Scars Of Love escrita por Simi


Capítulo 61
Capítulo 60


Notas iniciais do capítulo

Olá a todos! :)
Aqui vai um novo capítulo :D
Boa leitura! ^_^



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/406315/chapter/61

(Isabella)

O sol estava a pôr-se. Estava a conseguir acordar aos poucos, mas as dores não ajudavam. Perguntava-me se as cicatrizes iriam permanecer nas minhas costas. Tentava mexer-me, mas as dores impediam-me. Consegui dar uma olhadela ao meu tronco e pude ver que estava todo ligado. Não me lembrava de nada desde que tinha perdido a consciência naquela batalha. Fiquei também sem saber quem me atacou, embora já tivesse as minhas suspeitas. Olhei para o grande sofá que se encontrava perto da janela e todas as minhas armas lá estavam. Não me perguntei onde estava, porque reconheci perfeitamente aquele quarto. Estava no Palácio. Tentei mexer-me várias vezes, mas, comos se fossem raios, as dores percorriam-me o corpo. Não conseguia falar, então não podia chamar ninguém. Não tinha outra hipótese senão esperar. Passaram-se algumas horas e o sol já se tinha posto completamente. A Lua estava cheia.

“Não devem ter passado muitos dias desde que perdi a consciência.” – pensei.

Olhei novamente para a Lua. O Punhal Lunar saiu do seu coldre e começou a flutuar. Tal como ele, eu comecei a levitar sobre a cama. O Punhal dirigiu-se a mim e, com uma enorme luz que ocupou todo o quarto, apertou-me todo o corpo.

“Teriam feito algum feitiço ao Punhal?!” – questionei-me. – “Não, não poderia ser, aquela luz não era maléfica.”

Ouvi vozes à entrada do quarto. Não consegui identificar quem era, mas suspeitava. Queria chama-los, mas não conseguia. Passados uns minutos deixei de os ouvir, mas a Luz Lunar permanecia. As ligaduras que eu tinha no meu tronco estavam a desaparecer, senti as minhas feridas a fecharem-se. Muito devagar e muito levemente, a Luz poisou-me na cama novamente. A Luz da Lua, que se refletia na tijoleira azul clara, começou a brilhar ainda mais intensamente, até aparecer a figura de uma mulher, com umas lindas vestes brancas, uns olhos azuis penetrantes e uns longos cabelos prateados. Aproximou-se de mim e disse-me, com um tom de voz muito leve:

— Continua assim, Isabella…

Nisto, desapareceu. Sentia-me bem. As dores tinham passado. A falta de ar que sentia tinha desaparecido. Levei a mão direita às costas e nada senti. Para além de me ter curado as feridas, a Luz Lunar também me tinha retirado as cicatrizes. Não sabia como aquilo tinha sido possível. Quando olhei novamente para o coldre do Punhal, ele estava intacto, como se nunca tivesse sido mexido anteriormente. Apetecia-me tomar um longo banho. Fi-lo. Acho que nunca tinha tomado um banho tão grande. Enxuguei bem o cabelo, vesti um dos kimonos que estavam no guarda-roupa do quarto. Não era algo que eu gostasse muito de vestir, mas era o que havia. Fiquei admirada de não estar nenhum guarda à entrada do meu quarto. Tentei localizar Petrus. Estava no seu quarto e, quase de certeza, acordado. Percorri vários corredores, sempre guiada pelo instinto da nossa tatuagem e acabei diante de uma porta azul clara. Bati duas vezes. Ninguém me respondeu. Bati novamente. Nada. Como tinha a certeza de que ele estava ali, abri a porta. Estava na varanda do quarto. Entrei sem fazer qualquer barulho e encostei-me à porta de vidro da varanda.

— Quando quiseres apanhar uma constipação diz. – disse em tom de brincadeira. Estava sempre sem nenhuma peça de roupa no tronco. Ficou petrificado a olhar-me. Eu só tinha dito para ele não apanhar uma constipação. – Petrus?! Estás bem?! – perguntei aproximando-me dele.

— Estou… Estou bem… – acabou por respondeu, gaguejando.

— Tens a certeza?! – perguntei, colocando-me diante dele.

Eu, à beira dele, sem saltos, parecia uma criança.

— Eu vou buscar uma camisola para tu vestires. Mete-me impressão ver-te assim com este frio.

Não tive tempo nem para dar um passo. Agarrou-me o pulso e puxou-me para ele. Colocou a sua mão sobre a minha cabeça, encostando-a ao seu peito. Senti a sua respiração irregular. O meu pescoço estava a ficar molhado. As suas lágrimas percorriam as minhas costas. Deixei-o chorar o quanto lhe apeteceu. Segurou o meu rosto nas suas mãos e disse-me, soluçando de ainda estar a chorar:

— Eu tinha a certeza que ainda te teria novamente nos meus braços…

— E qual era a dúvida meu bem?! Nenhuma! – disse, dando-lhe um beijo de surpresa.

Trocamos beijos e carinhos durante horas. Talvez estivesse prestes a amanhecer quando adormecemos. Só sei que pude estar aconchegada pelos seus braços, finalmente.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Até ao próximo capítulo! ^_^



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Scars Of Love" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.