Scenes Of Our Lives escrita por EvansPotter


Capítulo 67
Firewhisky


Notas iniciais do capítulo

Heeeeeeeeeeeeeey amores!!!!
Me desejem boa sorte pra quinta e sexta pq vou fazer o vestibular da Unifesp D':
To sem nada pra falar aqui só queria dar oi msm
Comentem pf coisas lindas e até semana que vem!!
3bjs proceis



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Gina abriu a porta de casa e, por um lado, ficou feliz de não encontrar ninguém. Sabia que se os filhos estivessem em casa estariam gritando e brigando como sempre e ela não estava com muita paciência para isso. Também não estava com muita paciência para conversar com Harry. Não sabia ao certo por que, mas sentia que ficaria irritada com ele mesmo se o marido dissesse apenas “Oi!”.

Depois de largar a bolsa no sofá ela caminhou até a cozinha, pegou um copo de cima da pia e remexendo em um dos armários mais altos, tirou de lá uma garrafa quase cheia de Firewhisky. Puxando bruscamente uma cadeira ela se sentou, encheu o copo e virou-o na boca todo de uma vez.

Ela suspirou pesadamente e encheu mais um copo, já estava a meio caminho de leva-lo a boca outra vez quando ouviu uma voz vinda da sala:

– Oi! Tem alguém em casa?

– Na cozinha! – Ela respondeu um tanto contrariada e virou rápido o segundo copo.

– Oi!

– Oi, Ted.

– Hã... tudo bem, tia? – Ele perguntou, notando o rosto cansado e meio avermelhado dela.

– Tudo. – Ela respondeu sorrindo um pouco.

– Er... não parece...

– Foi só um dia ruim no trabalho.

– Ah... por que?

– Rita Skeeter. – Ela respondeu endurecendo a voz.

– Eu odeio aquela mulher.

– É... especialmente depois daqueles comentários sobre você e a Vic na Copa. – Gina respondeu rindo, fazendo Ted corar um pouco.

– Olha, tia, eu...

– Deixa para lá. – Ela interrompeu a desculpa dele. – Eu não devia dar atenção para a Skeeter, mas às vezes eu sinto vontade de ir para Azkaban só para poder torturar ela um pouquinho. Enfim – Ela continuou balançando levemente a cabeça. – Pega um copo e senta aqui comigo.

– Er... – Ele hesitou olhando para a garrafa em cima da mesa e as bochechas meio coradas da tia. – Eu... eu só vim...

– Pega o copo logo e senta aqui, Ted.

– Mas...

– Faz o que eu estou mandando logo!

Ted deu alguns passos hesitantes até a pia, pegou um copo e se sentou na cadeira em frente à de Gina, a olhando meio inseguro enquanto ela enchia os dois copos e empurrava um deles para ele.

O garoto pegou o copo meio inseguro e o levou devagar até a boca, tomou um gole pequeno e engasgou um pouco. Gina o observava com os olhos semicerrados, a mão segurando o próprio copo suspensa no ar.

– Você nunca bebeu firewhisky, não é?

– Eu... er... não.

– E eu aqui achando que Rita Skeeter tinha te chamado de “selvagem” por algum outro motivo que não seu cabelo azul e ficar se agarrando com a Vic “qualquer canto escuro”.

– Tia, eu...

– Na verdade eu estava até meio preocupada. – Ela interrompeu.

– Eu, só...

– Tudo bem, eu estou te dando permissão para beber.

Ele a olhou hesitante mais uma vez e deu outro pequeno golo na bebida.

– Isso não vai dar certo assim, Ted. – Ela falou balançando a cabeça. – É melhor você virar tudo de uma vez. Assim.

E pela terceira vez ela engoliu inteiramente mais um copo, estalou os lábios audivelmente e encheu-o novamente.

– Er... tia... quantos você já...?

– Não interessa. As crianças vão dormir no Ron e na Hermione hoje. Hugo e Rose chamaram.

– Tudo bem, mas...

– Ah! Cala a boca e bebe logo, Ted! No três, ok? – Ela perguntou levantando o copo levemente e Ted concordou com a cabeça. – Um... dois... três!

Os dois beberam juntos, Ted terminou de engolir e ficou olhando para o copo.

– Tem razão, tia. É melhor assim! – Falou, a voz ligeiramente mais alta e grossa.

– Eu disse. – Ela riu. – Toma. Bebe outro.

– Você não é muito boa em cuidar de menores de idade. – Ted observou risonho, olhando o volume da garrafa diminuir e o dos copos aumentar.

– Melhor você beber aqui comigo – Ela falou dando de ombros. - O máximo que pode acontecer é você vomitar no tapete. E só para a sua informação eu não vou ficar nada feliz com isso.

– Tudo bem. Qualquer coisa eu vou até o banheiro. – Ele riu.

A primeira garrafa de Firewhisky já tinha ido embora, junto com metade da segunda quando um barulho no andar de cima fez Gina parar no meio de sua gargalhada alta, ao contrario de Ted que continuou rindo. Harry foi até a cozinha, ouvindo o som da risada e parou na porta, olhando para Gina, que voltou a gargalhar ao ver a expressão de espanto dele.

– O que vocês estão fazendo? – Harry perguntou franzindo a testa.

Ted se virou na cadeira para olhar o tio e tentou esconder a garrafa vazia no colo, mas a deixou cair, quebrando-a no chão com um barulho alto.

– Só conversando. – Ele disse como se nada tivesse acontecido.

– Quer conversar também? – Gina perguntou com a voz tremula, tentando não rir, e conjurando um copo do nada.

– Ah... acho que não. – Ele falou se aproximando lentamente da mesa. – O Ted não pode beber firewhisky. Ele tem dezesseis...

– Ah, cala a boca! Ele está comigo. – Falou e empurrou mais um copo para o garoto.

– É dá para ver que você está muito bem para cuidar dele. – Harry respondeu com uma súbita vontade de rir ao ver a mulher com o rosto bem vermelho, o coque quase todo solto, fazendo o cabelo cair pelas costas e com um ar de riso sem sentido.

– Cuidar de quem? – Ela perguntou virando a cabeça em direção a Harry.

– Do Ted.

– Quem?

– Ted!

– Quem é Ted?

Harry ergueu as sobrancelhas e apontou para o afilhado que estava agora olhando hipnotizado para os cacos de vidro em baixo da cadeira.

– Ah! Ele! Eu não preciso cuidar dele, ele já é bem grandinho. – Falou balançando a mão.

– Você esqueceu o nome dele? – Harry perguntou. – Ted, não morde o vidro quebrado, por favor!

– Não. Mas agora eu chamo ele de um esguio meio-lobisomem com cabelo azul-berrante.

– Rita Skeeter não chamou ele assim naquela reportagem? – Ele perguntou estreitando os olhos.

– Porque você trouxe Rita Skeeter para a conversa? – Ela perguntou aumentando a voz e tomando outro copo.

– Rita Skeeter? – Ted perguntou. – Eu não gosto dela!

– É, seu sei. – Harry se virou para ele. – E acho que você já bebeu o suficiente. – Completou e tirou o copo da mão do garoto.

– Não, não, não, não, não! – Gina falou e empurrou o copo que tinha conjurada há pouco tempo, para Ted. – Ainda temos que terminar essa garrafa aqui.

– Mas...

– Quieto, Harry! – Como eu ia dizendo antes de esse ai chegar, um esguio meio-lobisomem com cabelo azul-berrante, eu... eu... er... eu... o que eu ia dizendo mesmo?

– Eu não sei!

Os dois começaram a rir alto mais uma vez. Gina, que estava com a varinha na mão, fez uma panela que estava pendurada em um gancho na parede sair voando rápido e bater na parede oposta, quase acertando a cabeça de Harry.

– Ops!

Gina e Ted riram mais alto ainda. Harry ficou os olhando com a testa ligeiramente enrugada.

– Ei! – Ted parou de rir e apontou para Harry. – Quando você chegou aqui, tio?

– Eu...

– Agora. – Gina interrompeu. – Ele fez a panela cair, você não viu?

– Ah, é!

– Eu não fiz não! Você que fez!

– Harry, você está parecendo às crianças colocando a culpa das coisas quebradas no outro. – Ela falou balançando a cabeça.

– Mas foi você que... ah! Deixa para lá! Por falar nisso cadê as crianças?

– Que crianças?

– James, Al e Lily.

– Ah, essas crianças. – Ela falou e serviu mais dois copos.

– Então... aonde eles estão?

– Na casa do meu irmão.

– Que irmão?

– Não sei. – Ela estreitou os olhos. – Eu tenho muitos.

– Acho que você disse que era daquele ruivo, tia. – Ted falou.

– Todos eles são ruivos, Ted. – Harry falou, ainda com uma vontade interior de rir.

– É, eu sei.

– Então, qual deles é?

– Acho que é daquele que tem o cabelo grande. – O garoto respondeu mais uma vez.

– Bill?

– Não... a Vic mora com ele. Eu gosto da Vic.

– É, eu sei. – Harry riu. – Só ele tem cabelo grande, bom, o Charlie também, mas ele...

– Ah! É a mulher dele que tem um cabelo grande! Assim. – Ted falou colocando os braços meio arqueados dos lados da cabeça.

– Você está falando da Hermione?

– Isso! – Gina e Ted responderam juntos.

Harry finalmente se sentou a mesa, e ficou apenas olhando a esposa e o afilhado rirem e conversarem, mesmo que cada um deles estivesse em uma conversa diferente do outro.

– Ah, não! – Gina falou chacoalhando a garrafa vazia de cabeça para baixo. – Acabou!

– Não! – Ted exclamou.

– É, uma pena mesmo. – Harry riu. – Vocês deviam ir dormir agora.

– Deve ter outra no armário. – Gina falou meio enrolado e se levantou, apenas para perder o equilíbrio e cair sentada na cadeira outra vez.

– Não tem. – Harry falou.

– Você podia conjurar mais, tia!

– É! Boa ideia, um cabelo esguio meio-lobisomem-berrante com azul! – Ela exclamou e começou a olhar ao seu redor. – Ah, não! Eu perdi minha varinha.

Foi a vez de Harry rir, olhando para a varinha encaixada atrás da orelha dela, lembrando bastante de Luna.

– O que foi? Do que você está rindo?

– Nada, Gina. – Harry respondeu balançando a cabeça. – Vem, Ted. Vou te levar para dormir no quarto do James.

– Não precisa me ajudar. – Ele se levantou, mas assim como a tia cambaleou e caiu para trás, ele, porém, não caiu na cadeira, e, só porque Harry o segurou, não aterrissou nos cacos de vidro da garrafa quebrada.

– Acho que preciso sim. Vem. – Harry falou passando o braço do garoto por cima do seu ombro. – Ah... Gina, fica aqui na cozinha até eu voltar, está bem?

– Você não manda em mim, Potter!

– Eu sei, mas só... me espera aqui que eu vou te trazer mais firewhisky para você, ok?

– Ah! Tudo bem! – Ela concordou.

Harry tentou levar Ted até o quarto do filho e voltar para a cozinha o mais rápido possível, mas levaram alguns minutos até que Ted finalmente fosse convencido de que James não ia aparecer no meio da noite jogando uma bomba-de-bosta nele, e finalmente concordasse em se deitar. Harry esperou, ainda, até o garoto adormecer, mas isso não levou muito tempo.

Ele voltou andando rápido até a cozinha, torcendo para que Gina não tivesse saído, mas ela estava lá. A cabeça jogada sobre os braços em cima da mesa, dormindo com os cabelos esparramados ao redor. Harry revirou os olhos balançando a cabeça e caminhou até ela, pegando-a no colo. A mulher resmungou baixo e abriu um pouco os olhos.

– Eu odeio a Skeeter. – Falou em voz baixa, soltando um hálito forte de álcool no rosto do marido e acomodando melhor a cabeça no peito dele.

– Eu também, Gina. – Harry riu baixinho caminhando com ela no colo pela casa.


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