Esses Seus Olhos De Tempestade escrita por jessyweasley


Capítulo 35
Capítulo 34


Notas iniciais do capítulo

Olá galera, até que enfim o capítulo 34 saiu hein? Maaas, para tudo tem-se uma explicação e cá está a minha para tal demora. Como alguns de vocês sabem, eu sou de Belo Horizonte - Minas Gerais e faço faculdade em Ilhéus - Bahia (Mais de 1000km) de casa, minhas férias acabaram dia 17 e então eu retornei para minha amada Bahêa, nesse meio período eu tive que me mudar as pressas (vida de estudante universitário fora de casa) e alugar um novo apto, graças aos céus estou morando sozinha agora!!! Dai tive que dar entrada em um monte de papeladas do aluguel, tinha que estudar para as aulas da faculdade e não estava com cabeça NENHUMA para escrever. Agora que deu uma acalmada boa eu escrevi pra vocês, espero que me entendam e não abandonem a história kkkk Mudei a capa de novo, acho que o Logan não estava conseguindo passar a imagem de Percy que eu quero nessa história e a Alex nunca foi minha Annabeth predileta, apesar de ter cara de velha kkkk É isso pessoal, bom capítulo! (MUITO OBRIGADA AOS 200 LEITORES DA FANFIC, VOCÊS SÃO 10, 100, 1000)



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POV Annabeth

Acordar cedo estava se tornando uma atividade cada vez mais difícil e complexa até mesmo para mim. Percy havia voltado para Long Island há alguns dias e eu ficara para fazer as malditas provas do vestido que todos os dias parecia que tinha que ser ajustado.

Rachel tinha se tornado uma excelente amiga, víamo-nos quase todos os dias, ela me apadrinhou e me levava a todos os cantos de Manhattan e nas lojas incrivelmente caras que ela conhecia, ou seja, minhas economias e de Percy estavam indo para o ralo com tudo isso.

Virei-me vagarosamente, espreguiçando-me para olhar as horas no relógio. Droga. Eram 10h, daqui pouco menos de 20 minutos eu precisaria estar pronta para sair com Rachel e irmos escolher o par de sapatos que eu iria usar no dia do casamento.

Essa criança dentro de mim estava sugando toda a minha energia, meu sono era constante, minha fome agora era triplicada e as dores nas pernas... Óh céus, não imaginei que a gravidez seria tão sofria e olha que faltam seis meses para que todo esse sofrimento termine.

Levantei relutante e me enfiei debaixo do chuveiro quente, a hora do banho vinha sendo a hora mais relaxante do meu dia. Olhei-me no reflexo do espelho e pude ver uma pequena proeminência na minha barriga, acariciei-a com o sabão e não pude deixar de abrir um sorriso.

****

__ Está atrasada futura Senhora Jackson – Rachel fechou a cara
__ Me desculpe, acho que esse bebê é movido a sono, quanto mais sono eu sinto, mais ele cresce.

Rachel deu um sorriso e me abraçou, logo entramos juntas no táxi e seguimos até a loja de sapatos.

Devo dizer que a loja parecia coisa de outro mundo, haviam fileiras e mais fileiras dos sapatos mais lindos do mundo, se eu pudesse, talvez levaria todos.

__ Olá, em que posso ajuda-las? – perguntou a vendedora.

Uma coisa eu tinha aprendido nestes dias de andanças por lojas chiques com Rachel: Nunca entre em uma loja dessas mal vestida, até mesmo Rachel havia deixado de lado aquele seu lado mais despojado e se vestia como uma mulher da classe social da qual ela realmente pertencia. A vendedora até nos olhou com outros olhos.

__ Queremos olhar sapatos para noivas – explicou Rachel – E quero algumas amostras de sapatos roxos, para mim, a madrinha
__ Eu me chamo Drew, vou acompanha-las hoje –ela saiu andando na frente – Venham!

Rachel e eu a seguimos. Eu parecia uma criança deslumbrada numa loja de doces, Rachel... Bem, ela era a mesma Rachel de sempre só que em roupas mais chiques. Sentamos em uma poltrona bastante confortável enquanto esperávamos a vendedora voltar com os pares de sapato. Meu telefone tocou e era Percy, para minha alegria.

__ Oi Percy – eu disse – Estou morreeeendo de saudades
__ Oi meu amor, como está você e nosso filho?
__ Estamos bem, ainda com muitas saudades – fiz uma voz tristonha e ele riu do outro lado da linha
__ Percy, ela está descontando toda essa saudade no seu cartão de crédito – Rachel aproximou de mim e falou
__ COMO É? – ele exaltou a voz – Rachel, por favor, controle essa sua amiga, volte a ser mais minha amiga de novo
__ Não sei Percy... Ser amiga de mulher tem mais vantagens – disse Rach.
__ Traíra – ele rebateu, rindo
__ É mentira amor, talvez esteja só um pouquinho... Nada demais
__ Se eu não tiver que vender nenhum órgão quando minha fatura do banco chegar, está tudo bem – ele falou algo com alguém – Annie, tenho que ir agora, Leo quer fazer alguns testes aqui e tenho que ir, nos vemos sexta, na véspera do casamento.
__ Até sexta.

Guardei o celular na bolsa e mal me dei conta que sábado a tarde eu já seria uma mulher casada.

__ O que foi? – perguntou Rachel – Aconteceu alguma coisa?
__ Não – balancei a cabeça – Percy mandou um beijo.

Rachel ia dizer algo, mas a vendedora a interrompeu, voltando segurando duas pilhas de caixas com dificuldade as colocando de frente para nós duas. Ela começou a mostrar e a colocá-los em meu pé, pedindo que eu escolhesse, caso contrário ela iria ver se havia mais alguns no estoque. Ela falou tanto, mas tanto que quando decidi qual levaria, minha cabeça latejava.

__ Então nos vemos amanhã – disse Rachel olhando seu relógio – Tenho que ir encontrar o meu boy magia para um almoço agora
__ Ainda não me disse quem é esse cara
__ No casamento você saberá – ela riu e entrou no táxi que está em frente ao meu – Nos vemos Annie

Acenei para ela e entrei no meu próprio táxi, lembrei-me que havia almoço pronto em casa e não parei num restaurante próximo. O taxista notou que eu estava grávida e graças a Deus me ajudou a subir as escadas do prédio com aquele tanto de sacolas. Dei-lhe uma gorjeta por tudo e então abri a porta do meu apartamento.

Todas as sacolas escorregaram feito sabão da minha mão, o choque junto da surpresa estava estampando todo o meu rosto.

__ Mãe... – respondi no último tom de voz que me restou
__ Olá Annabeth – ela viu as sacolas e se abaixou para pegá-las, mas eu a afastei
__ O que faz aqui? – perguntei na defensiva – Quem a deixou entrar no meu apartamento?
__ Conversei com o porteiro, disse que era sua mãe e que havia perdido a chave, ele abriu para mim, não o culpe
__ Já é a segunda vez que aquele maldito faz isso – resmunguei – Ainda não respondeu o que veio fazer aqui?
__ Seu casamento é daqui três dias, queria vê-la antes disso – Atena me olhou nos olhos e por alguns minutos podia jurar que eu estava me olhando no espelho.
__ E porque está se importando com isso logo agora? Achei que nunca mais olharia na minha cara – coloquei todas as sacolas para dentro e fechei a porta – Além do mais, se veio aqui para tentar fazer a minha cabeça para desistir do Percy, pode dar meia volta.
__ Não nego, ainda não sou totalmente a favor desse casamento, não acho que Jackson seja o seu par perfeito – ela soltou um longo suspiro e encarou minha barriga – Mas... Vocês me darão um neto, vocês estão lidando tão bem com isso.

Continuei a encarando, ela parecia totalmente desconfortável, mas isso não me fez ser flexível.

__ Annabeth, espero que você entenda meu lado. Qualquer mãe quer que sua filha tenha um futuro profissional brilhante, depois pense em família e em filhos
__ Não acho que seja assim, veja só você e o papai, você sempre planejou sua vida inteira, sempre colocou sua carreira em primeiro lugar e veja o que aconteceu? Você nem me viu crescer – disse com toda angústia de uma vida na voz e isso pareceu atingi-la em cheio.

Minha mãe pareceu ter levado um soco no estomago, sua boca estava aberta, pensando em algo para dizer, mas palavras lhe faltavam. Talvez essa tenha sido a primeira vez que alguém deixara Atena sem palavras. Ela balançou a cabeça, tentando sair do estado de choque em que estava e abriu sua maleta de trabalho e retirou de lá uma caixa, parecida com aquelas em que se guardam colares e veio até próxima de mim.

Ela abriu a caixa lentamente, algumas lágrimas, bem discretas escorriam pelo canto de seu rosto. Dentro da caixinha havia um colar extremamente delicado de ouro puro e com um pingente de uma pedra parecida com o anel de noivado que Percy me dera, era cinza como os meus olhos e de minha mãe.

__ Quero que fique com isso – ela disse, contendo um nítido choro – Seu avô me deu no dia do meu casamento com seu pai, espero que... Dê um pouco mais de sorte para você e Percy

Peguei com total delicadeza o colar de suas mãos e o analisei, voltei a colocá-lo dentro da caixa e a peguei para mim. Ela se limitou a dar um sorriso rápido e voltou-se para sua maleta, fechando-a e se arrumando para sair.

__ Mãe... – a chamei antes que ela abrisse a porta – Desculpe, eu não...
__ Você estava certa Annabeth, eu nunca fui a sua mãe de verdade e talvez por isso você tenha tido tanto medo de se envolver de verdade com alguém, por ter eu como espelho, por eu nunca ter sido realmente feliz ao lado de um homem – ela virou-se para mim, agora com um sorriso aberto – Do fundo do meu coração filha, eu desejo que você seja muito feliz com esse rapaz, ele é meio avoado, mas se ele te faz feliz... Isso já me faz feliz.

Tornamos a nos encarar e dessa vez eu não resisti a nenhum impulso orgulhoso que geralmente me dominava. Puxei minha mãe para um abraço apertado, coisa que ela não esperava, pois hesitou por uns dois segundos até me abraçar de volta.

Lágrimas começaram a escorrer descontroladamente em meu rosto, mas eu não importava. Eram lágrimas de anos e anos de solidão, lágrimas por querer uma mãe ao meu lado, por precisar de alguém para partilhar diversas coisas e não ter, por duvidar diversas vezes que eu não era apenas um objeto no qual ela queria moldar. Naquele momento, ali, naquela sala eu tive apenas uma certeza: eu tinha uma mãe que me amava de verdade, mesmo do seu jeito torto de ser.

***

__ Acho que já está na hora de eu ir embora – disse minha mãe olhando para o relógio na parede
__ Mais já? Pode ficar aqui hoje a noite, Percy só irá chegar sexta a tarde.
__ Não... Acho que já está na hora mesmo filha – ela pegou sua maleta – Caso... Precise de alguma ajuda... Você sabe? Com o casamento, pode me ligar, ok?
__ Tudo bem mãe, obrigada – levantei-me e fui até a porta para abri-la – Volte mais vezes
__ Voltarei – ela me deu um beijo no rosto e entrou no elevador logo em seguida.

***

PoV Percy

A semana passara de forma corrida. Talvez a ansiedade pelo casamento tenha sido o motivo de tal velocidade, o único fato totalmente certo até agora é: no sábado eu seria o homem mais feliz do mundo.

Minha casa estava um caos total, eu não estava parando em ali, pois o projeto estava sugando a minha alma. Leo estava finalizando o primeiro protótipo e estávamos fazendo os testes para ver se haveria algum dano biológico na prática, felizmente os danos foram mínimos e estamos passando para a fase final de tudo e posso sentir de longe o cheiro das verdinhas que virão junto de todo esse trabalho.

Peguei um táxi até a rodoviária e agora sim, estava indo de encontro a minha felicidade completa.

***

Cheguei em Manhattan às 7h da manhã, a cidade já estava a todo vapor. Boa parte dos trabalhadores indo para seus respectivos empregos felizes por hoje ser sexta feira e amanhã estarem de folga. Peguei outro táxi que me deixou na porta do prédio onde eu e Annabeth estávamos morando.

Apertei nervosamente o botão do elevador para que ele descesse mais rápido (inútil, eu sei) e dei um pulo para dentro dele assim que as portas se abriram. Annabeth morava no quinto andar, óh céus como eu estava com saudades dela.

Saltei do elevador e corri na ponta dos pés até a porta de seu apartamento, desejando que ela ainda estivesse dormindo para fazer uma surpresa, ela pensava que eu só iria chegar à tarde.

Abri a porta bem devagar e retirei os sapatos para fazer o mínimo de barulho. Uhul! Ela ainda estava dormindo. Parei-me ao lado de sua cama, seus cabelos loiros cor de ouro e ondulados estavam esparramados pelo travesseiro e seu rosto estava todo enfiado no mesmo, dei um sorriso baixo por achar a cena cômica. Retirei minha calça e minha camisa, ficando apenas de cueca e me enfiei debaixo dos cobertores, abraçando-a por trás e dando-lhe beijos pelas costas.

Ela se remexeu na cama e pressionou propositalmente sua cintura contra a minha, em resposta a isso dei uma mordida de leve em seu ombro. Annabeth espreguiçou-se e virou para mim, seu rosto tinha marcas do travesseiro, mas ainda estava linda. Não consigo explicar o porque, mas sempre que eu via seus olhos, meu coração ardia em chamas.

__ Bom dia meu amor – eu disse dando-lhe um selinho demorado nos lábios
__ Bom dia – ela disse com a voz embargada – Espere só um segundo.

A olhei sem entender enquanto ela se soltava do meu abraço, levantou-se e foi ao banheiro, voltou pouco tempo depois e deitou-se ao meu lado novamente.

__ Precisava fazer xixi e escovar os dentes, não quero que você me largue nas vésperas do casamento por causa de bafo – ela disse me apertando
__ Claro que não – a beijei

Toda nossa saudade estava sendo assassinada ali, quando o infeliz do interfone toca.

__ Que droga... – resmunguei – Deixa esse porteiro achar que ainda estamos dormindo
__ Não posso – Annabeth me deu um selinho atrás do outro – Acho que é meu pai
__ Viiishhh, então vá logo, eu arrumo isso aqui.
__ Obrigada!

***

__ Que demora a de vocês para abrirem a porta – reclamou o Sr. Chase ao passar pela porta
__ Estávamos dormindo pai – disse Annabeth, ajudando a madrasta com mala.

Eu e Annabeth cumprimentamos os dois irmãos de Annabeth, sua madrasta e seu pai.

__ Então... Em qual quarto ficaremos? – perguntou o pai de Annabeth
__ Vocês irão ficar no meu quarto, já que a cama é de casal – ela explicou ao pai – Já os meninos, eles podem ficar no quarto de hóspedes, tem uma cama e um sofá cama por lá
__ E você, irá ficar onde Annie? – a madrasta de Annabeth perguntou
__ Ficarei no hotel essa noite, na verdade eu e Percy, já que o casamento é pela manhã, temos que dormir por lá
__ Hum – o Senhor Chase abriu um enorme sorriso – Então que se iniciem os preparativos finais para o casamento!


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