Meu Acampamento de Verão escrita por Diva Fatal


Capítulo 50
Capítulo 50: Que o inferno nos Ajude


Notas iniciais do capítulo

Esse cap não tem ação, mas precisei dele para incluir uma anjinha ;)



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A noite predominava e aquele insistente calafrio doía a espinha e espalhava calafrios pelo meu corpo.

Cada rajada de vento fazia meu corpo se arrepiar. Só de pensar na hipótese de que havia abandonado Gabbe com Lúcifer no acampamento.

O café ardia mesmo sobre o copo térmico de uma cafeteria qualquer perto de Malibu. Não demorou muito para que eu e Cam chegássemos até o aniversário do meu pai, ele pretendia inaugurar a nova casa na praia de Malibu bem em cima a qual acidentalmente Gabe havia incendiado.

–Então me explique direito, o que aconteceu na corte de Asmodeus?

Cam olhou-me com a mesma cara que um garotinho faz antes de aprontar algo. O anjo ficava perfeitamente fabuloso de smoking, de certo modo as mangas estavam mais coladas nos braços e realçava seus músculos. O cabelo bagunçado e espetado agora estava contido em um simples topete charmoso e casual para situações do tipo “acabo de assaltar um banco, cale a boca e dirija”, “eu sou um riquinho esnobe que adora passar os finais de semana no Havaí com meus amigos” ou até mesmo para um “argente secreto do governo”.

–A fada, Marriy Champoudry. Ela é a filha de Asmodeus, em quanto o pai não esta no reino ela assume a responsabilidade e sobe ao trono de rainha até ele regressar. – o anjo estava com o olhar as alturas, perdido entre a Malibu avenue –O que você presenciou foi um golpe da corte. Provavelmente algum dos lordes do reino de Asmodeus tentando assumir o controle, mas como a princesa ainda vive, o golpe para roubar a coroa deve ter sido ineficaz.

Uma breve lembrança passou pela minha cabeça, era Marriy gritando “Traidores!” quando fomos trazidos magicamente para Paris.

Cam virou bruscamente em uma esquina atropelando acidentalmente a calçada de uma mini mansão de dois andares. Agora que consegui ver o que causou o distúrbio em Cam, era uma limusine rosa que ia a alta velocidade cortando os semáforos. O meu cinto se apertou um pouco no abdômen e quase dei um grito de temor pelo bebê. Cam voltou a estrada rapidamente como se nada tivesse acontecido, parou no sinal vermelho da

O meu vestido salmão rosado tirava a impressão da pequena e leve saliência que já se formava na minha barriga. Ele tinha um decote gola V exibindo a cova dos meios seios. Dali ele folgava abrindo-se até os joelhos com leves babados brancos combinando com a cor salmão perfeitamente.

–Cam, garanto que se derrubar esse café fervente no meu vestido, eu te mato. –Encarei-o pelo retrovisor para não me dar a satisfação de virar a cabeça e olha-lo.

–Gata, se você pudesse me matar com certeza teria feito isso em Mulberry Street. –ele sorriu tão docemente que era impossível não amolecer perante o efeito que o anjo causava. –Você e aquele chicote tem história, mas não vai me derrubar com tanta facilidade da próxima vez.

O comentário fez com que minha mão involuntariamente tocasse o bracelete de ouro branco em meu pulso direito. O artefato mágico feito por Leo fazia-me pensar sobre a doçura do garoto em si. Magricela porém gentil, esperto e até mesmo charmoso.

Em menos de dois minutos já estávamos a frente da minha nova casa recém construída.

A entrada era um caminho de pedras de marfim sobre um leve jardim com um mini coqueiro tropical cercada por orquídeas roxas, begónias cresciam nos canteiros junto a grama verde perfeita para plantio. Além de outras flores de arbusto que realçavam o modelo da casa de dois andares. Agora era toda branca com acabamentos leves de marfim e madeira petrificada. As janelas duplas foram postas em cada cômodo que eram quartos. No andar de baixo encontrava-se a festa de aniversário. A sala tinha as paredes toda de vidro permitindo que bastante luz entrasse. As pessoas requintadas seguravam taças e conversavam em meio a uma música calma e ambiente.

–Não acredito que meu pai agora dá festas para velhos. –Notei uma mulher loira sob um salto plataforma abraçando meu pai suavemente no canto da sala, graças a sala de visitar ser toda feita de vidro dava para ver tudo que acontecia.

A mulher vestia um curto e justo vestido pérgola amarronzado junto a brincos argola de ouro. Os olhos castanhos comuns. A maquiagem clara e leve caía perfeitamente nela. O cabelo loiro quase castanho caia por sob os ombros até as costas. Pulseiras argola de ouro tilintavam no pulso em um ritmo suave.

Ela roubou um selinho do meu pai em quanto dava-lhe um presente de aniversário. Aquela foi a pior visão que já tive na vida. Uma patricinha de Miami dando em cima do meu pai.

A minha visão da cena foi cortada quando uma garota parou do lado da porta do carro.

Cabelos marrons caindo em leves cachos feito a escova para cobrir uma profunda cicatriz de queimadura no pescoço indo em direção da nuca; algumas mechas azuis caiam por sob os cachos deixando-a com um visual “bad girl”. Usava um vestido negro apertado e justo, ia até um pouco a cima das coxas, se ela se inclinasse daria para ver sua calcinha; a jaqueta negra de couro subia os braços finos e pálidos assim como ela. Os lábios cobertos por batom preto combinando com o rímel e a sombra escura que caía sob seu olho.

Aquela era Ariane Alter, a anja que veio ao acampamento junto ao demônio Roland.

–Finalmente, achei que iam me deixar plantada aqui a noite toda. –Berrou Ariane.

–O aniversário começou a apenas 10 minutos e você já esta reclamando? –Rebateu Cam em quanto colocava a marcha em ponto morto e guardava as chaves no bolso da calça.

–Calado, Cam!

–Então essa é a tal Phoebe?

Uma garota de cabelos rosados punk surgiu logo atrás de Ariane.

Calças jeans coladas toda preta e com detalhes rasgados deixando partes da sua coxa exposta. Sua camisa preta um pouco rasgada havia sido escrita a caneta vermelha: o pecado me acompanha. O cabelo rosado meio amarelado caia até os ombros; sinal de que ela havia pintado o cabelo sem tomar o cuidado devido. Os olhos azuis faziam imaginar o tempo em que esta garota ainda era inocente, porém, não deveria ser faz tempo. Tinha um piercing no nariz, outro no lábio inferior na parte direita e um na língua em formato de seta. Na cabeça tinha uma bandana com várias caveiras punk rosadas. As botas pretas tinham aberturas metálicas e espinhos de metal por todo o seu decorrer, era estilo bota de nó.

–Phoebe esta é Mary Margaret Zane. –Anunciou Ariane em quanto saia da frente da porta e a abria. –Mas pode chama-la de Molly.

A garota me encarou e desceu o olhar até minha barriga.

–Sua alma já exala a duas. –Apertou minha mão deixando o comentário no ar morrer.

–Como assim minha alma exala a duas?

–O bebê na sua barriga já carrega o cheiro de um meio sangue. Você corre perigo em dobro. –Ela mostrou-me um sorriso torto.

A tal Molly deu as costas para mim e arrombou a tranca da porta com um peteleco na tranca, a maçaneta caiu quando ela puxou e por fim a porta se abriu.

–É. Hora da festa. –Ariane seguiu pelo caminho de mármore até a porta juntando-se a Molly.

Fitei Cam em quanto seguia o mesmo rumo fechando os olhos e falando:

–Que o inferno nos ajude.


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Notas finais do capítulo

O próximo vai ter mais, contarei direitinho a ligação de Karen com Molly e incluirei mais dois personagens que já estavam na lista faz tempo



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