Cruisin' for a bruisin' escrita por justadreamer


Capítulo 6
Pesadelos & Turistas


Notas iniciais do capítulo

Desculpa pela demora, mas estava com um pequeno probleminha de criatividade. E pra vocês saberem o quanto eu amo vocês, eu tenho um seminário para amanhã que ainda nem comecei e estou aqui postando para vocês. Viram como são importantes para mim?
Obrigada por todos os comentários e favoritos, vocês são demais mesmo ♥
Boa leitura!



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POV ALLY

Senti-me pesada, exausta! Meus joelhos estavam fracos e a minha respiração ofegante, quando me deparei com um grande abismo. Vi a criatura vindo em minha direção, meu coração saltou, por reflexo pisei para trás, como que iniciando uma fuga, mas eu havia esquecido que estava à beira de um abismo. Senti algumas pedras se desprenderem da borda e irem batendo até cair na água com um pequeno ruído. Tentei mover meus pés delicadamente para frente para sair dali, porém meus pés me traíram. Eles se entrelaçaram, como que em um tropeço e eu perdi o equilíbrio e caí no abismo. Fui virando-me ao cair, como em filmes. Eu esperava chegar na água como aquelas pedrinhas que eu havia desprendido da beira do abismo, entretanto, percebi um pedaço de raiz saliente na rocha. Eu estava caindo muito rápido, não havia o que fazer, a criatura estava voando ao meu lado, acompanhando minha queda. Um arrepio percorreu meu corpo. Encarei o galho novamente e fechei os olhos com força para não sentir o impacto... Foi aí que os abri na vida real. Sentei na cama, estava assustada demais, pensei que meu olhos iriam saltar das órbitas, senti meu coração: estava batendo tão forte que estava até doendo. Tomei coragem e olhei em volta, por sorte não mirei em nada suspeito. Olhei para o meu lado direito e deparei-me com um loiro dormindo do outro lado do lençol que dividia a cama. Eu ainda o mirava, parecia um anjinho! Senti um arrepio bom, mas foi esquecido assim que escutei um estralo. Continuei mirando-o, não tinha coragem para virar e verificar o que era. Droga, por que me convenceu a ver MAMA? Pessoas normais nem se assustam, mas no quesito "terror" eu não sou considerada uma pessoa normal.

Eu me deitei ao lado do garoto e fiz o que minha consciência mandou:

– Austin - eu sussurrava enquanto encostava minhas mãos suavemente no seu ombro, dando pequenas chacoalhadas - Austin! - Nada de acordar, continuei a tentativa de acordá-lo bondosamente – Aus... Por favor!

Parei de sacudi-lo, não ia adiantar! Pousei carinhosamente minha mão no seu ombro, quando ouço:

– Alls? - Disse ele abrindo os olhos vagarosamente - O que aconteceu? Você está pálida! – disse sentando-se na cama. Eu o imitei, apoiei minhas mãos nas minhas pernas cobertas sobre um lençol e fiquei fitando-as enquanto entrelaçava um dedo no outro.

– Me desculpe por te acordar, mas eu tive um pesadelo horrível e eu... – comecei a falar mais baixo ainda – e-eu estou com medo – dei um pequeno sorriso sem graça para ele ainda mirando minhas mãos, esperando a risada debochada que ele daria por eu estar com medo como uma criança.

– Ally, não sabia que seu medo era tão grande! Eu... – ele reagiu de uma maneira totalmente diferente! Levantou meu rosto pegando pelo queixo, colocou uma pequena mecha de meu cabelo atrás da orelha, fazendo com que eu o olhasse - Eu que peço desculpas por te fazer ver aquele filme. – Acenei com a cabeça desculpando-o e ele deu um sorrisinho.

– Venha cá! – Ele voltou a deitar, abriu os braços e me chamou para que eu deitasse junto com ele. Encarei o lençol dividindo a cama e em seguida encarei o loiro. Ele entendeu e disse: - Alls, eu tenho o maior respeito do mundo por você! – Acenei de leve com a cabeça. Eu sabia que era verdade, ele nunca faria nada e também esse era o único jeito de voltar a dormir. Eu fui me aproximando lentamente enquanto ele olhava para mim com sinceridade nos olhos, deitei, escorei minha cabeça no seu ombro, ele me abraçou de lado com uma das mãos e pousou a outra na minha cabeça, fazendo um cafuné. Isso fez com que meu coração acelerasse e um choque agradável percorresse o meu corpo. Subi mais e apoiei minha cabeça no seu peito coberto pelo seu pijama macio. Fechei meus olhos, inspirei fundo sentindo o cheiro do perfume do loiro, ele beijou minha cabeça e eu senti um arrepio quando senti a sua respiração tocar a minha nuca nua devido ao coque que eu tinha feito. Percebi que ele estava sorrindo, eu sorri também involuntariamente.

– Eu só vou dormir quando você já estiver dormindo, ok? Fique tranquila, eu sempre estarei aqui para te proteger! – Ele disse para me acalmar, eu levantei um pouco a cabeça e mirei naqueles olhos castanhos maravilhosos:

– Muito obrigada, Austin! Por tudo! Você é a melhor pessoa que eu conheço... – Falei com sinceridade, ele sorriu lindamente e eu o acompanhei – Boa noite, loiro!

– Boa noite, castanha! – Voltei a apoiar-me no seu peito e acabei dormindo ouvindo as batidas do coração dele.

POV Austin.

“I really wanna love somebody

I really wanna dance the night away

I know we're only half way there

But you can take me all the way

You can take me all the way ♪”

A música me acordou, abri os olhos vagarosamente devido à claridade que entrava pela janela de vidro da varanda (sim, esqueci de falar, mas tem uma!), senti um peso no meu peito e sorri ao ver que a minha pequena estava ainda deitada sobre mim, dormindo feito um anjo. Não, eu não teria coragem de acordá-la, por isso a deixei dormir mais um pouco por não me movimentar bruscamente. Fiquei observando-a por alguns segundos, coloquei meus braços por trás da cabeça e comecei a lembrar-me da noite anterior. Sorri involuntariamente, e essa lembrança fez com que eu lembrasse de vários momentos com a Ally, de tudo, desde que nos conhecemos! O sorriso persistia em ficar no meu rosto e meu coração começou a acelerar. Entrei, em meus pensamentos, em um campo difícil para mim quando se fala dela: amor. Por que era tão difícil para mim me declarar? Não pude pensar muito, pois senti que ela mexeu a cabeça vagarosamente, deu um longo suspiro, encostou a mão no meu peito e tirou quase que imediatamente assim que se deu conta de onde estava apoiada. Ela levantou-se:

– Bom dia, anjo! - Disse enquanto ela sentava do meu lado.

– Bom dia, Austin! Dormiu bem? Eu não atrapalhei?– Perguntou rapidamente.

– Sim!

– Eu atrapalhei?– Ela me olhou assustada e com vergonha ao mesmo tempo.

– Não... Sim, eu dormi bem! – Rimos com a confusão que fizemos, esse horário é complicado, estamos acordados fisicamente, mas não psicologicamente.

Faltavam apenas 10 minutos para o navio atracar no píer de Nassau, em Bahamas. Nós decidimos nos levantar, nos trocar e passar o dia fora do navio, afinal, iríamos ficar vários dias no navio direto.

Quando o navio atracou, nós saímos para conhecer a cidade, e era muito linda! Andamos muito mesmo! Visitamos alguns pontos turísticos (ah, a Ally queria tirar foto de tudo o que encontrávamos e em todos os lugares que parávamos), compramos algumas coisas (típico de turistas) e até paramos em um fliperama. Fomos apostando nos brinquedos e, no final, a Ally ganhou em dois brinquedos e eu também em dois. Foi muito divertido, ri mais do que quando saio com o Dez (só pra esclarecer: o meu “sair” com o Dez, é diferente de “sair” com a Ally, ok?).

A manhã passou correndo, paramos para almoçar em um restaurante com o estilo rústico, bem modesto, um estilo diferente do que vimos no resto da cidade. A comida era realmente excelente, se eu pudesse, comeria ali sempre!

Após o nosso pequeno intervalo para almoçar, retomamos nossa exploração por Nassau, mas agora pelas praias, já que ficava mais próximo ao píer. A maioria do percurso pela praia, foi feito de mãos dadas com a Ally, fazendo com que eu me sentisse extremamente bem. Durante o nosso passeio, descobrimos um passeio em um barco com um fundo de vidro e decidimos que essa seria uma experiência muito legal. Compramos as passagens e fomos. A Ally ficou tão impressionada com a beleza do mundo submarino das Bahamas que até mesmo esqueceu de tirar fotos. Ela olhava algumas espécies e me dizia o que era, eu sempre dizia que era outra espécie somente para contraria-la, ela repetia o nome e eu me calava. Era visível a sua animação, estava sorrindo abertamente o que a fazia ainda mais linda.

POV Ally

Amei o nosso passeio, mas estava na hora de voltar para o navio e nos preparar para a janta com o comandante. Austin não está muito contente com a ideia e eu não sei o por quê... Será que devo me preocupar? Ele estava tão animado antes...

Enquanto caminhávamos do lugar onde achamos o passeio do barco de vidro até o píer, Dez nos fez uma chamada de vídeo.

(DezAustinAllyTrish)

– Fala, Dez! – Austin disse, parando de andar, revelando uma linda paisagem logo atrás de nós pela câmera do seu celular.

– Austin... É tão bom ver você novamente! Wow, que lugar incrível!

– A Ally está aí? – Disse Trish empurrando um pouco Dez para o lado, sentando-se.

– Oi Trish! Oi Dez! – Cheguei mais perto de Austin, que passou seu braço pelo meu ombro.

Que saudade de vocês!

– Também estamos com saudades! – Sorrimos.

– Como andam as coisas por aí?

– Estamos bem, nosso voo sai amanhã a tarde. Vamos chegar quase a noitinha e, então, pegamos um quarto, para esperar vocês chegarem no outro dia às 11AM – dizia ele confirmando no itinerário. Austin abriu a boca para falar algo, mas ouvimos o navio, olhamos para o relógio do celular acima de Dez e Trish > 2:50 PM!

– Desculpem, temos que ir, faltam dez minutos para o navio levantar âncora novamente!

– Ok, Tchau Auslly, nos vemos amanhã! – Trish dizia enquanto Dez acenava.

– Tchau! – Acenamos também.

Austin encerrou a chamada, olhamo-nos quando o navio "buzinou" de novo e saímos correndo pela areia de mãos dadas, ele um pouco mais a frente me puxando levemente.

– Vamos, Ally! – Ele dizia me encorajando enquanto eu sentia minhas pernas doloridas de correr.


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Notas finais do capítulo

Será que eles vão chegar ou vão perder o navio também?
O que acharam? Deixem elogios, reclamações e sugestões...

Fantasminhas, apareçam! HAHAHA! Mas falando sério, eu não sei se estão gostando, então por favor postem um "Continua!" "Oi (:" Enfim, só um sinal de que estão lendo.