Uma Nova Chance escrita por Lady Padackles


Capítulo 34
Capítulo 33


Notas iniciais do capítulo

Gente, desculpa, tinha postado o capítulo com os nomes todos trocados. Espero não ter confundido a cabeçade niguém! Acabei de consertar agora :)

Estou feliz que o Nyah esteja de volta. Boa leitura! :)



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/405344/chapter/34

Roger suspirou aliviado quando Dean finalmente desligou o telefone. Estava curioso, mas, sobretudo, com medo da reação de sua ex-mulher. O menino, por sua vez, preferiu não comentar nada com o pai. Certamente a mãe ficara muito surpresa... Fora isso, nem ele mesmo pôde perceber com clareza como ela se sentiu ao receber a notícia do reencontro dos dois.

Roger encomendou uma pizza para jantarem. Conversaram mais um pouco, sobre a escola principalmente. Nada de falar sobre o passado e os erros cometidos pelo Sr. Campbell... Nem pai nem filho tinham vontade de conversar sobre isso. Não muito tarde, Dean e Sam retiraram-se para o quarto. Estavam muito cansados... Finalmente teriam uma noite de sono decente.

–-----------------------------------------------------------------------

– Sammy, o que você está fazendo? – Perguntou Dean surpreso ao ver o namorado pulando para junto dele na cama.

– Deixa eu dormir com você... – Pediu o moreno, dengoso.

– Aqui? Na casa do meu pai?! – Dean parecia surpreso e um tanto sem jeito, sabendo que Roger estava por perto. – Acho melhor não, Sammy...

Sam fez beicinho. A porta estava fechada, e o moreno tinha feito questão de trancar com a chave. O homem não tinha como pegá-los no flagra... Além disso, ele estava com tanta vontade de abraçar seu amado...

– E se ele perguntar por que trancamos a porta? – indagou Dean preocupado.

– Eu digo que é mania minha, que passei a chave sem querer... – e dizendo isso, Sam se aninhou nos braços do namorado. Dean, apesar de um pouco incomodado, acabou cedendo. Estava grato ao moreno por tudo que tinha feito por ele. Apesar de sua reação adversa, Sam havia sido perseverante, e graças a isso, naquele dia, Dean tinha seu pai de volta. Era até difícil de acreditar...

– Sammy, obrigado... – Ele falou baixinho. – Você é incrível, sabia?

Sam abraçou o louro com mais força. Estava tão feliz quanto ele... Tendo resolvido o assunto Roger, tudo o que queria naquele momento era viver intensamente seu romance com Dean. Já estava na hora de irem mais além. Apesar de cansado, Sam sentia uma enorme vontade de sentir o corpo do namorado junto ao seu. Começou a roçar nele de leve. Em seguida vieram os beijos.

Dean correspondeu. Apesar de um pouco inseguro por causa do local, também sentia vontade de aproveitar o momento. Sam era gostoso, fogoso, e sabia como fazer com que se sentisse bem. Em pouco tempo já estava excitado. Quando o louro percebeu, já estava despido.

– Sam... E se meu pai bater na porta? – perguntou um tanto apreensivo.

– A gente enfia o pijama de volta, e abre. Não se preocupe com isso, Dean... Ele já foi dormir.

Dean relaxou. Talvez estivesse muito cansado para continuar se preocupando. Sentia agora seu corpo quase dormente. Toda aquela esfregação com Sam estava gostosa demais.

Sam já estava subindo pelas paredes também... Aquele era o momento certo para a consumação de seu amor. Movido por furiosa excitação, virou o namorado de costas, com força. A vontade crescia dentro dele. Precisava se controlar para não machucar o louro. Ofegante, Sam umedeceu seus dedos com a própria saliva.

– Sammy... – choramingou Dean, sentindo os dedos do namorado. Apesar de amar o moreno, ele ainda não se sentia preparado para isso. Ainda mais debaixo do teto de seu pai... – Para, por favor... Aqui não... – pediu.

– Então quando? – Sam disse já se afastando, um tanto ressentido. Não queria esperar mais. Sentia uma incontrolável tesão e o lindo rapaz que via a sua frente era pura tentação.

– A gente ia sujar tudo aqui... E se meu pai descobrisse? Ia ser um desastre... – Disse o louro, justificando-se. Não queria, de forma alguma, chatear seu namorado. Sam ponderou. Apesar de toda a frustração que sentia, teve de concordar que o namorado tinha razão. Contentou-se em ir até o banheiro aliviar-se sozinho. Quando estivessem de volta ao colégio poderiam planejar com calma a sua primeira noite de amor...

Mesmo assim, passaram ótimas horas juntos, na mesma cama, aconchegados um no outro. Dean conseguiu dormir primeiro. E que coisinha linda ele era... Aquele menino não merecia que nada de ruim lhe acontecesse... Sam estaria sempre ao seu lado para garantir isso. Finalmente as coisas estavam indo no rumo certo. O moreno suspirou. Era maravilhoso que Dean e Roger estivessem unidos de novo. Curariam o karma pesado que os machucou por tanto tempo... O futuro lhes reservava só felicidade.

E Dean feliz era sinônimo de Sam feliz... O futuro de ambos seria brilhante, com uma casa no campo e dois filhos lindos... Um casalzinho. Hmmm, pensando bem, talvez três... Primeiro adotariam um garotinho. Thomas: alegre e brincalhão como Sam. Em seguida viria a pequena Justice: doce, meiga e artística como Dean. E o terceiro? Sharon? Não... Talvez fosse melhor outro menino. Shepherd! Um lindo nome para o caçulinha… Sam sorriu, e entorpecido de cansaço, deixou-se adormecer em seguida.

–--------------------------------------------------------------------------

Na manhã seguinte, bem cedo, Sam voltou para a cama dele e destrancou a porta. Tudo para que o Sr. Campbell não desconfiasse de nada... Após levantarem e fazerem o desjejum, Roger levou os garotos de volta para o colégio.

Ambos ficaram envergonhados ao encarar o diretor Jim Beaver, mas, atendendo aos pedidos do pai de Dean, o homem não foi muito severo com eles. Teriam alguns dias de detenção após as aulas. Apenas isso.

O momento de despedir-se de Roger foi doloroso para Dean. O pai, entretanto, garantiu que não deixaria de voltar ao colégio na primeira oportunidade que tivesse.

– Dean, eu nunca mais vou sair de perto de você, meu filho. Prometo. – Disse o homem com lágrimas nos olhos.

Dean sentiu seu coração apertar. Tinha medo que o pai sumisse de vista. Ele não suportaria perdê-lo de novo... O louro abraçou Roger com força. Não gostaria de soltá-lo jamais.

Ainda bem que o dia de visitas dos familiares estava chegando. O Sr. Campbell prometeu que não perderia esta data por nada.

–Não fica triste... – Sam disse confortando o namorado quando seu pai acenou o último adeus. – Agora vocês não se separam mais...

Dean, apesar da vontade de chorar, sorriu. Sam tinha razão. Só tinha motivos para comemorar.

Os dois meninos então seguiram ligeiros para seus quartos e pegaram o material que iriam usar em aula. Assim que entraram na sala, todos os olhares dirigiram-se para eles. Os fugitivos estavam de volta...

Sam teve algum receio de que Clark e Garth ainda estivessem chateados com ele, porém os olhares que os dois lhe lançaram foram de alívio e satisfação. Na primeira oportunidade que tiveram, logo ao fim da primeira aula, correram para junto dos colegas de fuga.

– Vocês demoraram uma eternidade... – Comentou Clark. – Nós já estávamos apavorados, sabia? Com medo de vocês terem sido sequestrados, ou sei lá o quê...

Sam notou como ele parecia diferente. Mais altivo, e mais animado também. O menino nunca tinha visto Clark de calça justa prateada antes... Sorriu. Pelo jeito o amigo estava voltando ao velho modo de se vestir, ou talvez até mais arrojado.

– Eu estava é com medo do tal do velho Oliver ter dado uma surra em você, Sam, isso sim... – disse Garth rindo, cortando os pensamentos do moreno.

Clark e Garth então contaram de como foram até um policial e humildemente pediram por socorro. Levaram uma bronca daquelas, mas pelo menos voltaram seguros ao colégio, onde levaram mais broncas e detenções. Ficaram estupefatos quando Sam lhes disse que Oliver, além de ter sido muito atencioso e simpático, havia lhe dado cem dólares.

– Cara, acho que Deus ajuda os malucos! Você é muito sortudo, seu lindo... - Clark disse, dando um tapinha em Sam.

– Vocês pegaram o trem e ônibus de volta? Por isso demoraram? – perguntou Garth curioso.

Sam então explicou sobre o encontro com o pai de Dean. O louro ouviu a tudo aquilo um tanto envergonhado. Não tinha o costume de falar de assuntos tão pessoais com outros meninos. De qualquer forma, ao fim da conversa, os quatro estavam de ótimo humor, mais unidos do que nunca.

Na hora do almoço, sentaram-se juntos. Conversavam com animação, quando Sam percebeu o valentão Jonas Klein se aproximando. Estremeceu. Aquele desgraçado estava prestes a atacar, xingar Clark de viado e acabar com a alegria... Mas ele não deixaria que isso acontecesse. Já ia se levantando para defender o amigo quando viu Jonas e sua gangue passarem por eles calmamente. Que milagre era aquele? Será que não tinham visto a calça chamativa do menino? Sam olhou indagativo para Dean, e em seguida percebeu Garth rindo da reação que tiveram.

– Muita coisa mudou nesse tempinho que estiveram fora... – contou o magrelo. – Clark voltou mudado... Não aceita mais bullying.

Clark encarou os amigos com seriedade.

– É isso mesmo. Não aceito mais... Cansei de ser maltratado. A partir de agora uso as roupas que quiser e ninguém mais mexe comigo! – completou o menino resoluto.

– E como conseguiu isso em tão pouco tempo? – Sam estava curioso.

– Assim que chegamos ao colégio, mortos de fome e cansaço, os meninos vieram para nos chatear. Tentaram tirar um pedaço de bolo das mãos de Clark. Ele teve um ataque de fúria... – respondeu Garth.

– Bateu em todo mundo? – dessa vez foi Dean quem perguntou.

– Não... – disse Clark. – Não precisei bater em ninguém...

Garth o interrompeu.

– Mas se tornou imponente como um galo de briga! Encarou os garotos, e isso foi o suficiente para todo mundo se afastar. Logo em seguida Clark saiu desfilando pela escola usando roupas coladas e chamativas. Jonas ainda tentou uma gracinha. "Você está um lindeza hoje, boneca", ele disse.

– Aí eu respondi "obrigado, querido. Mas não sou pro teu bico... Você continua feio como um porco!" – Clark contou, agora com um tom bastante afeminado.

Sam, Dean e Garth riram.

– E ele não partiu para a agressão depois dessa?

– Acho que ele até considerou essa opção... Mas Clark não deu pra trás. É muito maior que ele... Acho que Jonas teve medo de levar uma surra na frente de todo mundo. Ia pagar o maior mico. Saiu com o rabo entre as pernas... – explicou Garth.

Que bom, finalmente... Menos um problema para eles! Sam sentiu que Deus olhava em sua direção. Era como se seus karmas estivessem mesmo se dissipando. Tudo de errado que fizeram no passado estava sendo perdoado. O futuro, novamente, mostrava-se brilhante.

Enquanto Sam respirava fundo, emocionado com a bondade divina, Dean, nervoso, reparava em Brian, que vinha em sua direção. O menino sentiu-se congelar por dentro. Há tempos nem lembrava que o time de basquete, ou o mesmo o capitão do time, Brian, existiam. Estivera ocupado com coisas mais importantes... Entretanto, agora, sentia-se nervoso em ter que confrontar o garoto depois da última conversa que tiveram. Sabia o quanto o menino era homofóbico. Com certeza agora o odiava...


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!




Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Uma Nova Chance" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.