Scars Of Love escrita por Simi


Capítulo 63
Capítulo 62


Notas iniciais do capítulo

Olá, pessoal! :)
Ora, um bocadinho de suspense é sempre bom... :3
Boa leitura! ^_^



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(Isabella)

Petrus! Petrus, acorda! Adormecemos! – abanei-o com toda a força que tinha no momento.

Ele abriu os seus olhos devagar, muito sonolento. Virou-se para o lado e tapou-se com os lençóis até ficar completamente coberto. Levantei-me e puxei os lençóis bruscamente. Aquele rapaz tanto se levantava muito cedo como já queria ficar a dormir até à hora de almoço… Saltei para cima dele e sentei-me em cima das suas coxas. Vê-lo ali esticado, ao longo daquela comprida cama, aquele corpo moreno, musculado…

“Ah! Isabella! No que é que estás a pensar?! Controla-te, rapariga! Ainda agora escapas-te da morte!” – pensei, mas mesmo assim não saí do lugar.

Ele sorriu. Um sorriso doce, sonolento.

— Como é que queres que eu me chateie contigo quando tu me sorris assim? – perguntei e pus as mãos nas ancas.

Ele sorriu ainda mais. As mãos que estavam nas minhas ancas, puxou-as e fez-me encostar ao seu peito. Eu, feita parva, deixei-me estar. Sabia perfeitamente que me tinha que levantar, mas com ele a fazer aquilo não dava. Afagou a minha nuca e puxou o meu rosto para junto do seu.

— Petrus… – eu ia começar a falar novamente, mas ele calou-me com um beijo.

Quando o ar se fez necessário, Petrus passou o seu polegar pelos meus lábios, inchados pela intensidade do beijo.

— Promete-me que estes lábios irão ser sempre meus.

Mas que raio lhe estava a dar?!

— Petrus… – queria saber o porquê daquele pedido.

— Promete-me…, por favor… Depois de tudo isto o meu coração quase caiu de um abismo…

O seu olhar era intenso, mostrava tristeza, aflição, mas também uma felicidade enorme por me ver novamente acordada, a olha-lo, a beija-lo… Beija-lo… Sim, foi isso mesmo que eu fiz como resposta àquele seu tão estranho pedido. Fiquei totalmente deitada, esticada, em cima do seu corpo rígido. Segurei o seu rosto com as minhas mãos, rocei as pontas dos nossos narizes e demorei para beija-lo. Ele segurou a minha cintura delicadamente. O palpitar do seu coração, a sua respiração, ambos estavam acelerados. Quando finalmente o beijei, senti um leve suspiro vindo dele. Pude ver que ele entendeu aquele beijo como uma resposta. Os seus lábios procuravam desesperadamente os meus. O toque das suas mãos tornava-se cada vez mais intenso nas minhas costas, na minha cintura. Mas ele percebeu que tínhamos que parar, aliás, acho que nunca tínhamos ido tão longe.

— Acho que agora podemos ir… – murmurou ele.

Não disse nada. Fiquei somente a olha-lo. Ainda corada, talvez até demasiado, saí do seu quarto e dirigi-me para o meu. Fechei a porta devagar e encostei-me a ela. Ainda estava surpreendida pela sensação do seu toque, aliás, tinha a sensação de que ainda podia senti-lo. Decidi ir tomar um banho de água quase fria, talvez isso me acalmasse. Quando me acabei de vestir, Petrus já estava à minha espera. Tive dificuldade para encara-lo. Só de olha-lo nos olhos sentia-me corar. Ele notou isso e sorriu, como se acha-se piada à minha atitude de uma pessoa pouco experiente no ramo do amor. Pude reparar que ele já conhecia razoavelmente o Palácio. Ouvimos vozes, ao longe, e decidimos segui-las. Ficamos atrás de um dos grandes pilares de um átrio que dava para um pequeno, mas belo jardim. Tanto eu como Petrus ficamos pasmados com o que vimos.

— Não me podias ter dito que eles estavam a namorar? – perguntei a sussurrar para que aqueles dois não me pudessem ouvir.

— Eu também não sabia!. – exclamou.

— O que é que andaste a fazer enquanto eu estive inconsciente? Deverias ter recolhido informações!

Ele ficou a olhar-me com cara de parvo. Zach deveria ter cuidado dela enquanto eu tinha estado inconsciente, pelo menos era isso que eu esperava. Bem, eu já tinha reparado no ambiente daqueles dois, aliás, Catarina quase já mo tinha admitido, mas eu não quis insistir no assunto. Fiz de conta que não sabia de nada e saí detrás do pilar. Catarina ficou muito corada a olhar-me. Cruzei os braços e perguntei, na brincadeira:

— Posso saber o que a menina está a fazer?

Ficou toda atrapalhada. Libertou-se dos braços que rodeavam a sua cintura e colocou-se a alguns metros de distância de Zach. Ri-me. Bem, não podia fazer outra coisa naquele momento. Petrus foi para o lado de Zach e pôs a mão no seu ombro.

— Estava a ver que não rapaz! – ouvi Petrus dizer-lhe.

Embora aqueles dois não se parecessem dar muito bem, as coisas tinham-se acalmado. Catarina decidiu mudar de assunto. Correu até mim e abraçou-se.

— Que estás a fazer? – sussurrei-lhe ao ouvido enquanto nos abraçávamos.

— Estou feliz por te ver bem… Fiquei aflita depois de tudo o que aconteceu…

Notava-se a preocupação no seu tom de voz. Segurei-lhe os ombros e disse-lhe:

— Eu estou aqui, não estou? Sabes muito bem que eu não sou fraca e que não me vou abaixo assim do nada! Aliás, eu e a menina temos muito que conversar…

Embora fossem aquelas as minhas palavras, não era aquilo que eu realmente achava… Ao ouvir-me dizer aquilo, corou novamente.

— O que eu quero que saibas é que vou estar sempre com os meus braços abertos para te receber… – disse ela, ainda a evitar o “outro” assunto.

— Eu sei que sim… Mas agora…

— Ah… Isabella, não! Deixa as coisas andarem primeiro…

Compreendia-a. Por muito que não quisesse, compreendia-a. No início da minha reconciliação com Petrus sentia-me da mesma forma.

— Está bem, está bem… Mas não te esqueças de mim! – disse a rir.

— Como se isso fosse possível… – revirou os olhos.

Acabamos por ir para junto dos rapazes. Por muito que ela negasse, o clima entre os dois era inegável, até Petrus reparava. Ficamos os quatro sentados perto do lago. Conversamos, rimos, até que um dos guardas do Palácio nos veio dar um aviso.

— A Rainha quer falar convosco o mais rápido possível. Quando puderem convirjam à Sala de Trono. O assunto é do vosso interesse e de maior urgência.

Sem nada mais dizer, virou costas. Entreolhamo-nos. Fez-me parecer que o assunto não era dos melhores…


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Notas finais do capítulo

Até ao próximo capítulo! ^_^



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