Imprevistos E Surpresas Da Vida escrita por Liz


Capítulo 27
Perdendo a liberdade


Notas iniciais do capítulo

Bom gente... sei que ultimamente tenho postado com pouca frequência. Mas fim de ano é assim mesmo. Provas, trabalhos... por enquanto ficarei postando só uma vez por semana mesmo, mas assim que der voltarei a postar mais seguido.

Boa leitura!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/404816/chapter/27

Paulina despertou-se completamente atordoada, tentando entender o que havia acontecido ali. Percebeu que estava caída no chão, mas tudo ao seu redor girava. Levou a mão esquerda até a cabeça e constatou que havia um galo, certamente havia levado uma pancada.

Só então percebeu algo que a apavorou: Em sua mão direita havia uma arma. Rapidamente a soltou, levantando-se daquele piso num impulso para tentar esclarecer as coisas em sua mente.

Assim que conseguiu se levantar, deu-se conta de que não havia ninguém no apartamento. Foi então que viu a cena mais chocante de sua vida: Osvaldo estava caído próximo a cozinha com dois tiros no peito, sem vida.

Ela ajoelhou-se perto do corpo, baixou a cabeça e começou a chorar, ainda em estado de choque com o que estava diante de seus olhos. Ficou durante algum tempo assim, quando ouviu uma voz exaltada adentrar aquele local.

- ASSASSINA! - gritou

- O-o que está dizendo? - perguntou assustada e com a voz entrecortada devido ao choro, levantando-se do chão

- COMO PÔDE MATÁ-LO? COMO? - dizia a pessoa

- Mas Carlos Daniel, eu não... - tentou dizer

- VAI SE ATREVER A NEGAR? SUA ROUPA ESTÁ CHEIA DE SANGUE! A ARMA ESTÁ JOGADA NO CHÃO E SÓ TINHA VOCÊ AQUI! - continuou gritando Carlos Daniel, visivelmente descontrolado

Paulina parou por um momento para analisar ao seu redor, realmente Carlos Daniel estava certo. Em sua roupa havia sangue, e não havia rastro de que mais nenhuma pessoa tivesse estado ali antes, a não ser ela e Osvaldo.

Lembrou-se que havia despertado com a arma na mão, e em meio a esse quebra cabeças a ficha de Paulina caiu e resumia-se a uma só palavra, ou melhor, a uma só pessoa: Paola.

- NÃO VAI DIZER NADA? ASSASSINA! - repetiu Carlos Daniel

Paulina agora chorava mais do que antes. Ela baixou a cabeça tentando imaginar que aquilo tudo não passava de um pesadelo do qual iria despertar, mas infelizmente não era assim. As duras palavras de Carlos Daniel eram como facadas em seu coração, ela não entendia como ele poderia estar a tratando assim, depois de dizer tantas vezes que o amor deles venceria tudo. Definitivamente, o mundo de Paulina havia desmoronado.

Nesse instante, a polícia, chamada por um dos tantos vizinhos que estavam presenciando a cena, chegou ao local, levando Paulina para a delegacia, juntamente com Carlos Daniel.

===========================================

Na delegacia, Carlos Daniel ficou na sala de espera, enquanto Paulina foi chamada para prestar depoimento.

- Boa tarde senhorita, sou o delegado Merino, por favor sente-se e conte como foi todo seu dia, até o momento do crime. - pediu o delegado

Paulina então o obedeceu. Ainda atônita por tudo ter acontecido tão rápido, ela relatou ao delegado tudo tal qual havia acontecido, mencionando Paola e explicando a ele toda a história que as envolvia.

- ... e depois desse momento, só lembro de ter acordado no chão e encontrar o corpo de Osvaldo caído. - concluiu ela

- Muito bem senhorita, agora terá que aguardar na sala de espera enquanto chamo Carlos Daniel Bracho para dar depoimento. - disse o delegado sério, aparentando não ter acreditado na história

Então Paulina saiu, devidamente acompanhada por policiais, enquanto era a vez de Carlos Daniel dar sua versão dos fatos.

...

- Diga senhor Bracho, como chegou ao local do crime?

- Pois bem delegado, foi assim...

=============  Flashback =========================

Carlos Daniel estava na fábrica, em sua sala, quando o celular tocou:

- Olá senhor! Ou deveria dizer... olá senhor enganado! - disse uma voz sarcástica e misteriosa
 

- Diga o quer ou desligo! - afirmou Carlos Daniel
 

- Nem tudo é o que parece... sabe onde está sua querida e amada Paulina agora? Se eu fosse o senhor, ficaria atento! Por trás daquele rosto angelical há uma perigosa mulher, capaz de tudo para conseguir seus interesses!
 

- QUEM ESTÁ FALANDO? VÁ PRO INFERNO!
 

- Calma... não desligue ainda, aqui quem está falando é um amigo. Vá ao endereço que lhe mandarei por mensagem e comprove que o que eu digo não é mentira.
 

- IDIOTA! - foi a última palavra que Carlos Daniel pronunciou antes de desligar
 

*Preciso ir a esse lugar para acabar com a raça desse desgraçado que difamou a Paulina, quem ele acha que é?* Pensou Carlos Daniel, saindo rapidamente em direção ao tal local, decidido a defender a amada.

================= Fim do Flashback ================

- E então quando chegou lá Osvaldo já estava morto? - perguntou Merino

- Sim, senhor delegado. Saí da fábrica convencido de que tudo não passava de uma armação, mas quando cheguei lá me deparei com Paulina ajoelhada em frente ao corpo chorando, e o resto o senhor já sabe... - respondeu ele, em seu olhar havia um misto de raiva com decepção

- Pois bem, está liberado Senhor Bracho.

- E quanto a ela? - perguntou preocupado. Apesar de tudo, ainda amava Paulina, e sentia medo de estar enganado, medo de perdê-la por um erro seu.

- Ela ficará detida desde já, pois todos os fatos a deixaram sem escapatória.

Carlos Daniel saiu daquela sala desolado. Sem ao menos olhar para a amada, foi embora perdido em um misto de sentimentos.

=================================================

Paulina aguardava impaciente. Para sua tristeza, sabia que o mais provável seria que ela ficasse presa, presa por um crime que não cometeu... e assim foi.

Ela foi informada que até que o corpo passasse por uma autópsia e a arma fosse analisada juntamente com outras coisas, ficaria detida na delegacia. Depois, se nada mudasse, seria transferida para um presídio e julgada.

No fundo, Paulina ainda tinha esperança de que algo provasse sua inocência.

*Será possível que eu viva durante anos em uma cadeia por culpa de Paola? Meu Deus, por que isso tinha que acontecer justamente comigo? Mais uma vez estou sozinha, me deixei enganar por todos, inclusive por Carlos Daniel... mas eu juro, essa foi a última vez que alguém pisou em mim!* pensava Paulina tentando permanecer forte, enquanto secava as lágrimas que insistiam em cair sobre sua face.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Será que a Paulina vai ser presa mesmo? E o Carlos Daniel, o que vai fazer?

#Comentem #Favoritem #Recomendem !!! Façam uma escritora feliz :D KKKKKKKK