Maré De Sentimentos escrita por R_Che


Capítulo 9
Nem um beijinho...


Notas iniciais do capítulo

Bom, se vocês disseram o que disseram da Rachel no capitulo anterior, nem quero pensar neste.Mas memorizem isto: a Rachel é um milhão de vezes mais corajosa do que a Quinn.ADORO A RACHEL! Fico mesmo contente por ter este efeito nas vossas opiniões. Estão tod@s em sintonia no que toca a tomar partidos. LOL sou a única ovelha negra!Espero que disfrutem deste.



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C: Dra. Rachel, está o Dr. Kurt ao telefone.

R: Podes passar.

K: Querida amiga! Vamos almoçar?

R: Olá, comigo está tudo bem e contigo?!

K: Desculpa. Mas estou eufórico. Quero te contar.

R: Contar o quê?

K: Estou in love!

R: Ai meu deus. Ai é?! E isso é seguro?

K: Não sejas má. Não é uma Quinn versão compatível comigo, mas é assim maravilhoso.

R: E onde é que a Quinn é maravilhosa?

K: Em tudo.

R: Vamos começar com o teminha?

K: Não. Desta vez vamos falar do Blaine.

R: Ah mas que bem, este tem nome.

K: Sim!

R: Os últimos dois não tinham. – a gargalhada de Rachel contagiou Kurt que também se riu.

K: À uma no Zalacaín, pode ser?

R: Reservaste mesa?

K: Sim.

R: Ok. Até logo.

K: Adeus amor.

Era costume Kurt e Rachel almoçarem juntos uma vez por semana, e era costume que o restaurante fosse sempre o mesmo.

Quinn soube que o seu pai telefonou para a empresa para falar com ela, mas pediu a Carla que o atendesse. A loira estava cheia de trabalho e não teve tempo para atender.

Q: Carla, o meu pai deixou recado?

C: Ele ligou à bocado a dizer que tinha de conversar consigo. Disse que tinha em mente uma nova ideia.

Q: Fazes ideia do medo que eu tenho dessa ideia? E ainda nem sei o que é. A Rachel?

C: Está no gabinete dela Dra.

Q: Ok. Eu vou lá abaixo aos recursos humanos buscar uma coisa.

C: Com certeza Dra.

Q: Até já.

Quinn saiu em direcção ao elevador. Os recursos humanos situavam-se na planta abaixo daquela em que elas tinham os seus gabinetes. Quinn foi tratar do que tinha pendente e passados alguns minutos voltou a subir.

R: Carla, vou almoçar. – disse Rachel enquanto saía do seu gabinete.

O corredor que dava para o hall do elevador fazia esquina, o que impossibilitava a visão de quem saía e de quem entrava. Ela ajeitou a sua mala no ombro e saiu sem olhar. Quinn ao tropeçar deixou a pasta de documentos que tinha na mão cair para poder amparar Rachel que se tinha desequilibrado. A mão esquerda de Quinn fez pressão na linha das costas da morena ao agarrá-la, Rachel segurou-se nos braços dela inconscientemente, e sentiu a estabilidade neles quando Quinn fez força. Nunca tinham estado tão próximas fisicamente o que gerou uma situação desconfortável ao inicio, mas rapidamente as mentes de ambas se abstiveram do desconforto para darem lugar a uma aproximação fora do comum entre elas. Foi tão devagar, mas ao mesmo tempo tão rápido, que nem se deram conta que as suas respirações se tinham misturado com a proximidade das bocas, e quando começaram a fechar os olhos e a deixar-se levar pelo momento, o elevador apita e abre as suas portas fazendo sair de lá um dos muitos engenheiros que trabalhavam na empresa. A rapidez com que Quinn e Rachel se largaram foi tanta, que ninguém que passasse por ali naquele momento se daria conta do que estava prestes a acontecer. Rachel baixou a cabeça e desviou-se de Quinn com um simples “vou almoçar, até logo Quinn”, e entrou no elevador que estava prestes a fechar as suas portas. Quinn apanhou a pasta do chão com as mãos a tremer, e seguiu o seu caminho até ao gabinete.

No elevador, a morena olhou instintivamente para as suas próprias mãos e reparou que não conseguia controlar o nervosismo. Não deu conta quando chegou ao restaurante. Na realidade, Rachel podia viajar para a China naquele momento, que seguramente não dava conta da viagem. Aquela era uma sensação nova, e nunca experimentada por Rachel. O mais perto que tinha chegado daqueles sintomas físicos tinha sido quando ambas foram para a casa de campo e a morena arranjou maneira de sair de lá quando achou que estava a perder o controlo da situação. Tentou limpar a mente, e almoçou com Kurt, que estava demasiado distraído a contar a sua nova conquista e nem reparou no estado da morena. Na empresa, Quinn não se tinha levantado da sua cadeira desde que esbarrou com Rachel. A loira estava a analisar o que raio tinha sido aquela reacção correspondida pela morena. No entanto, Carla passou-lhe a chamada do seu pai.

RUSS: Quinn, eu e o Hiram tivemos uma ideia.

Q: Olá pai.

RUSS: Olá. Olha, escuta com atenção. Estivemos a pensar… - mas Quinn interrompeu-o.

Q: Pai, não podem vir cá? Eu e a Rachel precisamos de falar convosco. Escusas de te esforçar, porque não estamos abertas a propostas sem primeiro vos dar-mos conhecimento de algumas decisões que tomamos.

RUSS: Tomaram decisões? Então está bem. Daqui a bocado passamos aí. Até logo.

À saída do restaurante, Rachel entrelaçou o seu braço com o de Kurt e os dois caminharam na direcção do Central Park.

K: E sabes? Muito em breve vou dar um jantar lá em casa para vos apresentar o Blaine. – Rachel não respondeu, só fez uns sons em concordância. – Tu hoje não estás muito faladora. Aconteceu alguma coisa? – E Rachel voltou a repetir os mesmos sons. – Ah, boa. Nem sequer me estás a ouvir. – Kurt exclamou num tom de voz mais alto e de repreensão.

R: Hã? Claro que te estou a ouvir.

K: Rach, nem me vou dar ao trabalho de te perguntar o que estava a dizer, porque tenho a certeza que não sabes. – enquanto Kurt reclamava, o telemóvel de Rachel apitou com uma mensagem nova. Rachel viu o remetente e sentiu um arrepio, que mais tarde ela se tentaria convencer a si própria de que era de frio. Mas a expressão facial de Rachel também mudou. Uma expressão ansiosa desenhou-se na sua cara. E mesmo Kurt, que nesse dia estava particularmente distraído, percebeu e levantou a sobrancelha.

“Desculpa incomodar-te, mas os nossos pais vêm cá daqui a bocado. Dizem que têm uma ideia nova, mas eu avisei-os que primeiro nós tínhamos de conversar com eles. É só para saberes. Bom almoço. –Q”

K: O que é que foi isso? – Rachel olhou para ele sem entender a pergunta. – Ai meu Deus Rachel. Estás a receber mensagens anónimas? Andam a ameaçar-te?

R: Que disparate. Porque é que dizes isso?

K: Porque ficaste com uma cara de susto quando olhaste para o telefone.

R: Eu? Claro que não. É só que hoje tenho uma reunião com os pais para contar que vamos mudar a empresa toda.

K: Ah, está explicado. – Rachel olhou para ele e sorriu. – Eram eles? Não sabia que os pais já mandavam mensagens. Que modernos.

R: Não sejas parvo. Era a Quinn a avisar-me. – Rachel disse-o com naturalidade, e esforçou-se para isso.

K: Então e não respondes?

R: Para quê?

K: Como para quê? Não te ensinaram que é falta de educação não responder às pessoas? – Rachel revirou os olhos.

R: Que chato!

“Ok. Obrigada. -R”

R: Satisfeito? – e mostrou-lhe a mensagem enviada.

K: Nem um beijinho? – e sorriu malandro. Kurt sabia que tirava Rachel do sério quando se metia com estas coisas, mas desta vez a reacção da morena foi mais de vergonha e pânico do que de irritação. – Rachel Barbra Berry!!! Não há nenhuma pessoa na tua vida que te conheça melhor do que o teu melhor amigo, aka Kurt aka EU! Que reacção foi essa? Tu tens alguma coisa que me contar? – mas baixou a actriz, que Rachel não sabia que existia, nela.

R: Não sei ao que é que te estás a referir, mas se vais começar com coisas com a Quinn, podes mudar já de conversa que não estou com paciência. – o sorriso de Kurt esmoreceu.

K: Era bom demais para ser verdade. – e os dois continuaram a andar.


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Notas finais do capítulo

E então?Comentários?Beijinho**Obrigada por lerem.



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