nada contra o Z liderar. Além disso, ser líder é apenas decidir em que missão iremos. Não é algo realmente importante. – Relata Poke.

– Você adora queimar meu filme né? – Diz Z entristecido.

– Tudo bem então. Eu concordo. Mas não pensem que estou feliz com essa decisão. – Harper resolve aceitar a opinião da maioria.

– Ótimo. Agora vamos pegar alguns equipamentos e partir para a missão. Harper, quer alguma dica de equipamento? – Pergunta Poke.

– Por favor! Já disse que sou uma Beta. Além disso, todas minhas características são bem equilibradas, então, não importa qual equipamento vou escolher. Mas já que está tão curioso, eu posso dizer que estou pensando em pegar um escudo.

Dessa forma, os cinco jogadores vão até o laboratório do Dr. Droid para se prepararem para sua primeira missão.


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Notas finais do capítulo

AVISO: os jogadores possuem 700 Bytes para Armas, Armaduras E Acessórios, ou seja, para todos e não para cada categoria. Os equipamentos estão separados apenas por razões de organização.
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Acessórios:
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Escudo Defletor B; A: 2; Deflexão; 300 Bytes
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Escudo Refletor B; A: 4; Reflexão; 600 Bytes
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Armaduras:
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Blindagem Pessoal A-1; A: 2; Armadura Extra (F ou PdF); 400 Bytes
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Blindagem Pessoal A-2; A: 4; Armadura Extra (F ou PdF); 600 Bytes
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Campo de Força Pessoal A; A: 4; Deflexão; 500 Bytes
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Armas Brancas:
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Adaga de Plasma A-1; F: 1; Ataque Especial (Penetrante); 300 Bytes
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Adaga de Plasma A-2; F: 2; Ataque Especial (Penetrante); 500 Bytes
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Maça de Titânio B-1; F: 3; Membros Elásticos; 400 Bytes
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Maça de Titânio B-2; F: 4; Membros Elásticos; 500 Bytes
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Machado de Energia B-1; F: 3; Ataque Especial (Penetrante); 500 Bytes
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Machado de Energia B-2; F: 4; Ataque Especial (Penetrante); 600 Bytes
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Katana D-1; F: 3; Ataque Múltiplo; 400 Bytes
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Katana D-2; F: 4; Ataque Múltiplo; 500 Bytes
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Katana D-3; F: 5; Ataque Múltiplo; 600 Bytes
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Sabre de Plasma D-1; F: 4; Ataque Especial (Penetrante); 600 Bytes
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Armas de Fogo:
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Bazuca C-1; PdF: 3; Ataque Especial (Teleguiado); 500 Bytes
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Bazuca C-2; PdF: 5; Ataque Especial (Teleguiado); 700 Bytes
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Canhão de Plasma C-1; PdF: 2; Tiro Carregável; 300 Bytes
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Canhão de Plasma C-2; PdF: 4; Tiro Carregável; 500 Bytes
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Granadas de Fragmentação A; PdF: 2; Ataque Especial (Amplo); 500 Bytes
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Metralhadora Vulcan C-1; PdF: 3; Tiro Múltiplo; 500 Bytes
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Metralhadora Vulcan C-2; PdF: 5; Tiro Múltiplo; 700 Bytes
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Pistola Lazer A-1; PdF: 2; Ataque Especial (Preciso); 400 Bytes
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Pistola Lazer A-2; PdF: 3; Ataque Especial (Preciso); 500 Bytes
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Pistola Lazer A-3; PdF: 4; Ataque Especial (Preciso); 600 Bytes



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