Imprevistos E Surpresas Da Vida escrita por Liz


Capítulo 28
Entre o medo e a felicidade


Notas iniciais do capítulo

Finalmente o Nyah voltou, acho que todas nós estávamos com saudade de ler as fanfics! KKKKKK

Boa leitura!!!



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Carlos Daniel saiu daquela delegacia cantando pneus, estava em contradição consigo mesmo. Por um lado, a certeza daquilo que seus olhos havia visto. Por outro, a voz do coração, que lhe dizia que a amada era inocente. Mas cabeça dura como sempre, insistia em ser racional.

Chegando em casa ele foi direto ao quarto de Vovó Piedade para lhe contar todos os acontecimentos. Piedade escutou tudo com atenção, porém resolveu não tirar nenhuma conclusão precipitada. Somente informou ao neto que sairia juntamente com o motorista, deixando-o tão confuso como quando havia chegado.

Piedade pediu a Pedro que a levasse até a pousada onde Paulina estava hospedada. Lá, fechou a conta dela, juntou todas suas coisas e partiu até a delegacia.

Na delegacia, ela entregou as coisas de Paulina, conversou com o delegado e pediu para visitá-la. Precisava ter certeza se realmente tudo havia sido como Carlos Daniel havia relatado.
...

– Tem alguém que quer te ver! - disse o delegado para Paulina, que estava sentada em um canto da cela, pensativa

– Quem é? -perguntou, mas antes que o delegado respondesse, Paulina avistou aquela doce senhora de cabelos ruivos que ela conhecia muito bem– VOVÓ PIEDADE! - exclamou com os olhos marejados

– Pode nos deixar a sós? - pediu Piedade ao delegado

– Está bem, mas só cinco minutos. - afirmou e saiu

– Paulina, minha filha! - exclamou Vovó. As duas em tão pouco tempo já se conheciam tão bem que haviam criado um verdadeiro vínculo familiar

– Já sabe de tudo? - perguntou Paulina, apreensiva

– Sim... mas me diga, é verdade mesmo o que Carlos Daniel me disse?

– Infelizmente sim... -ela desviou o olhar, com medo da reação de Piedade– mas não fui eu! - afirmou

– Olha pra mim, Paulina... - pediu Vovó

Paulina então levantou a cabeça, secando algumas lágrimas que rolavam por sua face. Assim que ela olhou nos olhos de Piedade, a senhora percebeu que ela estava sendo sincera.

– Quem foi? - perguntou diretamente

– Foi... foi a Paola.

Durante algum tempo as duas ficaram em silêncio. Piedade preferiu não insistir nos detalhes, deixaria que Paulina se sentisse a vontade para contá-los.

– Por que ela fez isso comigo? Eu não merecia isso! - falou Paulina, quebrando aquele clima tenso. Tentava com todas as suas forças não chorar.

– Calma minha filha, acredito em você! - afirmou a olhando nos olhos

– Acredita mesmo? - perguntou esperançosa

– Sim! -disse sorrindo, transmitindo confiança– e vou agora mesmo falar com Carlos Daniel sobre isso, ele precisa ouvir algumas verdades pra deixar de ser tão racional!

– Não Vovó. - pediu séria

– Como não?

– Carlos Daniel não acreditou em mim, falhou comigo no momento em que mais precisei... por favor, não diga nada a ele sobre nossa conversa, finja que acredita na história dele ou invente alguma coisa... vai ser melhor assim, preciso me afastar dos Bracho.

– Mas filha... tem certeza? Pense bem, ainda dá tempo de vocês de acertarem.

– Tenho. -respondeu objetiva, tentando segurar as lágrimas– e por favor, peço a senhora que não venha mais me visitar, não sabe o quanto agradeço pela confiança, mas vai ser melhor assim.

Elas conversaram por mais um tempo, Paulina aos poucos foi contando todos os detalhes daquele momento que ela desejava que nunca tivesse acontecido. Piedade tentou convencê-la a mudar de ideia com relação a Carlos Daniel, mas foi em vão.

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Dias se passaram, e na Casa Bracho nada mais era como antes. Não só a família estava ciente da situação, como todos, pois a notícia correu em todos os jornais.

Conforme Paulina havia pedido, Vovó fingia na frente de todos que não se importava com os acontecimentos. Apenas havia revelado a verdade para Adelina, governanta e sua melhor amiga. Triste por não poder fazer nada, por muitas vezes e escondida de todos recorria ao álcool como forma de consolo.

Carlos Daniel se atolava diariamente de trabalho, quando voltava da fábrica passava horas trancado no escritório, tentando esquecer os problemas. Sabia que estava sendo fraco como havia sido no passado, quando não teve coragem de procurar Paulina mesmo após a morte de Elizabeth, mas não podia evitar sentir-se assim. Tentava a todo custo fugir dessa história.

A autópsia do corpo de Osvaldo havia sido feita, assim como uma perícia detalhada do local do crime. Tudo levava até Paulina. Uma audiência seria realizada para que fossem ouvidos testemunhas e o juíz decidisse o destino dela. Porém, até que isso acontecesse, continuaria detida. Portanto, foi transferida para o presídio feminino da cidade.

Se ficar na delegacia era ruim, em uma cadeia era mil vezes pior. A rotina lá não era nada fácil, fora a convivência com as outras presas. Paulina tentava se conformar com seu destino, mas era impossível. Não havia um só dia em que não chorasse, se perguntando o motivo de tudo aquilo.

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– ONDE PENSAM QUE ESTÃO? EM UMA COLÔNIA DE FÉRIAS? LEVANTEM!! - gritava uma carcereira mal humorada, enquanto batia nas grades das celas

– Que horas são? - perguntou uma das presas

– 05:30 da manhã, por quê? A madame costuma levantar mais tarde? - respondeu rindo de maneira sarcástica
...

– EI NOVATA! - chamou a carcereira

– O que foi? - respondeu Paulina

– Hoje você ficará encarregada da limpeza dos banheiros, comece já! - ordenou

Paulina acatou a ordem em silêncio.

– Dizem que as caladas são as piores, coitada! - ironizou outra detenta

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Paulina estava limpando o piso do banheiro, quando baixou a cabeça e sentiu tudo girar, caindo desmaiada logo após.

– O que aconteceu? - perguntou ao acordar em uma das macas da enfermaria

– Você desmaiou. E bem...- respondeu o médico

– O que foi? É alguma coisa grave? - disse preocupada

– Grave não é, só não sei se é uma notícia boa ou ruim...

– Diga logo doutor!

– É que... a senhora está grávida!

GRÁVIDA?!disse espantada

– Sim senhorita, está grávida de 4 semanas. Apesar da situação em que está vivendo, meus parabéns! E agora com licença, preciso atender outra paciente. - disse o médico, se afastando

Paulina continuava ali, sentada naquela maca... incrédula com o que acabara de ouvir. Por um lado sentia-se imensamente feliz, seu sonho sempre foi ser mãe, e mais ainda sabendo que o filho é de seu amor. Tudo seria perfeito, não fosse o fato dela estar ali, naquele presídio, sozinha.

– Grávida... grávida! - falava para si mesma, tentando assimilar a notícia.

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Em algum lugar...

– Aquela mosca morta já está presa, meu plano saiu perfeito! - vangloriou-se Paola

– Confesso que dessa vez você se superou! - exclamou seu cúmplice

– E ainda duvidava? Te disse que os destruiria!

– E agora o que pretende?

– Agora só falta eu assinar o divórcio e ficar livre de vez de toda aquela gente. Já acabei com eles, não os necessito para mais nada! - disse enquanto bebia uma taça de champagne

– Claro, não sem antes receber a parte que falta do dinheiro, não é?

– Mas é claro, tesouro! Paola Bracho não faz nada pela metade. Sem dinheiro, sem divórcio!

Os dois se olharam e riram maleficamente.


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Notas finais do capítulo

Qual será o destino da Paulina? Será que o plano da Paola saiu tão perfeito assim?

Comentem bastante!!!