Nightingale escrita por GiuhBatiston


Capítulo 6
Capítulo 5 - Parte Um - Wonderwall


Notas iniciais do capítulo

Oi ninas...

Semana complicada essa. Perdi metade do capítulo e tive que reescrever, tive uma ideia pra uma one que acabou tirando minha inspiração... Enfim... E eu também tive que dividir o capítulo em dois por que ficou bem grandinho. O que significa que se vocês forem boazinhas comigo e comentarem bastante, amanhã a parte dois tá aqui.

http://www.youtube.com/watch?v=6hzrDeceEKc



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Capítulo Cinco

A semana passou voando e quando dei por mim já era sexta à noite. Estávamos todos reunidos à mesa jantando quando o celular de Eric tocou.

- Com licença família. O trabalho me chama. – Rhea lhe lançou um olhar feio e eu me lembrei que ela não gostava que ele atendesse telefone à mesa. Ri internamente quando me lembrei que minha mãe também costumava odiar quando papai fazia isso. Ela literalmente ficava pra morrer. Lembro-me de uma vez em que ela tomou o celular da mão dele e o fez sentar novamente a mesa, só devolvendo o celular após o jantar. Janine Hathaway era uma verdadeira general lá em casa. Nem mesmo papai ousava desobedece-la.

- Hey Rose. Lembra quando papai resolvia atender ao telefone na hora do jantar? – Luke disse chamando minha atenção.

- Sim. Também me lembro de mamãe ameaçando jogar o celular dele na lareira se ele ousasse atender ao telefone novamente. – não me segurei e comecei a gargalhar.

- Essa é uma boa ideia. Ameaçar derreter o celular do Eric, quem sabe assim ele aprende? – Rhea disse sorrindo.

- Quem sabe assim aprendo o que? – ele perguntou voltando à mesa.

- A nunca mais atender o celular na hora do jantar. – esclareceu.

- Anotado. Na próxima vez eu deixo o celular longe das suas mãos. – Eric sorriu. – Rose, você tem algum plano para amanhã, querida?

- Assistir dvd’s me entupindo de chocolate? – pelo menos esse era o meu plano. Afinal, o sábado prometia chuva, praia é que não ia rolar mesmo.

- Você se importa de levar o Dimitri num tour pela cidade? – oh-oh, pensei. Passar mais tempo com o sócio gostosão e totalmente fora do meu alcance? Tentador.

- Bem, eu prometi, não prometi? Diga a ele que tudo bem, eu posso leva-lo para passear. – Lissa olhou pra mim e eu já sabia que ela estava planejando toda a roupa que eu iria usar, incluindo a lingerie.

- A Rose podia levar o Dimitri pra dar uma volta no iate. – sugeriu.

- Nem pensar. Não quero nem imaginar vocês no mar com essa tempestade que está prometendo vir aí. Leve-o para caminhar pela orla, conhecer alguma feirinha, mas nada de passeio de iate. – Eric disse seriamente, com aquele tom paternal de ponto-final.

- Relaxa Liss... Eu tenho outros planos para o Dimitri. – respondi misteriosamente.

Ela esperou pacientemente até o fim do jantar, mas assim que acabamos a sobremesa, Lissa me arrastou para o quarto dela.

- O que você está pretendendo fazer com ele? – ela exigiu saber. Eu expliquei meus planos para ela que logo se animou. - Então, me conta. Já sabe que roupa você vai? - Lissa perguntou quase quicando de felicidade. Lissa tinha uma paixão louca por moda que eu nunca iria entender. Esse era um dos motivos pelo qual eu costumava me desentender tanto com minha mãe. Janine Hathaway achava que tinha uma boneca 3D extra grande quando na verdade ela tinha uma filha rebelde e indisciplinada. Minhas vestimentas já tinham causado muitos atritos lá em casa.

- Não sei ainda. Algo casual para o que eu estou planejando. - respondi. - Do tipo jeans, com uma blusa legal e rasteirinha, ou sapatilha.

- Vem, vamos dar uma olhada no seu guarda-roupa. - Lissa tirou todas as minhas roupas e me fez experimentá-las. Duas horas depois haviamos decidido por uma calça jeans escura, uma alpargata branca e uma blusa branca com listras azuis caída no ombro. Deixei a roupa separada e me joguei na cama, apagando logo em seguida.

Acordei com o som de um trovão sacudindo a janela. Eram seis da manhã e uma tempestade forte açoitava a janela. Depois disso não consegui mais dormir. Eu rolava de um lado para o outro, mas minha cabeça não parava de rodar com esse maldito encontro. Quando deu nove horas eu me levantei e fui tomar um banho. Quando Dimitri tocou a campainha duas horas depois eu estava pronta e a espera dele.

- Bom dia Dimitri. - respondi usando a boa educação que meus pais me deram. Só que não.

- Bom dia Rose. – ele usava jeans, com um suéter gola v preto. Casual e extremamente sexy. A primeira coisa que senti foi o cheiro do seu pós-barba, tão cheiroso quanto sexy. – Vamos? – perguntou estendendo o braço pra mim. Eu apenas passei a mão no braço dele e o acompanhei até o carro, afinal, não queria que ele pensasse que eu era uma dama indefesa.

- Onde vamos? – ele perguntou assim que entramos no carro.

- Vou te levar ao meu restaurante favorito. Você vai gostar, prometo. – ele se deu por satisfeito e decidiu ligar o rádio. A estação era péssima, mas então começou a tocar uma das minhas favoritas e eu não me segurei e tive que cantar junto.

- Today is gonna be the day That they’re throw it back to you By now you should’ve somehow Realized what you gotta do I don’t believe that anybody Feels the way I do About you now…

- Não sabia que você gostava de Oasis. – Dimitri disse me olhando de lado enquanto eu cantava.

- Não conheço bem a banda, mas essa é uma das minhas músicas preferidas. – respondi.

- Minha também. – ele disse parecendo genuinamente surpreso. Eu fechei meus olhos e voltei a cantar. “And all the roads we have to walk are winding And all the lights that lead us there are blinding There are many things that I’d Like to say to you But I don’t know how Because maybe You’re gonna be the one that saves me And after all You’re my wonderwall”. – quando cheguei no refrão percebi que Dimitri estava cantando comigo e sorri. E assim continuamos até chegar ao restaurante. Percebi que Dimitri estava maravilhado com o local. Aquele era um restaurante que ficava de frente pra praia. Suas paredes eram todas de vidro, de modo que pudéssemos ver o mar.

- É lindo aqui! – comentou impressionado.

- É por que você nunca o viu num dia de sol. Os raios batem nos cristais fazendo com que reflitam por todo restaurante e a varanda fica aberta de modo que podemos comer lá fora ouvindo o barulho do mar.

- Eu imagino. Mas mesmo num dia de chuva ele não perde a sua beleza. – Dimitri puxou a cadeira para que eu me sentasse. Havia reservado esse lugar na janela para que ele pudesse ver o mar lá de dentro.

- Você já viu uma tempestade vinda do mar Dimitri? – perguntei curiosa.

- Na verdade... - ele pareceu meio encabulado. - Eu nunca vi o mar.

- Tá de brincadeira?! - exclamei. - Como pode uma pessoa chegar aos trinta sem nunca ter visto o mar?! – perguntei.

- Vinte nove. – corrigiu-me. – E eu nasci na Rússia e quando vim pra cá foi pra morar em Nova York. Tem apenas algumas semanas que estou aqui. – respondeu-me.

- Bem, iremos corrigir isso. Assim que fizer sol eu irei arrastá-lo para praia. – prometi.

- Tudo bem. Mas você estava falando da tempestade...

- Sim. Quando a tempestade vem do mar, ela faz com que a maré suba, criando ondas gigantescas. E você literalmente a vê se aproximando no horizonte. São nuvens pesadas, cinzas. São as piores. Elas te assombram com o poder e a força da natureza. Fazem com que eu me sinta insignificante perante a imensidão do universo. Você pode literalmente, sentir a eletricidade estalando no ar. Quando eu era pequena meus pais moravam num condomínio de frente pra praia e eu me lembro de me sentar na janela vendo a chuva vindo e vindo, até que ela de fato caísse sobre a casa. Mas apesar de furiosas, também são lindas. - terminei. Ele me olhou impressionado.

- Incrível. - Dimitri disse parecendo verdadeiramente fascinado. Ele ficou alguns minutos calado, acho que pensando no que eu tinha dito sobre as tempestades. De fato era uma coisa meio louca de se dizer, mas era verdade. Eu sempre amei ver tempestades. - Mas duvido que você venha aqui apenas pela vista. A comida também parece ser muito boa. – completou ele alguns minutos depois.

- De fato. O Spaguetti com frutos do mar é d-i-v-i-n-o. - comentei.

- Posso pedir esse pra gente? - perguntou chamando o garçom.

- Pode sim Camarada. - ele levantou uma sobrancelha, curioso pelo apelido que havia saído tão naturalmente que eu nem tinha pensado sobre. O garçom anotou nossos pedidos e começamos a conversar sobre coisas banais até a comida chegar.

- Oh meu Deus. - Dimitri exclamou ao experimentar, sua voz carregada de sotaque.

- Demais, não? - perguntei deixando um sorriso escapar.

- Acho que nunca comi nada tão gostoso. - comentou com um sorriso de orelha a orelha e eu, que nunca havia visto Dimitri sorrir tão abertamente, fiquei sem fôlego. Ele passou todo o almoço falando sem parar sobre como tinha amado o restaurante e eu me peguei observando os seus gestos e expressões e me perguntando como alguém poderia ser tão lindo. Quando por fim saímos do restaurante a chuva havia parado.

- Venha, quero te levar em um lugar muito especial. - entramos no carro e chegamos lá em cinco minutos. Era uma rua com árvore de cerejeira dos dois lados formando um lindo túnel natural. - Quando criança eu costumava fugir de casa, um dia vim parar aqui e desde então esse meio que passou a ser meu refúgio. Nunca trouxe ninguém aqui. - admiti mesmo sem querer.

- É de tirar o fôlego. Obrigado por compartilhar isso comigo. - ele agradeceu. Naquele momento nossos olhos se encontraram e eu pude perceber a ternura e a gratidão em seus olhos. Após mais alguns minutos olhando para a rua decidimos voltar para casa.

- Você vai fazer alguma coisa hoje à noite? - perguntei-lhe timidamente. Não queria que ele pensasse que eu estava convidando-o para um encontro.

- Nada além de ler.

- Bem, tem essa festa no píer. Honestamente, acho que você precisa de uma vida social...

- Rose. Basta me dizer que horas eu devo passar pra te pegar. - ele me interrompeu rindo da minha tagarelice.


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Notas finais do capítulo

Viu como fui boazinha? Para as viciadas em Dimitri, hoje vocês sofreram de overdose! Haha.

Agora falando sério. Comentem. Eu gosto de ler o que vocês tem a dizer, suas opiniões são importantes pra fic, então não se contenham. Eu não mordo. Hehe.

Bjitos ♥