Esses Seus Olhos De Tempestade escrita por jessyweasley


Capítulo 38
Capítulo 37


Notas iniciais do capítulo

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Annabeth secou as últimas lágrimas que escorriam por suas bochechas, se recompôs, pegou o microfone e subiu ao palco.

Ela tinha toda uma presença de palco que eu com certeza eu não tinha, além é claro do dom nato com as palavras e sua memória quase infalível.

__ Boa tarde a todos – ela iniciou – Gostaria de agradecer a presença de todos vocês aqui e pedir desculpas pelo meu “chororô” inicial, foi inevitável e também por minha maquiagem, que provavelmente deve estar um desastre nesse momento.

As pessoas riram inclusive eu e Annabeth.

__ Depois desse discurso lindo, a coisa mais linda que ele já me disse em todo tempo que estamos juntos – ela me lançou um olhar – Desculpe por isso, mas é a verdade Percy.

Eu sorri para ela e acenei, novamente as pessoas riram.

__ Percy e eu tivemos muitos momentos conturbados, como ele mesmo disse muitas dessas perturbações eram causadas por fantasmas do passado, em especial do meu passado – ela deu uma breve pausa – Eu, em todos esses 22 anos de idade nunca tive uma estabilidade emocional das melhores, sempre fugindo de compromissos mais sérios, sempre evitando ao máximo me apegar a alguém, até que Percy com toda sua insistência que em muitas vezes chega a ser irritante conseguiu criar uma âncora para o “barquinho de papel” que era a minha vida amorosa, mas muitos de vocês devem estar se perguntando: Quando se amarra uma âncora em um barco de papel, você acaba afundando o barco... Com Percy foi diferente justamente por isso, a âncora que ele soube colocar, era compatível comigo, não pesava, era fácil de ser manuseada, enfim, tudo isso foi para dizer que você é meu encaixe perfeito e que ninguém, ninguém desse mundo ocuparia o seu lugar. Eu te amo como nunca amei e amarei outra pessoa nessa vida.

Novamente o som de palmas invadiu o jardim e fui ajudar Annabeth a descer do palco.

Após isso a festa ocorreu tranquilamente. A banda tocava de tudo um pouco, os garçons trançavam entre as mesas com uma tremenda habilidade carregando comida e bebidas.

Deu-se então inicio a dança dos noivos, Annabeth e eu fomos para o centro do pequeno tablado que havia sido colocado na grama e uma música tranquila ao som apenas de violão era tocada. Demos alguns rodopios, abraços e trocamos beijos, até que todo o salão entrou na dança conosco.

Fomos afastando lentamente do palco, até que estávamos novamente perto de nossa mesa.

__ Vou ao banheiro e já volto – eu disse a ela

Ela assentiu e seu pai a puxou para uma dança. Logo, pensei em meu pai, onde ele estaria. Vasculhei por todo o salão e o vi com Anfritite próximo aos banheiros, cheguei por trás e pude ouvir um pouco do que diziam.

Eles brigavam discretamente, meu pai devia estar alterado pela forma que ele misturava as palavras, Anfritite parecia estar fazendo força para não alterar muito o tom de voz, no meio da conversa ouvi o meu nome e o de minha mãe. Anfritite o repreendia por ter notado alguns olhares que meu pai lançava a minha mãe, mesmo ela não dando à mínima.

Fingi que não tinha ouvido nada da conversa e caminhei até o banheiro;

__ Algum problema? – perguntei quando estava mais próximo deles.
__ Não, nenhum – meu pai balançou a mão fervorosamente – Saia!

Coloquei as duas mãos para o alto na altura do peito e entrei no banheiro. Torci de verdade para que não rolasse nenhum barraco até o fim da festa.

***

A noite já havia caído e agora apenas um Dj comandava as músicas da pista de dança. Alguns convidados começavam a ir embora, outros pareciam que não iriam embora nunca. Annabeth e eu já estávamos exaustos e sentados (jogados) e conversando com Jason na mesa principal.

__ Acho que já podemos liberá-los para a lua de mel de vocês – disse minha mãe, que chegou por trás de nós dois.

Virei-me para ela e dei um sorriso cansado.

__ Seria ótimo, será que esse hotel não aluga um quarto para nós dois? – perguntei a Annabeth
__ Podemos olhar, já que meu pai esta em meu apartamento e não pego aquela estrada de Long Island à noite tão cedo – disse Annabeth
__ Do que vocês estão falando? – minha mãe pareceu feliz – Tenho algo para vocês...

Ela remexeu em sua pequena bolsa e tirou um envelope de lá e o entregou a mim. Abri e lá dentro havia duas passagens, Annabeth as pegou da minha mão.

__ Havaí? – ela olhou incrédula para minha mãe – Sally...
__ Mãe, não precisava, tanto eu quanto Annabeth precisamos trabalhar e...
__ Relaxe, os chefes e pais de vocês deram uns dias de folga para vocês dois, podem curtir sem preocupação – minha mãe sorriu.

Tanto eu quanto Annabeth nos levantamos e demos um abraço apertado nela. Depois de soltar-se de nós, minha mãe pegou o microfone e anunciou que os noivos iriam se despedir, pois precisavam pegar o voo em duas horas e ir para a lua-de-mel.

Até o caminho entre a festa e a porta de saída levaram mais de 20 minutos e muitos, muitos beijos no rosto. Quando eu e Annabeth conseguimos sair, já havia um táxi nos esperando e o motorista colocava duas malas, que não sei como foram para ali no porta-malas.

__ Vamos pegar o voo vestidos de noivos? – perguntei a Annabeth
__ Pegar o voo acho que não, mas entrar no aeroporto, provavelmente sim – ela riu.

O motorista disse que nos levaria direto ao aeroporto, pois o tempo estava curto e nós concordamos.

Quando chegamos, fomos logo conferir o horário do voo, ainda tínhamos pouco mais de 50 minutos, pegamos as primeiras peças de roupa que encontramos por cima da mala e nos trocamos, logo em seguida fomos despachar as malas e enfim ir a caminho da curtição.

***

O voo durou um total de 12h de viagem. Chegamos a Honolulu por volta das 7 da manhã e o sol já estava forte. Um guia nos esperava no aeroporto, se chamava
Will Solace.

__ Bom dia Sr e Srª Jackson, é um prazer tê-los aqui na Ilha de Oahu – ele disse.

Will tinha os cabelos loiros escuro com as pontas descoloridas, sua pele era bem bronzeada, seus olhos azuis e era mais alto que eu. Típico surfista.

__ É um prazer conhece-lo – li rapidamente seu crachá – Will, eu me chamo Percy e esta é minha esposa, Annabeth
__ Olá Will – disse Annabeth o cumprimentando
__ Então, acho que depois de um voo longo como esse vocês querem nada mais nada menos que descansar, estou certo?
__ Certíssimo! – eu e Annabeth dissemos juntos.

Will me ajudou com as malas e fomos até seu jipe. A cidade era maravilhosa, havia prédios grandes que contrastavam com a paisagem natural, Will passou de frente a uma praia e fiquei maravilhado pela cor do mar, por toda a praia em si.

Ele continuou na via que tinha a praia como plano de fundo até chegarmos a um local mais afastado, onde havia menos prédios modernos e mais prédios que remetiam a um Havaí mais antigo. Will parou o jipe em frente a uma pousada de três andares de madeira, com vegetação que cobria todo o pequeno muro da entrada e ao fundo havia uma praia quase deserta.

__ Não se assustem, essa praia não é deserta assim – disse Will – Quem mais a frequenta são os turistas, então só irá encher um pouco mais tarde.
__ Ah sim, claro – eu disse

Will e eu tiramos as malas do carro e entramos na pousada. Pelo lado de dentro não parecia nem um pouco com o ar antiquado que sua fachada aparentava. O hall era equivalente a um hotel cinco estrelas, mesmo com apenas três andares, havia um elevador enorme então deduzi que o número de quartos também era limitado.

__ Bom dia – disse a recepcionista
__ Bom dia – respondi – Reservas feitas no nome de Percy Jackson.
__ Só um momento, senhor Jackson – ela começou a vasculhar no computador – Aqui está, quarto 305.

Ela me entregou um cartão eletrônico da porta do quarto e eu agradeci, Will estava entregando um cartão a Annabeth e explicando a ela algumas coisas que não pude ouvir.

__ Então, até mais casal, boa lua de mel para vocês – disse ele – Qualquer coisa liguem no cartão que dei para a Srª Jackson, que serei o guia de vocês.
__ Obrigado Will.

Ele nos deixou e eu e Annabeth entramos no enorme elevador junto de nossas malas. Mal entramos e já saímos no terceiro andar, nosso quarto ficava no fim do corredor.

Era enorme. Havia uma cama king size no meio do quarto, um guarda-roupa embutido na parede, uma pequena sala com uma tv de led na parede e um banheiro com direito a banheira. Na parte externa, tínhamos uma pequena varanda com duas cadeiras que dava para o mar.

__ Sua mãe caprichou – disse Annabeth
__ Me lembre de quando voltarmos eu agradecer da melhor forma possível – eu disse.

Annabeth logo entrou para o banho, no caso de estarmos de lua de mel eu teria a obrigatoriedade de acompanha-la, mas tanto eu quanto ela estávamos tão cansados que enquanto ela tomava o banho, resolvi dar um cochilo.

***

__ Percy... Percy...

Abri os olhos relutando contra o sono, felizmente o quarto estava escuro. Annabeth estava deitada do meu lado e sorrindo ao me ver acordar.

__ Quantas horas são? – perguntei com a pior voz do mundo
__ Quatro da tarde – ela disse – Não quis te acordar quando saí do banho, então deixei você dormindo, aproveitei e dormi um pouco também.
__ Nossa Annabeth! – me espreguicei – Vou tomar um banho e saímos, ok?
__ Ok – ela me deu um beijo na bochecha.

***

Chamamos um táxi e este nos deixou no centro da cidade. Víamos várias pessoas passando com suas pranchas de surf e ao mesmo tempo pessoas com terno e gravata. Annabeth e eu atravessamos as largas avenidas e fomos para um quiosque a beira mar, sentamos em uma das mesas e o garçom logo veio com o cardápio.

Pedimos um prato típico e então parei para vislumbrar o mar cristalino que estava diante de mim.

__ Maravilhoso! – eu disse – Minha mãe não poderia ter escolhido lugar melhor
__ Sally foi esplêndida! Estávamos precisando desse descanso mesmo – disse Annabeth

Eu estendi minhas mãos para Annabeth e ela as pegou. Ela vestia um vestido florido solto, era uma típica turista que não vai a praia a um bom tempo, porque seus braços e pernas estavam muito brancos, o que contrastava um pouco com a minha pele bronzeada.

__ Eu te amo – eu disse a ela.

Annabeth sorriu e acariciou o meu rosto, fazendo-me fechar os olhos.

__ Eu também te amo – ela disse

A comida que pedimos então chegou e paramos o momento romântico para atender nossa necessidade primária.

***

__ Adorei a cidade – disse Annabeth – Amanhã poderíamos ir a praia, o que acha?
__ Excelente ideia, vou até me arriscar em umas ondas – eu disse.

Saímos do elevador juntos e vimos alguns outros hospedes andando pelo corredor. Entramos em nosso quarto e a primeira coisa que fiz foi me livrar dos sapatos. Já Annabeth foi para varanda olhar o mar.

O céu estava lindamente estrelado, parecia um tapete escuro cheio de pontinhos brilhantes e a lua estava espelhada no mar. Os cabelos loiros de Annabeth estava soltos e o vento batia neles, se eu pudesse, gravaria essa cena em minha mente para o resto de minha vida de tão linda que ela estava.

A abracei por trás e dei-lhe um beijo no pescoço. Isso a fez arrepiar, apertei ainda mais meu corpo contra o dela e beijei-lhe o ombro. Annabeth virou-se para mim e a beijei, as mãos dela correram por minhas costas.

__ O que acha de irmos para dentro? – perguntei ao pé de seu ouvido

Ela apenas assentiu com a cabeça.


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