Inalcanzable escrita por Duda


Capítulo 35
Capítulo 33


Notas iniciais do capítulo

AHHH, estou desanimando mesmo pra postar hein, meninas? Tá foda :s

Sobre V2: Velho, o German só vai falar com a Angie pra falar da Violetta. Sabe o que? Vtnc, German, você é um bosta. Tão enfiando Jademan de novo, velho, para com isso, Asla, você não tem a capacidade de enxergar o que o seu público quer, velho? Meu Deus. Também, se for pra colocar Germangie nos três últimos episódios eu nem quero mais (brincadeirinha, eu quero sim).

Enfim, boa leitura, meninas.



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17 de Março Domingo

POV. German

Saí da casa da Angie sentindo-me o maior idiota do mundo. Entrei no carro e inevitavelmente rios de lágrimas escorreram pelo meu rosto. Meu coração estava dolorido e minha mente tumultuada. Quando cheguei em casa, já havia parado de chorar, Violetta estava deitada no sofá, sozinha, assistindo um filme. Passei pela sala caminhando muito rápido.

– Ei – Violetta falou – ei, ei, ei – e seguiu-me até meu quarto. Eu ia fechar a porta e ela colocou o braço. – O que foi? – Ela franziu o cenho. Eu suspirei e permiti que ela entrasse no quarto. Sentei-me na cama e a olhei.

– O ótimo rapaz que é o namorado da Angie armou tudo. – Abaixei a cabeça.

– Como assim armou tudo? – Ela sentou-se na cama também e eu a olhei.

– A mensagem quem mandou foi ele – Violetta arqueou as sobrancelhas – quando cheguei lá, ele abriu a porta seminu. – Ela entreabriu a boca. Eu suspirei e meus olhos encheram-se de água. – A maior decepção da minha vida, filha. – Estava resistindo ao máximo para não chorar. – Aí discutimos – eu apontei para os pequenos ferimentos em meu rosto – e depois eu conversei com a Angie. – Fiz um pausa e deixei uma lágrima escorrer. – Eu não sei mais o que fazer para... para ela conseguir me perdoar, Vilu. Eu a amo muito mas... mas eu desisto. – Eu abaixei a cabeça e deixei caírem as lágrimas que insistiam em extravasar pelo rosto. Violetta nada disse e apenas abraçou-me, ela sabia que eu só precisava disto.

xxx

18 de Março – Segunda-feira

POV. Angie

– Leonardo, qual é o seu problema? – Eu perguntei a ele assim que entrei em seu apartamento. – Por que você bateu daquele jeito no German? – Ele ficou olhando-me, suspirou e sentou-se no sofá.

– Ele me provocou, Angie. – Eu suspirei e sentei ao lado dele.

– O que ele fez?

– Ah... eu não sei se deveria falar, isso vai deixá-la ainda pior.

– Fala logo, Leonardo. – Falei um pouco alterada. Ele olhava para o chão.

– Ele disse que – olhou-me meio receoso – queria ver a minha cara quando você se desse conta de que eu nunca a farei feliz e fosse correndo para os braços dele. – Ele pausou – E disse também que... Não fica mal por isso, por favor... – eu arqueei as sobrancelhas – Ele falou que não a queria mais mas que sentiria prazer em reconquistá-la apenas para ver o meu sofrimento. – Eu franzi o cenho. German não disse isso, eu sei que não. Involuntariamente, comecei a rir na cara do Leonardo. Ele ficou confuso. – O que foi? – Eu o olhei ainda com um rosto sorridente.

– Você tá brincando com a minha cara, não é? – Ele negou com a cabeça e eu ri mais um pouco. Após alguns minutos, eu parei de rir e o olhei séria. – Leonardo, seja sincero, o que você quer com isso?

– Eu falei a verdade, Angie.

– Não, não falou. – Suspirei. – Eu sei quando as pessoas estão sendo sinceras comigo e quando elas estão tentando me fazer de trouxa. – Pausei. – Eu sei que o German não falou isso para você e que não foi ele quem provocou essa briga. – Ele levantou-se e sorriu.

– Às vezes você é tão idiota, Angeles. – Seu tom de voz mudou. Eu franzi o cenho, Leonardo nunca falara assim comigo.

– Aonde você quer chegar com isso, Leonardo? – Ele suspirou.

– Como você consegue ser tão ingênua e tão palhaça? Continua apaixonada por esse cara mesmo depois do tanto que ele a fez sofrer... qual é o seu problema, garota? – Ele falou alterado e eu levantei-me.

– ISSO É UM PROBLEMA MEU E DE MAIS NINGUÉM, VOCÊ NÃO TEM O DIREITO DE SE INTROMETER, LEONARDO. – Gritei e notei ele estreitar os olhos. O olhar dele tornou-se frio e, sem que eu pudesse defender-me, ele pressionou, sem muita força, as mãos contra o meu pescoço. Eu fiquei sem entender a reação dele. Aquele, definitivamente, não era o Leonardo que eu costumava conhecer.

– Eu tenho direito – começou a falar, baixo e um tanto assustador – a partir do momento em que eu sou o seu namorado, Angeles. – Eu tentei empurrá-lo.

– VOCÊ ESTÁ FICANDO LOUCO? ME SOLTA, IMBECIL. – Ele abriu um sorriso maligno e eu estreitei os olhos. Ergui a perna e dei uma joelhada no saco dele. Ele soltou-me e contorceu-se. Peguei minha bolsa e caminhei até a porta.

– Onde você pensa que vai? – Ele alcançou-me e fez uma chave de braço em torno do meu pescoço.

– Eu vou para longe de você. – Ele riu.

– Você vai correndo para os braços do seu amado mas não, Angeles, eu não vou deixar. – Fez uma pausa, levou-me até o sofá e jogou-me lá. – Aquele verme merece sofrer tanto quanto você. – Estreitei os olhos.

– Você não o conhece, Leonardo, mas se você quer saber de algo... você nunca será nem a metade do homem que ele é. – Ele pressionou os dentes e lançou um forte tapa em meu rosto. Eu fiquei com o rosto virado sem olhá-lo e passei a mão no local estapeado. Com certeza aquele tapa ia deixar marca.

– Para sua informação, garota, eu o conheço muito bem. – Eu o olhei e só consegui encontrar raiva em seu olhar. Talvez German tivesse razão quando disse que Leonardo não apresentou-se direito a mim.

– Eu quero ir embora. – Eu falei ofegante, ainda com a mão no rosto. Ele sorriu.

– Você vai embora mas antes eu preciso dar um recado. – Ele suspirou. – Afaste-se do Castillo. – Dessa vez eu sorri.

– Você não tem direito de me pedir isso... e antes que você diga, não é mais meu namorado, não é mais coisa alguma minha.

– Você tem certeza, Angeles? Eu posso ser um bom namorado mas também posso atormentá-la como ninguém. – Ele sorriu. – E não só a você, eu posso ser bem ruim com o German... ele tem uma filha, não tem? – Eu estreitei os olhos.

– Você é doente, Leonardo... Meu Deus, como eu não enxerguei isso antes?

– E então? Ainda assim, vai querer separar-se de mim? – Eu cuspi na cara dele, ele limpou-a e riu. – Isso já responde. Pode ir. – Caminhei rapidamente em direção à porta. – Ah, toma cuidado ao encontrar-se escondido com o seu amado, eu posso acabar descobrindo e... não vai ser legal. – Escutei-o dizer antes de sair do apartamento dele.

Desci e parei em frente ao prédio do Leonardo, comecei a chorar sem parar. Fiz sinal para o primeiro táxi que passou, ele parou e eu entrei. O senhor começou a dirigir lentamente sem rumo, esperando eu dizer o endereço. Sem pensar direito, balbuciei o primeiro endereço que me veio à mente, o do German. Fui diretamente para a casa dele. Estava com medo e queria apenas um abraço dele para sentir-me protegida. Paramos em frente à mansão, eu paguei o taxista e saí. Caminhei até a porta e bati freneticamente nela depois de tocar, também freneticamente, a campainha. German abriu a porta e olhou-me preocupado.

– O que aconteceu, meu amor? – Sem responder, eu avancei e o abracei o mais forte que pude, ainda chorando. Ele fechou a porta, abraçou-me e com uma das mãos acariciou minha cabeça. Eu não queria largá-lo nunca mais, se pudesse ficaria abraçando-o pelo resto da minha vida. Depois de alguns minutos, eu fui parando de chorar e afastei-me dele. Nos encaramos, meus olhos ainda estavam bem molhados.

– German, eu te amo. – Voltei a chorar.

– Ei – ele começou a falar sorrindo e limpando minhas lágrimas – é tão ruim assim amar German Castillo?

– Não é isso. – Eu virei o rosto e, com o rabo do olho, notei-o ficar sério.

– Angie, por que seu rosto está com marca de mão? – Eu enxuguei meu rosto e o olhei. O tapa foi tão forte que fora capaz de inchar um pouco meu rosto e deixá-lo dolorido.

– Impressão sua.

POV. Off

– Não. – German pressionou os dentes e sua respiração ficou pesada. – Eu não acredito que aquele moleque bateu em você. – Ele passou a mão no cabelo tentando raciocinar, a raiva invadiu por completo o seu interior. – Eu vou atrás dele. – Ele avançou contra a porta mas Angie colocou-se entre a mesma e ele.

– Não, German, não, por favor.

– Você vai defendê-lo? – German perguntou indignado.

– Não é por ele que eu estou impedindo-o de sair. – Angie começou a chorar novamente.

– É por que então? – Ele colocou as mãos no quadril e ficou esperando-a responder.

– Ele não vai mais fazer isso, German. – Angie desconversou. Ele suspirou e tentou abrir novamente a porta mas Angie o impediu.

– Me deixa ir. – German falou sério, estava ofegante. Angie ainda chorava.

– Não vai, por mim. Fica comigo agora. – Ele suspirou, deu um beijo na testa dela e a abraçou. Angie deu-se conta de que estava sendo tola por deixar que seu orgulho falasse mais alto do que o amor que sentia por ele.

– Está tudo bem, amor, eu vou te proteger. – German acariciou a cabeça de Angie. Após alguns instantes caminharam até o sofá. Angie sentou-se, German foi até a cozinha e voltou com um copo de água com açúcar. Sentou-se ao lado dela, entregou o copo enquanto afagava os cabelos dela. – Toma um pouco. – Ela assentiu e pegou o copo. Tomou-o inteiro, devolveu a ele e ele o colocou na mesa de centro que havia na sala. Angie ficou olhando fixamente para o chão, um pouco mais calma, pensando que não deveria ter ido a casa do German pois teria de explicá-lo o que aconteceu e este, por sua vez, ficou olhando-a e acariciando-a enquanto ela ficava mais calma. – Eu quero saber o que aconteceu. – Angie o olhou.

– German... – Resmungou.

– Não adianta reclamar, Angie. Seja lá o que for não será possível aumentar o ódio que eu estou sentindo agora. – Ela suspirou.

– Nós apenas discutimos.

– O que ele disse?

– Nada demais.

– E por que ele te deu um tapa?

– Por que eu o provoquei. – German suspirou, ele sabia que Angie não estava falando toda a verdade.

– E depois?

– Depois ele arrependeu-se, ajoelhou-se e implorou perdão. Disse que não sabia o que tinha dado nele para fazer isso e... que não vai mais acontecer.

– E você?

– Eu o perdoei. – German estreitou os olhos, pressionou os dentes, levantou-se um tanto transtornado e ficou de costas para Angie. Angie ficou olhando-o e seus olhos voltaram a lacrimejar. Ele virou-se e a encarou.

– Eu não acredito nisso. – Ele murmurou indignado, estava parado em frente a Angie com as mãos no quadril. – Então era isso o que eu deveria ter feito desde o começo? Ajoelhar aos seus pés e implorar perdão, era isso? – Angie suspirou, levantou-se para ir embora e German segurou seu braço, puxando-a para si e deixando-os bem próximos. – Desculpa. – Murmurou. – Eu estou com raiva, Angie. Minha vontade é sair daqui e acabar com a vida desse cara.

– Mas você não vai fazer isso. – Angie murmurou. – Você vai ficar no seu canto e vai deixar eu cuidar da minha vida sozinha. – German suspirou. – Promete para mim que você não vai fazer nada? – German respirou fundo. – German, promete?

– E se ele te machucar de novo? – Ele passou a acariciar o rosto dela com as duas mãos.

– Ele não vai me machucar. – Os dois encaravam-se. Angie repousou as mãos no peitoral do German.

– Angie, ele vai te machucar de novo... me deixa proteger você, por favor? Eu não vou aguentar se algo acontecer com você.

– Não, é arriscado. – Angie falou e abaixou a cabeça.

– Por que é arriscado?

– German, eu preciso ir embora. – Ela tentou afastar-se dele.

– Você vai ficar aqui. – Ele segurou-a pela cintura. – Me fala por quê é arriscado.

– Por nada, German, eu preciso ir. – Ela tentou mais uma vez e ele a segurou.

– Ele te ameaçou, não ameaçou? – German perguntou, Angie negou com a cabeça e voltou a chorar, ele a abraçou. – O que ele falou, meu amor? – Angie parou de chorar e fungou.

– Eu direi se você prometer que não vai sair daqui correndo atrás dele. – Ela afastou-se bem pouco e o olhou. Ele suspirou, assentiu e ela continuou. – Sim, ele me ameaçou. – German pressionou os dentes.

– O que ele falou? – Murmurou. Angie abaixou a cabeça.

– Eu terminei com ele e ele perguntou se eu tinha certeza porque, se sim, seria capaz de me atormentar.

– Eu não vou deixar ele atormentar você. – Angie o olhou.

– A pior parte não é essa, German. – Ela suspirou e continuou: – Ele também disse que poderia ser bem ruim com você e,... – Os olhos dela voltaram a lacrimejar. – indiretamente, ameaçou fazer algo com a Violetta. – German estreitou os olhos, afastou-se um pouco de Angie e cerrou os punhos. Tentou caminhar até a porta mas ela segurou o braço dele. – German, não, é perigoso. – Era notável o ódio que ele sentia. Ele ficou olhando-a por um tempo, até sua respiração normalizar e ele conseguir ficar um pouco mais calmo. Sentou-se no sofá, apoiou os cotovelos nos joelhos e a cabeça nas mãos.

– O que faremos? – Ele murmurou. Angie sentou-se ao lado dele, acariciou o cabelo dele e ficou olhando-o.

– Você não vai fazer nada. – Ele a olhou sério. – Eu vou cuidar disso sozinha.

– Ah é? E o que você pensa fazer?

– Ele precisa deixar marcas no meu corpo para que eu possa denunciá-lo. – German começou a rir. – O que foi? – Angie estranhou.

– Você não pode estar falando sério. – Ela suspirou e continuou séria até ele parar de rir e encará-la, também sério. – Ele não vai tocar em você de novo, você vai ficar aqui comigo agora.

– Não, German, ele pode fazer algo com a Violetta. – German voltou a olhar para o chão a sua frente. – Nós temos que nos afastar um pouco... – ele a olhou – só até isso passar. – German suspirou e Angie aproximou-se mais dele. – Confia em mim, – sussurrou e fez uma pequena pausa – meu amor. – Ele tentou sorrir, mas não conseguiu, então segurou o rosto dela delicadamente e a beijou.

Isto, de certa forma, confortara os dois, pelo menos nesse momento. Ambos decidiram que seria melhor terminar o beijo antes que ele esquentasse, ambos queriam e mereciam uma noite especial depois de tanto tempo sem estarem juntos daquela forma e acharam que esse não era o momento certo de esquentarem as coisas. Então German levou Angie para o apartamento dela e não descansou até que ela estivesse dentro de casa, com a porta trancada, sã e salva. 


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Notas finais do capítulo

Ou, desculpa não responder aos comentários, meninas, eu li todos e agradeço por todos, de verdade ♥



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