Fantasy escrita por Mikys, smqrt, Seriously


Capítulo 11
Capítulo 11 – A fuga do Mundo Inferior


Notas iniciais do capítulo

Hi, guys! LunaEverdeenChase falando! Eu sou uma das novas co-autoras da história! Sem mais delongas, o capítulo!
=^.^=



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Após o susto da voz, eu fiquei um pequeno intervalo de tempo inconsciente, acho que foi bom, porque houve um pouco menos de risco de perceberem que na realidade eu estava fingindo que perdi a memória.

Como eu disse, Nico di Angelo aconteceu. Nico di Angelo fez uma abertura no campo de força (não me pergunte como, só concorde com Jane que ele era fraco.) Através da abertura, eu e Jane escapamos. Eu não havia andado nem dez metros e lembrei da garotinha. Não podíamos deixá-la lá; ela se lembra de quem é.

— Hey, Jane, Nico, e a garotinha? Não podemos deixá-la lá! Ela se lembra de quem é!

— Não seria demais três pessoas fugindo dos Campos de Asfódelos?

— Considerando que já somos duas pessoas fugindo e uma conduzindo a fuga, talvez uma a mais não seja problema. - comentou Nico.

— Eu vou voltar para chamar a garotinha. Podem me esperar aqui?

— Claro. – concordou Jane.

Passei mais uma vez pela abertura e comecei a procurar a menina dentre vários fantasmas. Eu achei-a do outro lado dos Campos; devo ter levado uns dez minutos para achá-la:

— Olá garotinha! Suponho que você tenha conhecido minha amiga Jane, ela disse que você se lembra de quem é.

— Sim, eu a conheci sim. É, eu me lembro de quem sou, mas quem é você?

— Sou Aurea Price.

— April Jasper.

— Bem, eu e Jane encontramos um amigo nosso. Ele fez uma abertura para no campo de força que envolve este lugar, nós gostaríamos de saber se você topa voltar ao mundo dos vivos conosco.

— Vocês conseguiram fugir? Mas… Como?

— O campo de força é frágil. Nós estávamos pensando em explodi-lo, mas nosso amigo chegou e achou uma maneira mais prática. Então, você vai conosco?

— Claro!

Peguei em sua mão e saímos atravessando por várias almas, todas tentavam se lembrar de quem eram. Nenhuma conseguia. Enquanto passávamos, o vestido de April esvoaçava de uma forma bonita, me fazia lembrar dos ventos agradáveis do acampamento.

Quando atravessei a abertura com April não vi nem Jane nem Nico:

— Onde eles estão, Aurea? – disse ela levantando seus olhos para meu rosto.

— Não sei, April. Eles disseram que me esperariam.

Eu olhei ao redor e avistei guardas esqueleto usando armaduras negras lutando contra Jane. Parece que fomos pegas. Nico tentava ordenar os guardas pararem, mas não estava funcionando nem um pouco, ele continuava se defendendo bravamente com sua espada.

Pedi para April se esconder e me esperar atrás de uma grande rocha que havia ali perto enquanto eu ia ajudar meus amigos.

Trouxe meu arco de volta a minha mão e me lembrei que eu não tinha flechas. Ah, fala sério!, eu pensei. Eu segurei na base do arco e comecei a bater com ele em alguns esqueletos. Enquanto eu tentava ganhar tempo, Jane havia arrumado uma adaga e estava matando, por assim dizer, alguns esqueletos. Nico ainda tentava ordenar nos esqueletos mas parece que eles estavam mais determinados a continuar lutando do que parar e obedece-lo. Nós estávamos começando a perder.

Eu continuava acertando os esqueletos com o arco, o clima estava bem tenso, então eu ouvi uma voz feminina me chamando:

— Aurea!! – gritava a voz, era April gritando. Ela havia sido pega por guardas e estavam levando-a para algum lugar.

Eu não sabia o que fazer, ajudava April ou continuava com meus amigos? Eu fiquei encarando April sendo levada quando a voz de Jane me tirou de meus pensamentos:

— Aurea! Vá ajudá-la! Nós aguentamos aqui!

Após a confirmação de Jane, eu sai em disparada atrás de April, eu tomava certos cuidados para não ser pega também. Eles a estavam levando de volta para os juízes. Iriam julgá-la mais uma vez.

Apressei o passo e me aproximei dos guardas que estavam carregando April, e pulei em cima de um assim derrubando-o no chão, outro já estava empunhando a espada, mas antes de me atacar ele se virou subitamente, curiosamente eu me virei também.

Vinha vindo na direção do esqueleto um enorme cão negro com duas figuras em cima.

O cão atacou os guardas empurrando-os com seu enorme focinho, por um momento ficamos cara a cara, pensei que ele fosse me “focinhar” também, mas ele simplesmente me cheirou e me lambeu. Foi um pouco nojento.

Dele desceram duas figuras, Jane e Nico:

— Como vocês se livraram dos guardas? E o que esse cão está fazendo aqui?

— Primeiro, - disse Nico – é uma fêmea. Segundo, ela foi nossa salvação. Terceiro, não dava tempo de chegar aqui se viessemos andando, então viemos montados nela.

— Muito obrigada, professor Não Interessa.

— De nada. – disse ele sorrindo

— Jane, Nico, está é April. Ela irá conosco para fora desse lugar.

— Oi. – cumprimentou Jane. Nico apenas acenou com a cabeça.

— Nós iremos montados nela?

— Provavelmente.

— Ela é tão fofa! – disse April fazendo carinho na cadela enorme. – Como ela se chama?

— Sra O’Leary.

— Vamos indo então?

— Claro. – concordei.

Subimos nas costas de Sra O’Leary e esperamos Nico falar alguma coisa a ela, já que mais nenhuma outra pessoa sabia como falar com ela para nos levar para fora do Mundo Inferior.

Viajamos através das sombras nas costas de Sra O’Leary. Foi minha primeira viagem nas sombras. É um tanto, desconfortável. Não é muito boa a sensação, não sei como Nico consegue viajar através das sombras. Eu estou com vontade de vomitar, e não sou só eu.

Quando a sensação de que eu ia vomitar passou, eu prestei atenção aonde estávamos. Estávamos no Central Park, era noite, o céu estava limpo e bonito, com muitas estrelas apesar das luzes da cidade. A grama, as árvores, os bancos, tudo estava coberto com neve, havia alguns bonecos de neve aqui e ali, resquícios de fortes de guerras de bolas de neve. O vento estava frio, mas um frio agradável, e estava nevando. Lentamente caiam pequenos e grandes flocos de neve no chão.

— Vocês estão bem? – perguntou Nico

— Aurea! April! Olhem!

Eu e April nos viramos em direção a Jane.

— Para mim não! Para vocês!

Eu olhei minhas mãos, elas já não eram mais transparentes, nem meu pés, nem minhas pernas, nem meus braços. Eu estava viva!

Eu fui abraçar Jane e April, mas uma voz nos interrompeu.

— Não tão cedo, minhas caras.

— Quem é você? – perguntamos nós três juntas.

— Sou Tânatos, cuido de levar as pessoas deste lado para outro lugar.

Realmente nos pegaram.

— O que você está fazendo aqui? – perguntou Jane.

— Soube que vocês escaparam dos Campos de Asfódelos.

— O que você quer? – perguntei passando o braço pelo ombro de April.

— Uma de vocês. Somente uma. As outras podem viver sua vida tranquilamente.

— Aurea, Jane, eu vou. Não se preocupem comigo. Eu não me importo de ir. – disse April.

— Eu não vou deixar você ir, April. Você merece sua vida.

— Aurea, você também não pense em ir. Sou eu quem devo ir. Eu que comecei te trazendo para o outro lado.

— Aurea, sou eu quem devo ir. Eu não devia estar aqui. Você tem mais a fazer do que eu. – disse April. Em parte ela estava certa.

— Você não vai, April! Tem que haver outro jeito! – disse quase

— Sinto lhe informar, Price, mas não há outro jeito. Ou uma vem, ou as três irão. É o acordo que posso fazer por vocês. – disse Tânatos

— Aurea, por favor. Você e Jane tem que ficar. Vocês tem muito a fazer. – falava April a mim, mas logo se dirigiu a Tânatos. – Eu vou.

— Boa sorte, Aurea.

Eu segurei a mão de April durante alguns segundos e logo a soltei. Ela foi para o lado de Tânatos, que sumiu logo em seguida, levando-a.

Cai de joelhos sobre a neve em seguida. Eu gostava de April, ela era tão dócil, meiga. Trazia tantas boas lembranças.

— Como ela viu Tânatos e Sra O’Leary? Ela não parece ser uma semideusa. – comentou Jane.

— Talvez ela enxergue através da Névoa, como Rachel. – respondeu Nico.

— Talvez seja isso. – falei ainda ajoelhada no chão.

— Você está bem, Auri?

— Claro.

— Agora vamos para onde? Vamos fazer o que? – perguntou Nico.

— Ainda não sei. — respondi. Eu não sei o que eles vão fazer, mas eu sei o que eu irei, eu vou fazer com que a ida de April não tenha sido em vão. De um jeito ou de outro. - Vamos passar a noite aqui e amanhã decidimos?

— Talvez seja o melhor a fazer – disse Jane.


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Notas finais do capítulo

Eu também gostava de April, eu a achava fofa. Estou triste por tela mandado de volta para o Mundo Inferior.



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