Scars Of Love escrita por Simi


Capítulo 29
Capítulo 28


Notas iniciais do capítulo

Olá gente! Como estão todos? Espero que bem!
Aqui estou eu mais uma vez para postar um capítulo de "Scars of Love". Neste capítulo temos algumas decisões que, por vezes, não são fáceis de tomar...
Boa leitura! ^^



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(Isabella)

Enquanto Petrus dormia fui buscar algo para comer. Quando cheguei ao quarto, ele estava em frente à janela.

— Sabes, supostamente devias estar deitado ou pelo menos sentado.

— Os analgésicos que me estão a dar fazem com que as dores não sejam tão fortes e já consigo mexer-me melhor.

A sua cor facial tinha voltado ao normal. Como era o seu hábito, estavam sem nada vestido no tronco, a única coisa que tinha eram as ligaduras e alguns pensos, ligaduras essas que lhe cobriam quase todo o abdómen.

— Senta-te rapaz, não te consigo ver-te de pé com essas ligaduras todas.

— No fundo, estás preocupada não estás?

Não respondi. Ele sabia a resposta. Mudei de assunto.

— Queres alguma coisa para comer?

— Não me deixam comer coisas que não sejam confecionadas no hospital, embora a comida daqui não preste.

— Pega. – estendi-lhe a mão com um lanche misto. – Ninguém vai examinar a tua saliva para saber o que andaste a comer.

— Obrigado. – riu-se.

Enquanto ele se sentou na beira da cama, eu sentei-me na poltrona. Sabia que ele estava a olhar para mim, mas não me atrevi a retribuir.

— Quando tiveres alta vais para lá para casa, certo? Aliás, as coisas que estavam no hotel já foram para lá.

— Diz-me Isabella, se eu não te posso proteger, porque que vou para lá? Eu caio muito facilmente nas garras da Valéria, não sou tão forte quanto tu.

Estava estupefacta com as suas palavras.

Ele tinha razão, eu era mais forte.

— Por isso mesmo. Por não seres tão forte quanto eu é que deves ficar por perto. No fim, eu tenho o dever de te proteger, aliás, a nossa Rainha disse-mo. Eu posso proteger-te. Não... Eu quero proteger-te. – dito estas palavras, olhei-o.

A sua expressão mostrava surpresa.

— Isabella, tu ainda não me respondeste.

Parei de comer. Baixei a cabeça.

“O que é que eu deveria responder?” – questionei-me.

— Eu ainda não estou preparada retomar a minha vida amorosa. Se guardo ressentimentos? Não. Mas fico triste por o teu amor não ter sido suficientemente forte para teres resistido à Valéria. Tu sabes o que eu costumo dizer: não guardo rancor, mas também não sofro de amnésia. Eu decidi proteger-te e é isso que vou fazer.

— Obrigado, Isabella… – lágrimas caíram dos seus olhos.

Levantei-me da poltrona num flash e coloquei-lhe as minhas mãos nos seus ombros, dizendo-lhe:

— Eu não quero choradeiras, percebeste? Estou cansada de ver pessoas a chorar. E eu estou aqui. – sem que eu tivesse tempo para me afastar, ele rodeou-me com os seus braços.

Foi bom sentir o seu cheiro, o seu calor novamente. Não podia negar, eu ainda o amava, mas não podia ceder. Sem parecer bruta, sai dos seus braços e sentei-me novamente na poltrona. Mesmo que Simão me tivesse dito que a minha voz e os meus poderes não iam resultar, eu não tinha perdido a esperança.

— Petrus tira as ligaduras.

— Não posso, não estou autorizado a isso. Até parece que não sabes como são os médicos…

Tirei uma pequena faca da minha bota esquerda e cortei as ligaduras sem fazer quaisquer cortes no seu corpo.

— Mas tu estás doida?!

— Não tiraste tu, tirei eu. – dito isto, guardei novamente a faca. – Deita-te, se faz favor.

Ele deitou-se. Com os analgésicos, ele já não senti grandes dores. Para não fazer grande algazarra no hospital, decidi utilizar os Elementos. Transformei-me. Todas as minhas tatuagens ficaram violetas. Coloquei as minhas mãos nas suas feridas mais graves. Desta vez, fiz o pedido ao Elemento oralmente.

— Espírito. – senti uma leve presença entre nós dois. – Tu que me trouxeste tantas vezes paz ajuda o Petrus no que puderes. – este Elemento tinha como prioridade ajudar as pessoas quer fosse física ou mentalmente.

Concentrei toda a minha energia. Não podia usar os outros Elementos, pois estes podiam magoa-lo.

— Isabella não é preciso te esforçares tanto.

Não lhe respondi. Ele era tão parvo que ainda não tinha percebido que eu só queria acelerar a sua recuperação. As suas feridas começaram a fechar, embora não completamente. No meu interior ouvi:

Isabella não há mais nada que eu possa fazer, mas ele vai ficar bem.”

“Obrigada por tudo.”

A sua presença desapareceu. Voltei ao meu estado normal. Estava um bocado tonta, mas não era nada demais.

— Sabes onde é que as enfermeiras guardam as ligaduras?

— Elas normalmente trazem, mas houve uma que se esqueceu e foi buscar a esse pequeno armário, esse que está aí no canto. – apontou.

Abri uma das gavetas e tinha lá dois rolos de ligaduras. Chegava, com certeza.

— Podes sentar-te se faz favor?

— Não queres deixar isso para as enfermeiras?

— Claro! E o que lhes vais dizer?

— Elas vão dar por ela e vão. As ligaduras que cortas-te estão aí pelo chão.

— Posso deita-las ao lixo, mas aí elas iam ver portanto… – recolhi as ligaduras e juntei-as numa só mão. – Fogo! – apareceu fogo na minha mão que queimou todas as ligaduras sem deixar quaisquer vestígios.

— Isabella…

— Não é Isabella nem meio Isabella! Levanta-te. – quando o meu primo tinha partido um ombro há uns anos, eu por vezes ajudava-o a colocar as ligaduras e eu própria também já me tinha magoado algumas vezes, embora nunca tivesse partido um osso na minha vida. Então, colocar ligaduras era um trabalho fácil para mim. Estar tão perto dele dava-me calafrios… – Já está, vês? Custou alguma coisa? – ele não me respondeu, limitou-se a olhar-me com surpresa. – O que foi?

Ficou atrapalhado.

— Hum… Nada.

— Olha não sabes vestir nada? Uma camisola, uma T-shirt?!

— Isabella?! Já não me conheces?

— Quem não te conhecer que te compre! – disse em tom de brincadeira.

— Isabella tens a certeza?

— Do quê? – ele continuava sentado na beira da cama e eu encostada à parede.

— De me quereres proteger…

— Petrus, eu sou uma mulher de palavra. Decidi, está decidido.

Era verdade. Eu tinha decidido protege-lo. Não digo que me ia custar a vida, mas uns valentes confrontos, lá isso ia…


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Notas finais do capítulo

Então, o que acharam? Esperem por algumas surpresas... :3
De praxe, deixem TUDO! nos REVIEWS!
Até ao próximo capítulo! ^^



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