Scars Of Love escrita por Simi
Notas iniciais do capítulo
Olá gente! Como prometido, estou hoje a postar, pois o último capítulo foi muito pequeno... Este é um pouco maior, mas nada muito exagerado. No entanto, traz emoções muito fortes... :3
Boa leitura! ^^
(Isabella)
Estava no jardim a ler e Kiba estava a comer, como sempre. A minha tatuagem começou a arder. Como? Como é que aquilo podia estar a acontecer? Levantei-me. Hesitei. Como é que eu ainda queria salvá-lo? Dei vários passos. Hesitei.
“Não, não posso ir!” – pensei.
— Isabella, o que se passa? – perguntou Kiba.
Não respondi. A incerteza tinha imobilizado o meu corpo. De repente, senti uma enorme vontade de correr, de pôr a mota andar e ir salvá-lo.
“Como? Como?” Esta pergunta era gritada na minha cabeça. Olhei por mim abaixo. Estava a tremer.
— Kiba, preciso de ir.
— Mas onde?
Não lhe cheguei a responder. Comecei a correr que nem uma doida. Comecei a conduzir a alta velocidade. Não sabia para onde ia. O meu instinto era que me guiava. Dei por mim na praia. Estacionei bruscamente. Petrus encontrava-se deitado na areia com vários cortes no corpo. Mas afinal, qual tinha sido a ideia dele? Queria morrer?
“Bem se era isso eu não vou deixar!” – pensei.
Saltei para cima do corrimão de metal que se encontrava ao longo de toda a praia e dunas. A noite estava escura e o que chamou mais atenção foi o brilho da argola que trazia na minha orelha esquerda. A fraca luz dos postes de eletricidade embatiam na argola e o seu reflexo encontrava-se no casaco da Valéria. Fiquei cabisbaixa, os meus punhos estavam cerrados. Não me queria transformar já. Valéria veio em minha direção e desci do corrimão. Dei dois passos em frente e parei. Continuei cabisbaixa e de punhos cerrados.
— Então vieste salvar o teu grande amor, não foi? – disse com ironia.
A minha tatuagem ardia cada vez mais. Não era bom presságio… Isso significava que as feridas que ele tinha não eram nada boas e a recuperação também não ia ser fácil. Finalmente levantei a cabeça.
— Se vim salvá-lo, vim, mas não foi devido ao nosso passado. Eu vim porque nenhum ser à face desta Terra merece sofrer nas tuas mãos.
— Deixa-me rir aos sete ventos! Pensas que eu não sei que tu consegues sentir o sofrimento dele mesmo a mil léguas de distância? – mostrava desdém no seu rosto.
Ela tinha razão. No fundo, eu tinha ido pelas duas razões. Dei mais passos em frente até ficar frente a frente com ela.
— Isabella… não faças nada… – pediu Petrus, gemendo de dores.
— Não te mexas! – ordenei. – Não queiras piorar mais do que o que já estás! – pelo canto do olho, consegui ver Kiba, Simão e as meninas. Levantei a mão para eles, sem deixar de fitar a Valéria. – Vocês não se metam! Fiquem aí!
Ficaram única e simplesmente a olhar para mim. Embora eu soubesse que Kiba não gostava lá muito de Petrus, ele veio ajudá-lo.
— Então, não fazes nada?! Só vais ficar a admirar a minha beleza? – disse, sacudindo o cabelo.
Dei-lhe um estalo bem forte. O meu sangue fervia por dentro, quase conseguia sentir o seu borbulhar. Ela levantou a mão para me agredir, mas consegui esquivar-me facilmente. Embora pouco tivesse treinado, as minhas aptidões estavam cada vez melhores. Vi a sua expressão enfurecida. Decidi provocar, afinal a provocação fazia sempre com que a luta fosse bem mais renhida.
— Então Valéria? Isso tudo era só garganta?! Coitadinha, ficaste com a cara vermelha foi? Não tenho pena alguma! – disse com raiva.
“Água, que fazes com que a brisa do mar seja tão leve e fresca, congela pequenos dardos e traz-mos às minhas mãos.” – pedi em pensamento.
Pequenos dardos de gelo ocuparam os espaços entre os meus dedos. Ela ficou à defesa. Não lhe ia adiantar de nada, quando se tratava de pontaria eu nunca falhava. Eu não queria magoa-la muito, ainda queria luta, muita luta… Mirei para os seus ombros e coxas.
— Então? Não te sabes esquivar? – disse com ironia. – Ai espera! O teu querido “Lorde” só te ensinou a cantar mal, que pena…
Estava com a sua mão direita numa das feridas mais profundas que lhe provoquei. Aquilo estava a ficar bom.
— Isabella tem cuidado, o Luther pode aparecer a qualquer momento. – disse Kiba.
— Se esse aparecer também vai para os anjinhos!- disse com raiva.
Valéria rosnava. Estava a transformar-se. Ótimo!
— Agora vais ver como elas te mordem! – gritou ela.
O temperamento dela estava precisamente como eu queria. Agora sim, a verdadeira luta ia começar…
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Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!Notas finais do capítulo
Então, o que acharam? A luta está a ficar feia...
Sempre que faço revisão aos capítulos em que existem confrontos, fico sempre a pensar que não tenho talento algum para descreve-los... Bem, digam-me o que vocês acham nos reviews! O próximo capítulo promete a continuação deste conflito! Não percam!
Até ao próximo capítulo! ^^