(Valéria)

Agnes veio chamar-me aos meus aposentos para falar com Luther.

“Mas o que é que ele quer agora?” – questionei-me.

Estava a tentar arranjar um plano, mas ainda não tinha conseguido descobrir uma forma de quebrar a barreira feita por Isabella.

Chegada à sala do trono…

— Valéria tenho uma novidade para ti. Depois do teu ataque, o Petrus está neste momento no hospital devido aos ferimentos que lhe causaste. Afinal, não és assim tão inútil.

Sempre tão querido…

— Meu Lorde, eu já dei voltas e voltas à minha cabeça, mas não consigo encontrar uma forma de quebrar a barreira criada pela Isabella.

Na mão esquerda de Luther apareceu um punhal cuja cor da sua lâmina era violeta. À volta da lâmina emanava um brilho negro.

— Esta lâmina vai conseguir quebrar a barreira, mas por pouco tempo. Portanto, o teu ataque tem que ser rápido e eficaz.

O punhal flutuou até mim. Guardei-o. Fui para o meu quarto novamente. Iria atacar a casa, mas… Só quando Petrus estivesse lá. Atacar Petrus iria fazer com que ela se distraísse e não usasse o máximo dos seus poderes. Isso ia facilitar o meu trabalho.

Mais tarde, dirigi-me à sala do trono para informar Luther dos meus planos. Quando cheguei à sala fiz uma vénia.

— Meu Lorde, depois de muito refletir eis aqui o meu plano: decidi atacar a casa, mas só quando o Petrus tiver alta, ou seja, só quando ele lá estiver. Com isto eu quero que a Isabella se distraia e que, com o medo de perder o seu “grande amor”, não irá conseguir utilizar o máximo dos seus poderes. Assim, a sua barreira não será tão forte.

— Valéria o que te dá tanta certeza disso? Não achas que sendo o Petrus “o atacado” ela não o vai tentar proteger ao máximo?

— Sim, tem razão Meu Lorde, mas eu tenho alguns trunfos na manga… – um sorriso maléfico na minha cara apareceu. – Meu Lorde pode informar-me quando o Petrus tiver alta por favor?

— Tu não vais atacar quando te apetecer, só quando eu mandar. – a forma arrogante com ele me falou fez com as suas Consortes se rissem como se fossem superiores.

Elas não eram nada. Eram apenas instrumentos de diversão para ele. Se eu fizesse aquelas miúdas irritantes minhas reféns, mais o estúpido daquele mordomo e ao mesmo tempo atacasse Petrus, ela não iria saber quem proteger.

Fui para o campo de treino. Desde o meu último ataque tinha decido aprender a manobrar uma arma. Como tinha passado pouco tempo não sabia manobrar a espada na perfeição, mas com treino árduo e alguma ajuda de Luther, as competências que tinha adquirido chegavam para me afastar de qualquer coisa cortante que Isabella provavelmente me iria atirar da próxima vez.

Passaram-se dias… Sem novidades, sem nada… Mas, era sempre assim. Só me chamava quando precisava.

— Valéria, o Petrus teve alta hoje. Daqui para a frente podes atacar quando quiseres, mas não te esqueças das minhas recomendações. Queres levar a Agnes contigo?

“Essa inútil? Que só se sabe pavonear? Era o que mais me faltava!” – pensei.

— Não é necessário, Meu Lorde.

— Vá, sai! Eu agora tenho mais que fazer. – todas as sete Consortes foram para perto dele.

Iriam eles fazer sei lá o quê. Nem valia a pena pensar. Tinha de me concentrar. Desta vez eu não iria falhar…