Esses Seus Olhos De Tempestade escrita por jessyweasley


Capítulo 41
Capítulo 40.


Notas iniciais do capítulo

Olá pessoal, tem um mês que não posto nada, mas como sempre a culpa é da faculdade. Enfim, venho com novidades, eu gosto bastante de fazer umas montagens (mesmo que capengas) sobre as histórias que escrevo, então, eu criei um tumblr pra essa fanfic, onde vocês podem mandar criticas, elogios ou qualquer outra coisa que queiram - http://esodt.tumblr.com/ - Espero que riam e curtam as montagens kkkk Boa leitura e bom capítulo. Beijos :*



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Coloquei as primeiras roupas do armário na mala, Annabeth ajeitava outra mochila e fomos o mais rápido possível para o carro. Pedi para que ela ficasse, caso fosse coisa rápida, mas pensei melhor e preferi que ela me acompanhasse.

Assim que chegamos à Nova Iorque, dirigi até o hospital onde Annabeth disse que ele estaria. Estacionei e entramos no hospital.

__ Por favor, eu gostaria de saber qual o quarto do Sr. Poseidon Olympus – eu disse
__ O senhor é parente? – perguntou a recepcionista – Só parentes estão sendo permitidos
__ Sou o filho dele
__ Um segundo que irei informar que está subindo.
__ Espere... Ele está no quarto? – perguntou Annabeth

A recepcionista balançou a cabeça positivamente e Annabeth me olhou como se não entendesse o tom de gravidade quando ligaram para ela.

__ Podem subir.
__ Obrigado – eu disse.

Annabeth e eu subimos o elevador em silencio. Paramos no 11º andar. Mal saímos do elevador e já esbarramos com meu irmão.

__ Tritão – o abracei – Como vai?
__ Vou bem e você? – nos soltamos e ele abraçou Annabeth – E você cunhada, como vai você e meu sobrinho?
__ Vamos bem, obrigada – Annabeth sorriu – Foi você quem me ligou hoje cedo?
__ Não, não fui eu, foi o assessor de minha mãe – ele virou-se para mim – Venha, nosso pai fez merda de novo.

Seguimos ele por todo corredor. Paramos em frente a um quarto com as cortinas fechadas. E então Tritão novamente começou a falar.

__ Mamãe ligou para você, porque segundo ela, não irá cuidar desse “poço de doenças” ambulante, nosso pai contraiu uma doença venérea, provavelmente com alguma vadia que ele se deita, minha mãe disse que ele agora é obrigação dos filhos, eu disse para ela que eu conseguiria ficar sozinho com ele, revezando com Tyson, mas ela te ligou também, disse que agora você era um de nós.

__ Ela está certa, eu também passaria essa bola para os filhos – disse Annabeth – Quer dizer... Depois de tudo que ele fez.
__ Obrigado por ligar Tritão, tem alguém com ele ai dentro? – perguntei
__ Apenas Nico, Tyson já ficou a noite passada – ele colocou a mão sob a maçaneta – Vamos entrar.

Nico estava encostado na poltrona, roncando baixo e meu pai estava lendo algo no tablet, os óculos de leitura na ponta do nariz, a barba enorme e levantou os olhos verdes como o meu e dos meus irmãos quando entramos no quarto.

__ Quer dizer que te ligaram também? – ele perguntou de forma calma
__ Sim, ligaram – respondi – Como o senhor está?
__ Bem, tirando o vexame que Nefritite me fez passar. Como vai Annabeth?
__ Olá senhor, eu vou bem – ela aproximou-se e deixou que ele beijasse sua testa
__ Meu neto cresce firme e forte? – ele sorriu
__ Sim senhor – ela voltou a ficar do meu lado
__ Então Percy, você que irá substituir esse meu sobrinho que só dorme? – ele tacou um travesseiro em Nico, que acordou num pulo e xingando
__ Que droga, tio. – disse Nico, jogando o cabelo para trás tirando-o dos olhos – Percy, Annabeth... Tritão, agora que Percy chegou, podemos ir?
__ Claro – disse meu irmão – Pai, amanhã eu volto, se cuide.
__ Até mais, cuidem-se.
__ Annabeth, se quiser uma carona até a casa de sua mãe ou da mãe de Percy, podemos lhe dar – disse Tritão
__ Eu vou com ele amor, tudo bem? Qualquer coisa você me liga – Annabeth aproximou-se de mim e me deu um beijo
__ Ok – sorri para ela e acompanhei os três até o fim do corredor.

Liguei para minha mãe, avisando que Annabeth estava indo para sua casa e ela ficou toda animada, expliquei os motivos de estarmos aqui e minha mãe não pareceu nem um pouco surpresa, me despedi e eu disse que amanhã estaria lá para vê-la. Voltei para o quarto com dois cafés e uns cookies para mim.

__ Café? – perguntei
__ Ah sim, por favor – disse meu pai, sentando-se na cama – Quem te contou que eu estava aqui?
__ Sua esposa. Na verdade foi o assessor dela que ligou para Annabeth e segundo ela, pelo tom dele você estava entre a vida e a morte
__ Caso contrário você não viria – ele sorriu sem graça
__ Claro que viria, se você faz merda com sua esposa, no fim sobra pros filhos mesmo – sentei-me na poltrona – Felizmente você não está casado com minha mãe, caso fosse, você não estaria aqui só por seu “pinto bichado”
__ Nossa... Obrigado pela sinceridade – ele soltou uma gargalhada – Ainda bem que livrei Sally de uma dessas. Mas, conte-me, como vão as coisas por Long Island?
__ Vão bem, uma mulher estava me infernizando, pensei que fosse cair na tentação do sangue, mas felizmente a alegria que tenho em chegar em casa e ver Annabeth foi maior que tudo.
__ Queria ter amado alguém assim, a ponto de me sentir completo com apenas uma pessoa.

Ficamos em silencio o resto da noite, até o momento em que ele pegou no sono e eu o acompanhei. Na manhã seguinte fui acordado pelos cutucões de fortes no meu ombro. De olhos fechados ainda dei um tapa na mão que me cutucava e abri os olhos, vi que era meu irmão Tyson. Com os típicos cabelos cacheados, longos e bagunçados cobrindo o rosto magro e grande, com uma barbicha no queixo.

__ Olá Tyson, obrigado por quase deslocar meu ombro. Veio trocar comigo? – perguntei ficando de pé

Tyson tinha quase dois metros de altura, era magro e desengonçado. Ele tirou um amarrador de cabelo do pulso e prendeu o cabelo num rabo de cavalo.

__ Sim, a faculdade deu uma folga, posso passar a manhã com ele
__ Ok, não vou acordá-lo para me despedir, ele acabou de ser medicado. Ele vai ter alta hoje a noite ou amanhã de manhã, até mais então.

O cumprimentei e eu saí. Era estranho ver meus irmãos assim e agir como se tivéssemos sido criados juntos. Tyson e Tritão se davam melhor, pois desde muito jovens estão juntos, mas eu? Bem, eu fui inserido a pouco mais de um ano nessa família e sei que ainda não fui digerido por completo por eles.

Entrei no carro, coloquei as duas mãos no volante e abaixei a cabeça. Que cansaço. Felizmente ainda era cedo e dirigi sem transito até a casa de minha mãe, estacionei e revirei meu chaveiro em busca da chave que eu já não usava faz tempo.

O apartamento estava em silêncio completo, carreguei as malas até meu antigo quarto. Annabeth estava dormindo agarrada com um segundo travesseiro, com os cabelos todos jogados sobre o rosto, arrumei algumas coisas e fui para um banho, que não se demorou muito, caso contrário eu iria dormir no chuveiro.

Deitei-me na cama e meu corpo inteiro agradeceu, por mais caro que você pague em convênios hospitalares, as cadeiras que eles oferecem nunca serão boas o suficiente. Virei-me para o lado e peguei no sono instantaneamente.

13 horas. Era o que o relógio velho ao lado da minha cama marcava. Tateei o outro lado da cama e Annabeth já havia levantado, espreguicei-me e me levantei, vesti a primeira camisa e encontrei e rumei à cozinha, meu estomago já pedia comida.

Annabeth estava toda arrumada e escrevia um bilhete no bloco de notas, quando ela notou minha presença.

__ Bom dia meu amor – ela andou até mim e deu-me um beijo – Achei que não fosse acordar por agora
__ Aonde você vai?
__ Vou sair com minha mãe e Thalia, elas disseram eu querem me ver – ela tentou ajeitar meu cabelo enquanto falava – Você se importa?
__ Claro que não, meu amor, vá aproveitar o que a cidade grande tem a lhe oferecer – eu disse sorrindo e a abracei – Eu te amo
__ Eu também te amo, muito – o interfone tocou – Acho que são elas. Beijinho!

Annabeth segurou meu rosto com as duas mãos e colocou seus lábios nos meus, soltou-me, pegou sua bolsa e virou-se novamente para mim, sorrindo.

__ Cuide-se, vocês dois.

Ela piscou para mim e saiu. Já que Annabeth resolvera sair, acho que também ia matar um pouco da saudade dos amigos. Voltei ao quarto para ligar para Rachel. Não demorou muito para que ela atendesse e topasse me encontrar em um café, próximo ao shopping principal da cidade.

Duas horas depois, eu já estava no café, vendo o jogo de beisebol que passava no telão quando Rachel apareceu.

__ Percy! – ela disse alegremente
__ Olá Rach...

Nos abraçamos por alguns instantes e sentamos, rindo um para o outro como se não nos víssemos a décadas.

__ Como vão as coisas? – ela perguntou – Annabeth não pôde vir?
__ Vão bem e por aqui? Que saudades que eu tenho do ar dessa cidade – eu disse inspirando profundamente – Annabeth saiu com a mãe e Thalia, fazia tempo que elas não se viam também
__ Vão bem por aqui, Octavian e eu que demos um tempo, às vezes o jeito arrogante dele me irrita, mesmo tendo diminuído bastante. Vocês dois já se resolveram?
__ Sim, demiti o motivo de nossos desentendimentos – eu ri
__ Ah que ótimo, o meu casal modelo tem que continuar firme e forte – ela chamou o garçom – E o bebê, como vai?

O garçom chegou e anotou nosso pedido de cappuccino com pães de queijo.

__ O bebê está ótimo Annabeth te contou que será um menino? Adiamos quase 3 meses para o médico nos falar o sexo, mas a curiosidade falou mais alto.
__ Um menino?! Nossa Percy, meus parabéns! Espero que nasça tão gato quanto o pai – ela me deu um soco de leve no ombro
__ Obrigado, obrigado – fiz uma pose

Cinco carros de polícia passaram correndo no sentido do shopping e logo em seguida passaram algumas ambulâncias. Rachel me olhou curiosa.

__ O que será que houve? – perguntou ela – Nunca vi tantas sirenes ligadas de uma só vez
__ Não deve ter sido nada demais, caso contrário estaria passando na tv...

Dito e feito. Uma das transmissões mais importantes de beisebol foi interrompida por um noticiário de urgências, desde quando eu era pequeno, quando esse noticiário surgia, era sempre para trazer noticias trágicas.

O repórter estava de frente ao shopping que ficava a poucos metros de onde estávamos, podíamos ver varias ambulâncias, carros de policia e até alguns carros das forças especiais parados ali.

Estamos transmitindo de um dos principais shoppings centers de Nova Iorque, onde acaba de acontecer um atentado feito pelo que as câmeras de segurança indicam por três jovens de 20 e poucos anos que entraram atirando na praça de refeição e nos principais corredores, temos noticias de feridos, entre eles uma jovem grávida, mais informações serão passadas no decorrer do dia”.

__ Que absurdo – sussurrou Rachel

A câmera ainda ficou percorrendo os arredores do shopping, algumas vitimas saíam do local e a câmera passou sob uma jovem de cabelos negros no ombro que eu conhecia. Thalia.

Derrubei o café em cima da mesa e Rachel soltou um grito, assustada. Eu estava congelado, tentava mover minhas pernas e elas não respondiam. Uma jovem grávida entre as vítimas, Thalia estava no shopping. Minha mente tentava me dizer “Calma Percy, existem muitas de mulheres grávidas em um shopping”, peguei meu celular, disquei o número de Annabeth, com as mãos tremendo levei o celular ao ouvido, chamou, chamou, até cair na caixa postal.

Levantei da mesa quase derrubando tudo que estava sobre ela. O olhar de Rachel agora era de raiva.

__ O que foi Percy, está louco? – disse de forma ríspida – Quase derrubou tudo sobre a mesa.
__ Annabeth, ela está naquele shopping, preciso entrar lá, preciso vê-la!

A boca de Rachel se escancarou, ela tirou duas notas da carteira e botou sobre a mesa e nós dois saímos correndo até o shopping.

Com meu desespero, furei com violência a barreira de curiosos que se formavam até chegar na barreira física imposta pelos policiais que cercavam o shopping.

__ Policial, policial! – eu berrei em desespero – Minha esposa grávida está ali dentro, eu preciso saber se foi ela que foi baleada, por favor senhor.

Lágrimas de ódio, impotência, desespero e todos os outros sentimentos que se afloram neste momento se derramaram em meu rosto e acho que isso sensibilizou um policial mais velho que chegou até próximo de mim.

__ Desculpe senhor, entendo seu desespero, mas isso foi a poucos minutos, nem nós sabemos direito o que houve, eu prometo ao senhor que assim que eu tiver noticias você será o primeiro a saber.

Eu balancei a cabeça e ele sorriu para mim, em forma de consolo. Rachel me alcançou passando pela multidão e perguntou-me se eu tinha alguma noticia, eu disse que não. Pouco tempo depois, senti uma mão firme em meu ombro e virei-me bruscamente para trás. Era Luke.

__ O que faz aqui? – perguntei
__ A mesma coisa que você, vi Thalia pela tv, eu estava do outro lado da cidade, vim o mais rápido que pude, já tem alguma noticia?
__ Não e não me deixam passar daqui – disse amargurado.

Luke analisou toda a situação, pegou o telefone e trocou poucas palavras com alguém do outro lado. Enfiou o telefone no bolso do terno e voltou-se para mim.

__ Sinto muito ruivinha, você não poderá ir – disse olhando para Rachel – Agora vamos Percy, vou dar um jeito de nos colocar lá dentro.

Rachel e eu nos despedimos, ela disse que a qualquer momento o que eu precisasse era só ligar, em seguida, eu e Luke ultrapassamos a multidão e seguimos rumo aos carros das forças especiais.

__ Como vai tenente Castellan? – perguntou um dos caras fardados
__ Vou bem Hércules, mas quero um favor seu, quero as vítimas, pra onde foram e o que houve com os atiradores, minha namorada e amigos estavam dentro desse shopping e quero isso para ontem.
__ Sim senhor, vou apurar as noticiais.


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