Fantasy escrita por Mikys, smqrt, Seriously


Capítulo 10
Capítulo 10 – Como uma batalha perdida


Notas iniciais do capítulo

Heeeey gente! Meus deuses, eu nem sei oque falar sobre os reviews do capítulo anterior. Sério, vocês me fizeram chorar. c':
Mas enfim, obrigada mesmo. Aqui tá o capítulo.
—---------------------------------------------------------------------------------------------------------PERA, LEIAM ISSO É IMPORTANTE:::::::::
— Gente, se alguém quiser ser Co-Autor, ou Co-Autora, fala nos comentários por favor, eu to precisando :3
— Depois desse capítulo eu vou mudar o nome da fic para "Fantasy - We Remain" okay?
—--------------------------------------------------------------------------------------------------------
Agora, Enjoy!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/405819/chapter/10

Aurea

Aqui estou eu, morta por inteiro, enquanto atravesso o rio Estige, no mundo inferior.

As águas do rio são como esperanças perdidas. – Uma bola de aniversário esvaziada, uma chupeta de bebê, um casal de noivos de plásticos em cima de um bolo intacto. –

Nesse momento, o barqueiro que estava conduzindo o pequeno barco virou-se para mim sorrindo malignamente. Em um momento ele estava usando um terno preto, um pouco rasgado e no outro segundo ele era um esqueleto usando um manto negro.

– Nós estamos chegando. – ele anunciou. – Você tem uma, moeda?

Eu coloquei a mão no meu bolso. Achei apenas um dracma de ouro.

Nesse momento, o barco deslizou para uma escura praia, então sai do barco, junto com os espíritos. Era incrível como eu não estou sentindo medo, pois não é todo dia que você morre e vão escolher seu destino. Os espíritos abriram caminho para ir á frentes então me conduziram a um grande pavilhão.

Quando entrei, me deparei com três grandes figuras de toga preta com máscaras douradas. Eles me encararam com rancor. São os juízes.

Eles não fizeram nenhuma pergunta, mas eu senti como se eles estivessem vendo cada detalhe de minha mente, e meu passado, como uma coleção de fotos antigas.

– Começou uma guerra. – disse o segundo juiz. – Destinada a destruir dos deuses.

– Mas também está destinada a salvar os deuses. – disse o terceiro. – Da ameaça.

– A ameaça não irá atacar tão cedo. – disse o primeiro juiz. – A menina matou muita gente. Seria muito bem adequado os campos de punição.

Eu descobri que mortos também se sentem com medo.

– Não foi ela. – o segundo juiz se manifestou. – Eles a obrigaram a fazer isso. Mas de certa forma, o Elísio certamente não seria o lugar adequado.

– O Campo de Afostelos. – disse o terceiro. – Vai para lá quem não teve uma vida ligada totalmente para o bem e nem totalmente para o mal.

– Sim, eu também concordo. – disse o segundo juiz.

Amargamente, o primeiro juiz concordou.

– Está decidido. – ele finalmente disso. - Campo de Afostelos para Aurea Price.

– Espere! – eu criei coragem para dizer. – Quem é essa ameaça?

– Você não sairá do Campo de Afostelos, menina. – o primeiro juiz deixou claro. – Isso não te interessa. Você é fraca, irá ficar lá para sempre como um prodígio de uma batalha perdida.

Eu abri a boca para protestar, mas nisso, senti algo frio me arrastar para fora da sala. Eu debati e tentei me soltar, mas nada adiantava.

Já era véspera de natal, mas o Mundo Inferior não parecia entrar no clima natalino. Eu estava descendo junto com algumas almas para a entrada do Campo de Afostelos. À medida que eu me aproximava, mais eu via a depressão desse lugar. Uma grama amarelada e choupos negros pouco desenvolvidos ondulavam a perder de vista. As sombras vagavam sem rumo pelas colinas, saindo do nada e indo para o nada. Elas conversavam entre si tentando descobrir quem foram na vida. Isso me fez pensar como eu sei quem eu sou. Talvez eu vá esquecer ainda, mas sinceramente, não quero que isso aconteça. Acima de mim, o teto da caverna cintilava ameaçadoramente.

O homem que estava me guiando brecou atrás de mim e fez menção para eu parar também. No segundo que eu brequei, senti uma dor nas minhas costas e nisso, fui jogada para frente me fazendo cair de frente no chão. O choque com a grama me deu um choque elétrico, mas não doeu mesmo morta.

Eu me levantei confusa. À medida que eu me movia, eu sentia pequenos choques. As almas que estão perto de mim pararam, com um olhar triste. As almas, mesmo sendo quase transparentes, davam para ver sua aparência. Uma pequena menina, que eu diria que tem por volta de dez anos, usava um vestido rosa com várias bolinhas brancas. Uma meia três quartos e uma sapatilha preta, com cabelos presos em um rabo de cavalo sob um laço me encarava curiosa. Perto de mim, uma menina da minha altura, com roupas parecidas com a minha e cabelo loiro me encarou surpresa.

– Jane? – eu chamei. Ela se aproximou.

– Auri? Você morreu também? – ela perguntou.

Concordei.

– Como você morreu? Eu morri na guerra, ontem. – contei. Pensei que eu nunca teria uma conversa dessas.

– Eu também. – ela concordou. – Mas eu estava fora de mim. Eu não quero destruir os deuses, igual você.

– Bem, eu te entendo. – eu concordei. – Hey, escute. Como a gente sabe que nós somos... Nós?

– Eu não sei. – Jane disse. – eu cheguei aqui ontem, e até agora não perdi a memória. Estou fingindo, e acho que você devia fazer isso também. Apenas aquela menininha sabe. A de vestido rosa. Ela me disse que jogam você na grama, e quando você tem contato com ela, você perde a memória. Enquanto você estiver pisando nessa grama, você não sabe quem você é, mas para nós está sendo diferente.

Eu concordei.

– Bem, então ficaremos aqui para sempre.

– Sim, mas aqui não é tão chato quando você sabe quem você é. – ela sorriu com um olhar maligno. – É divertido.

Segui Jane até no topo de uma colina.

– Está vendo? É o palácio de Hades. – ela apontou para frente, onde um palácio gigante – e assustador – estava. Não está longe, apenas um rio está dividindo o limite do Campo e o acesso ao castelo. – Bem, não tem jeito de ir para lá, mas olha isso.

Jane se abaixou, e pegou uma pedra no chão. Ela jogou o braço para trás, segurando a pedra.

– Você não vai conseguir fazer a pedra chegar lá. – eu comentei.

– Não mesmo.

– Campo de força, não é? – perguntei.

Jane riu.

–Sim. – ela riu. – Olha.

Então ela jogou a pedra. No primeiro momento, pensei que ela fosse cair antes mesmo de chegar ao campo de força. Eu estava prestes a dizer que ela ia cair, mas a pedra bateu no campo de força, fazendo uma pequena explosão.

Eu encarei Jane surpresa.

– Você acertou o campo. – eu comentei ainda surpresa, e Jane riu.

– Eu sei. – ela sorriu. – Tenta também. Eu acho que o campo não é tão forte, pois nenhuma dessas almas confusas ao menos tenta sair daqui.

Eu me abaixei para procurar uma pedra. Nisso, achei apenas um graveto. Um graveto que parece uma flecha...

– Meu arco! – eu exclamei. Levei a mão ao meu pescoço, e lá encontrei meu colar com um pingente cilíndrico. Eu tirei o colar surpresa.

– Arco? – Jane perguntou. – Você está com o colar Auri? – ela perguntou baixo.

Eu concordei com a cabeça.

– Se você quase fez um buraco nesse campo de força com uma pedra... – eu expliquei. – Talvez se eu jogar isso para cima destrua o campo e nós fugimos.

Verifiquei se não tem ninguém perto, e então apertei o pingente. O arco abriu em minha mão. Depois, peguei o graveto e coloquei sobre o arco.

Mirei para cima rapidamente e puxei o arco com força.

Quando estava prestes a soltar, algo aconteceu, me fazendo segurar a flecha.

Nico di Angelo aconteceu.

Fui jogada para o chão com força. Meus deuses! – pensei – Todo mundo vai me jogar no chão hoje? Mas continuei a segurar o arco com força.

– Aurea! – ecoou uma voz. – Olha oque você ia fazer!

Eu me levantei. Lá estava ele, Nico, me encarando com um olhar bravo.

– Oque você está fazendo aqui? – Jane, ao meu lado, perguntou.

– Não interessa. – ele respondeu rapidamente.

– Prazer, Não Interessa. – eu sorri.

Nico me encarou, e vi seus olhos brilharem.

– Você... – ele disse. – Você lembra?

– Bem, na vez de eu esquecer as coisas, eu lembrei.

Ele sorriu.

– Precisamos sair daqui. – Nico falou. – Jane, eles ainda vão chegar. Não deu tempo hoje, mas suponho que amanhã eles já cheguem.

– Nah, sem problemas. – Jane disse indiferente. – Eu espero. Mas quero sair daqui logo.

– Oque vocês estão... – perguntei, mas Jane me cortou.

Ela colocou o dedo indicador em seus próprios lábios.

–... Nada, agora vai. – Jane apontou para trás de mim.

Nico concordou, e nisso, pegou em minha mão e saiu correndo. – e me puxando.

Ele me levou em um lugar que eu acho que é o limite do Campo, o lugar onde fica o campo de força. Ele verificou se não tinha ninguém perto, e pegou uma adaga do bolso.

– Fique ai. – disse Nico. Ele foi para trás, e depois de um segundo, apenas oque eu vi foi uma explosão.

Abri os olhos, e senti meu corpo dolorido. A escuridão estava me cercando, e nisso, vi uma sombra preta em minha frente.

– Lembre-se do julgamento, Price. – uma voz ecoou na minha cabeça. – Eu disse que você deve ir para os Campos da Punição. Mas você não foi, e depois, escapou. Não pense que você está viva, assim está mentindo para você mesma. E também, garota, você não pode escapar da morte. Você não irá para os Campos da Punição, nem para o Campo de Afostelos, e muito menos o Elísio. Você queimará no tártaro, junto com todos dessa era!


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Nos vemos novamente - voz maligna mode on - Bwahahaha
Okay, parei. Obrigada por ler! Reviews?



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Fantasy" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.