Esses Seus Olhos De Tempestade escrita por jessyweasley


Capítulo 34
Capítulo 33


Notas iniciais do capítulo

Obrigada a todos que comentam, fico muito feliz com o que leio por saber que estão gostando da história. Bem, como já perceberam essa não é uma história +18, então como acho que alguns leitores sentem falta disso criei uma fanfic só com "complementos" mais ousados dessa, colocarei o link no fim do capítulo, maaaaaaaas não me responsabilizo por vocês de menores quererem ler kkkkkkk



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“Saí, não sei que horas volto, por isso não me espere para o almoço” E foi com esse bilhete sobre a bancada da mesa que notei que minha briga na noite passada fora mais grave que eu imaginara.

Cada pedacinho do meu corpo estava dolorido graças ao sofá de pedra que Annabeth tinha na sala. Tomei meu banho de cada manhã para acordar e colocar todas as ideias para trabalhar. Minha refeição da manhã se limitou a um café preto e torradas velhas, o pesar de não ter feito comprar abateu sobre minha mente.

Não havia nada para fazer, nenhum trabalho para por em dia, os 15 dias de licença foram bem vindos antes, mas agora eu até desejaria ter uma pilha de papéis para analisar, assim, eu tiraria a pergunta que insistia a martelar minha mente: “Onde Annabeth estaria?”. Plim! Como um estralo minha mente lembrou-se de Rachel, tratei de pegar rapidamente meu celular e discar o seu número.

__ Rachel? – ela atendeu depois de vário toques
__ Hã, oi Percy, ligando tão cedo? O que houve?
__ Annabeth está com você?
__ Percy, eu não sou a melhor amiga dela, vocês brigaram?
__ Tipo isso
__ Então acho que você deveria ligar para a melhor amiga dela, não?
__ Obrigado e desculpa por acordá-la Rachel.

PoV Annabeth

Acordei cedo, me olhei no espelho e minhas olheiras estavam tão escuras que eu desbancava um panda. Lembrei-me da noite passada e o nó em minha garganta voltara a se formar, o relógio ao lado da cama marcava 6h da manhã.

Levantei e me arrumei, estava nevando bastante lá fora, peguei meu telefone e disquei o número de Rachel, o telefone chamara poucas vezes até que ela me atendeu.

__ Oi... – respondeu ela com a voz embargada
__ Rachel, sou eu, Annabeth – dei uma breve pausa – Será que podemos nos encontrar?
__ Aconteceu alguma coisa para você estar me ligando em plena terça feira tão cedo? Já sei, o que o Percy fez?
__ Como assim? – dei uma risada de nervoso
__ Sei lá, ele sempre faz merda – Rachel riu do outro lado – Sabe aquele restaurante onde nos conhecemos de frente para a Universidade? Lá servem café da manhã, encontre-me lá daqui 1h, tudo bem?
__ Até lá então.

***

O vai e vem de garçons dava a aparência do local estar mais cheio do que a realidade, foi fácil identificar Rachel pelos típicos cabelos ruivos esvoaçantes que sempre me deixaram com ciúmes. Acenei para ela e ela sorriu de volta, desviei de toda movimentação e consegui sentar-me de frente para ela.

__ Obrigada por vir – disse a ela
__ Que nada, aqui é perto de casa, às vezes venho sempre tomar um café aqui – Rachel olhou ao redor – A quanto tempo nos conhecemos aqui não é?
__ Pois é, você ficou morrendo de ciúmes do Percy e mal mal nos falamos
__ Não sei onde eu estava com a cabeça naquela época, ou o que vi nele – ela balançou a cabeça e sorria – Mas apesar de tudo sinto falta da amizade que tínhamos
__ Sinto muito – falei
__ Pelo que?
__ De certa foi minha culpa vocês terem se afastado
__ Ah... Nisso você está certa, a culpa foi sua mesmo.

Uou! A resposta dela, mesmo que verdadeira foi quase como um soco na barriga para mim, o peso da culpa de quase destruir uma amizade de anos me assumiu.

__ Mas... – Rachel continuou – Foi ótimo você ter aparecido, porque graças a isso eu pude ver que eu não o amava de verdade e... Bem, vimos que não seríamos nada mais que amigos, apesar de eu ainda te culpar por “obrigar” meu amigo a mudar de Manhattan
__ A culpa não foi minha! – rebati na defensiva – Ele que me traiu
__ Você realmente acredita que o Percy te traiu? – ela me olhou incrédula
__ Claro!
__ Você precisa abrir mais sua mente, Annabeth, enxergar um pouco além do que seus olhos podem ver... Então... Porque me ligou?
__ Bem, como você mesma sugeriu e acertou: nós brigamos, os motivos são desde falta... Você sabe de que, até um simples copo em cima da pia, estamos no auge do estresse de casal
__ Percy é um pamonha, ele está nervoso porque não sabe o que fazer? Ele está tentando te agradar de todas as formas, a prova viva disso foi ele ter ME pedido para te ajudar a escolher um vestido de noiva.

Um garçom enfim veio nos atender, parando ao lado da mesa com a caderneta aberta.

__ O que as lindas senhoritas irão querer? – perguntou ele com um sorriso no rosto
__ Eu vou querer um cappuccino e uma rosquinha de queijo, por favor – disse Rachel olhando o cardápio, que logo foi para as minhas mãos.
__ Eu vou querer só um expresso – eu disse a ele.

Ele acenou com a cabeça e saiu da mesa, deixando-nos a sós de novo. O telefone de Rachel começou a tocar e ela fez uma careta quando viu quem ela, mostrou-me a tela e dizia: Percy e o desenho de uma onda na frente.

__ Por favor, não diga que está comigo.

Rachel balançou a cabeça positivamente, concordou e atendeu o telefone. A conversa foi rápida e logo ela dispensou Percy.

___ Pronto, ele não sabe que você está aqui, mas como eu estava dizendo Annabeth, você também não tem cara de ser uma mulher muito fácil, Percy pode ser bastante irritante às vezes, mas você tem que entender que esse é o jeito dele e aceitar.
__ Mas ele faz cada coisa que... Aaargh! Penso que a qualquer momento posso matá-lo.

Rachel começou a rir, era estranho pensar que uma garota da qual eu tinha tanto ciúmes podia estar sendo mais minha amiga que qualquer outra pessoa que eu conhecia.

__ Não ria de mim – esbravejei com ela – Sou uma grávida com hormônios da flor da pele.
__ Eu nunca fiquei grávida, mas acho que a descarga hormonal pode estar aumentando sua raiva, mas... Seja boazinha com meu amigo, ele gosta muito, mas muito mesmo de você Annabeth, só eu vi o que Percy sofreu quando vocês terminaram, ele é cabeça-dura para admitir que está errado, ainda mais sobre a pressão que está nos ombros dele agora, assumir mulher e filhos não é nada fácil.
__ Eu tentarei, aliás... Rachel, você está sendo super legal comigo, obrigada de novo.

Nosso café da manhã chegou e o devoramos todo em silêncio.

__ Acho que agora preciso voltar Annabeth – Rachel olhou para o relógio – Caso queira conversar, pode me ligar... Menos de madrugada. E sobre seu vestido, deixemos essa semana de festividades natalinas passar, ai marcamos algo, combinado?
__ Claro! Afinal, é dever da madrinha ajudar a noiva.

Nos levantamos e abraçamo-nos. Saímos juntas do restaurante e seguimos por caminhos opostos. No fim acho que consegui uma nova amiga.

***

Arrumei a casa dos pés a cabeça, cada cantinho daquele apartamento estava brilhando. Olhei as horas e já passavam das onze, pelo visto ela realmente não viria almoçar, a manhã toda eu passara me controlando para não ligar para ela, o telefone ainda permanecia intacto sobre o balcão da cozinha.

__ O jeito é fazer eu mesmo minha própria comida – murmurei

Abri os armários que não estavam as moscas como eu imaginava, achei um pacote de macarrão instantâneo sabor carne, o que eu menos gostava, revirei meus olhos, peguei a panela embaixo da pia e coloquei no fogo junto com uma água para ferver, sentei-me e fiquei fitando a tela do celular, que repentinamente começou a tocar, logo atendi.

__ Alô? – perguntei meio exaltado
__ Percy, sou eu, Frederick
__ Ah... Senhor Chase, como vão todos por ai?
__ Vamos bem, você e minha filha, como estão?
__ Estamos bem
__ Ótimo, já marcaram a data do casamento, precisamos comprar as passagens aéreas com antecedência meu jovem, precisamos de uma data – ele deu uma risada do outro lado da linha.

Se eu pudesse naquele momento, bateria minha cabeça no mármore da bancada, mas apenas dei uma risada.

__ Assim que essa semana festiva passar iremos marcar, talvez saia até o fim de janeiro senhor.
__ Liguei só para saber isso mesmo, apressem-se e mande um beijo para Annabeth, ligarei novamente.

Bati o celular assim que ele desligou. Incrível como esse cara tinha o dom de mudar o meu humor.

***

__ Percy... Percy... Acorda.

Um dedo cutucava com insistência entre minhas costelas, abri os olhos relutante e o rosto de Annabeth estava a poucos centímetros do meu, ela se afastou assim que eu acordei.

__ Oi Annie
__ Desculpa por não chegar para o almoço – ela deu um breve sorriso – Está meio tarde para dormir, não?
__ Aproveitando minhas pseudo férias – espreguicei-me – Seu pai ligou
__ O que ele queria? – ela se levantou e foi para o quarto
__ Saber como estávamos – fui atrás dela, mas parei na porta do quarto
__ Só isso? – ela me olhou intrigada
__ E saber quando vamos marcar a data do casamento.

Annabeth retirou toda sua roupa de frio, ficando apenas de roupas intima e por mais estranho que pareça me senti olhando-a assim pela primeira vez. Meu rosto ruborizou e desviei o olhar, ela virou-se para mim e riu.

__ O que foi Percy?
__ Hã? – levantei o rosto fingindo não entender
__ Porque está evitando me olhar? – ela se aproximou de mim e tocou meu rosto – Eu que deveria estar evitando te olhar, meu pai está te ligando para cobrar que nos casemos, isso é bem chato e...

Abaixei meu olhar e ele se focou em seus lábios, que tagarelavam algo sobre seu pai que eu já não prestava mais atenção, o desci até seus seios, em seguida até sua barriga que aparentava estar um pouco mais proeminente que antes até que voltei meu foco para seu rosto. Cada célula do meu corpo implorava por Annabeth, acho que a qualquer momento eu poderia explodir e rendendo aos meus instintos e deixando para trás os caprichos que gritavam do outro lado do ombro pedindo que eu não cedesse devido a briga.

Coloquei as duas mãos no rosto de Annabeth e o virei para mim rapidamente, da mesma forma em que lhe dei um beijo na boca, não o beijo automático que vinhamos dando um no outro há dias, mas um beijo que me fez relembrar nosso tempo dourado.

__ UOU! – ela exclamou assim que nos separamos – Caramba Percy
__ Me desculpe Annabeth – dei um longo suspiro tentando recuperar o fôlego – É que...
__ Não! Não... Tudo bem – ela começou a se abanar com as mãos – Você ligou o aquecedor? Ficou um pouco quente por aqui, não?

Nossos olhares se cruzaram e começamos a rir. Posso dizer que a crise de risos deve ter durado uns dez minutos tranquilamente.

__ Sabe o que isso me lembrou? – perguntei, sentado no chão com a mão na barriga
__ Se for o mesmo que eu... Acho que sei – ela disse deitada na cama
__ E o que você está pensando?
__ Que foi bem parecido com o que eu senti no nosso segundo beijo, aquele nesse mesmo apartamento.
__ Isso mesmo – dei uma risada fraca – Boa memória, Sabidinha
__ Nossa... Há quanto tempo você não me chama assim...

A graça pareceu ter sido sugada do ambiente, tanto eu quanto Annabeth entramos num silêncio sepulcral. Ela deitou-se de lado na cama e bateu no espaço ao seu lado me chamando, levantei-me e fui me deitar ao seu lado. Nossos rostos ficaram a poucos centímetros um do outro.

__ Me desculpa – Annabeth sussurrou – Sei que estou sendo um pouco mais difícil de lidar do que antes, não vou culpar somente a gravidez, eu me culpo também. A vida a dois é dificílima e como sempre fui meio independente, é difícil me abrir tanto com alguém.
__ Tudo bem... – comecei a acariciar seus cabelos – Um pouco disso é culpa minha também, não tenho a sua maturidade, não estou preparado para ser pai, mas... Vou tentar ser tudo o que você precisa.
__ Você já é tudo que eu preciso Percy – ela sorriu de lado – Só precisa de algumas... Correções

Ela fechou os olhos quando contornei seus lábios com o polegar e tornei a juntá-lo com os meus. Minha mão logo correu até sua cintura livre e meus dedos ficaram roçando naquela região o que fez todos os pelos dela se eriçarem.

Nossos beijos ficaram cada vez mais intensos, mas prometi a mim mesmo que não passaria disso, visto que nossa última briga quase fora por “falta de sexo”. Entretanto, numa das nossas recuperadas de fôlego ela sussurrou um “estou com saudades” e guiou minha mão até sua coxa, sinal verde! Avancei.

***

Era por volta de oito da noite quando eu e Annabeth fomos acordados graças ao maldito interfone que não parava de tocar.

__ Quem é? – atendi um pouco emburrado
__ Cabeça de Algas – reconheci como Thalia – Abre a porta, vamos sair!

Apertei o botão para abrir o portão da entrada e voltei para o quarto.

__ Quem era? – Annabeth ainda estava enrolada nas cobertas
__ Thalia – vesti minha bermuda – E acho melhor você se levantar, provavelmente ela não está só.

Quando ela tocou a campainha do apartamento, eu já estava devidamente apresentável. Thalia mal esperou eu abrir a porta e já invadiu, trazendo em seu encalce Luke (argh), Jason e Piper.

__ Onde está Annabeth? – perguntou Thalia
__ No quarto, estávamos dormindo – falei – O que fazem aqui?
__ Isso é modo de nos receber, primo? – disse Jason – Acho que como bom morador de Manhattan você sabe que nesta época do ano sempre temos as luzes e as pequenas apresentações de Natal pela cidade, queremos que vocês vão, ora.
__ Se Annabeth topar, por mim tudo bem – sorri
__ Então entre nesse quarto e a avise logo, vão se trocar – Thalia me empurrou até a porta do quarto.

***

Thalia, Luke, Jason e Piper estavam andando mais a frente que eu e Annabeth. O frio estava tanto que mesmo cheio de roupas de frio ele ainda incomodava, por isso eu e Annabeth estávamos quase andando abraçados um no outro.

__ Pelo visto Luke não ficou com o nariz tão ferrado hein? – disse num tom de brincadeira para que apenas ela ouvisse
__ Por favor Percy, não comece – Annabeth disse em advertência – Nosso assunto com ele já está mais que resolvido
__ Será? – perguntei
__ Pode ter certeza que sim
__ E como tem tanta certeza?
__ Nossa Percy, olha só... Essa loja está linda – Annabeth puxou meu braço com força para me mostrar a decoração da loja.

***

__ Cara... Como está frio – reclamou Jason soprando ar quente nas mãos – Vamos parar e tomar algo quente, não aguento mais andar
__ Então converse com sua irmã, pois a pilha dela parece não acabar – disse Luke

Jason então apertou o passo e segurou Thalia pelo braço, trazendo-a de volta para o grupo.

__ Thalia, estamos todos congelando e morrendo de fome, vamos parar e nos aquecer, depois continuamos o passeio
__ Mas...
__ Amor, eles estão certos, vamos comer algo – Luke a abraçou.

Isso pareceu deixar Thalia constrangida, pois seu rosto ficou bastante vermelho. Annabeth pareceu achar tudo normal já que não comentou nada da demonstração de amor dos dois. Seguimos o grupo até uma cafeteria, onde nos servimos de doses grandes de café e chocolate quente.

__ Então, continuaremos o percurso? – Thalia nos encarou com seus olhos azuis elétricos
__ Hã... – olhei no relógio – Acho melhor eu e Annabeth irmos, ela precisa descansar
__ Percy! Não fale como se eu fosse uma inválida – Annabeth me deu um tapa de leve no ombro
__ Concordo, nós também já vamos cunhada – disse Piper
__ Que droga vocês, eu e Luke continuamos então, mas amanhã talvez tenha mais, então DESCANSEM!

***

__ Muito obrigada por dar um jeito de escaparmos de lá – disse Annabeth – Minhas pernas estão me matando
__ Aé?

A peguei pela cintura e a carreguei em meu ombro. Annabeth começou a rir alto e descontroladamente, dando vários tapas em minhas costas, dei uma corridinha até a entrada do prédio e só a soltei dentro do elevador.

__ É bom tê-la de novo – falei

Annabeth me deu um empurrão e ainda ria.

__ É bom tê-lo de volta – ela disse cruzando os braços.


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Notas finais do capítulo

http://fanfiction.com.br/historia/474137/Anexos_da_Fanfic_Esses_Seus_Olhos_de_Tempestade/



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