Os anos se passaram, e aquelas crianças cresceram.

Rachel com suas habilidades de dança entrou para as Cheerios como capitã. A morena sempre fora ambiciosa quanto a “pirâmide social” da escola. Então assim que teve a oportunidade, entrou para o grupo das lideres de torcida. Imaginem, Rachel Berry sendo uma das perdedoras da escola? Em que vida? Acho que em nenhuma!

Logo Santana e Brittany entraram também para o popular grupo das cheerios e se tornaram amigas da judia. E “colegas” de Quinn, por assim dizer.

Finn se tornou Quarterback do McKinley High Titãns. Puck se tornou jogador do time, como lateral esquerdo.

Quinn continuou sendo a excluída, invisível, alvo de slushies e Nerd Fabray.

Mas nada abalou sua amizade com Rachel, pelo contrário, a cada dia a amizade das duas só se expandia. E o fato delas serem vizinhas ajudava muito.

Rachel e Quinn resolveram entrar para o Clube do coral do McKinley, O Glee Club New Directions. Na verdade Rachel entrou e arrastou Quinn com ela, já que a morena era cheerleader e não podiam fazer nada contra ela se ela entra-se em um “Club de Perdedores”, como eram chamados os Gleeks.

Lá elas conheceram Artie, Tina, Mike, Mercedes, Kurt, Blaine e Puck.

Mike entrou por amar dançar, por mais que sua voz fosse uma negação.

Puck entrou por insistência de Mercedes, sua amiga desde que se lembrem como gente, e ele gostava de cantar também, por mais que não admitisse.

Eles nem se preocupavam com o tormento que eles poderiam sofrer ao entrar para o Glee Club, afinal eles eram jogadores de futebol e ninguém os desrespeitariam, já os demais integrantes do grupo sofriam de toda forma de Bullying, desde ter a cabeça dentro de vasos e slushies no rosto, até insultos de todos os tipos.

Mercedes e Puck eram bem legais com Quinn, e logo eles se tornaram amigos.

Puck sempre se mostrou divertido e protetor para com as meninas do Glee Club. Mais com Mercedes e Quinn, embora sua fama fosse de pegador, ele era um ótimo amigo.

Quando Rachel não estava disponível para Quinn, a loira corria para os dois, seus segundos melhores amigos.

Eles dois eram os únicos a saberem dos sentimentos de Quinn para com Rachel.

Mais não porque Quinn quis, e sim porque eles meio que descobriram.

FlashBack On

Rachel fazia um de seus inúmeros solos no coral, dessa vez ela fazia uma acapella de “Take My Breatch Way”.

Quinn se encontrava no estado que sempre fica desde a primeira vez que ouviu a morena cantar: Pernas fraquejantes, sentido borboletas na barriga, bochechas levemente coradas, mãos suando e suspirando a todo o momento.

Observa Rachel cantar com tanta paixão, sua voz firme e poderosa e ao mesmo tempo calma e suave. Era um verdadeiro deleite para a loira. Isso a levava para as nuvens. Ela definitivamente poderia viver só de ouvir a morena cantar.

Olhar aqueles lábios se movendo tão suavemente que pareciam estar em câmera lenta, sempre tão fartos e rosados. Aloira sempre se perguntou como seria tocar neles, ou até mesmo beijar eles, se perguntava qual o gosto.

Quando a loira pensa nisso sempre fica mais quente e vermelha que o normal e logo trata de afastar esses pensamentos, afinal elas eram quase como irmãs.

Mercedes percebe o jeito que a loira observa Rachel cantar, cutuca Puck, que esta do seu lado, com o cotovelo e aponta para Quinn com a cabeça.

Eles ficam alguns segundos olhando para a loira e logo trocam um sorriso confiante e um olhar cúmplice.

Logo que a morena acaba de cantar todos a aplaudem e ela faz uma pequena reverencia a todos. Quinn ri e pensa consigo mesma: Isso é típico dela, sempre tão teatral. O sinal toca e todos vão se dirigindo a saída da porta.

– Vamos Q? – Rachel pergunta estendendo a mão para a loira.

– Pode ir princesa judia, a loirinha vai ficar mais um pouquinho. – Puck fala levando Rachel até a porta delicadamente pelos ombros, enquanto Mercedes senta Quinn na cadeira.

Elas não entendem nada mais fazem o que eles querem.

Assim que Rachel sai, Puck fecha a porta e se vira para as duas com um sorriso quase maníaco.

Ela fica assustada e olha para Mercedes, que esta no mesmo estado que o moicano.

– Loira nós dois vínhamos te observando há algum tempo. – Puck fala esfregando as mãos.

Quinn observa suas mãos e franze o cenho. “Sério isso?!” A loira pensa consigo mesma.

– O jeito que você fica quando esta com Rachel, quando esta olhando-a, e até quando fala dela. – Mercedes fala andando de um lado para o outro.

Fazendo Quinn ficar nervosa.

– Você não sabe nem disfarçar Q. Você não para de falar dela quando esta com a gente, parece que você vai sair flutuando a qualquer momento.

– O-oque querem dizer com i-isso? – Quinn pergunta já suando de nervosa.

– Que você esta apaixonada por Rachel Berry. – Os dois falam em uníssono.

– Não não, eu não estou...

– Você esta, não tente nos enganar. Nós te conhecemos Quinn. E isso não é uma atraçãozinha qualquer. Você esta apaixonada. Conheço isso. Lembre-se que mentir e feio, e estamos entre amigos, e nos contamos tudo, até Puck fala as partes nojentas que não precisamos saber. E como eu já disse, já sabemos há um tempo. Então fale para nós, converse conosco sobre isso.

Quinn suspira cansada e dar-se por vencida.

– Tudo bem... sim eu estou, mas o que eu poderia fazer? Quando eu percebi já tinha acontecido. Não sou de lutar contra isso.

– Não lute, se declare para ela. – Puck fala animado.

– Puck, primeiro, Rachel Berry é hétero. Segundo, somos amigas á anos, tipo Friendzone Level Hard, e terceiro, ela é Rachel Berry, e eu só sou... Uma Quinn. Qual a chance?

– Hey. Não fale assim de você mesma. Por mais que eu não goste nem um pouco da Berry, você não é menos que ela. Se você for atrás dela duvido que ela resista. Você é irresistível Quinn. – Mercedes se opõe.

– Isso mesmo Quinnie. E como Mercedes já disse, eu repito: Sabemos disso á um tempinho já, então tive tempo de pensar em algo para te tirar de vez dessa friendzone.

No sábado a tarde daquela semana.

Quinn estava na entrada para o caminho até a porta de Rachel, com Puck e Mercedes atrás.

– Vamos lá Quinn, você consegue. – Mercedes falava praticamente empurrando a loira até a porta.

– Isso loira, é só você ir até a porta e tocar a campainha, fala o que sente para a Berry e pronto. A garota é sua. – Puck fala ao lado de Mercedes.

– Calma, estou bem, só preciso criar coragem. É m-melhor nós voltarmos pra minha casa, depois nós voltarmos aqui... – Quinn fala nervosa e da meia volta.

– Quinn, você gosta mesmo dela? – Puck pergunta cruzando os braços.

– Claro, eu a amo. – Quinn fala agora cruzando os braços e irritada com a pergunta de Puck quanto ao seu sentimento por Rachel.

– Mas não é isso que você esta demonstrando. Porque quem ama não tem medo, quem ama luta pelo que quer até conseguir. – Mercedes fala séria, como se desse uma bronca na loira.

Puck olha surpreso para Mercedes tanto quanto Quinn.

– Não vou falar nada, Ela já disse tudo. – Puck fala. – Então você vai tocar aquela campainha e conquista sua garota. Mas antes toca aqui. – Puck e Mercedes levantam as mãos e Quinn Passa por eles e bate em suas mãos em cima, eles abaixam as mãos e Quinn bate de novo, só que em baixo.

Eles sorriem para si mesmos e Quinn anda até a porta.

– Vai lá, qualquer coisa nós vamos ficar aqui. – Mercedes fala piscando para a loira.

Ela respira fundo e sobe os pequenos degraus que leva até a porta dos Berry.

A porta se abre antes que ela toque a campainha, e por ela sai Finn Hudson com um sorriso enorme no rosto.

– Hey Quinn, como vai? – Ele pergunta abraçando-a e a girando.

A loira arregala os olhos surpresa e achando aquilo tudo muito estranho.

– B-bem. – Ela fala se ajeitando depois que ele a coloca de novo no chão. Há um tempo Finn tinha começado a ser legal com Quinn, mas a abraçar e a girar era muito para pouco tempo, e ela nem sabia o porque da mudança repentina.

– Que tal nós jogamos algum jogo no meu videogame qualquer dia desses, sei que você gosta, e agora como você é amiga da minha namorada...

Quinn não ouviu mais nada depois de “Namorada”. Seus pensamentos começaram a surtar em sua cabeça e só viu o menino falando sem parar e salivando, gesticulando e seus olhos pequenos se arregalando e fechando enquanto ele falava sem parar.

– Vejo que o Finn já te cotou as novidades. – Rachel fala aparecendo ao lado dele e um pouco corada.

Quinn se sente tonta e o ar lhe faltar de uma hora para outra.

A loira da um paço a frente e abraça o garoto grande, foi mais para se manter de pé do que vontade de o abraçar mesmo, na verdade ela queria era espancar ele naquela hora.

– Sei que você vai ser um bom namorado. – Quinn fala a contragosto e sobre o olhar de Rachel.

– Ah que fofo, minha melhor amiga e meu namorado amigos. – Rachel fala abraçando os dois.

– Gente, que legal. – Finn fala com a cara de tonto dele.

Eles se separam e Finn fala. – Bom, tenho que ir para casa, minha mãe que vai precisar de minha ajuda com minha avó. - A avó de Finn morava com ele e sua mãe, e as vezes ele ajudava sua mãe a cuidar dela.

Ele anda em direção a Rachel pra a beijar, e Quinn vira o rosto do lado, não queria presenciar uma cena de afeto entre os dois.

Eles terminam o selinho demorado e Finn segue seu caminho, mas antes passa por Quinn e a abrasa de lado, finalmente indo para casa.

– Vem comigo. – Rachel puxa Quinn pelo braço, a loira por sua vez se matem no lugar.

– Não posso, tenho que ir pra casa ajudar minha mãe com o evento da igreja esse fim de semana. - A loira mente. Tudo que ela queria era sair correndo dali, se trancar no seu quarto e chorar, chorar até que não poder mais.

– Quinnie, por favor! – Rachel pede fazendo o biquinho adorável que convence a qualquer um.

“Como eu sou fraca” – Ela se amaldiçoa internamente por sempre fazer tudo o que a morena baixinha a sua frente quer. – Tudo bem, eu vou... mas não posso demorar muito. – Ela fala e Rachel abre caminho para Quinn entrar.

– Olá senhores Berry. – Quinn fala ao ver os homens Berry na sala. Hiram estava assistindo TV e Leroy lendo um Livro.

– Olá querida. – Os dois falam juntos.

As duas sobem os degraus da escada rápido e entram direto no quarto da morena, que era o primeiro do corredor.

Assim que Rachel fecha a porta de seu quarto Quinn pergunta.

– Esta mesmo namorando o Hudson? – Ela pergunta o óbvio. – Mas como isso...? – Fala levantando as mãos, depois deixa-ás cair ao lado do corpo, derrotada.

– Ele veio aqui em casa e me pediu em namoro. – Rachel fala simples se sentando em sua cama. – Além do mais eu o conheço há anos, conheço sua mãe desde que nasci e acabei de apresentar ele como meu namorado para meus pais.

Nessa hora Quinn devia falar o quanto Rachel estava fazendo merda namorando um idiota como o Finn, todos sabem que ele é um imbecil e que era pra a morena ficar com ela. Ela deveria ter chegado primeiro, ela deveria ser apresentada aos senhores Berry como namorada de Rachel, apesar dela temer Leroy. Ela deveria

– bem, fico feliz por vocês. – A voz da loira saiu meio seca. – Sou sua melhor amiga e só quero que você seja feliz.

– Que bom, Quinn. – Rachel fala abraçando a amiga forte. – Então, porque você veio aqui?

– É-é... Foi para... Conversar sobre algo. – Quinn fala corando um pouco de nervosismo.

– Deve ser mesmo, você esta toda vermelha e não passou nem 3 minutos. – Rachel fala rindo e isso tranqüiliza mais a loira que sorri do riso engraçado e único da morena. – Então, o que é?

– Bom... – Quinn pensa bem antes de falar o que tem a dizer. Ela ia se declarar para a morena, mais como esse plano foi por água a baixo, ela tem que pelo menos falar um dos segredos que estava a sufocando, afinal Rachel não passaria de amiga pra ela mesmo. – É complicado. Não sei muito bem como f-falar, só que, eu gosto de garotas. Sabe, beijar garotas, gosto de garotas como, por exemplo, você gosta de meninos. – Ela fala meio sem jeito, a palavra “Gay” era muito forte para ela ainda.

Rachel fica quieta por alguns segundos e pisca algumas vezes rápido.

– E só isso? Então você é Gay? Isso que quer dizer? – Rachel pergunta simples, e meio confusa do porque Quinn não fala logo.

– Como assim só isso? Rachel eu sou Gay, G-A-Y, gosto de garotas...

– Eu sei o que é Gay Quinn, se você não sabe meus pais são Gays, por isso não vejo nada de mais. – Rachel fala rindo do drama da outra. – Além do mais, nós somos irmãs e sua sexualidade não muda nada em relação a nós duas.

Quinn sorri triste ao ouvir Rachel dizer que elas são Irmãs, isso só afirma que elas nunca passaram disso.

O celular de Rachel toca e a morena vai atender. – Hey amor. Já chegou?... – Ela estava falando com Finn.

Quinn sente a garganta aperta se despede silenciosamente da morena, que da “tchau” ainda falando com Finn no celular.

A loira desce as escadas correndo sem nem se despedir dos homens Berry que não estavam mais na sala.

Assim que ela sai da casa de Rachel, deixa as lágrimas correrem livremente pelo seu rosto em silêncio.

Puck e Mercedes estavam do outro lado da rua, onde há alguns bancos. Veem a loira saindo da casa e correm até ela.

– Então como foi? – Eles perguntam eufóricos sem perceber que a loira esta chorando silenciosamente.

Quinn não fala nada, só se joga nos braços de Puck e chora ainda mais, fungando sem parar.

Puck e Mercedes trocam um olhar preocupado e Mercedes pergunta acariciando as costas da loira.

– O que aconteceu Quinn? Ela te rejeitou? Ela te machucou ou fez algo? Me fala logo que eu vou lá dentro e dou uma surra naquela nariguda, nunca fui com a cara dela mesmo. – E é mesmo, Mercedes até nos dias atuais não se dá bem com Rachel.

– Não... não... – Quinn fala com dificuldade por causa do choro. – Ela esta namorando o Hudson.

– Finn Hudson? – Puck parecia não acreditar.

– Bem que eu sabia que tinha alguma coisa errada com o Finn sair da casa de Rachel em pleno domingo e nas férias.

– C-como ela pode? Logo o Finn? Aquele idiota. – Quinn falava com raiva na voz ainda chorando. – Mas eu sou a culpada, eu fui á covarde aqui, se eu fosse menos medrosa ela não estaria com aquele palerma, á culpa é toda minha porque tive medo e...

– Calma minha pequena, nós vamos te levar para casa. – Puck fala tentando a acalmar.

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