Scenes Of Our Lives escrita por EvansPotter


Capítulo 68
Conversas


Notas iniciais do capítulo

Heeeeeeeeeeeeeeeeeey amores!!!!!
Eu sei, eu sei, eu não respondi os reviews de vocês dessa semana. Bom, a semana foi beeem corrida e eu só tive tempo domingo, mas ai fiquei com mtaaaa preguiça(serio gente semana mto cheia), maaaas prometo que responde tudo com os reviews dessa semana, ou seja, provavelmente no sabado respondo tudo. Desculpa ai gente, mas é só quando eu vou ter um tempinho.
Bom, desculpem.
Vocês sabem que o capitulo 70 ta chegando né? Vocês sabem o que isso significa, né? hehe... mas serio... sobre o capitulo 70... cara to na metade dele e sem coragem nenhuma de terminar por motivos de :''''''''''''''''''''''( leio um paragrafo e começo a chorar então se preparem galerinha :)
já falei demais então até semana que vem!
E comentem por favor!!!!



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Molly Weasley chorava baixinho na sala incomumente vazia d’A Toca. Um porta-retratos apertado contra o peito enquanto as lágrimas escorriam pelo rosto. Ela tentava controlar os soluços e por isso por vez ou outra dava pequenos pulinhos sentada no sofá. Mas ela abriu os olhos e virou a cabeça subitamente quando ouviu o barulho de algo caindo perto da porta. Molly viu um risco verde azulado passar rápido e sumir em direção a cozinha.

– Ted? – Ela chamou.

Um menino de não mais sete anos de idade apareceu na porta outra vez, olhando para baixo e visivelmente envergonhado.

– Desculpe. – Ele começou, olhando para os próprios pés. – Eu... eu não devia estar olhando eu... e eu derrubei o vaso...

– Tudo bem, querido. – Ela sorriu e secou as lagrimas.

– Desculpe.

– Senta aqui. – Ela falou batendo a mão no assento de sofá do seu lado.

Ele caminhou devagar e meio hesitante até ela. Já tinha visto Molly Weasley brigar com os filhos muitas vezes, mesmo eles todos já sendo bem mais velhos que Ted.

– Tio Harry e tia Gina saíram agora pouco e eu só vim ver... e... e a senhora estava chorando... – Tentou explicar enquanto balançava os pés no ar. – Eu...

– Tudo bem, Teddie. – Ela sorriu outra vez. – Não tem problema. Não me importo que você tenha me visto chorando.

Ele levantou a cabeça para olha-la e sorriu, mas, até mesmo para alguém tão pequeno quanto ele, a tristeza no olhar da mulher era inconfundível. E, como se aquilo para ele fosse um gesto automático, mas sincero, ele a abraçou apertado pela cintura. Molly o abraçou também, fazendo carinho no cabelo fortemente colorido do garoto e depositando um beijo na cabeça dele.

– Por que você estava chorando?

– Ah... bem... – Ele se inclinou e pegou o porta-retratos que tinha colocado na mesinha de centro ao ver Ted. – É só saudade.

– De quem?

– Meu filho.

– Qual deles? – Ted perguntou olhando fixamente para ela, genuinamente interessado e preocupado. – Você não pode mandar uma carta para ele pedindo para ele vir aqui?

– Não, querido, não posso. – Molly sorriu tristemente e passou a mão carinhosamente pelo rosto dele.

– Por que não?

– Ele... ele... você sabe sobre o meu filho Fred, não sabe?

– Ah... sei... – O menino voltou a olhar para baixo. – Sinto muito.

Ela passou a foto do filho para as pequenas mãos de Ted.

– Ele parece mesmo com tio George. – Ted comentou balançando a cabeça. – Eu já vi essa foto. Mas achei que era George. Só que com orelha.

Molly riu fracamente, se levantou pegando a moldura de Ted e a colocou sobre o console da lareira. Ela sorriu mais uma vez para ele e já estava quase na porta da cozinha quando Ted a chamou.

– Ele morreu na mesma noite que meus pais, não é? – Perguntou olhando para a foto na lareira quando Molly se voltou para ele.

– É. Foi sim.

– Eu queria ter conhecido meus pais.

– Eu sei. – Ela falou em um tom carinhoso, olhando para o garoto com olhar triste e se lembrando automaticamente do outro garoto que havia perdido os pais na guerra.

– Você acha que meus pais e seu filho estão em um lugar legal? E os pais do tio Harry.

– Estão sim, Ted. – Ela sorriu e caminhou de volta para o sofá, sentando-se mais uma vez ao lado do menino.

– Tomara. Eu queria que não tivesse tido uma guerra.

– Todo mundo queria isso.

Ele ficou alguns segundos olhando para ela, que por algum motivo que ele não entendia muito bem, sorria, embora tristemente.

– Não vai ter outra guerra nunca mais, não é? – Ted perguntou de repente com um olhar assustado no rosto.

Nunca mais é muito tempo, Ted. – Molly respondeu mais uma vez acariciando a cabeça dele.

– Vai ter outra guerra? – Ele quase gritou e se levantou rapidamente. – Eu não quero estar em outra guerra!

– Não, não, não! Calma. – Ela falou segundo a mão dele e fazendo-o sentar outra vez. – Um dia, é provável que tenha outra guerra, mas daqui a muito, muito tempo. Tenho certeza que você não vai estar em nenhuma outra guerra.

– Guerras não deviam existir. – Ted disse balançando a cabeça rapidamente.

– É verdade, você tem razão. Todo mundo devia pensar assim.

– Você acha que um dia vai parar de ter guerras?

– Eu não sei, querido. – Molly respondeu. – Eu espero que sim.

– Mas o que você acha? – Ted insistiu.

Molly ficou o observando. Ele a olhava atentamente, os olhos bem abertos e a boca ligeiramente contraída. Ele parecia preocupado, mas ao mesmo tempo Molly podia ver uma ponta de esperança na expressão dele.

– Um dia, eu acho que sim, Ted. – Ela finalmente respondeu, abrindo um pouco mais o sorriso.

– Mesmo? – Ele perguntou, agora sorrindo amplamente.

– Mesmo.

– E ai ninguém mais vai ficar sem pais nem filhos, não é?

Molly abriu a boca e fechou outra vez, uma outra vez olhando para o garoto esperançoso sentado ao seu lado, ansiando pela resposta dela, e quase sem medo do que ela seria.

– É. É, sim. Ninguém mais vai ficar sem pais nem filhos.

– E vai parar de existir bruxos ou bruxas más?

– Você é tão pequeno, querido. – Ela falou sorrindo carinhosamente depois de algum tempo.

– Eu não sou pequeno! Eu já tenho quase oito anos! – Ele protestou. – Eu sou mais velho que a Vic!

– Tem razão, você já é bem grande. – A mulher riu.

– Sou mesmo. E daqui a uns anos eu vou para Hogwarts!

– É verdade.

– Eu sou grande mesmo, não sou? – Ele questionou estreitando os olhos.

– É, sim, querido.

–É! Eu sou. Eu sou bem grande. Eu não sou uma criancinha.

– Não, não é. – Molly concordou tentando não rir enquanto Ted olhava meio desfocado para a lareira.

– E eu não sou um bebezinho igual o James.

– Tem razão.

– E ele chora muito. Eu não choro.

– É verdade, ele chora muito.

– Porque ele chora tanto? – Ted perguntou se virando para Molly.

– Alguns bebês são bem chorões.

– Eu não era assim, era?

– Não. – Molly falou balançando a cabeça. – Você era um bebê bonzinho.

– Vovó Andromeda também me disse isso. – Ele sorriu. – Mas o James chora muito. – Insistiu. – Quando eu durmo na casa do tio Harry e da tia Gina ele chora a noite inteira e eu não consigo dormir direito.

– Mesmo?

– Mesmo. Eu... eu não gosto muito dele. – Confessou olhando para os pés.

– Porque ele chora muito?

– Também. Ele é chato.

– Porque você acha isso? – Molly perguntou depois de rir alto.

– Ele não faz nada.

– Mas ele é só um bebê, Ted!

– Eu sei. – O garoto balançou os ombros. – Mas mesmo assim. Ele só chora.

– Bom, quando ele crescer ele vai ficar melhor. Ai vocês podem ser amigos.

– Eu não quero ser amigo dele. – Ted resmungou.

– Não?

– Não. – Respondeu ficando emburrado.

–Ted?

– Sim?

– Você não está com ciúmes do James, não é?

– Não. – Respondeu rápido demais.

Molly sorriu ainda mais e ficou alguns segundos calada antes de dizer:

– Bom, eu acho que você era um bebê muito mais legal que o James. Na verdade de todos os bebês que eu conheci você foi o mais legal.

Ted sorriu amplamente e de repente abraçou Molly fortemente.

– E você cozinha melhor que a vovó Andromeda.


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