Na Linha Da Vida escrita por Humphrey


Capítulo 11
Caro convite


Notas iniciais do capítulo

Oi, oi! :-D Me desculpem por sumir deste jeito, afinal é final de ano, e os professores querem descarregar tudo para cima da gente '-' Enfim, enfim... espero que gostem do capítulo. Eu gostaria de expandi-lo mais, mas o resto vai estar no próximo capítulo, haha. ( OMG, eu fiquei por duas semanas sem postar 'O' ) :-3 Até as notas finais, tchutchucos.Kisses 4 u



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No dia seguinte, na sala de aula, o professor Julian, de matemática, nos explicara sobre um dos eventos escolares mais esperados do ano: Aquatic Club. Este fora um clube da cidade onde nós o visitávamos para um relaxamento das aulas; um feriado. Nós íamos em todos os anos para obter um descanso de provas, trabalhos e aulas. O clube era alugado por um dia pela escola para todos os alunos do ensino médio.

– Na lousa, vou escrever as regras sobre o que pode e o que não pode levar ou fazer lá. Apesar de já terem decorado, alguns alunos aqui parecem ser analfabetos ao terem que ler a palavra "regra", não é, Trevor? – afirmou o professor, apanhando um giz da caixa.

– Regras são feitas para serem quebradas, meu caro. “É obrigatório alunas gostosas irem de biquíni”, “as mesmas têm de fazer topless também” – disse Trevor, sentando-se sobre a mesa. Os demais alunos depravados murmuraram, concordando.

– “Alunos chamados Trevor devem calar a boca e sentar adequadamente, pois gostosas não irão lhe dar nota” – zombou o professor sério, já escrevendo. Todos riram, exceto o garoto motivo dos risos, que se sentou na cadeira novamente.

Ao longe, avistei Brandon um tanto pensativo, olhando algo através da janela ao seu lado. Ele girava a caneta nos dedos e sequer prestava atenção no professor.

O sinal tocou e, na saída da escola, Brandon veio falar comigo enquanto eu estivera sozinha caminhando pelo corredor principal.

– E aí, você sabe o que causou aquilo ontem? – ele me perguntou, aparentando estar realmente interessado na resposta.

– Não foi nada de mais. O médico disse que... foi apenas a alta temperatura do dia.

– Entendi – disse ele, hesitante a respeito da minha resposta.

– Você vai ao Aquatic Club neste ano? Porque... bem, você não foi nos outros anos – perguntei.

– Não sei se vai dar para ir. Tenho muita coisa para fazer.

– Tipo jogar videogame enquanto come pizza?

Ele riu e passou a mão nos cabelos.

– Isso é muita coisa e exige habilidades, ok?

Eu sorri.

– Você vai ao clube, sim.

– Uma garota como você não vai me obrigar. – Ele gargalhou sarcasticamente.

– Como assim como eu? – repeti. – Só para constar, eu, na maioria das vezes, consigo o que quero.

– É, dá para perceber.

– Ok. Você vai.

– Não, eu já disse.

– Então eu vou encher o saco até te convencer.

– À vontade. Faça o que quiser, mas eu não vou nessa porcaria.

Rolei os olhos.

– É legal, eu juro. – Formei um x com os dedos em frente à minha boca, jurando. – Se você for, prometo nunca mais incomodar.

– Por que quer tanto que eu vá? Nós nem somos tão amigos...

– Mas é que... você é o único dos garotos que me respeita.

Ele deu de ombros e apenas acenou, indo embora. Suspirei profundamente, inconformada com tanta chatice vinda de apenas um garoto mal-humorado.

Após isso, o melhor amigo envergonhado de Brandon se aproximou de mim, escondendo a extrema timidez. O mesmo segurava alguns livros em sua frente, abraçando-os.

– Oi, Anne – me saudou.

– Oi. Precisa de algo?

Ele desviava o olhar do meu, e encarava o chão.

– Você... quer sair comigo? Eu juro que não sou igual a estes pervertidos que só pensam em passar a mão em seu corpo. Eu não quero isso. Quero dizer, se você deixar, sim, mas... Não, bom, você tem um corpo muito bonito, mas... – Parecia que ele podia falar vinte palavras em somente um segundo. O nervosismo tomara conta dele completamente.

Sorri levemente e arqueei as sobrancelhas.

– Claro.

O garoto olhou surpreso para mim, ajeitando os óculos de grau no nariz.

– Sério? Você quer mesmo? – Pude observar um sorriso discreto em seu rosto.

– E por que não? Nós apenas vamos sair, certo?

– Mas é que... eu não sou muito bom com as palavras, e tal. – Ele fitara o chão novamente. – No entanto, muito obrigado, Anne! Que dia você pode, e que horas? É você quem escolhe, não estou lhe pressionando. Eu só...

– Hoje, às oito horas, pode ser? – o interrompi novamente, sorrindo.

– Claro, claro! Tudo bem. Estou indo. Muito obrigado mesmo! Até depois.

Sozinha, comecei a rir internamente por culpa do desassossego do garoto.

À noite, alguns minutos antes do compromisso com David, me joguei na cama.

Eu estava com uma blusa branca com uma frase estampada e um casaco jeans preto, e uma saia rodada da mesma cor, com as pontas brancas, que ia até pouco acima dos joelhos.

Eu não podia ficar daquele jeito por causa do maldito diagnóstico. Daria tudo certo, e logo estaria bem novamente. Eu não falava normalmente com meus tios há alguns dias, e isso me incomodava.

Até que ouço alguém tocar a campainha. Desço as escadas.

– Brandon? – me surpreendi. – Eu ache que fosse...

– Já decidi. Eu vou, sim, naquela merda de clube. – Ele estava com as mãos dentro dos bolsos do casaco escuro. Sua expressão era indiferente.

Eu sorri, mas, ao mesmo tempo, estranhei a mudança de opinião e o fato de ter ido até minha casa para dizer somente aquilo.

– Você está... bem... – Dentre o silêncio, ele afirmou franzindo o cenho.

– Vou sair com o David. Ele não te contou?

– Não, mas... – Brandon começou a gargalhar disfarçadamente. – Como ele te convidou? – Ele riu mais ainda. – Aposto que ficou gaguejando como um idiota.

– Ah – ri –, ele foi meio desastrado, mas fofo. Tudo bem que ele ficou, sim, gaguejando, mas... continuou sendo fofo.

– David não é assim. Certamente fez um cosplay de fofo para te impressionar. Mas... ele é legal, pode confiar.

Rimos e David finalmente apareceu, confuso.

– E aí, David? – disse Brandon. Os dois fizeram toques de mãos como saudação. – Espero que se divirtam. Até amanhã.

Ele saía. Entretanto, o impedi.

– Brandon, você quer ir conosco até... até algum lugar? – o convidei, e David me fitou surpreso.

– Claro que não. Este encontro é duplo. Não quero me meter entre os pombinhos. – Percebi que ele segurou uma risada debochada, e sussurrei um xingamento.

– Mas David não se importa, não é? – Arqueei a sobrancelha, implorando visualmente. Ele pensou um pouco e respondeu, um tanto perturbado:

– Não, é claro... que não.


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Notas finais do capítulo

Oizinho de novo, haha :-3 Bom, gente, eu acho que talvez - TALVEZ -, quando a fic estiver no décimo quinto capítulo, eu vou começar a escrever uma outra fic também. Ela vai ser sobrenatural, e tomara que gostem, haha ^-^ Enfim... '-' era só isso mesmo, hehe. Até os reviews o/