Scars Of Love escrita por Simi


Capítulo 65
Capítulo 64


Notas iniciais do capítulo

Olá, leitores!! :)
Tudo bem? Bem, esta semana comecei a minha faculdade, uma nova fase da minha vida *w*
Pelo Brasil, estão a iniciar ou a acabar as aulas? Aqui em Portugal, o método é sempre o mesmo... -_-
Boa leitura! ^_^



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(Isabella)

Depois de um momento lindo, mas, infelizmente, dramático, fingimo-nos conformados com toda a situação e subimos até ao meu quarto. Ficamos lá durante todo o dia. O silêncio imperava. Eu, que andava sem parar de um lado para o outro, olhava de quando em vez para Petrus. Estava deitado, com os braços atrás da cabeça somente a seguir-me com o olhar. Não conseguia ficar quieta e isso irritava-me ainda mais. Como ali não tínhamos pertences nenhuns, não tivemos que fazer malas. Fui um pouco para a janela. Sentir o cheiro das flores talvez acalmasse a minha inquietação. Senti os braços de Petrus abraçarem-me pelas costas. Encostou o seu queixo ao meu ombro e murmurou:

— Pára quieta um bocado… Já não aguento ver-te assim…

Suspirei, longamente, e deixei a minha cabeça ficar para trás, ficando em direção contrária à dele. Vendo o meu pescoço completamente exposto, Petrus deu-lhe um leve beijo que arrepiou todo o meu corpo.

“Ainda não me esqueci do que aconteceu há umas horas sabes?!” – gritei em pensamento.

Embora o beijo me tivesse causado arrepios, não me remexi, nem saí dos seus braços. Deixei-me estar… Realmente precisava de paz e essa eu podia encontra-la nele, mas no momento, a única paz que tínhamos, era a armada. Tentei afastar tais pensamentos, mas era pedir demais a mim própria.

A noite depressa chegou. A tarde passada em silêncio e com leves carinhos de Petrus pouco resultado tinha dado. Suspirava continuadamente, ansiosa, irrequieta. Dizer-me para ter calma e que tudo ia correr bem de nada adiantava, aliás, ainda fazia pior. Sabia perfeitamente que esta guerra, esta estúpida guerra, ia acabar mal para um dos lados. Sabia perfeitamente que não podia ter calma e que nada ia correr bem. Petrus já não tinha, já não conseguia arranjar palavras para me confrontar e eu via que isso o preocupava, via que isso o deixava angustiado. Pelo sofrimento dele, pelo meu, pelo da Catarina, pelo da Valéria… Pelo sofrimento de todos, eu queria acabar com tudo com um simples e forte golpe de espada. Mas, ah…, como era bom sonhar... Terminar com tudo num abrir e fechar de olhos seria ótimo, mas impossível. A noite pareceu-me passar devagar, devagar até demais para o estado nervoso em que eu estava. Quando acordei, estava bem apertada nos braços de Petrus. Devo dizer que, mesmo inconscientemente, ele sabia como me fazer sentir melhor. Fiquei quieta até ele acordar.

— Bom dia… – desejei, ao vê-lo despertar.

O sorriso que mantinha no rosto era forçado e ele notou. Mesmo ainda ensonado, lançou-se sobre mim e beijou-me com enorme desejo. Quando finalmente os nossos lábios se separaram para expelir o ar rarefeito das nossas bocas, Petrus disse:

— Enquanto eu te estiver a beijar, esses teus lábios carnudos não poderão fazer esse angustiante sorriso, esses teus enormes olhos estarão fechados e não poderão ver o mundo à nossa volta, muito menos olhar-me com essa tristeza… – fiquei sem palavras. Queria dar-lhe uma resposta, senão até agradecer-lhe, mas mesmo assim não conseguia. Vi-a o desespero nos seus olhos, a aflição nas suas palavras. Não o queria ver assim, não suportava vê-lo daquela maneira. Mas eu não tive tempo para dizer nada, muito menos para fazer. Ele voltou a beijar-me, desta vez mais levemente, mas eu podia sentir as mesmas emoções do beijo anterior. Apetecia-me sorrir, mas ao invés disso, enquanto o beijava, senti as lágrimas a escorrer rosto abaixo. Ele acariciava o meu rosto com os seus polegares. Devido a isso ele notou as minhas lágrimas. Tentou limpa-las com pequenos e leves beijos, mas eu chorava ainda mais. Não sabia o porquê. Havia uma grande mistura de emoções dentro de mim, mistura essa tão grande que nem dava para explicar. – Queres que eu gaste os meus lábios todos hoje…? – perguntou baixinho.

— Nunca… – eu sorri, enquanto acariciava o seu rosto.

Ele beijou-me mais uma vez, mas o momento, que até então estava a ser tão belo, acabou por ser interrompido.

“Porque é que acontece sempre o mesmo?” – pensei irritada.

Recompusemo-nos antes de darmos autorização para entrar. Era Catarina.

— Vim dizer-vos que já atualizei os restantes da situação.- fez uma cara feia ao ver os meus olhos inchados. – Não se preocupem. Eu e o Zach vamos tomar conta de tudo.

Dizendo isto, fechou a porta. Ela não disse nada, porque também sabia que de nada ia valer. Naquele dia nem sequer do quarto saímos. Simão bem que foi levar-nos as refeições, mas estas ficaram à porta. Tal como previsto, mal adormecemos, fomos transportados pelo Caminho dos Sonhos. No exato momento em que chegamos a minha casa, acordei. Deixei Petrus continuar a dormir e levantei-me de mansinho para ir à cozinha. Fiquei admirada por não ver louça nenhuma a escorrer na banca do lava-loiça, mas pela manhã, percebi o porquê.

— O pai teve que ir trabalhar uns dias fora, volta daqui a uma semana. – disse a minha mãe com a maior das calmas.

“Não pode… Isto não pode estar a acontecer!” – pensei, aterrorizada, sem qualquer coragem para emitir qualquer que fosse o som.


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Notas finais do capítulo

Até ao próximo capítulo! ^_^



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