back to the past escrita por mareana


Capítulo 22
Hurricane


Notas iniciais do capítulo

OLÁ AMORESSSSSSSSSSS, COMO ESTÃO?
Eu demorei de novo, mas é porque eu precisei escrever um cap maior. Então, + 3 mil palavras pra vocês! Meu notebook vai ser mandando pra assistência técnica amanhã, e é por isso que eu resolvi escrever um capitulo maior.
O capitulo 23, vai sair no domingo, porque vou escrevê-lo agora e programar para o domingo. Então, só esperar.
Ah, sim! Eu só fiz o "look" da Annabeth. Não tá 100% fiel a descrição, mas é só pra vocês terem uma ideia de como é.
E chegamos aos 190 LEITORES! VOCÊS SÃO DEMAISSSSSSSSSSS OBRIGADA!!!11ONZE E... Fiquem com o capitulo, que eu ja escrevi demais, e falar demais aqui já é demais. Demais. Demais. Beijos :D



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/409077/chapter/22

Annabeth P.O.V

– Eu também adoraria que você tirasse-o, mas tenho que ir para casa - eu disse, levantando a mão e apontando a mensagem em meu celular - Dona Atena tem algo para me contar e já desconfio o que seja.

Enquanto me trocava no banheiro, meu celular apitou algumas vezes e vi algumas mensagens de minha mãe. Ela queria que eu chegasse em casa logo, porque tinha alguma coisa importantíssima para me contar.

Percy soltou um gemido e se me soltou, pegando a caixa que estava em cima da cama e colocando-a em cima da escrivaninha. Desabotoou a camisa e tirou-a, sem se importar como o fato de eu estar ali.

– Vai ficar para o show? - ele perguntou com a voz rouca e terrivelmente sexy.

Não pude deixar de corar e desviei o olhar, voltando para o banheiro. Tranquei a porta - por precaução - e fiquei encarando-me no espelho.

O vestido era lindo. Era tomara-que-caia, bege e tinha a estampa mais bonita que eu já havia visto. Várias borboletas estavam presas na barra do mesmo, e algumas pareciam voar até o busto, dando a impressão que tentavam fugir. Eram elas que davam toda a graça ao vestido, deixando-o delicado. E combinava com o tom dos meus olhos, os meus cabelos e até a minha pele.

Devo ter ficado muito tempo na frente do espelho admirando o vestido, porque ouvi algumas batidas na porta e Percy murmurar algo como: "Morreu?", tirando-me do transe.

Despi o vestido, dobrei-o gentilmente e coloquei de volta a caixa, onde ainda havia algumas joias, um par de sapatos e uma tiara que eu não tinha parado para ver. Me vesti novamente, fechei a caixa, calcei os sapatos e saí do banheiro.

Me despedi de todos e Percy me levou em casa. Tivemos uma conversa agradável no carro.

Eu achava incrível o quanto me sentia confortável perto dele. E era incrível o quão bem as coisas estavam indo. Estávamos juntos a menos de uma semana, mas pareciam anos.

– Que foi? - ele perguntou.

– Nada - murmurei e sorri.

Ficamos conversando sobre coisas aleatórias durante o trajeto e ríamos um da cara do outro. Depois de 40 minutos, finalmente chegamos em casa.

– Vai fazer o que amanhã? - Percy perguntou, colocando uma mão em minha perna.

– Hum... - tentei lembrar do que havia programado - Vou adiantar alguns trabalhos e tentar passar o dia com a minha mãe.

Eu sabia que ele estava me perguntando isso, porque passaria o domingo fora. Tinha um show marcado numa casa de shows mais para o norte do país, não sei bem ao certo. Só veria-o no horário da entrevista.

– Então nos vemos na segunda, tudo bem? - ele disse e me beijou.

Depois de lhe beijar algumas vezes e dar algumas risadas, ajeitei o capuz do moletom na cabeça e corri para dentro do prédio. Vi que as luzes da sala estavam acesas, então deduzi que minha mãe realmente tinha algo importante para dizer.

– Cheguei! - gritei, enquanto fechava a porta e jogava as chaves no balcão - Mãe?

– Estou aqui no quarto! - ela gritou de volta.

Dei de ombros e subi as escadas.

Apesar de ser bem menor que a nossa casa, o apartamento era bem grande. Eram dois andares: Embaixo, a sala, a cozinha - que eram separadas por um balcão -, um banheiro e a lavanderia. Já no segundo, havia três quartos, mais um banheiro e o escritório.

– Mãe? - chamei, entrando no quarto e examinando-o. Tinha algo estranho - A senhora está aí?

– Estou aqui no banheiro, pode esperar? - ela respondeu. Sua voz parecia trêmula, mas ignorei essa parte. Me joguei na cama e fiquei encarando o teto, enquanto esperava-a.

Não sabia se haviam passado segundos ou minutos. Mas se foram segundos, foram muitos. E se foram minutos, foram poucos. Esquisito.

Ela saiu do banheiro com algo branco nas mãos e tinha a outra na barriga. Ela estava com os olhos arregalados e parecia surpresa. Sentei-me e fiquei olhando-a.

– Que foi? - perguntei, quando percebi que ela não ia dizer nada.

– E-Eu... - ela murmurou e olhou para o aparelho em sua mãos - Eu acho que... - ela ergueu o tal aparelho e colocou em minha mão.

Olhei para ele, e percebi que era um teste de gravidez. Encarei minha mãe e depois voltei o olhar para o teste. Estava de cabeça para baixo, então virei-o. Haviam duas listras vermelhas. Encarei minha mãe de novo. Eu sabia o que significava aquilo, já que havia acompanhado algumas amigas enquanto faziam isso. Mas nunca imaginei que veria minha mãe fazendo um.

– Isso quer dizer que... - tentei dizer, mas nada saia.

Minha mãe estava grávida. E nós sabíamos disso. Ela se sentou ao meu lado e sorriu, abraçando-me. Ficamos em silêncio por um bom tempo.

Eu estava feliz. Muito feliz. Mas havia uma coisa me incomodando: Será que minha mãe está saindo com outra pessoa e não me contou? E estão tão firmes, ao ponto de terem transado e agora ela estar esperando um bebê? E por quê ela não me contou? Por que esconder isso de mim? Estava me sentindo traída.

– É do seu pai - ela disse, com a voz ainda trêmula.

– Mas... - murmurei e desviei o olhar - Papai morreu há mais de dois meses...

– Eu sei - ela assentiu e segurou minhas mãos, obrigando-me a olhá-la - Mas eu sei que é dele. Não fiquei com ninguém depois da morte dele. Eu simplesmente não consigo - sua voz voltou a ficar trêmula, já que ela segurava o choro - Frederick é e sempre será o amor da minha vida. E você... - ela me abraçou forte e apoiou uma mão na barriga - E essa criança... - senti algo pingar em minha mão - São a prova disso.

Fiquei encarando ela. Seus olhos estavam vermelhos e o nariz também, devido ao choro. Tinha um pequeno sorriso em seu rosto e parecia ansiosa, esperando o que eu iria dizer. Diversas coisas passavam pela minha cabeça. E então, cheguei em uma conclusão:

– Posso cuidar da decoração do quarto?

Nunca tinha visto uma pessoa sorrir tanto. Minha mãe parecia uma criança com um brinquedo novo nas mãos. Ela se jogou na cama e começou a rir. Nem parecia uma mulher de 40 anos, mãe de uma menina de 17, viúva e grávida. Parecia uma criança: Feliz e despreocupada.

– Segunda vou ao médico e marcar tudo que é exame - ela disse, pegando o celular e digitando algo - Preciso ligar para os seus avós. E para Zeus. E também tenho que começar a providenciar os móveis para o quarto, brinquedos, roupas...

– Mãe... - chamei.

– Acho que seria uma ideia bacana se eu contratasse alguém para cuidar do bebê... Cindy havia dito que a babá que cuidou do Andrew era muito boa... - digitou mais algumas coisas e continuou falando - Talvez eu pegue o telefone e...

– Mãe... - chamei novamente.

– Também tem essa coisa toda de pré-natal e...

– Mãe! - gritei e ela me olhou assustada, parando de digitar - Ainda é muito cedo para isso tudo. Nem sabemos o sexo do bebê! Como pretende comprar roupas, sem ao menos saber isso?

– Hum... - ela murmurou e largou o celular - Você tem razão.

– Depois que tivermos certeza do sexo, vemos todas essas coisas. Tudo bem? - falei rindo e ela assentiu.

Ela murmurou alguma coisa e se sentou na cama, encostando na parede. Senti que ela responderia qualquer coisa que eu perguntasse agora. Era o momento perfeito para colocar as cartas na mesa e descobrir tudo que anda acontecendo com a empresa nos últimos meses.

– Mãe... - murmurei e ela me encarou - Tem uma coisa que eu ando querendo saber há um tempo...

– E o que seria? - Ela sabe que eu sei. Tenho certeza disso.

Nos encaramos. Se não fosse pelo cabelo castanho, minha mãe seria a cópia perfeita de mim. Tínhamos os mesmos olhos cinzas, os mesmos traços e até mesmo o corpo. Minha mãe era uma cópia mais velha e elegante de mim. E muito mais bela, com certeza.

– Por que não me contou que a empresa não anda muito bem? - perguntei de vez.

Ela não parecia surpresa em eu saber. Suspirou e sentou-se cruzando as pernas, abraçando uma almofada.

– Antes de Frederick morrer, a empresa estava no meio de um processo - ela começou - Foi a empresa do pai de Peter, junto da Dare's, que deram entrada no processo...

"Segundo os arquivos, eles estavam fazendo isso, devido as dívidas que não havíamos pago a eles. O que era tudo invenção. Frederick e Zeus sempre souberam que não podiam fazer acordos com as duas empresas, porque os donos não são muito confiáveis. Ele até pensou em te proibir de continuar com Max, mas conversamos sobre isso, e chegamos a conclusão que o amor de vocês não tinha nada a ver com uma briga de empresários.

"Conversamos com Peter diversas vezes. Ele se recusava a retirar o processo. Dizia que negócios eram negócios, e que devíamos ter pago tudo como havia sido combinado. Mas na realidade, esse tal acordo, era o seguinte: Pegaríamos emprestado 100 mil dólares com a Tártaros. Tínhamos esse dinheiro, mas precisávamos de novos investimentos. O trato era: Deveríamos devolver 150 mil para ele. Achamos justo e aceitamos. No mês seguinte ao empréstimo, devolvemos os 150 mil. Mesmo sabendo que ele não era muito confiável, fizemos o acordo. Mas Peter inventou que por termos atrasado, o que era mentira, tínhamos que pagar mais.

– Mas por que ele mandou alguém aqui pra roubar documentos? - perguntei.

– Ele iria nos chantagear. Roubaria alguns documentos, e pediria o dinheiro em troca dos mesmos - ela desviou o olhar e ficou encarando a janela. Já sei o que vinha a seguir, e ela parecia se preparar para continuar - Frederick foi morto por causa disso. Ele correu atrás de um dos caras que Peter mandou.

Já tinha ouvido tudo aquilo de Thalia e Luke, mas ter tudo confirmado, pela minha mãe, era mais doloroso ainda.

Parecia que uma pedra enorme estava entalada na minha garganta. Estava sentindo falta de ar, e respirava muito rápido. Estava com raiva, muita raiva. Tive vontade de levantar, entrar no primeiro táxi que aparecesse e ir até a casa de Peter. Xingá-lo até ficar sem voz e depois vê-lo sendo preso por ser mandante de um crime.

Ele foi no enterro do meu pai. Me abraçou, disse que sentia muito e que meu pai era um cara muito bom, que não devia ter morrido daquele jeito. Era tudo mentira. Uma encenação.

– Aquele filho de uma puta, desgraçado! - berrei - Eu não acredito que.. que... - comecei a soluçar e sentia a pedra subir pela garganta. Tinha vontade de vomitar, mas o choro impediu.

Minha visão estava embaçada pelas lágrimas. Não conseguia ver nada. Estava me sentindo traída, como se tivessem acabado de me atingir com uma faca enorme nas costas. A dor não passava. E eu sentia que nunca ia passar.

Ouvi minha mãe dizer algo. E me puxar para perto, me deitando na cama. Ainda não conseguia enxergar nada. Conseguia ouvir meus gemidos e soluços. Eu estava emitindo um som parecido com um de um animal morrendo. E me sentia assim: Morrendo.

– Ele vai pagar, querida - minha mãe sussurrou em meu ouvido, abraçando-me - Estamos bem. Frederick está bem. Vai ficar tudo bem.

Percy P.O.V

Sábado e domingo passaram rápido, o que foi um alívio.

Sábado passei o dia com Annabeth, e no domingo, fiz um show á 4 horas de Nova York. Não lembro o nome da cidade, mas começava com C. Ou F. Não sei.

Acordei na segunda-feira com Don't Go Breaking My Heart tocando alto no meu quarto. E também havia alguém cantando.

Don't go breaking my heart... I couldn't if I tried...– Marie cantava e dançava, abrindo as cortinas do quarto e passando a vassoura pelos cantos.

Honey if I get restless – murmurei e ela olhou para mim, rindo.

– Ah, meu menino! - ela veio mais perto e depositou um beijo em minha bochecha - Cante pra mim!

Marie era a única pessoa no mundo inteiro que conseguia me acordar cedo, sem me deixar de mau humor. A música ainda tocava e levantei, pegando a mão dela e dançando.

So don't go breaking my heart...– cantei e ela riu - I won't go breaking your heart...

Dançamos juntos até o fim da música. O relógio marcava 6 horas em ponto, quando a música terminou. O rádio estava no aleatório, então deu-se início a outra música.

E eu conhecia aquela batida.

This ain't a song for the broken-hearted...– Marie cantou junto de Jon, pegando a vassoura novamente e dançando sozinha.

Dei risada e balancei a cabeça. Ela voltou a abrir as cortinas, e passar a vassoura pelos cantos, enquanto murmurava a música.

* * *

– E por que eu não vou pra aula? - perguntei pela quinta vez.

– Juro por todos os deuses, que se você perguntar isso de novo, eu vou te bater até você ficar roxo - Apolo respondeu, me dando um tapa na cabeça, o que me fez protestar - Annabeth vai embora no terceiro tempo. Atena disse que era bom que ela fosse pra aula, já que vocês inventaram de faltar na semana passada - ele resmungou - Sei nem como ela conseguiu entrar, porque tinha uma multidão na porta da escola...

– E ela está bem? - interrompi.

– Percy, você pode, por favor, parar de se mexer tanto? - Emma disse.

Ela estava ajeitando a roupa da forma certa e tentando tirar fotos das roupas, para postar no site dela, como sempre faz.

– Bom, vou indo. A reunião está marcada para as 10 horas - Apolo disse se levantando e abrindo a porta - Vê se fica quieto e deixa a Emma tirar as fotos. Annabeth vai estar aqui logo logo, já mandei buscá-la.

Assim que ele disse isso, a porta foi empurrada e apareceram duas pessoas. Minha mãe e Annabeth.

– Olá! - minha mãe disse, entrando no camarim e deixando a bolsa no pequeno sofá - Oh, meu bebê... Você está tão lindinho...

– Mãe! - resmunguei e ela riu.

– Não precisa se preocupar com isso - Annabeth disse, rindo - Eu sei que você sempre será o bebê da Sally.

Annabeth ainda não estava com o vestido, mas já estava maquiada e com o penteado feito. Seus cabelos estavam presos em uma trança, que caía no seu ombro esquerdo, e deixava uma mecha solta ao lado direito. A maquiagem era simples, mas destacava ainda mais os seus olhos.

– Pare de comê-la com os olhos e presta atenção aqui nas fotos - Emma resmungou, me tirando do transe e fazendo Annabeth corar.

Voltei a atenção para as fotos e fiquei fazendo poses engraçadas, fazendo minha mãe e Annabeth rirem e Emma bufar. Quando ela finalmente conseguiu tirar todas que queria, fomos avisados que entraríamos em 10 minutos. Ao ouvir isso, Emma tirou a atenção de mim e puxou Annabeth para o outro camarim, me deixando com minha mãe.

– Foi tão engraçado nós duas vindo para cá juntas - minha mãe disse - A gente estava conversando e haviam três pessoas em cima dela. Arnold ficou admirado com os olhos dela e disse que não ia fazer um monte de coisa e aí todos começaram a falar o quão lindo são os olhos dela e terminaram falando que a Lady Gaga as vezes extrapola nas roupas.

– Novidade? - perguntei e ela riu.

– JESUS! - alguém gritou e abriu a porta - VOCÊ ESTÁ FAZENDO O QUE AÍ AINDA, MOLEQUE? - Apolo berrou e me puxou - VOCÊS ENTRAM EM 1 MINUTO E... Oi Sally - ele murmurou.

– Anda, vão logo! - ela gritou e riu.

Apolo me arrastou por um longo corredor, onde várias pessoas apontavam e tentavam falar comigo, mas ele interrompi-as e me puxava mais forte. Uma mulher com uma prancheta na mão nos acompanhava e dizia algumas coisas, mas eu não estava ouvindo.

Quando chegamos na entrada do set, ele me deixou lá e disse para esperar a chamada. Annabeth estava do outro lado, então não iríamos entrar juntos.

O programa começou

– Bom dia! - pude ouvir a voz de Hefesto por todo o estúdio - Sei que hoje temos muitas fãs histéricas se segurando aí do outro lado... - algumas pessoas riram - Como foi anunciado durante a semana passada, hoje, iremos descobrir quem é a garota que roubou o coração de Percy Jackson! - dava para ouvir o barulho de um tambor, para dar mais suspense - Então, sem mais delongas... Percy Jackson!

Entrei no estúdio e a pequena platéia aplaudia. Hefesto ria e me sentei na poltrona ao lado dele.

– Roubou meu coração? - perguntei, erguendo uma sobrancelha.

– Sei que é um tanto ultrapassado, mas é bonitinho - ele disse e se virou para o outro lado. Era de onde Annabeth viria - E com vocês... - o tambor novamente - Annabeth Chase!

Ela parecia um anjo. Estava linda. O vestido perfeito nela. Havia uma faixa amarrada na cintura, que eu não tinha percebido antes. Ela estava com o penteado e a mesma maquiagem que eu vi antes. Usava um salto rosa, bem claro, e tinha um colar no pescoço. Era o único acessório.

Ela estava corando e tinha um pequeno sorriso nos lábios. Hefesto pediu para que ela se sentasse ao meu lado, o que ela fez. Apertei usa mão e ela sorriu para mim.

– Vocês fazem um casal muito bonito, tenho que admitir - Hefesto disse, pegando um tablet que estava em sua mesa e o colocando nas mãos - E parece que as fãs também acham - ele riu - Como vai, Annabeth?

– Estou meio nervosa, mas fora isso, está tudo bem - ela disse, fazendo os outros rirem.

– Você é muito bonita pessoalmente - Annabeth corou e ele riu. Hefesto tem o dom de fazer as pessoas ficarem tímidas perto dele - Então... Há quanto tempo vocês se conhecem?

– Você responde? - perguntei para ela.

– Como Percy tem 18, nos conhecemos há 11 anos - ela respondeu.

Isso era bom. A voz dela não estava tremendo e ela parecia relaxada. Não estava tão nervosa quanto antes.

– Sim! - Hefesto disse e se virou para o telão atrás de nós - Temos fotos de vocês dois pequenos, olhem só.

A primeira, era a foto que eu havia tirado com ela na praia. Annabeth estava rindo de mim e eu estava fazendo bico, com uma alga na cabeça. A segunda, era ela e eu recebendo o primeiro lugar na feira de ciências. A outra, eu estava comendo um pedaço de bolo azul, enquanto ela lia alguma coisa.

– Cabeça de Algas - ela disse e todos riram.

– Apolo que mandou essas fotos para vocês? - perguntei - Vou parti-lo ao meio... - murmurei e a platéia riu.

– Annabeth, como é namorar um cara famoso? - ele perguntou - É complicado ou você está indo de boa?

– É complicado, com certeza - ela disse - Mas pra mim, ele não é só Percy Jackson, aquele cara famoso, que tem milhares de fãs e tudo o mais. Ele é o Percy: Meu namorado, meu melhor amigo.

– E ainda tem gente que pergunta o porquê de eu amar essa menina - falei, revirando os olhos e sorrindo.

– Desde que saiu aquele vídeo, a imprensa tem caído muito em cima de vocês?

– Sim e não - respondi - A nossa escola, por exemplo: Hoje estava cheia de repórteres e fãs. Nós tomamos cuidado quando saímos, então não está tudo tão difícil.

– Annabeth, na semana passada, você deve ter visto que muitas fãs comentaram sobre o namoro de vocês nas redes sociais e muitas não aceitam a relação de vocês - ela assentiu - Você fica incomodada com isso?

– Não - ela respondeu - Sempre vai ter pessoas que vão apoiar de corpo e almas, e as que vão detestar. Eu entendo todas elas, porque já passei por isso - os outros riram - Eu só espero que respeitem as nossas decisões. Só isso.

– E você Percy?

– Acho que por serem minhas fãs, devem compreender. Todas dizem que querem me ver feliz, e Annabeth me faz feliz. Isso que importa.

– Vocês são muito fofos mesmo, preciso concordar - ele murmurou - Mas então, em relação a Calypso, como tudo aquilo aconteceu? Você nunca falou disse ao publico e ninguém ouviu sua versão da história.

– Não acho que seja uma boa ideia comentar sobre isso... - respondi e ele assentiu - Mas, respondendo a uma pergunta que me fizeram no dia em que saiu o vídeo, depois da minha prima gritar com os repórteres: Eu não terminei com Calypso para ficar com a Annabeth.

– Ótimo, ótimo - ele disse - Vamos as perguntas dos fãs - ele clicou em algo no seu tablet e leu: - @Percyguidas: O que vocês gostam de fazer juntos?

– Eu gosto de ficar rindo das histórias que Poseidon me conta, de quando Percy era pequeno - Annabeth respondeu, fazendo-me corar e os outros rirem - Fizemos isso juntos ontem. Conta?

– Conta - Hefesto concordou.

– Eu gosto de quando saímos para comer algo - respondi, tentando mudar de assunto.

– Vocês não andam fazendo muitas coisas sozinhos, né? - Hefesto perguntou e assentimos - Apolo, que tal deixar esses dois se divertirem um pouco? Vamos subir hashtag no twitter - ele digitou algo no tablet e apareceu no telão: - #ApoloDeixaAnnabethEPercySeDivertirem.

A platéia riu e Annabeth apertou minha mão novamente, fazendo-me olhar para ela. Ficamos assim por alguns segundos, enquanto a platéia ainda ria. Ela apoiou a cabeça no meu ombro, e passei meu braço pelos seus.

– Próxima pergunta! - Hefesto disse - @SmurfdoPercy: O que vocês mais gostam um no outro?

– Gosto do cheiro dele - Annabeth respondeu - Percy tem cheiro de maresia, o que me deixa nostálgica. Amo isso.

– Gosto dos olhos dela - respondi - Parece que a qualquer momento ela vai lançar raios pelos olhos... - ela me deu um tapa no braço, fazendo-os rir.

– @LoucasPeloJackson: Vocês brigam muito? E quando brigam, quem pede desculpas primeiro?

– Estamos juntos oficialmente há uma semana, galera - falei - Nem tivemos tempo para ter brigas ainda.

– E pretendemos não ter muitas - Annabeth disse - E se tivermos, Percy é quem irá pedir desculpas primeiro, lógico - completou.

– @AmamosPercabeth: O que vocês acham de Percabeth? Gostam ou preferem outro?

– O que é Percabeth? - perguntei. Estava confuso. A platéia riu e Hefesto murmurou "Lerdo".

– É a junção dos nossos nomes, olha - Annabeth disse - "Per" de Percy, "Abeth" de Annabeth - ela sorriu - É lindo, meninas. Achei isso muito fofo, obrigada.

– Ah, eu já tinha visto isso antes - falei e ri - É muito legal. Obrigada, vocês são incríveis.

A entrevista continuou e respondemos perguntas como "Qual a cor preferida de vocês?" ou "Qual a música de vocês?" e coisas do tipo. Haviam perguntas que não podíamos responder ainda, porque só estávamos juntos há uma semana. E muita gente parecia não entender essa parte.

Depois de uma hora, a entrevista terminou e fomos embora. Annabeth teria que ir até a clínica, porque Atena estava esperando-a para fazer os exames. Ela me contou tudo no caminho e fiquei muito feliz pelas duas. Ela estava muito feliz, dava para ver.

– Eu te amo - falei, antes dela sair e a abracei forte.

– Eu também te amo, Percy - ela respondeu e nos beijamos.

Mal sabia eu, que não a veria mais...

Por um tempo.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Beijossssssss!

Até o domingo :D