Carlos Daniel: O que você fez?

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Paulina estava sentada no chão do banheiro com os braços apoiados no vaso sanitário, a cabeça baixa, estava ofegante e chorosa, no chão havia uma tesoura suja de sangue assim como sua camisola.

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Paulina: Eu matei o filho dele...

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Carlos Daniel sem pensar em mais nada pegou Paulina no colo e correu para levá-la ao médico.

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Carlos Daniel: Porque você fez isso?

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Mas paulina não respondia estava desacordada e cada vez mais ia perdendo sangue, quando chegou ao hospital todos ficaram assustados com a quantidade de sangue que Paulina havia perdido, ela foi internada imediatamente, por mais que tentassem reanimá-la Paulina continuava inconsciente.

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Carlos Daniel: Doutor me fale a verdade, o caso de minha esposa é grave?

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Doutor: Senhor Bracho, infelizmente o bebê ela o perdeu mesmo, mas eu temo que ela tenha atingido algum órgão na tentativa de tirar o bebê, eu suspeito que ela tenha perfurado o útero.

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Carlos Daniel: Isso é muito grave?

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Doutor: Sim alem de nunca mais poder engravidar, ela pode ter uma séria infecção.

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Carlos Daniel estava em pânico, estava muito preocupado com sua amada, ela parecia estar bem o que será que tinha acontecido para ela fazer essa tentativa insana de tirar o filho, Carlos Daniel decidiu que não iria contar para ninguém ainda, sua prioridade era o bem estar de Paulina, embora todos estivessem esperando por noticias na mansão Bracho, ele ainda não estava preparado para contar tudo o que tinha acontecido, decidiu ligar apenas para dizer que ia adiar sua voltar, iriam ficar um tempo maior fora. Aproveitou para falar com os filhos, pois estava morrendo de saudade dos quatro sem exceção de nenhum.

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Uma semana depois.

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Carlos Daniel e Paulina estavam saindo do hospital, Paulina conseguiu se recuperar bem e por um milagre muito grande nenhum órgão havia sido perfurado, depois de ser medicada, passar por uma bateria de exames e consultar o psicólogo do hospital, ela foi liberada, Carlos Daniel sempre com muito cuidado e carinho estava ajudando sua esposa a passar por mais esse problema, pelo menos uma coisa a menos para se preocuparem, quem sabe agora poderiam enterrar de vez essa historia, esse sofrimento vivido por nossa querida mocinha. Mas nem tudo acontece como nós planejamos, embora Paulina não contasse nada para Carlos Daniel, ela ainda via Julio, escutava sua voz quando estava sozinha, mas temia contar  para alguém e pensarem que está louca.

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Os dois voltaram para a casa de Paulina, estavam aproveitando o dia de sol para ficarem na praia, sem pensar em nada apenas aproveitando o dia.

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Lucas  admirava de longe o carinho e cumplicidade dos dois e varias lembranças lhe vinham a mente.

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Flashback Lucas.

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Paulina e Celia estavam voltando da escola, Lucas todos os dias ficava esperando atrás da mesma arvore afim de pega-las desprevenidas. Paulina que já estava acostumada com as surpresas de Lucas sempre corria na frente e os dois davam um longo beijo apaixonado e Lucas a rodava no ar e ambos caiam na gargalhada.

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Célia: Ninguém merece ficar segurando vela.

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Paulina: Que isso Célia, nós três vamos sair juntos, que  tal irmos ao cinema?

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Célia: Estou fora, vou para casa Paulina, depois você  me encontra para terminarmos o trabalho de história.

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Paulina: Está bem.

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Depois que Célia foi embora, Lucas abraçou novamente Paulina e disse.

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Lucas: Agora tenho você só para mim. Vamos ao nosso lugar secreto?

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Paulina: Sim vamos.

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Os dois subiram um morro íngreme através de uma trilha, quase chegando ao topo ficava a caixa d’água, atrás da caixa d’água uma capela abandonada e ali era o lugar secreto dos jovens apaixonados, os dois perdiam a noção do tempo quando ficavam ali juntos.

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Paulina: Esse lugar é mágico, é o nosso lugar especial, você promete que nunca trará ninguém aqui? Nem seu melhor amigo?

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Lucas: Prometo, esse é o nosso segredo.

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Os dois trocam um longo beijo que expressava carinho e desejo.

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Fim do Flashback.

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Lucas: Paulina, porque será que não deu certo? Porque tudo aquilo tinha que acontecer?

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Carlos Daniel e Paulina estavam exaustos devido aos últimos acontecimentos, resolveram irem deitar-se mais cedo e aproveitaram para ficarem  bem juntinhos, um protegendo e acalentando o outro, Carlos Daniel se sentia o homem mais feliz do mundo por estar com sua amada esposa e quanto a Paulina se sentia feliz, realizada, protegida e amada, estava radiante e isso era visível em seu olhar, embora tivessem sofrido pelo susto do aborto, Paulina agora se sentia como se um peso muito grande tivesse sido tirado de suas costas.

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Os dois trocavam beijos, caricias e juras de amor e aquela noite foi mágica para ambos, toques e surpresas nunca antes sentido era aflorado no olhar, no beijo e em cada gesto dos dois jovens apaixonados, duas almas, duas vidas, duas pessoas e apenas um sentimento, um sorriso, um desejo mutuo de estarem juntos até a inércia do mundo, dois corpos que se transformam em um, dois corações batendo descompassadamente, um ritmo quente ardente  inserido através do desejo  tardio em objeções obvias e translúcidas, almas que se amam, se entrelaçam e fazem um novo universo ladrilhando destinos insanos e insalubres, mas que derrubam a mais alta das torres e amolecem o coração mais duro fazendo da amargura comiseração.

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