Esses Seus Olhos De Tempestade escrita por jessyweasley


Capítulo 37
Capítulo 36.


Notas iniciais do capítulo

Oi geeeeente, obrigada a quem ainda comenta, isso prova que tenho leitores fiéis e para deixar vocês felizes postei mais rápido que da última vez. Consegui dar uma adiantada boa no estudo dai deu tempo de terminar esse capítulo. INFELIZMENTE aos que desejam uma "safadeza" de leve nos Anexos, só terá no próximo capítulo, sou uma só e dei preferência em casá-los de forma top que dar tempo pra safadeza, MAS NO PRÓXIMO prometo que a safadeza viráaaaaaaa!!! Olá leitores novos e meio fantasmas, terei que chamar o Nico para evocá-los dos campos Elíseos? Ou então do Tártaro? Espero que não! Enfim, boa leitura e continuem dizendo o que acham da fanfic. Bjs e queijos



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Thalia e eu trocamos o olhar mais verdadeiro e cumplice que acho que trocaríamos em todas as nossas vidas.

Olhei ao redor e a igreja já estava cheia de pessoas, amigos, estranhos, parentes... Não sei se eu estava preparado para dizer que eu havia sido abandonado em pleno altar.

Ao contrário do que a maioria das garotas faria, ou seja, chorar e se lamentar, Thalia discava números em seu celular com todo o ódio do mundo, a qualquer momento eu poderia jurar que a tela de seu telefone iria trincar.

__ Senhor Chase, por favor, diga que Annabeth não fugiu com Luke... – eu disse com a voz desesperada

Minha mãe e Paul perceberam meu desespero e subiram no altar, assim como Atena e meu pai vinham para ver o que estava acontecendo, neste momento toda a atenção da Igreja estava voltada para nós e não era porque os noivos estavam se casando.

__ Calma gente, eu posso... – o Sr. Chase foi interrompido por um idiota buzinando na porta da igreja – São eles!

Thalia e eu voltamos a nos olhar e entendemos que: NÃO FOMOS ABANDONADOS! Soltamos juntos um ar de alívio, Sr. Chase correu pelo corredor da Igreja e fez um “OK” com o polegar, era Annabeth.

__ Posso pedir para que se inicie o ritual de entrada da noiva? – perguntou o padre
__ Pode sim senhor – eu disse aliviado.

As portas da Igreja então se abriram por completo, todo o ar que eu poderia guardar, guardei. Meu estômago se contorceu em um nó pequenino dentro de mim, minhas mãos se fecharam em punho ao lado de meu corpo e meu coração parecia que ia saltar do peito.

Eu ainda não a conseguia ver, mas isso não demorou muito.A claridade que tomava conta da porta foi substituída pela sombra de duas pessoas, que ia se tornando mais evidente assim que percorriam o caminho do altar. A música que ela escolhera tocava ao som de apenas violão havaiano.

Não pude deixar de sorrir, dessa eu não sabia, Annabeth me surpreendera, pois sabia que eu era apaixonado por esse tipo de som. Enfim, eu pude vê-la perfeitamente.

Como eu posso dizer? Sinto como se estivesse apenas eu e ela naquele momento, sem convidados, sem igreja, sem essa formalidade toda.

Annabeth estava tão linda que eu poderia lhe comparar a um anjo, meu sorriso se abriu por completo sem eu fazer o mínimo de força, foi tão natural quanto o sol que estava lá fora. Soltei todo o ar e ansiedade que estavam me incomodando, não era mais necessário, ela estava ali e era isso que importava.

Notei que ela estava com os olhos marejados de lágrimas, olhei para minha mãe e Atena, ambas estavam da mesma forma.

Quando voltei meu olhar a Annabeth ela já estava a poucos metros de mim, ainda mais deslumbrante e a cara de surpresa que ela tinha era engraçada.

Desci os degraus do altar e a fui receber na mão de seu pai.

__ Senhor Chase... – eu disse
__ Cuide dessa garota, ela merece tudo de melhor – ele me passou a mão de Annabeth

Eu e ela nos olhamos meio abestados por alguns segundos, nossos sorrisos eram tão largos que não duvido que teríamos uma dor na boca depois, mas dane-se.

__ Você está linda – eu disse enquanto subíamos para o altar
__ Só estou sentindo saudades do seu cabelo sempre bagunçado – ela disse, fazendo-me rir.

Subimos ao altar e ficamos um do lado do outro, o padre nos entregou dois microfones, um para cada, abriu a bíblia e começou a dar inicio a toda cerimonia de casamento.

***

__ Uma vez que vosso propósito seja contrair o santo Matrimonio, uni as mãos direitas e manifestai vosso consentimento – disse o Padre – na presença de Deus e da sua Igreja.

Eu e Annabeth unimos nossas mãos direita, cada um segurando a aliança na mão esquerda.

__ Eu, Percy, recebo-te por minha mulher, a ti Annabeth, prometo ser fiel, amar-te, respeitar-te, na alegria e na tristeza, na saúde e na doença, todos os dias de nossa vida – eu disse olhando tão profundamente naqueles olhos de tempestade
__ Eu, Annabeth, recebo-te por meu marido, a ti Percy e prometo ser fiel, amar-te, respeitar-te, na alegria e na tristeza, na saúde e na doença, todos os dias de nossa vida – ela sorriu e fez um carinho na palma de minha mão com seus dedos.
__ Podem trocar as alianças – disse o Padre

Soltei sua mão direita, peguei a aliança que meu pai havia me dado e voltei a segurar delicadamente sua mão.

__ Annabeth, receba esta aliança, como sinal do meu amor e de minha fidelidade, em nome do Pai, do Filho e do Espirito Santo – eu disse colocando o anel em seu dedo anelar.
__ Percy, receba esta aliança, como sinal do meu amor e de minha fidelidade, em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo – disse ela, repetindo o mesmo ritual.

Uma salva de palmas invadiu a Igreja, mesmo antes de eu beijar a noiva, olhei de relance para o padre e ele autorizou nosso beijo, sendo assim, segurei Annabeth pela cintura e a puxei para perto de mim, dando-lhe um selinho demorado nos lábios.

Quando nos separamos, o padre jogou algumas gotas do que eu acredito que seja agua benta em nós e eu estendi minha mão a Annabeth, que a pegou, descemos juntos do altar e caminhamos em meio aos convidados até a saída da Igreja. Paramos para tirar algumas fotos e algumas pessoas fizeram uma fila indiana ao redor da escadaria para jogar arroz em nós dois.

Passamos correndo pela chuva de arroz e entramos no carro que nos esperava na porta. O motorista começou a andar logo em seguida e tanto eu quanto Annabeth nos afundamos no banco do carro.

__ Enfim casados – eu disse
__ Pensei que o peso desse anel fosse maior – ela estendeu sua mão de frente para nós dois – É lindo!
__ Joia de família – segurei seu rosto e dei-lhe um beijo na bochecha – Não se preocupe, meu pai não o usou, então, não tem um histórico de traição por trás dele.
__ Fico feliz – ela deu um sorriso, segurou meu queixo e nos beijamos de verdade.

***

__ Senhora Jackson – chamou a atendente do hotel onde a festa seria realizada

Annabeth e eu andávamos rumo em direção onde a festa seria realizada, quando ela nos parou.

__ É tão estranho ser chamada de Srª Jackson – ela comentou
__ Acostume-se – dei uma risada breve
__ Venha comigo, o seu segundo vestido está em um de nossos quartos – disse a atendente
__ Óh, graças a Deus, não estou me aguentando neste daqui – Annabeth levantou as mãos para o alto e seguiu a moça.

Olhei para os lados e me vi sozinho, eu também gostaria muito de tirar esses sapatos infernais. Fui caminhando até o local da festa quando vi uma jovem de cabelos verdes e um rapaz de rastafáris.

__ Grover? – perguntei ao me aproximar
__ PERRRRCY! – ele deu um berro ao me ver – Achei que estava no lugar errado!
__ Achei que ainda estava no Brasil – apertamos as mãos e demos um abraço – Não o vi na Igreja
__ Desculpe Percy, Juníper e eu não somos muito adeptos da religião católica, espero que nos perdoe – ele me encarou dos pés a cabeça – Quem diria, o Percy se casando...
__ Olá Juníper – nos cumprimentamos – Você está ótima
__ Obrigada Percy, fiquei triste em não ver a cerimonia, você poderia ter feito ao ar livre, na praia
__ Bem que eu queria, mas o sogrão exigiu a beca, venham! Me acompanhem até a parte externa do hotel, acho que vão gostar do lugar onde a festa será realizada.

A organização estava mais impressionante que o próprio lugar. O jardim do hotel era espetacular, decoração com flores nem eram necessárias, porque as que já eram do local davam todo um charme.

As cadeiras e mesas brancas estavam espalhadas por todo jardim, o barman já estava preparado para servir todos os convidados e os garçons só estavam ajeitando as últimas coisas em cima das mesas.

Um arco de madeira pintado de branco havia sido colocado no centro do jardim e embaixo dele tinha um pequeno altar, local onde eu diria meus votos a Annabeth.

Grover e Juníper estavam maravilhados com a diversidade de flores, apontavam e conversavam entre eles a cada flor diferente. Dei uma andada rápida ao redor e voltei aos meus amigos.

__ Gostaram do local pelo visto – eu disse olhando uma das flores que eles apontavam
__ É lindo! – disse Juníper eufórica – Fizemos muito bem de vir, esse lugar tem uma energia excelente para ser realizado o casamento
__ Verdade Percy, lindo o lugar – Grover coçou a barbicha
__ Agora eu tenho que ir receber os convidados que vem chegando ai, a mesa de vocês é aquela próxima ao arco – apontei para a mesa – Espero que fiquem para a festa
__ Claro que ficaremos, amigo – disse Grover me dando um tapinha nas costas

Afrouxei a gravata e voltei ao hall do hotel, alguns poucos carros começavam a chegar e reconheci o de minha mãe, mas não a vi por ali. Sentei-me num dos confortabilíssimos sofás e esperei que Annabeth descesse e me ajudasse na recepção.

Os seus cabelos loiros o entregaram no meio de várias pessoas que pediam informações no saguão. Luke. Levantei-me e caminhei até ele. Coloquei a mão em seu ombro e ele virou-se lentamente e fechou a cara ao me ver tocando-o.

__ Algum problema? – ele perguntou sempre com o ar de arrogância
__ Posso conversar com você? – perguntei ainda o olhando como igual

Ele virou-se para a moça da recepção, abriu um sorriso e agradeceu pelo atendimento. Esperou que eu o guiasse até um lugar menos tumultuado e voltei ao sofá onde eu estava sentado. Luke se limitou a sentar-se numa das poltronas que estavam próximas.

__ Então, qual o problema dessa vez, Jackson – ele me olhou entediado
__ Nenhum, só queria lhe agradecer por ter entregue minha noiva sã e salva – respondi
__ Não vou dizer que foi fácil ter que entregá-la a outra pessoa no altar, mas... Tenho problemas maiores com os quais preciso lidar
__ Thalia...
__ Sim... Ela sabe ser bastante agressiva e rude quando é perturbada – ele afundou na poltrona soltando todo o ar preso de uma vez – Infelizmente entreguei na frente dela que fiquei um pouco abalado com o casamento de vocês
__ Ela não merece isso – falei – Achei que você já tinha se entregado de cabeça nesse relacionamento de vocês
__ E me entreguei – disse num tom cansado – Mas não esperava agir dessa forma, vê-la daquele jeito, toda arrumada para se casar me vez relembrar muito o que tivemos em São Francisco, Percy, ser abandonado não é algo que se possa esquecer fácil
__ Acho que te entendo um pouco...
__ Já foi abandonado com um anel de noivado em mãos? – ele me lançou um sorriso irônico
__ Senti como se estivesse sendo hoje em pleno altar e te digo que a sensação deve ter sido pior que a sua – dei uma risada e ele também sorriu
__ Annabeth nunca faria isso com você – ele disse assim que seu sorriso murchou
__ Como você sabe? – o olhei com curiosidade
__ Você é o primeiro cara que ela ama de verdade... E pelo visto será o último!

Luke se levantou, ajeitou seu cabelo e seu terno no espelho atrás do meu sofá, estendeu a mão para mim e eu a apertei.

__ Bom trocar umas palavras com você, Jackson – disse ele

Soltou minha mão e me deu as costas. Annabeth passou por ele e apenas trocaram um aceno de cabeça, ela abriu um sorriso enorme ao me ver sentado no sofá e veio quase correndo para mim.

Eu a estava enxergando cada vez mais bela, era como se seus cabelos cor de ouro tivessem ganhado mais vida, seu sorriso tivesse a força do Sol e seu abraço fosse tão acolhedor quanto um cobertor e um leite quente num dia frio.

__ No que está pensando? – ela perguntou parando a poucos centímetros do meu rosto
__ No quanto você é linda – sorri para ela
__ Mentiroso... – ela apertou meu nariz de leve e me estendeu a mão – Vamos, precisamos recepcionar os convidados ainda...

Revirei os olhos, peguei em sua mão e me coloquei de pé. Ela ajeitou minha gravata e eu olhei o vestido que ela estava usando, era um bege bem clarinho tomara que caia e que ia até pouco acima dos joelhos. Annabeth enfiou a mão por entre o meu braço e saiu me puxando para a porta de entrada do jardim.

Aos poucos a maioria dos convidados iam chegando.

Enfim meus pais tinham dado o ar da graça, assim como os de Annabeth. Eles se acomodaram na mesma mesa virada de frente para o pequeno palco onde uma bandinha tocaria algumas músicas para embalar a festa.

Quando o último convidado passou, Annabeth e eu fomos nos sentar a mesa principal junto de nossos parentes mais próximos. Olhei de relance para Luke e Thalia em uma das mesas anexadas a nossa, visivelmente ainda estavam brigados.

Diversos foram os parentes e amigos que subiram no palco, deram seus parabéns e felicitações a mim e Annabeth, uma ou duas vezes apenas foi citado o fato dela estar grávida e quando isso aconteceu logo lhe foi tomado o poder da palavra pelo pai de Annabeth.

__ Acho que está na hora de iniciarmos a leitura dos votos – disse minha mãe ao pé do meu ouvido.

Balancei a cabeça e pedi licença a todos os convidados. Peguei o microfone principal e subi no pequeno palanque do arco de madeira posto num dos locais mais bonitos do jardim.

__ Boa tarde a todos – eu disse dando um leve toque no microfone, chamando a atenção de todos – Eu como o noivo gostaria de dizer algumas palavras a minha esposa, Annabeth e como vocês estão aqui, espero que entendam um pouquinho a minha admiração por essa mulher esplêndida, prometo não ser muito meloso.

Todos deram um riso, inclusive Annabeth, que me lançava o olhar que eu mais via em seu rosto desde que nos conhecemos, o olhar de curiosidade.

__ Hã... – eu disse pegando um papel amassado no bolso e ajeitando para lê-lo – Infelizmente eu não tenho a capacidade cognitiva e de memória que minha digníssima esposa tem tampouco seu poder de raciocínio rápido, infelizmente eu sou um pouco... Lento.
__ Um pouco? – indagou Rachel entre os convidados, fazendo-os rir
__ Obrigado Rach... – voltei ao texto – Annabeth e eu nos conhecemos numa situação um pouco inusitada, eu quase destruía seu trabalho do semestre, trabalho esse que eu não duvido ter lhe tomado noites de sono, mas foi graças aquele encontrão nos corredores da Universidade que eu pude conhecer a dona dos olhos mais lindos que eu já vi em toda minha existência.

“Annabeth e seus temidos olhos de tempestade. Dona de todo um conjunto que me fez perder diversas aulas pensando em como eu faria para vê-la de novo? Mas felizmente o destino estava do nosso lado e colocou você no mesmo dia de volta a minha vida e a partir dai começa toda a nossa história. História essa que em tão pouco tempo se tornou tão conturbada quanto as mais intrigantes histórias literárias. Eu não acredito muito nessa coisa de destino, mesmo que eu o tenha citado agora a pouco, muito menos em sorte, acredito sim, em conexão de alma e pensamento, até porque de que outra forma você se interessaria por um cara como eu? Pois, em geral, garotas com a sua genialidade preferem garotos com os quais ela possa conversar horas e horas a finco sobre um mesmo assunto. Infelizmente não lhe darei o prazer de conversar sobre matemática ou arquitetura, coisas essas que eu admiro vê-la falando, pois seus maravilhosos olhos ganham o brilho das estrelas quando fala disso e eu passei a olhar mais para as estrelas quando comparei seus olhos a elas.”

Nesse momento minhas mãos suavam, minha voz estava começando a apertar e Annabeth estava com os olhos cheios de lágrimas olhando diretamente para mim. “Fixe no papel Percy, no papel”. Tomei fôlego e continuei com a leitura.

“Muitos foram os motivos pelos quais poderíamos ter desistido um do outro, mas a nossa conexão é como um imã somos tão opostos que nos atraímos fortemente a cada coisa que é mais distante entre nós dois, a delicia da descoberta que temos e termos juntos a partir de hoje será o incentivo para que a nossa união seja estável e eterna. Enfim, eu teria mais um milhão de coisas para te dizer Annabeth, mas nenhuma delas seria significante o suficiente a ponto do olhar que você me lança apenas quando eu te digo três palavras...”

Desci do palanque e fiquei de frente para a mesa, lhe estendi a mão e a posicionei de frente para mim, ela secava as lágrimas com o dorso da mão, até que finalmente olhava dentro dos meus olhos.

“Eu te amo” – eu disse

Nesse momento, as palmas explodiram no jardim e o olhar que eu tanto amo surgiu. É como aquele raio de sol tímido que aparece depois de uma tempestade brava, é aquele pontinho de esperança que sempre surge e que alimenta a alma. A minha alma.


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Notas finais do capítulo

Se tiver algum errinho de português vou revisar depois, porque são quase duas da manhã e preciso dormir rs



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