Esses Seus Olhos De Tempestade escrita por jessyweasley


Capítulo 14
Capítulo 14 part 1


Notas iniciais do capítulo

Gente, olha o que eu fiz pra fanfic, não deixem de ver - http://www.youtube.com/watch?v=PNyKzjJnf34



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__ Annabeth - disse surpreso - O que faz aqui?
__ Eu fiz questão de vir te matar pessoalmente - disse ela me encarando com ódio
__ O que eu fiz? - olhei confuso
__ Você acaba de fazer com que eu perca a minha melhor amiga, seu otário!

Lembrei-me do que havia dito a Thalia e um arrependimento profundo invadiu meu peito, no calor do momento esqueci-me que Annabeth tinha frizado que poucas pessoas sabiam dessa história e eu acabei jogando na cara dela que eu não era confiável. Ainda mais menos confiável.

__ Lembrou do que fez agora é? - ela me olhava com desprezo - Eu quero te matar
__ Annabeth, eu sinto muito - disse com a voz tristonha
__ Você tem dito isso demais Percy - ela empurrou a porta e entrou dentro do apartamento - É sempre o mesmo papinho ridículo!

Ela vasculhou o apartamento com os olhos, creio que em busca de Calipso.

__ Onde estão minhas coisas? - ela perguntou jogando as almofadas do sofá no chão - ONDE ESTÃO PERCY?

Ela deu um grito o que me fez voltar para a realidade. Não me lembrava onde tinha posto as coisas dela.

__ Calma, eu tenho que lembrar - resmunguei
__ Cadê a vadia? - ela perguntou ainda vasculhando os cantos da sala - Pelo seu estado vocês deveriam estar no bem bom
__ Cali foi embora - respondi
__ Por favor, não a chame por apelidos na minha frente - ela se aproximou da bancada que dividia a cozinha da sala
__ Por favor, não a chame de vadia na minha frente, pois assim como Thalia é sua amiga, Calipso é minha - rebati

Annabeth sempre havia sido bem rápida, bem rápida mesmo, tanto é que não percebi quando ela pegava um copo que estava na bancada. Ela pegou esse copo e assim que eu falei ela o lançou em minha direção, felizmente ela tinha a mira ruim ou a mira foi afetada pelo choro. O copo se chocou com a parede e se desfez em diversos pedacinhos.

Ela chorava a ponto de soluçar enquanto eu ainda me recuperava do susto de ter um copo de vidro sendo arremessado em minha direção.

__ Por que você fez isso comigo Percy? - ela deu um soluço e secou as lágrimas com o dorso da mão - Sabe, eu fiquei me perguntando isso, por que...
__ Mas Annie, eu não fiz nada, eu nunca trairia você - me aproximei um pouco, mas ainda mantendo uma distância entre nós.
__ Como não Percy? Além de Thalia dizer que não queria olhar na minha cara tão cedo, fez questão de jogar na minha cara que você estava com ela na boate - ela se encostou na bancada e desceu até sentar-se no chão

Fiquei em silêncio com a argumentação dela, de certa forma um pouco de raiva tomou conta de mim quando ela agiu daquele jeito, fazendo com que eu agisse por impulso e tivesse sim vontade de sair com Calipso. Talvez Annabeth estivesse certa, talvez eu realmente tivesse o intuito de traí-la, quem sabe até mesmo Thalia tivesse razão e os homens da família tivessem essa sina de traição.

__ O seu silêncio te condena Percy - ela levantou o olhar pra mim;

Jamais quis vê-la assim, seus olhos estavam inchados, lágrimas em menos intensidade ainda corriam por suas bochechas, ela abraçava os joelhos e seus cabelos estavam desengrenhados.

__ Sabe... Eu pensei que com você poderia ser diferente, quem sabe... Me formar, já estou com um emprego encaminhado e estar com você, meu Deus, seria perfeito, imagine, nós dois morando juntos no meu apartamento, começando a construir a vida juntos.

Ela deu uma risada entre um soluço e outro, esfregou o dorso da mão no nariz e olhou para mim com uma cara de deboche; Meu estômago se revirava, um nó se formava em minha garganta e o pesar, que era a pior de todas as coisas me invadia. Queria abraçá-la, dizer o quanto estava feliz por ela conseguir o emprego de seus sonhos e que sim, eu estava disposto a morar com ela e começarmos uma vida juntos, mas eu não podia fazer isso, eu realmente errei com ela.

__ Por que você não diz nada e apenas fica com essa cara de idiota olhando para mim?

Ela se levantou, aparentemente revoltada com meu silêncio, avistou sua pasta, a pegou e colocou a mão na maçaneta, mas antes de abrir a porta virou-se para mim e eu a acompanhando com o olhar.

__ Foi ótimo o tempo que ficamos juntos - seus olhos encheram de água novamente - Eu acho que nunca tinha sido tão, tão feliz... Agora acabou.

Annabeth saiu sem olhar para trás. Um rombo enorme se abriu em meu peito, como se eu tivesse acabado de ser aberto e ter tido o meu coração arrancado na maior brutalidade em que se possa imaginar. Quando a dor diminuiu eu corri atrás dela.

Cheguei no hall do prédio e ela já não estava mais lá, as ruas estavam paradas, alguns poucos carros passavam ali e uma chuva de leve caia sobre a cidade. Saí na rua e olhei para os lados, felizmente a vi indo para o metrô, corri até alcançá-la e quando assim fiz a puxei pelo braço. Ela apenas parou, estava toda molhada e segurava a pasta com os projetos firmemente sobre o peito.

__ O que você quer Percy? - ela sussurrou - Você não acha que já fez estrago demais?

Me coloquei de frente para ela, e seus olhos tempestuosos agora choviam e as chuvas de lágrimas eram causadas por mim. Encarei-os e pude notar a dor que eles transmitiam, creio que os meus estavam expressando a mesma coisa, pois ela não tinha uma cara de desprezo dessa vez, apenas de um pouco de curiosidade. Coloquei a mão em seu queixo e o puxei ligeiramente pra cima e com o polegar fiz um carinho em sua bochecha, felizmente ela não recuou e apenas fechou os olhos ao meu toque.

__ Eu te amo - sussurrei encostando minha testa próximo a dela
__ Para, por favor - ela me encarou - Para...
__ Mas é verdade...

Passei meus braços em volta dela que ainda permanecia segurando firmemente a pasta a sua frente, o que impedia que eu sentisse o ritmo de seu coração, mas só de olhar a frequência de sua respiração a medida que eu a apertava para mais próximo de mim e tentava unir nossos lábios, notei que a tinha ganhado naquele instante.

A beijei, ela não retribuiu o beijo no primeiro instante, mas logo em seguida rendeu-se a mim, nos beijamos na chuva estilo aqueles filmes de romance americano que toda garota adora. Annabeth começou a tremer de frio, a guiei instintivamente de volta ao meu apartamento, nesse momento dei graças pelo fato de minha mãe estar viajando. Fui até o banheiro e peguei uma toalha para que ela se secasse, voltei e entreguei a ela.

Eu estava ainda receoso, não sabia se tínhamos reatado ou coisa parecida, ela se secava sem silêncio. Seus cabelos estavam agora soltos, as roupas molhadas pregadas ao corpo. Não conseguia tirar o olhar dela, tinha o medo que se eu parasse de olhá-la a qualquer momento ela poderia sair da minha vida, eu tinha que mantê-la comigo.

Ainda em silêncio, ela foi até meu quarto, acompanhei com o olhar e ela parou na porta, jogando a toalha em cima da cama, em seguida retirou a camisa e a calça molhados pela chuva ficando apenas de roupas intimas. Sem se virar completamente, ela lançou um olhar de canto para mim, creio que pedindo para que eu me aproximasse e assim fiz.

Avancei rapidamente para de encontro a ela, a abracei por trás e isso fez com que seus pelos se eriçassem completamente, o calor já preenchia seu corpo e emanava para mim, visto que eu ainda estava molhado. Annabeth puxou a toalha de cima da cama e virou-se de frente para mim, dando-me uma visão privilegiada de seu corpo branco como a neve, mas quente como uma chama.

__ Anna...

Fui interrompido pelo toque do seu dedo indicador sobre meus lábios e a obedeci. Ela passou a toalha em torno do meu pescoço e com um pedaço da mesma secou meus cabelos, deixando-os ainda mais rebeldes que o normal. Por um instante notei um divertimento nos olhos dela, imagino que eu deveria estar semelhante a um leão. Ela continuou passando a toalha por meu tronco, secando meu peitoral magro e pouco definido, passou por meus ombros até chegar a minha cintura, próximo ao cós da calça. Ela soltou a toalha deixando-a cair aos nossos pés e levantou o olhar pra mim.

O desejo pulsava em minhas artérias, não me aguentei, fechei minhas mãos ao redor de cada pulso dela, empurrei a porta do quarto com o pé para que ela se fechasse. Ela levantou uma sobrancelha em sinal de surpresa e um tanto quanto desafiador, mordeu o lábio inferior me deixando louco. A guiei com firmeza até a cama, onde ela se deitou por baixo de mim, apoiei meu peso em meus cotovelos, cheguei bem próximo de sua orelha e sussurrei;

__ Eu te amo, eu te quero e nada nem ninguém pode mudar isso

Annabeth então, feito uma onça selvagem, agarrou meus cabelos e me puxou para um beijo intenso, muito intenso por sinal. Demos logo um jeito de nos livrarmos das roupas que nos impediam de nos sentirmos pele a pele em todos os sentidos e assim, nessa mesma intensidade em que os beijos eram dados, que eu e Annabeth nos amamos pela primeira vez.

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Acordei com o vento frio que entrava no quarto, eu estava vestido apenas com uma bermuda fina, olhei do meu lado e um amontoado de cabelos loiros cacheados ainda estava ali, afundei-me no travesseiro suspirando aliviado, constatei que já se passava do meio dia quando olhei no relógio da mesa de canto ao lado de minha cama. Levantei-me e peguei uma coberta mais espessa e joguei sobre ela, não notei tanto frio durante a noite creio que devido ao calor que nossos corpos geraram ao se encontrarem pela primeira vez. Espiei pela fresta da cortina que uma chuva pesada caia, fui até o banheiro me higienizar e voltei para me deitar até que Annabeth acordasse.

Me apoiei sobre meu braço e fiquei acariciando seus cabelos delicadamente para que ela não despertasse. Annabeth se remexeu e ficou de frente para mim, abri um sorriso ao ver seu rosto com um semblante calmo e suas feições delicadas desenhadas perfeitamente, como se tivesse sido esculpida. Ela fez uma careta momentânea e se esticou lentamente, abriu os olhos preguiçosamente e me viu.

__ Boa tarde, dorminhoca - eu disse fazendo carinho em seu rosto


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