Entardecer escrita por M Lyn


Capítulo 2
Cap 2- Quem eu sou... Ou melhor, no que me tornei


Notas iniciais do capítulo

Olá.
Bem, eu não aguentei, é provável que eu poste todas no tempo errado, mas meus dedos estão coçando.


Pê obrigada por favoritar.
bem, esse é um pouco louco. E enfim terá a graça do bonitão.
beijinhos.

Frase do capitulo: "O segredo da criatividade é saber como
esconder as fontes."
Albert Einstein



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Primeira Parte: Meus pesadelos.



Capítulo 2- Quem eu sou... Ou melhor, no que me tornei.




Pego aqueles já não tão estranhos remédios. Ela apenas gira os calcanhares em direção ao banheiro. O barulho de seu sapato branco de pequenos saltos chocando-se com o chão são no ritmo que meus dedos batem em minha coxa e no copo em minha mão direita. Isso é rotina, todo o dia eles vasculham o quarto irritantemente branco para saber se eu tinha quebrado algo ou um ataque de loucura.



–Pelo menos hoje você não fez nada. – diz com desdém. Pergunto-me constantemente o move uma pessoa como ela a trabalhar nessa profissão.

Giro calmamente meus pálidos dedos, ao redor do copo de plástico transparente, agora vazio, sentindo a água em minha boca movimentar-se lentamente fazendo com que o pequeno – não tão pequeno – comprimido dance de maneira desajeitada e irritante.

– Sabe, - meus ouvidos recebem o som da sua voz enlouquecedora. A frieza que ela fala, a ironia e a forma arrastada de seu tom a torna infantil e irritante. Apesar de todos seus esforços, maquiagem e roupas, ela demonstra infantilidade quando de alguma forma tenta fazer charme. Mas, charme para quem?

Obrigo meu pescoço virar-se para a direita. Meu ombro pálido coberto pela roupa tão branca pela falta de sol fica abaixo de meu nariz. Ela tentava toca-lo, mas ele parece não muito a fim de conversa.

Eu sei o que me espera. Assim como todas as manhãs eu sei quem são, o que fazem e o que farão.

A loira extremamente maquiada irá sair.” Penso e a observo colocar seus calcanhares um a frente do outro, retirando-se rapidamente da sala, quando é chamada pela enfermeira chefe – Dona Estella.

“Ele se aproxima”, e ele se aproxima lentamente, mas de forma segura. E, como esperado, põe sua pasta preta de mão sob a pequena mesa branca, sentando-se na cadeira conjunto e encarando-me. Ele sabe o que ocorrerá, tão bem como eu sei as suas palavras.

Como vai? – pergunta e eu encaro-o. Ele gosta de preto, seu cabelo, seus olhos e seu terno perfeitamente cortado e perfeitamente limpo e passado, são pretos. Seus olhos silenciosos me intrigam. Quem ele pensa que sou? Uma louca? Não eu não era louca. Mas e agora? Não tenho tanta certeza! – Eu gosto de caminhar. – Seus olhos negros evidencia o pedido. Ele quer que eu me abra, converse e diga o que incomoda. Mas como sempre o encaro.

– Eu... – Não! Eu fiz minha promessa. Ele longe e eu maluca. Eu queria isso eu aceitei isso! – Eu... – Maluca. – Eu... gosto de borboletas. – digo por fim tentando a todo o custo olha-lo com olhar vago.

Ele suspira. Já ouvira conversas dele e do médico chefe, não me acha maluca, mas, posso crer que ele está confuso quanto a sua acusação. Eu sou louca!

– Um passeio? – olha cada canto do quarto branco que deveria passar paz e tranquilidade, mas a única coisa que eu sinto é pesar e dor. Encaro receosa, assim como os loucos que eu observo, repetidas vezes negando eufórica e amedrontada.

Forço meus lábios a movimentarem sem parar, não emitindo som. Mais um ano! Penso positivamente. Apenas mais um ano e estou livre.

– Sabe, gostaria de lhe contar uma história. – sentando-se vagarosamente na cadeira observa-me. – Gosta de histórias?

– Não me lembro de nenhuma.

–Então lhe contarei,

“Era uma vez, uma menina muito quieta e calada. Linda... uma princesa. Certo dia ela sentiu-se muito triste, pois, havia perdido seu pai.” – Lágrimas forçosas escorrem marcando meu rosto. “Sch. Não chore! Ela tinha um amigo. E ela conversou com ele. E adivinha? Ela sentiu-se melhor.”

Sabe Renesmee, não sei seus motivos, mas eu quero ajuda-la. – a sinceridade era a verdade em sua preocupação. Seu olha amistoso e calmo, passa a tranquilidade que há muito eu tento encontrar. Que, a muito eu não sentia. – Então me conte o que te deixa triste?

Não, não e não. Repedidas vezes eu dizia de maneira sussurrada não.

– Tudo bem, mas posso te pedir um favor?

Favor? Que favor?

– Hum hum, claro.

– Quando quiser conversar, fale comigo. Apenas comigo. – Pede olhando-me seriamente. Por que ele desconfia de alguém?

– Prometo. – sussurro sabendo que nunca o procuraria. Só mais um ano.

Encaro-o pesarosa, não quero magoar ninguém, por isso estou aqui. Eu prometi mais uma vez algo que me corta e mata-me lentamente diariamente. Prometi a ele e prometi ao meu monstro.

– Preciso ir. – finalmente diz algo após eternidade calado, recolhe suas coisas olhando em seu relógio prateado em seu pulso esquerdo ele sai.


Apenas comigo, Apenas comigo, Apenas comigo.


Dedos se chocam na minha porta e uma mulher entra. Forçosamente olho para os meus pés em cima da cama enquanto agarro com mais força meus joelhos. Eu me lembro da primeira vez que fiquei tão assustada. Era culpa dele. Sinto algo gélido encontrar a minha pele. Sedativos, sempre me davam quando de maneira incomum e compulsoriamente eu agarrava meus joelhos e me balançava na cama.

– Renesmee! – corro em direção a ele a passos largos e felizes. Agachando-se para ficar na minha altura ele me toma nos braços. Seus dedos compridos alisam meus cabelos perfeitamente preso em “rabo de cavalo”. A sensação de ternura eu sinto com ele. Sempre me fazia bem estar em seus braços. Ele era meu pai. Bem, eu sei não o meu pai. Mas, me trata como filha. Eu o amo.

A sensação de felicidade logo passa quando de maneira incomum me sinto puxada para um local escuro. Muito escuro. Lentamente a escuridão torna-se esverdeada. Tão verde e tão medonho como seus olhos profundos e assustadores.

– Eu te amo. – sussurra encostando seus dedos em minha bochecha. Seus toques antes delicados e ternos são fortes e possesivos.

– Mamãe! – grito o mais alto que posso, mas não sai nada além de um sussurro inelidível. Não, não, por favor, eu não quero. Solte-me! Eu tentei me soltar, juro que tentei. Mas ele é forte demais. Sinto a famosa ardência em meus olhos. Eu queria chorar mais não conseguia. Por dento eu lutava, esperneava. Mas quem via apenas encararia uma menina quieta e cumplice.

–Mamãe! Mamãe! – nada. Nada de som, nada de luta, nada de mamãe. Eu estava só.

Seus braços aproveitam e escorregam em meu ombro tocando meu antebraço. Chaqualhando-me. Sempre ele queria que eu o observasse.

– Olhe para mim! – gritava furioso e... Desesperado?

Um som oco sai dos meus lábios. Sinto dedos em meus braços.

– Não!- tento gritar mais como da última vez, não consigo. Ele está aqui. É ele!

– Solte-me! – ordeno-o. Mas seus olhos de víbora encara-me com confusão. Hipócrita! – Temos um acordo! Eu aqui e você longe! – grito tão alto que sinto minha garganta arranhar.

































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Notas finais do capítulo

Beijos e espero que gostem!
O próximo já está feito então talvez eu poste amanhã.