Scars Of Love escrita por Simi


Capítulo 22
Capítulo 21


Notas iniciais do capítulo

Olá leitores! Como vão? Desde já, desejo-vos um Feliz Natal!
No entanto, mesmo sendo Natal, tirei um tempinho para postar um novo capítulo! Como sabem, a situação está a ficar cada vez mais séria...
Boa leitura! ^^



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(Isabella)

A minha tatuagem ardia cada vez mais. Não me atrevi a olhar para trás, mas pela dor que sentia consegui perceber que as feridas dele eram bastante profundas.

“Espírito, por favor, ajuda o Petrus. Tenta aliviar um pouco o seu sofrimento.”

Senti uma presença leve e gratificante dirigir-se a Petrus. Nesse preciso instante, ele gemeu e aí percebi que tinha resultado, mas por enquanto não me podia preocupar com ele. Kiba continuava ao seu lado, embora contra a sua vontade. Valéria começou a cantar. Notas musicais negras e vermelhas vieram em minha direção. Os meus ouvidos começaram a doer. Era insuportável! Mas de repente, ouvi na minha cabeça:

“Sê sempre forte Isabella, aconteça o que acontecer, nunca te deixes ir abaixo.” – tinha-me dito a minha mãe, antes de eu partir para o Japão.

A dor que sentia por todo o corpo permanecia, mas uma grande força de vontade percorreu todo o meu corpo.

— Água! – um redemoinho apareceu à minha volta. – Fogo! – longas chamadas envolveram-me.- Ar! – um pequeno, mas forte tornado apareceu em meu redor, fundindo-se com o redemoinho de água. – Terra! – longas heras envolveram-me em espiral.

As notas musicais e aquela fumaça não me podia atingir. Os Elementos tinham formado uma barreira. As dores começaram a diminuir. Valéria parou de cantar, embora tivesse ficado à defesa para o caso de eu baixar a barreira.

“Bem, vais ter pouca sorte!” – pensei. – “Elementos podem ficar invisíveis por favor?” – pedi.

Não sabia se era possível, no entanto, a barreira tornou-se invisível, permanecendo. Eu queria que Valéria pensasse que eu estava desprotegida, indefesa.

— Não devias ter feito isso Isabella, cometeste um grande erro! – disse ela com malícia.

O meu plano tinha funcionado.

— Isabella o que é que estás a fazer? – perguntou Kiba, incrédulo com as minhas ações.

O tom da sua voz era de preocupação.

— Ora não te preocupes! Ela pode atacar à vontade… – disse eu com um sorriso maldoso.

A maldita música de Valéria começou. As notas musicais vinham na minha direção, tal como a aquela fumaça vermelha, mas quando tocavam na barreira desapareciam. O rosto de Valéria mostrava surpresa. Ela não contava com aquilo…

— Então? Não acertas? – perguntei, provocando-a. Ouvi-a rosnar. – Calma bichana, ninguém te vai magoar, quer dizer, se calhar sim. – disse com um riso malévolo no rosto.

Rosnou ainda mais. Aquilo estava a ficar muito, muito bom… Então, o espetáculo ia começar… Voltou a rosnar. Ela estava ficar fraca, para além das feridas, tinha gasto muita energia. Não sei se ela morreria, mas tão cedo não ia aparecer à minha frente…

“I'm bulletproof nothing to lose
Fire away, fire away
Ricochet, you take your aim
Fire away, fire away
You shoot me down but I won't fall
I am titanium
You shoot me down but I won't fall
I am titanium
I am titanium…

Comecei a sentir-me fraca… Também já estava nos meus limites, mas tinha de continuar, tinha de elimina-la!

Cut me down
But it's you who'd have further to fall
Ghost town, haunted love
Raise your voice, sticks and stones may break my bones
I'm talking loud not saying much”

David Guetta ft. Sia- “Tittanium”

Ela gemia, contraia-se, as dores que ela sentia deveriam ser superiores às que eu senti quando ela me atacou. A transformação dela estava instável, tanto estava transformada como já não estava. Começou a esfumar-se no ar, a gritar e acabou por desaparecer. Agradeci aos Elementos por me terem protegido durante todo aquele tempo. O Espírito ainda se encontrava a tratar de Petrus. Comecei a sentir-me tonta, cambaleei e acabei por cair para trás. Senti-me a cair na areia, embora não tivesse ficado inconsciente.

— Isabella! Isabella! – chamava Kiba.

— Eu… estou bem. – disse com dificuldade.

Simão e as meninas também se juntaram à minha volta. Petrus tinha ficado sozinho. Levantei o tronco, olhei para trás. Ele ainda estava deitado. Gatinhei pela areia até ele e olhei-o. Porquê? Porque é que eu ainda sentia aquela ternura por ele? Os meus olhos encheram-se de lágrimas, mas esforcei-me para não brota-las. Sentindo a minha presença, virou o pescoço com dificuldade e olhou-me.

— Perdoa-me Isabella… por favor… – disse ele gemendo de dores.

Ele estava mesmo em mau estado. Eu precisava cuidar daquelas feridas, o Elemento não podia fazer tudo.

— Eu não sou ninguém para perdoar Petrus. Ah…! – o meu corpo doía, senti algo viscoso a sair-me pelo nariz.

Passei a ponta dos dedos pelo nariz e estava deitar sangue. As tonturas voltaram. Estava com ideias de levar Petrus para casa e cuidar daquelas feridas, mas não estava em condições para isso, muito menos para conduzir.

— Isabella, eu levo-te para o Hotel. Amanhã vimos buscar a tua mota. – disse Kiba.

Olhei-o. Desejando muito que ele aceitasse, pedi-lhe para que levasse Petrus também. Não disse nada por momentos, apenas me olhou. Segundos depois, anuiu. Transformou-se e colocou-nos no seu dorso. Não correu, pois sabia que isso nos causaria mais dores. No caminho para casa, acabei por adormecer. Uma luta já tinha terminado. Porém, outra ainda maior tinha começado dentro de mim…


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Notas finais do capítulo

Então, o que acharam? Trago surpresas no próximo capítulo...
Há algo que me tenho esquecido de mencionar. Estou muito satisfeita com o contador de acessos. Sem ele, os autores não têm a noção de quantas vezes a sua história é visualizada.
Devo agradecer a um leitor que favoritou a minha história recentemente! (:
Bem, é tudo!
Até ao próximo capítulo! ^^



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