Amanheceu Paulina foi a primeira a acordar, estava com muito enjôo e cada vez que se sentia assim lembrava-se se suas condições e sabia que tinha logo que tomar uma decisão, por um lado sentia repulsa  só por lembra de Julio e se o filho fosse dele não saberia como conviver com isso e por outro o filho poderia ser de Carlos Daniel seria como se o filho que ambos perderam por culpa de Julio estivesse ali e essa duvida estava deixando-a cada vez mais angustiada.

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Na mansão Bracho.

Piedade: Adelina, meu neto já deu noticias?

Adelina: Ainda, não vovó, não faço a mínima idéia de onde eles podem estar.

Piedade: Bem se ele não deu noticias que dizer que nada de ruim aconteceu, deixem os dois terem esse momento, eles estão precisando, principalmente a Paulina.

Adelina: A senhora tem razão vovó.

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Na casa de Filó.

Filó: Lucas meu filho, hoje chamarei Paulina e o marido dela para almoçarem aqui.

Lucas: está bem madrinha, será um prazer recebê-los.

Filó: Por você tem algum problema?

Lucas: Já falei que não tem problema algum, o que passou, passou, fico feliz que ela esteja feliz.

Filó: Você é mesmo um tesouro, depois de tudo o que aconteceu...

Lucas: Não quero que ela sofra por minha causa outra vez, madrinha.

Filó: Sim e eu sei que a culpa não foi sua.

Lucas: Deixa isso para lá madrinha, não quero reabrir essa ferida.

Os dois conversaram muito naquela manhã e Lucas embora não quisesse admitir estava muito triste, rever Paulina tinha trazido lembranças há muito tempo esquecidas e enterradas.

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O almoço na casa de Filó foi tranquilo e agradável, Carlos Daniel, Paulina e Filó, passaram a  tarde toda conversando, Lucas disse que tinha uns assuntos para resolver e saiu, ele não se sentia preparado para ficar tão próximo de Paulina ainda.

Carlos Daniel resolveu ir até a pensão de Gloria comprar uma torta de pêssego, então Paulina e Filó ficaram conversando.

Filó: Minha querida, como você está se sentindo?

Paulina: Estou melhor Filó.

Filó: Que bom, fico feliz que você e seu marido estejam conseguindo superar.

Paulina: Filó, o que o Lucas tem? Sei que ele não tinha nada para fazer.

Filó: Minha filhinha acho que você sabe a resposta, meu afilhado nunca te esqueceu.

Paulina: Mas a senhora sabe que a culpa de tudo o que aconteceu foi dele.

Filó: A culpa não... deixa para lá, não vale a pena desenterrar isso agora, o que importa é que você está feliz, tem uma família linda e meu afilhado também está refazendo a vida dele.

As duas se abraçaram e ficaram conversando sobre os velhos tempos, e ambas caiam na gargalhada lembrando-se das travessuras de Paulina quando ela era criança.

Carlos Daniel voltou com a tão desejada torta de pêssego e os três a devoraram quase que imediatamente.

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Carlos Daniel e Paulina resolveram dar uma volta na cidade, tomaram sorvete, fizeram algumas compras e depois foram dançar em um pequeno bar onde havia uma mulher muito talentosa cantando e tocando violão, Paulina estava muito feliz, estava despreocupada e radiante  depois de muitos meses de angustia, Paulina olhou para o lado e viu Julio, no mesmo instante seu semblante mudou, Carlos Daniel estava distraído e não percebeu nada.

Carlos Daniel: Meu amor, vou pagar a conta para podermos ir embora.

Paulina nada disse apenas assentiu, Carlos Daniel estranhou a  atitude da esposa mas resolveu deixar para conversarem quando estivessem em casa.

Paulina estava sentada na mesa quando escutou uma alguém falando com ela.

Julio: Princesa, vamos ter um filho lindo.

Paulina olhou para trás e não havia ninguém, ela começou a ficar em pânico, assim que se levantou para sair do bar Carlos Daniel chegou e a abraçou.

Carlos Daniel: Meu amor, o que está acontecendo?

Paulina: É ele Carlos Daniel.

Carlos Daniel: Ele quem?

Paulina: O Julio, ele está aqui.

Carlos Daniel: Meu amor, ele está morto, disso eu tenho certeza.

Paulina: Como tem tanta certeza?

Carlos Daniel: Vamos para casa, minha vida, você está muito abalada, está precisando descansar.

Carlos Daniel não queria dizer para sua amada que ele mesmo tinha dado um fim em Julio, como também não tinha contado que sabia da gravação que ele e Pablo fizeram quando a estavam torturando.

Carlos Daniel e Paulina chegaram em casa, Carlos Daniel sempre muito paciente e carinhoso, fez massagem nos pés de sua esposa, Paulina sorriu agradecida e depois trocaram um beijo apaixonado, um beijo urgente, que exalava amor, desejo, cumplicidade e ternura, cessaram apenas quando seus pulmões clamavam por ar.

Carlos Daniel: Meu amor vamos esquecer tudo o que passou, agora nada mais importa, a única coisa realmente relevante é que estamos juntos, estamos felizes e nada vai nos separar.

Os dois ficaram um tempo trocando beijos e caricias e depois caíram no sono.

Paulina estava  andando na praia, estava feliz, sua barriga estava enorme a qualquer momento seu filho nasceria, estava admirando o pôr-do-sol enquanto passava a mão suavemente sobre seu ventre, nesse instante Julio aparece e acaricia sua barriga e diz.

Julio: Teremos um lindo bebê, princesa.

Paulina acorda ela está em pânico e também  com muito enjôo ela se levanta e vai correndo em direção ao banheiro e fica lá durante  bastante tempo chorando.

Carlos Daniel acorda assustado procurando por Paulina, até que escuta um barulho vindo do banheiro, sua amada estava passando mal e estava chorando, era um choro de dor, um choro agonizante, Carlos Daniel pulou da cama desesperado e foi acudir sua esposa, chegando ao banheiro seus olhos encheram de lagrimas de tristeza.

Carlos Daniel: Paulina, o que você fez?