Inalcanzable escrita por Duda


Capítulo 6
Capítulo 5


Notas iniciais do capítulo

Gente, Violetta não vai acabar com Germalda nem fodendo. Sim, eu fiquei com medinho hoje quando vi que no episódio de amanhã [SPOILER] o German vai pedir Esmeralda em casamento [/SPOILER], PORÉM, tenho certeza que na hora do casório, ele vai fazer igualzinho o que fez com a Jade, vai dizer não. E fora que o Jeremias vai voltar pro Studio, o que possibilita que o German perceba que quem ele ama é a Angie. Caras, olhem como ele tratava a Angie e olhem como ele trata a Esmeralda, tinha muito mais amor com a Angie, com a Esmeralda dá pra perceber que ele só a vê como uma válvula de escape, só ele não percebeu isso, AINDA. Logo logo, tudo vai ficar bem.

Bom, eu vou postar dois capítulos hoje!



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Angeles voltou para sala sentindo um misto de coisas que ela não soube definir o que eram. Acabara de sentir a mão quente e acolhedora do Sr. Castillo em seu rosto e só de lembrar do simples toque dele em sua pele, arrepiou inteira. Pediu licença ao professor e passou o resto da aula na lua, a sorte é que era a última aula da manhã, e agora tinha um motivo novo e realmente grande para estar na lua. Ela sabia que estava se arriscando ao enxergar German com outros olhos, ao se preocupar em tentar ver nele o bom coração que Vilu havia mencionado. Ela sabia disso mas também sabia que ninguém conseguiria ser como ele é nas 24 horas do dia, em algum momento ele deveria mostrar o seu outro lado e agora ela tinha certeza que esse outro lado existia, ficara ainda mais instigada a explorá-lo, a conhecê-lo.

 – O que aconteceu, Angie? Ele te deu a maior bronca?  – Cami interrompeu os pensamentos de Angie assim que a aula terminou.

 – Não foi a maior bronca, foi mais um aviso do que uma bronca.  – Angie respondeu, levantando-se e guardando o material.

 – Então por que está toda estranha aí? – Fran perguntou, repetindo a ação de Angie.

 – Vamos para o refeitório, lá eu conto para vocês.

 – Ok.  – Cami e Fran olharam séria para Angie.

xxx

 – COMO É?  – Cami e Fran disseram juntas, arregalando os olhos e aproximando-se mais da mesa depois de Angie ter dito o que havia acontecido.

 – Shhh, não fala alto – Angie as olhou séria  – Sim, foi isso o que aconteceu. – Angie colocou os cotovelos na mesa do refeitório e apoiou a cabeça nas mãos, as meninas apenas entreolharam-se.

 – Inacreditável  – Cami murmurou.  – E o que você pensa disso?

 – Não sei, não tem o que pensar, ele é o diretor, oras.

 – Mas isso te abalou, pode falar  – Cami disse, Angie a olhou séria sem saber o que responder – Eu sabia, você ficou abalada.

 – Eu não disse nada, Cami, não viaja.

 – Então quer dizer que o velho tem um coração? – Fran interveio distraída, Cami riu e Angie suspirou.

 – Ele não é tão velho. – Angie disse.

 – Não? Quantos anos você acha que ele tem? – Fran disse.

 – Eu ouvi dizer que ele tem uns 32/33. – Cami disse.

 – Sério? Mas ele tem aquelas rugas nos olhos e na testa. – Fran disse.

 – Eu acho bonito – Angie disse, completamente distraída, ao que as meninas apenas lançaram um olhar de suspeita à Angie. – as rugas, eu me refiro às rugas. – Angie disse rapidamente tentando reparar e as meninas riram.

 – Eu quero ver se você vai gostar quando tiver umas ao redor dos olhos.  – Fran disse.

 – Ah, eu não vou ligar... minha mãe dizia que eram marcas da experiência.  – Angie disse e as três riram.

 – Ei, você vai “sair” com a gente hoje à noite, né?  – Cami perguntou.

 – Eu não sei, é arriscado.  – Angie disse.

 – Mas Angie, hoje é sexta-feira, se o Pablo ou o Samuel ou qualquer um dos outros inspetores nos pegar, a gente inventa algo e já era, poxa.  – Cami disse.

 – Eu não ligaria se o Pablo nos pegasse... me pegasse.  – Fran disse, Angie e Cami riram.

 – Eu não sei, o Sr. Castillo...

 – Esquece o Sr. Castillo, Angie, você precisa se divertir.  – Fran disse.

 – Eu ia dizer que o Sr. Castillo vai chamar o José se algo acontecer... eu não preciso que José venha na escola, isso me traria mais problemas.

 – Você não vai ter problemas, esquece isso  – Cami disse – quem é José?

 – Ah, é o meu pai, é que ele é tão insignificante na minha vida que é desnecessário chamá-lo de pai... mas enfim, e aonde vamos?

 – Então você vai?  – Fran perguntou – É no terraço do prédio dos meninos. Uma sexta-feira nós vamos lá e na outra eles vão para o nosso, não acontece nada demais, nós apenas ficamos bebendo e conversando. Às vezes nós vamos para o auditório também mas aí alguém sempre tem que pegar a chave escondido e é muito perigoso. E às vezes tem de sábado também.

 – Quem arruma bebida?  – Angie perguntou.

 – Daniel e Gustavo, do 3º ano B, você não os conhece ainda. Eles já são maiores de 18 e aí em todos os fins de semana saem e trazem bebidas escondidas  – Cami disse.  – Você vai?

 – Sim, eu vou.  – Angie disse bufando.

xxx

POV. Angie

Passou uma semana e meia desde o episódio na sala do diretor e eu fui à reuniãozinha do pessoal. Me pareceu bem tranquila e me distraiu um pouco de tudo, mas não me distraiu daquele contato com o Sr. Castillo. Cami tinha razão, aquilo abalou as minhas estruturas. Durante todos os dias eu tiro um tempo para vir ao terraço do prédio principal, afinal, é o mais alto e o que tem a vista mais bonita. Eu preciso desse tempo só para mim, eu ando muito confusa e estranha ultimamente, tentando entender qual foi o efeito daquela carícia em mim e sempre que eu lembro do toque dele, eu sinto algo estranho. Acima de tudo eu fiquei surpresa pela reação dele, eu não imaginei que o Sr. Castillo pudesse sentir compaixão por alguém, ele não faz esse tipo.

 – Oi Angie.  – Uma vozinha interrompeu os meus pensamentos, eu estava tão distraída que não a vi chegar.

 – Oi Vilu, tudo bem?  – Eu sorri.

 – Ah, indo – Vilu disse e olhou para baixo – e você?

 – Estou bem. O que aconteceu, Vilu?

 – Tem um pessoal que continua me provocando.  – Eu suspirei.

 – O seu pai não percebe isso?

 – Não.

 – Quem te provoca?

 – Todo mundo sempre diz algo do papai mas os que me atingem mesmo, que não me deixam em paz, são duas garotas da 8ª e um garoto do 1º que anda com elas.

 – Nomes?  – Vilu me olhou.

 – Mariana, Rafaela e Rodrigo. O que você vai fazer?

 – Só vou conversar com eles.

 – Mas...

 – Sem mas, Vilu, não podem ficar te provocando assim.  – Ela assentiu.

 – Fiquei sabendo que você foi parar na sala do papai, de novo.  – Vilu disse rindo depois de alguns minutos.

 – Sim, parece que os professores andam reclamando de mim.

 – E o que papai fez?  – Vilu perguntou olhando-me.

 – Nada, apenas disse para eu tentar melhorar o meu comportamento, se não ele chamará meu pai. Eu vou tentar melhorar, não quero que meu pai me encha o saco.  – Eu respondi olhando para o horizonte.

– É sério? Ele não deu bronca em você e nem nada?  – Surpreendeu-se. Eu a olhei e sorri.

 – É, talvez o seu pai não seja tão mal quanto todos pensam.

 – Ele não é mas insiste em fazer parecer que sim.

 – Talvez ele só queira se proteger.  – Eu disse distraída, olhando para frente, Vilu me olhou.

 – Se proteger do que?

 – Não sei, das pessoas, do seu próprio sofrimento.

 – Como assim?

 – Você disse que seu pai ainda sofre pela morte de sua mãe, talvez ser assim seja apenas um jeito que ele encontrou de não demonstrar isso. Ele acha que não pode ficar vulnerável nunca, seja para proteger você, seja para proteger a si mesmo. Mas o que ele não sabe é que uma hora ele tem que ceder e parar de reprimir essa dor que ele sente, se não ele nunca será feliz. Nós temos que nos deixar sofrer para depois ser feliz e o que ele faz é reprimir essa dor, fazendo-a permanecer nele, entende?  – Eu me virei para ela e recebi um olhar de interrogação.

 – Você andou pensando bastante a respeito disso né? Sobre o sofrimento do meu pai e tal.  – Vilu sorriu.

 – Nada a ver Vilu, é só que... tem muitas pessoas que agem como ele e, de observá-las, eu cheguei a essa conclusão.  – Eu havia pensando, sim, mas não podia admitir.

 – Hm, sei...

 – É sério Vilu.  – Nós duas sorrimos e ficamos em silêncio.

 – Sabe, Angie? Conversar com você me faz muito bem, você me faz muito bem.  – Eu sorri e a abracei.

 – Você também me faz bem, Vilu.  – Eu gostei da Vilu desde o princípio. A verdade é que ela é uma garota bem madura para sua idade e a conversa com ela fluía como se tivéssemos idades mais próximas. Vendo-a alguns dias quando ela ia para o terraço, eu fui ficando cada vez mais próxima dela e passei a adorá-la como uma irmã mais nova. Ela não poderia saber do misto de coisas que eu sentia quando pensava em seu pai. Nem ela e nem ninguém. 


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Notas finais do capítulo

Não teve Germangie e é por isso que eu vou postar o próximo, porque no próximo tem.

E ah, eu realmente rugas bonitas, não é à toa que eu acho o Diego Ramos um pão. (PÃO: gíria de vovó a qual refere-se à homens mais velhos que sejam extremamente sexy, charmosos e/ou bonitos) rs.

Enfim, já já eu posto o próximo.



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