Uma Paixão Chamada: Morte escrita por Anna, Lua Barreiro, Holden


Capítulo 4
Planos


Notas iniciais do capítulo

Anna aqui >< Espero que gostem desse capítulo, review sempre bem vindo!



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A casa de Carla não ficava longe da minha, cheguei lá rápido.

Policiais rondavam a casa com pastores e o lugar estava cercado com uma fita que eu já vira os policiais usando em áreas onde aconteciam crimes. Não pensei duas vezes antes de invadir aquela área e entrar na casa, mesmo com os policiais tentando me impedir.

Não cheguei a ver o corpo de Carla, pois já haviam o colocado dentro de um saco para corpos e moviam o cadáver em uma maca. Continuei a explorar o lugar até que achei Dona Sofia na banheiro, chorando e sentada no chão próxima ao lugar onde obviamente Carla morreu. A poça de sangue era imensa, nunca consegui imaginar que alguém podia sangrar tanto assim. Quando Dona Sofia me viu, secou suas lágrimas e veio me abraçar.

– Minha filha! Minha filhinha! – E ela voltou a chorar, só que mais alto – Quem poderia ter feito isso com ela?! Por que?! Não, não, não!

Um policial qualquer se aproximou de nós e tirou seu chapéu.

– Senhora, sobre o assassino da sua filha...

– Quem é?! Vocês tiveram alguma pista?! – Dona Sofia me largou e ficou com um rosto esperançoso

–... ele não existe. Não a nenhuma marca ou digital fresca em nenhum lugar da casa que não seja sua, do seu marido ou de sua filha. Só podemos crer que foi suicídio ou um acidente. Sinto muito.

Eu não consegui acreditar naquilo, não era possível que Carla se suicidara... ela era feliz, ela era amiga, ela tinha opinião... por que? Por que uma menina como ela tinha que morrer? Por que não levaram outra pessoa? Por que não levaram a Sara?


No dia seguinte minha escola ficou de luto por causa do suicido de Carla e não tivemos aula. Minha mãe ficara preocupada comigo, mas não entrou no meu quarto o dia inteiro. Depois de um tempo deitado ouvi a campainha, minutos depois minha mãe veio em meu quarto anunciando que uma colega minha estava na sala de estar, me esperando. Suspirei levemente e fui para a sala, pouco me importei com meu cabelo. Sara estava no sofá da sala, sentada com cabeça baixa. Tenho que admitir que ela estava uma gracinha com aquela roupa (um vestido branco e básico com sapatilhas douradas, o cabelo loiro estava solto). O simples lhe fazia bem.


– Oi. – Ela falou bem baixinho


– O que você faz aqui? – Perguntei, não estava de bom humor.


Sara se levantou e não disse nada até o momento que minha mãe saiu da sala.

– Vim me desculpar pela forma que tenho agido ultimamente. Meu pai anda cobrando muito de mim e acho que estou ficando meio carente. Eu gosto de você sim, porém achei minha atitude ontem muito infantil e estúpida, assim como estou agindo de uns tempos para cá. E também... Quero prestar meus pêsames pelo o que aconteceu com Carla, sei que vocês dois eram muitos amigos. – Ela abriu os braços, pretendia me abraçar.

Eu a abracei. Sim, eu odiava aquela loira, mas mesmo assim a abracei. Não devemos negar um abraço, principalmente quando estamos tristes. Senti algo diferente nela, seu cheiro estava diferente, mais doce talvez... E olha que eu sabia como ela cheirava pelo fato de que ela estava sempre sentada na minha frente, não importava o lugar que eu estava. Sara me rompeu o abraço e sorriu.

– Sei que você quer descobrir quem fez isso com a Carla. Então eu vou te ajudar a descobri quem foi esse miserável, sei que ela tinha cabeça e nunca na vida ia se suicidar. – Ela cruzou os braços. Acho que eu nunca tinha percebido isso em Sara, mas seu busto era bem... avantajado, digamos assim. E com os braços cruzados daquela forma eu pude notar e apreciar... olhar! Quer dizer, olhar! Apreciar não, olhar!

– Ok. Vai ser ótimo descobrir quem fez isso com ela. Carla não merecia esse destino. – Reprimi a vontade intensa que eu tinha de corar, nem sei como fiz isso.

Sara sorriu e andou até a porta, eu a acompanhei. Antes de ir embora ela virou, achei que ela ia me beijar, mas na realidade apenas piscou para mim e disse:

– Amanhã vá na minha casa, é na Rua Fonseca, número 475. Vai reconhecer o lugar na hora, é uma casa grande de dois andares. Vamos começar a tentar descobrir o porco que fez isso com a única menina que nunca foi falsa com ninguém. Até mais.

– Até. – Fechei a porta.

Fiquei meio nervoso, eu nunca havia ido na casa de Sara. Não sabia o que esperar. O sentimento de culpa por querer que Sara tivesse morrido no lugar de Carla começou a me possuir, acho que nunca conheci a verdadeira menina que existia por debaixo daquelas mechas loiras e brilhantes olhos azuis. Fui superficial com ela o tempo inteiro e agora, me arrependia.


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Notas finais do capítulo

Não se esqueça do review. Quanto mais review, mais rapidez para a postagem dos capítulos :)