Scenes Of Our Lives escrita por EvansPotter


Capítulo 66
Jardins


Notas iniciais do capítulo

Heeeeeeeeeeeeeey amores!!!!
E ai como vai a vida de vcs?
Alguem ai fez fuvest nesse domingo? Como foi?
Bom, esse capitulo é bem levinho (e meio bobo) então eu dedico ele para todo mundo que ta hoje morrendo por causa do vestibular ontem... se não tem ninguem... bom... esse ainda assim vai para o povo da fuvest de ontem porque eles merecem...



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– Tem certeza de que você precisa mesmo ir?

– Sim.

– Você pode falar que morreu. Ele ia acreditar. Não é como se não tivesse meio mundo tentando matar você.

– Acho que ele acharia um jeito de me ressuscitar.

– É. Ele realmente te ama. Não conseguiria viver sem você.

– Eu sei. Estou esperando a qualquer momento o pedido de casamento dele.

– Vou pedir para tia Muriel emprestar a tiara dela. Vai ficar linda no cabelo dele.

Harry riu alto ainda deitado na margem do Lago Negro, Gina de barriga para cima, com a cabeça apoiada na barriga dele. Os dois estavam ali há um bom tempo, um dos raros momentos em que conseguiam ficar juntos e em paz. As detenções de Harry com Snape, no entanto não deixaram aquele momento se prolongar por muito mais tempo.

– O que será que vai acontecer com o Snape até o final do ano? – Harry perguntou meio distraído, olhando para o céu entre a copa da arvore em que estavam e mexendo lentamente no cabelo da namorada.

– Que?

– O tempo dele está acabando...

– Do que é que você está falando, Potter? – Ela perguntou estreitando os olhos.

– Como professor de Defesa Contra as Artes das Trevas.

– Quer fazer o favor de se explicar direito?

– Eles sempre duram só um ano.

– Ah! Isso! – Gina exclamou. – Acha que Snape só vai aguentar um ano também?

– Espero.

– Não sei. Dumbledore realmente confia nele, não é?

– Sim. Bom, ele também confiava nos outros.

– Talvez ele só volte a ser professor de poções. – Ela deu de ombros.

– E o Slughorn? – Indagou, intimamente pensando na memoria que devia tirar dele, mas quase no mesmo segundo a jogando para um canto afastado da mente.

– Merlin, Harry! Eu não sei! Não dou conselhos para Dumbledore sobre quem ele contrata. – Gina retrucou revirando os olhos.

Ele sorriu e deu um leve tapa no ombro dela.

– Me bate e novo e eu mato você.

– Duvido. Você é igual ao Snape, não vive sem mim.

– Tem razão. Eu gosto tanto de você quanto o Snape. – Respondeu rindo e se levantando, sentando-se do lado dele.

– Falando em Snape, eu preciso ir. – Falou fechando os olhos e colocando as mãos sob a cabeça.

– Dá para ver como você está se preparando para sair.

– Porque ele tinha que me dar tantas detenções?

– Isso acontece quando você ataca outro estudante com um feitiço potencialmente letal.

– Você está parecendo a Hermione. – Ele abriu os olhos e se sentou também.

– Falando em Hermione. Você acha que ela e meu irmão finalmente vão se acertar?

– Como eu poderia saber isso?

– Você e amigo dos dois! Eles devem te falar alguma coisa.

– Você é amiga da Hermione! Ela deve te falar alguma coisa.

– Isso não vem ao caso. – Ela riu. – Mas você podia falar com o Ron. Para ele fazer alguma coisa.

– Eu ainda não tenho nem certeza se o Ron vai me esfaquear durante a noite por sua causa. Acho melhor não entrar nesse assunto com ele. E... e a gente não fala sobre isso.

Ela revirou os olhos e balançou a cabeça, voltando o olhar para a outra margem do lago, sem realmente prestar atenção em nada e Harry a observou com um mínimo sorriso nos lábios.

– O Ron é um idiota. – Ela disse de repente.

– É, eu sei. – Harry concordou.

– Você também é um idiota.

– O que foi que eu fiz? – Ele exclamou ligeiramente surpreso.

Agora nada. Mas você é um idiota mesmo assim.

– Bom, eu também sou Capitão e posso te expulsar do time se eu quiser.

– É, claro. – Ela falou com a voz carregada de ironia.

– Posso mesmo! – Harry insistiu rindo.

– Harry, a Grifinória estaria perdida sem mim.

– Eu sou um Capitão muito bom, posso transformar qualquer um em um ótimo jogador. Você não faria falta nenhuma.

– Grifinória seria a lanterninha do campeonato sem mim. – Ela falou em um tom convencido. - Não tem nem o que discutir.

– Gina...

– Cala a boca. – Ela interrompeu. – O time não vai para frente sem mim.

– Nós já ganhamos jogos sem você quando você ainda não estava no time, mas eu estava. O que isso quer dizer?

– Que o Wood é um Capitão realmente muito bom.

– Eu sou o mais jovem apanhador do século! – Harry argumentou erguendo uma sobrancelha.

– Grande merda.

– Ei!
Ela começou a gargalhar e se jogou de costas no chão, sendo observada sob um olhar entre divertido e indignado de Harry.

– Eu preciso ir mesmo. – Ele falou após alguns segundos, olhando no relógio.

– Você já mencionou isso algumas vezes.

– Eu sei.

– Vai logo. Snape vai te dar mais detenções ainda se você se atrasar.

– Só se ele me passar detenções para as férias.

– Não duvide. – Ela riu.

– Melhor eu ir. – Disse se levantando e pegando a mochila largada no chão.

Gina se sentou e Harry se curvou para dar um beijo nela antes de sair. Ela o observou andar até o castelo e lentamente se espreguiçou antes de também levantar e pegar a mochila. Estava ajeitando-a melhor no ombro e andando devagar quando Romilda Vane apareceu a sua frente, sem que Gina visse de onde ela tinha vindo.

– Weasley! – Ela exclamou. – É verdade mesmo então?

– O que?

– Você está namorando Harry Potter? – Perguntou em um tom meio acusatório.

– Sim. – Gina respondeu dando a volta em torno dela para continuar andando.

– Mas estão namorando mesmo ou só...?

– Vane, como é, exatamente, que isso afeta a sua vida?

– Eu só quero saber. – Respondeu em um tom inocente.

Gina balançou a cabeça e continuou andando, mas mal tinha dado três passos e Romilda estava mais uma vez na sua frente, bloqueando a passagem.

– Será que você pode fazer o favor de me dar licença?

– Como ele é? – A garota indagou apressada, ignorando o tom impaciente de Gina.

– Quer uma foto dele para você ver?

– Você sabe do que eu estou falando. – Romilda falou dando uma risadinha fina.

– Merlin! – A ruiva exclamou mais uma vez desviando da menina.

– Ele parece ser bem...

– Ok, Vane. – Gina a interrompeu, se virando para ela. – Acho melhor você parar de falar por ai mesmo.

– Ok. Ok. Se você não quer falar sobre isso. – Respondeu levantando as duas mãos na altura dos ombros.

Mais uma vez Gina tentou continuar seu caminho em direção ao castelo, porém Romilda continuou com seu interrogatório.

– Seu irmão não achou ruim?

– Se achasse ele não poderia impedir nada. – Gina respondeu sem se virar, ainda caminhando, com Romilda agora ao seu lado.

– Nenhum deles achou ruim?

– De novo, se achassem não poderiam fazer nada para impedir.

– E seus pais?

Gina apenas olhou irritada para ela e continuou andando, pensando em como se livrar da garota e suas perguntas sem tomar nenhuma detenção.

– É verdade que ele tem um hipogrifo tatuado no peito?

Gina parou de andar e encarou Romilda fixamente.

– Não.

– Mesmo? Ah... achei que fosse verdade. – Comentou, visivelmente decepcionada.

– Não é não.

– Certeza? Certeza mesmo que ele não tem um hipogrifo no peito?

– Tenho. – Gina parou hesitando por um momento. - É um rabo-corneo. – Ela completou tentando não rir.

– Sério? – Romilda perguntou arregalando os olhos.

– É, sim.

– Nossa!

– É...

As duas ficaram se encarando por alguns segundos no gramado, Gina tentando não rir e Romilda encantada com a nova informação sobre o pedaço de pele no peito de Harry Potter.

– Eu preciso contar isso para a minha amiga! – Romilda disse de repente e saiu correndo de volta para os jardins.

Gina mordeu o lábio inferior e esperou até estar dentro do castelo para começar a rir alto, atraindo olhares mal-humorados dos fantasmas no saguão de entrada.


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