Lilin observou atentamente o jovem vagar pelos cantos da sala a procura de algo para feri-la ou tentar fugir, mas em seus olhos ela poderia ver o rancor, ódio que sentia dos seres como ela, sorriu ao se afastar da porta fechando-a com seu poder, decidira brincar de igual para igual por um momento, sabia que ela ganharia ele em instantes, caso quisesse acabar com essa marra de forte e corajoso.

- Oi porquinho, diga-me seu nome. – disse a ruiva calmamente.

- Quem é você? – questionou o moreno.

- Sua dona de agora em diante. – comentou caminhando ao redor – Prazer Lilin, mais conhecida como a princesa succubus.

- Devoradores de almas. – afirmou Joseph achando espelho quebrando-o segurou o vidro contra o avanço da ruiva.

- Não diria isso, corrompemos almas, neste caso eu as compro. – sorriu sinistra – O que seria de mim sem um trabalho digno do mal?

- Monstros! – rugiu bravo.

- Isso sim, posso afirmar que sou. – riu atacando-o como uma leoa.

O ataque foi repentino, mas como muita astúcia Joseph se esquivou, ela era elegante enquanto caçava, não tinha movimentos bruscos apenas o leve ataque, aquele certeiro que destruía sua vitima de uma só vez, andando em círculos nenhum dos dois se moveu novamente para avançar, enquanto isso ela continuava a falar.

- Então porquinho, diga-me seu nome. – sorriu mostrando os dentes brancos.

- Não sou um ser para o abate. – afirmou sério – Sou humano.

- Então, exatamente por isso. – riu aproximando-se sem receio – Diga-me seu nome porquinho.

- Joseph, Joseph Prescott. – respondeu friamente.

- Prazer Joseph. – aproximou-se parando em sua frente em um piscar de olhos.

Mais uma vez ela o pegou de surpresa, mas com o choque o moreno por reflexo esticou o braço quase perfurando a ruiva, esta se esquivou antes do ataque, movimentando-se em segundos parando atrás do moreno, sua respiração bateu na nuca deixando-o surpreso.

- Peguei porquinho. – riu ela puxando seus braços para trás – Quer um beijinho?

- Vai pro inferno! – rugiu o moreno jogando a cabeça pra trás acertando-a em impacto soltando-o.

- Acabei de sair de lá amor. – afirmou recuperando o equilíbrio – Forte, isso é bom, mas eu gosto de ficar por cima.

- Sua…

- Deliciosa, sim eu sei. – gargalhou ao se esquivar dele.

- Ia dizer vadia, mas acredito que leve isso ao elogio também. – comentou voltando-se para ela que ria ainda mais.

- Vindo de um humano para uma succubus isso não é novidade, meu bem já escutei coisas piores. – disse despreocupada a se ver empurrada contra a parede com o pescoço preso pelo braço do moreno.

- Vou matar você. – afirmou aproximando o vidro em seu pescoço.

- Não tão fácil docinho. – sussurrou a ruiva tocando o rosto do moreno.

O efeito foi instantâneo a lamina caiu de sua mão conforme o encanto o seduzia, sorrindo a ruiva aproximou sua boca da dele, deslizando a língua sensualmente pelos lábios do moreno ela deliciou-se com o seu sabor, almiscarado com um toque doce, a respiração começou a se alterar, química rolando no ar, ela puxou lentamente o corpo dele para tocar o dela, corpos próximos, mente desconectada, Joseph se deixou encantar, se ela quisesse o matar teria lhe cortado em pedaços sem nem ele ter se tocado, conduzindo-o até a mesa ela inclinou-se contra o corpo dele, subindo seu vestido conforme se sentava com as pernas ao seu redor.

- Porquinho, porquinho, deixe-me te abusar. – sorriu rasgando com suas unhas a camisa do jovem de uma vez só.

Ela sorriu beijando o local, carne quente, salgada pelo suor, ficaria ainda mais quando o deixar sem nada ao luar, Lilin mordeu-lhe o pescoço sem nem ao menos hesitar, este gemeu ao sentir sua pele arder, a ruiva sentiu o moreno começar a queimar, furiosa seguiu um foco para falar.

- Thoth deixe-o em paz. – reclamou a ruiva sem se preocupar.

- Começou a diversão sem a gente minha princesa, sabe que adoramos um ménage ou voyeur é melhor? – riu o demônio ao entrar no local.

- Deveriam caçar outros, este é meu por sinal. – afirmou fria.

- Já acabou docinho, seu humano é o ultimo a se caçar. – comentou Bast ao lado do amigo e rival.

- Ele não será caça, será meu para desgraça. – Lilin disse voltando-se ao humano agora ciente de todos no lugar – Viste o que aconteceu! Agora o encanto se perdeu.

- Satisfaço-te esta noite minha ruiva de matar. – disse Bast ao se aproximar.

- Thoth faça-o apagar. – ordenou a ruiva em seu lugar, voltando-se para ele ao exclamar – Quero os dois de joelhos pedindo o perdão que não irei dar.

- Durma humano, ainda terá muito que aguentar. – riu o demônio ao exaltar.

Em instantes Joseph repousou em seu lugar, olhos fechados e mente a vagar, em sonhos iria se aventurar, enquanto isso dois demônios estavam a sofrer e sangrar, Lilin não era de perdoar, acabaram com a sua brincadeira de caçar e agora ela iria devorar, os fazer pagar pelo desejo que a fez possessa de raiva ficar. A princesa succubus era a pior dos demônios a estar na terra a torturar, não havia chance de se salvar.