Selecionada escrita por Rafaela


Capítulo 21
Capítulo 22 - Entrevista


Notas iniciais do capítulo

Não me matem!
Desculpem ficar 15 dias sem postar, é que os dias passam rápido e quando eu vejo lá se foi o dia. Ontem eu consegui atualizar a New Age e hoje estou aqui. Espero que não desistam de mim e da fic.

Neste capítulo a narração será inteira na primeira pessoa, narrado pela Rafaela. O.k?



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–Rafaela... -Começou a chamar Connor, depois de ouvir o meu primeiro nome sendo chamado eu simplesmente não ouvi mais nada. Meu corpo se levantou sozinho e caminhou até Connor, subindo no palco.

Tentei relaxar, respirei fundo e então notei que Connor tinha perguntado algo. Virei-me para ele.

–Como? -Pergunto. Ele percebe que eu não tinha ouvido e ri. Legal, agora eu verei motivo de piada, ótimo! Olhei para Andrew, que olhava para mim, mas eu não sabia desvendar seu rosto. Eu não sabia descrevê-lo.

–Eu perguntei se você está gostando do castelo. -Falou Connor.

–Ah. -Falei. -Sim, sim. Estou. -Continuei. Que raios de resposta era aquela, Rafaela?! Repreendi-me.

–E como está sua relação com as outras garotas? -Pergunta-me Connor.

–Ah. Bem, veja, eu quase não falo com a maioria delas... Mas tenho uma amiga lá. -Falo e sorrio para Renata, que estava sorrindo para mim.

–E alguma garota já... Bem, discutiu ou implicou com você?

–Oh, sim. Claro. Quer dizer, são muitas garotas juntas, isso obviamente iria acontecer alguma hora.

–E o que você fez quando a garota atormentou-lhe? Sabendo que não se pose bater nas Selecionadas e tudo o mais.

Mordi o lábio inferior.

–Na verdade foi a minha amiga que não me deixou encostar um dedo nela. -Falei temendo oque viria a seguir.

–Pode nos dizer quem é a sua amiga? -Questionou.

–Ah, sim. Na verdade, lá dentro todos já sabem. -Falei. -Ela está de rosa, na segunda fileira. -Apontei.

–Oh, Renata! -Ele exclamou, Renata tinha sido antes de mim, então.. Ela apenas assentiu com um movimento rápido de cabeça. E então Connor virou-se para mim. -Bem, você acha que essa amizade de vocês pode interferir em algo lá dentro?

–Não.

–Não? -Questionou-me. -Vocês tem os mesmos objetivos e são grandes amigas, como...? -Ele não completou.

–Bem, se Andrew escolher alguém... -E então eu fiz uma pausa, obviamente teria que dizer aquela palavra - que não seja eu -continuei. -Então, eu ficaria feliz se fosse ela. -Falei.

E então notei o que eu falei. Eu disse Andrew e não Príncipe. Abri a boca para tentar concertar, mas não daria. Olhei para Andrew e ele ria de minha expressão.

–Então... Como é a sua relação com o Príncipe?

–Ahn... Bem, And... O Príncipe e eu somos... Amigos. -Respondo. Não sei se nossa relação podia se resumir em 'amigos' levando em conta o fato de já termos nos beijado, e tudo o que vem acontecendo mas eu não poderia dizer a ele e á todos que nós praticamente já namoramos escondido, não é?

–Você tem... Uma certa dificuldade para chamá-lo de príncipe. É pelo fato de serem tão amigos?

–Sim. -Respondo. -E, eu também nunca chamei alguém de príncipe, vai ver tem esse motivo também. -Falei tentando descontrair um pouco, funcionou, ele riu! Digo... Connor... E outras pessoas também que estavam por perto.

Olhei para Andrew praticamente pedindo para ele me socorrer quando Connor chama minha atenção.

–Então, para encerrar isso aqui, Rafaela. Uma pergunta que todos lá fora já devem estar se perguntando. -Não faça a pergunta que eu acho que vai fazer, não faça a... -Vocês já se beijaram? -Abri a boca em choque, fechei-a e olhei para Andrew que tinha um sorriso sapeca em seu rosto. Vontade de tirar aquele sorriso da sua cara... E também de vê-lo mais vezes.

–Nós... É... -Ai meu Deus! -Olhei de novo para Andrew que estava bem a minha frente, levando em consideração que eu estava virada para Connor. Andrew assim como todos estava aguardando minha resposta. -Já. -Falei rápido pensando que ninguém fosse ouvir se eu falasse assim. Agora mesmo que Sabrina vai me encher o saco.

Connor sorriu de um jeito meio... Malicioso? E então me deixou voltar para meu assento. Logo em seguida ele chamou alguém, mas eu não ouvi nada... Meu cérebro só detectou algo quando Connor fez a pergunta: -Vocês já se beijaram?

–Sim. -Respondeu a voz feminina.

Olhei rapidamente e vi que era Sabrina falando.

–Foi na festa que teve. -Ela sorriu. Eu queria esganá-la, e esganar a Andrew também.

Depois, mais tarde, eu estava em meu quarto com muita raiva. E então ouço uma batida na porta.

–Entra. -Falo irritada.

Andrew aparece e fecha a porta atrás de si.

–Falou que queria conversar comigo. -Ele disse.

–Não quero mais, pode sair. -Digo me afundando nas cobertas até o topo da cabeça.

–Rafa.

–Não me chama de Rafa. -Falo, e minha voz é abafada pelas cobertas. Sinto que ele se senta em minha cama e ouço um suspiro seu. Eu não aguento segurar e lágrimas rolam de meu rosto. Ele está próximo de mais do meu corpo, posso sentir seu calor mesmo em baixo das cobertas. Isso é demais pra mim e eu não consigo sufocar um soluço. Puxo a coberta para meu rosto e acabo destapando meus pés. Gruno em reprovação, seco as lágrimas e me sento na cama. Andrew estava com os cotovelos apoiados nos joelhos e o rosto entre as mãos.

Suspiro e trago meus joelhos até meu peito, pego a coberta e passo em baixo de meus olhos.

–O que veio falar. -Digo com a voz fraca.

Andrew balança a cabeça em negativa, nem ele sabia o que queria dizer.

–Me tira daqui, Andrew. -Peço sussurrando, com a voz meio embargada.

–Você queria o quê, Rafaela? Eu não podia me prender mais a você, porque você não sabe o que quer. Eu já te dei todas as chances... -Minhas lágrimas queriam voltar.

–Se eu fosse embora. -O nó em minha garganta se apertou e eu não consegui segurar minhas lágrimas por mais muito tempo. -Seria melhor pra você. -Continuei.

–Ficar com você seria o melhor pra mim. -Ele disse com a voz fraca. Ele nem sequer olhava para mim.

–Tudo entre nós sempre dá errado. -Soluço. E então ele se vira pra mim.

–Nós podemos fazer dar certo. -Ele falou, se ajoelhando em cima da cama, de frente para mim. -Mas eu sei que não quer isso. Você não me escolheu e...

–O que você quer dizer com isso? -Perguntei secando minhas lágrimas.

–Que eu li o poema que você deixou em cima da minha cama e li o seu 'Desculpe-me príncipe' era isso que você queria falar comigo, não era? -Questionou-me franzindo a testa.

Rio com ironia, entendendo tudo.

–Vadia. -Digo.

Andrew franze a testa e eu o olho nos olhos.

–Não fui eu que deixei o poema na sua cama e nem escrevi nada disso sobre desculpas. Foi a vadia que você beijou. -Digo.

Depois de uma pequena pausa para pensar ele diz:

–Tá, mas de qualquer jeito você escolheu o outro cara. -Ele fez uma careta.

–Por que acha isso?

–A parte do príncipe encantado e cavalo alado... -Eu neguei com a cabeça.

–Você nunca ouviu falar de rimas? Não tem nada a ver, Andrew. Eu não escolhi ele.

Porque eu sou sua. Queria dizer-lhe.

Andrew sorriu como nunca e eu acho que eu também. E então nos beijamos... Mas Leo apareceu na minha cabeça e eu me afastei.

–O que foi? -Ele perguntou.

–Eu acho que... -Não continuei.

–Ainda está confusa? -Questionou ele, colocando uma mecha de meu cabelo atrás da orelha e acariciando minha bochecha.

–Tudo está acontecendo tão rápido... -E então eu o olhei. -Mas eu te amo. -Disse e ele sorriu. E me beijou.

–Eu também te amo.

E eu sorri como uma boba.


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Notas finais do capítulo

Gostaram? Ficou muito meloso? Vocês estão bravas comigo pela demora? Por favor, comentem. Adoro vocês. Xx