Scars Of Love escrita por Simi


Capítulo 62
Capítulo 61


Notas iniciais do capítulo

Olá leitores! :)
Devo dizer que um pouquinho de suspense faz sempre bem :3
Boa leitura! ^_^



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(Valéria)

Falhava. Falhava sempre. Nem com a ajuda daquelas oferecidas eu me conseguia safar. Não conseguia perceber o porquê de Isabella conseguir sempre arranjar uma maneira para se salvar. Havia sempre uma solução para ela, havia sempre uma saída. Eu simplesmente não tinha mais ideias… Não conseguia pensar num novo plano, não conseguia… Desta vez eu não me tinha magoado e Luther ainda não tinha acordado, somente as Consortes estavam a par do que se passava. Agnes veio ter comigo ao meu quarto.

— Com que então os teus planos não serviram de nada não foi? – um sorriso maléfico instalou-se no seu rosto.

— E o teu poder também não me serviu de muito, se é que se pode chamar de poder… – Eu estava deitada na cama e Agnes andou até a mim para me esbofetear. Travei-lhe a mão, agarrando o seu pulso. Lancei-lhe um olhar de morte. À frente de Luther era uma coisa, mas quando ele não estava a ver, o assunto mudava completamente. – Nem penses, que nem te passe pela cabeça de novo voltares a fazer isso!

Agnes rangeu os dentes. Eu ia deixar de ser o pau mandado daquelas sete, ia somente obedecer a Luther, estava cansada até à mais pequena ponta dos meus cabelos.

— O que é que vais fazer quando Luther acordar?! – perguntou Agnes, quando finalmente conseguiu libertar o seu pulso da minha mão.

— Única e simplesmente, vou relatar factos, mais nada, aí ele saberá o que fazer… – disse, muito calmamente.

— Ai sim? E achas que Luther vai ter cabeça para isso tudo?! Achas que tem que ser sempre ele a encontrar soluções? Achas que tem que ser ele a resolver sempre as coisas? – estava indignada sem razão.

Levantei-me muito calmamente, coloquei as mãos dentro dos bolsos e fui para junto da janela. Num tom desprezível, disse-lhe:

— E vocês são quem acham as soluções? São? E o que é que vocês têm feito desde que Luther ficou naquele estranho coma? Não têm feito absolutamente nada! Nada! Somente me emprestaram um pouco do vosso poder, somente foi essa a vossa única e “ótima” ação.

Agnes bufou e saiu. Bateu com a porta com tamanha força como se ela necessitasse disso. Encostei-me à parede e suspirei.

“Porque é que eu nunca consigo vencê-la? Porque é que as coisas lhe correm sempre bem, mesmo que seja no último?”

Pensei em desistir, admito que pensei, mas eu precisava vingar-me por tudo. Iria esperar que Luther acordasse e aí…

(Catarina)

Não tive noção de quanto tempo, melhor, quantos dias já se tinham passado desde que estávamos no Palácio. Desde a conversa que tínhamos tido com a nossa Rainha, nada mais nos foi dito, nem mesmo Zach foi contactado. Quando acordei, decidi ir novamente àquele lago onde tinha estado com Zach. Sim, sentia-me bem ali. Mas, por artimanha do Diabo, talvez, perdi-me…

— Ah…! Maldito Palácio! Porque é que me tenho que perder sempre?! – gritei no meio de um grande átrio.

Ouvi passos atrás de mim.

— Vá, não fales assim! Com o tempo acostumas-te… – Zach sorriu.

— Para ti é fácil falar, não é? – amuei, o que não era nada meu costume.

— Oh a menina amuou! – exclamou ele em tom de brincadeira, aproximando-se.

— Zach… – olhei-o ameaçadoramente. – antes que eu pudesse evitar, ele já me tinha nos seus braços. – Zach… Pousa-me!

Fez ouvidos moucos. Continuou a andar sem nada me dizer, sem me dar uma satisfação. Ele realmente irritava-me e era isso que me fazia estranhamente feliz. Acabamos no lago onde eu queria ir. Aí ele pousou-me.

— Era aqui que querias vir não era? – ele sorriu ao fazer a pergunta.

Corei. Não lhe consegui responder e fiquei sem ação… Simplesmente paralisei.

— Agora usas telepatia ou algo parecido? – perguntei enquanto virava a cara para ele não conseguir ver-me corar.

Ele não respondeu. Odiava aquele silêncio… Odiava mesmo… Agachei-me junto do lago e observei a água cristalina.

“Talvez me consiga acalmar…” – pensei, embora sentisse completamente o contrário.

Quando me levantei e me virei, Zach estava a centímetros de distância. Se não fosse ele a segurar-me pela cintura, bem que teria caído ao lago. As minhas mãos agarraram a sua T-shirt negra.

“Mas o que é que estás a fazer?! Controla-te!”, mas de nada adiantou o meu pensamento.

Quando o terminei, os meus lábios já estavam colados aos dele. Descrever os seus beijos?! Impossível… Era das coisas que eu era mais incapaz. Uma ternura enorme era transmitida pela suavidade do seu toque.

— Eu disse que a cada dia me ia aproximando mais… – os seus olhos brilhavam.

Senti todo o meu corpo ser aquecido. O leve toque das suas mãos na minha cintura e nas minhas costas fazia-me sentir leve. Eram coisas lamechas demais para uma pessoa como eu pensar, mas na verdade, era o que eu sentia. Ele fazia-me esquecer todo o sofrimento pelo qual já tinha passado, aliás, era disso que ambos precisávamos…


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Notas finais do capítulo

Até ao próximo capítulo! ^_^



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