Inalcanzable escrita por Duda


Capítulo 34
Capítulo 32


Notas iniciais do capítulo

Gente, tenho que confessar que cada dia eu fico mais enamorada do Diego R. Velho, que homem é esse? Aquela voz maravilhosa ♥
E ah, esses dias me ocorreu um negócio... [SPOILER] quem aí ficou mais leve depois que a Esmeralda partiu? Tudo bem que tão querendo enfiar a Jade de novo na vida do German mas ai, para né? Não tem cabimento, o German nunca vai amar a Jade. E essa história da Anshie ir pra França? Para né, velho? É óbvio que ela não vai. E se for, vai voltar. MANO, o que é essa série sem Angie? O que seria da Violetta e do German sem a Angie? Velho, ela não vai embora. E ah, não é querendo deixá-las esperançosas mas eu li em algum lugar que essa semana teria beijo Germangie (só que assim, nisso eu também não creio mas acho que ainda essa semana o German já começa a se ligar e correr atrás da Angie). [/SPOILER]

Caras, desculpem escrever esse monte de coisa, é que aqui é o único lugar que eu tenho para desabafar rs.



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17 de Março Domingo

POV. Angie

Flashback On

– Sim, – German sussurrou e eu permaneci olhando-o – a não ser que você queira ficar. – Ele pegou uma das minhas mãos e passou a acariciá-la. Aos poucos, ele aproximou o rosto dele do meu e eu pude sentir sua respiração. – Desça lá, diga a ele que hoje você vai ficar aqui. Hoje e sempre. – Ele murmurou e levou a outra mão até minha nuca. – Fica comigo, Angie. – Ele sussurrou e eu fechei os olhos. – Fica comigo e vamos esquecer do mundo juntos. – Levou a mão que segurava a minha até meu rosto e acariciou-o. Deu-me um selinho demorado. – Eu sei que você quer ficar, – ele sussurrava – eu sei que não é com ele que você quer estar, admita, meu amor. – Eu não resisti e, rapidamente, envolvi os braços ao pescoço dele e o beijei, ele levou uma das mãos à minha coxa e colocou-me sentada de lado no colo dele, depois levou essa mão ao meu rosto e envolveu o outro braço em minha cintura, eu emaranhei os dedos nos cabelos dele e fiquei afagando-o.

– Isso não está certo. – Eu disse dando um fim ao beijo, afastando-me e levantando-me. – Não está certo, German. – Ele levantou-se e ficou parado em minha frente.

– O que há de errado em duas pessoas que se amam quererem estar juntas? – Ele murmurou olhando-me. Eu suspirei e abaixei a cabeça.

– Entenda que eu quero tentar ser feliz com outra pessoa, German.

– Então por que você me beijou agora? – Eu o olhei.

– Eu não devia ter feito isso.

– Mas fez. – Ele continha um sorriso bobo no rosto. Eu fiquei sem saber o que responder.

– É melhor eu descer, German. – Suspirei e caminhei até a porta. – Tchau.

Flashback Off

Um mês passou e não há um dia que eu não deixe de lembrar desse beijo. Onde eu estava com a cabeça para beijá-lo? Fui fraca, cedi ao instinto. O rosto dele estava tão próximo e a respiração quente dele estava deixando-me completamente louca. Tenho lembrado bastante também das noites de amor que tivemos, da sensação de tocar a pele nua dele, de caminhar com as mãos pelo corpo dele. Mais do que nunca, a necessidade que eu tenho dele tem crescido. Todavia, se eu deixar isto tomar conta de mim, sei que vou acabar perdendo-me. Eu preciso deixá-lo para trás, eu preciso ser feliz. Há um mês, Léo não entendeu porquê eu saí da casa do German correndo e sem despedir-me de ninguém. Quer dizer, ele imaginou que algo tivesse acontecido mas não perguntou-me. Decidiu perguntar-me algo quando, há uma semana, encontrou-me olhando uma foto minha com o German. Eu expliquei o que havia acontecido e ele sugeriu que eu me afastasse do German, eu disse que tentaria fazê-lo mas que não seria fácil porque somos professores e nos vemos todos os dias. Mas como eu faria isso se o vejo todos os dias e o que eu mais preciso é estar perto dele para sentir-me bem? Sempre que vejo o German, ele abre um sorriso que é capaz de deixar-me com o melhor humor do mundo.

– Linda, – Léo me chamou enquanto eu dirigia, estávamos voltando da praia. Com toda essa história do German, Leonardo sugeriu que nós passássemos um fim de semana juntos na praia, dei mil desculpas até não conseguir mais evitar essa viagem. Saímos de casa sexta-feira à noite. Foi um fim de semana agradável, Léo preparou para que tudo se tornasse agradável. Admira-me o esforço dele para deixar-me bem. Eram 19h10 e estávamos a alguns passos da minha casa já. – posso tomar um banho na sua casa antes de ir para minha?

– Pode sim. – Entramos no estacionamento do meu prédio, retiramos as pequenas malas do carro e subimos. Léo foi direto para o banho, eu levei minha mala para o quarto, deitei na cama e fiquei mexendo no celular.

POV. German

Mensagem de: “Angie”

German, nós precisamos conversar.

Por favor, venha ao meu apartamento hoje entre as 19h30 e as 20h.

Eu preciso de você.

Beijo.

(Não responda essa sms, o Léo pode ver)

Eram 14h quando vi a mensagem no meu celular. Eu abri um sorriso de orelha a orelha, meu coração disparou e eu desci as escadas correndo para mostrar a mensagem para a Violetta. Ela estava sentada no sofá aos beijos com o León. Eu teria ficado realmente bravo vendo aquilo mas a sms da Angie havia deixado-me com um bom humor inexplicável, o qual nada no mundo faria com que ele acabasse. Eles pararam de beijar-se assim que notaram minha presença, eu parei em frente a eles com um sorriso radiante no rosto e eles adotaram um semblante confuso.

– Papai... É... Não vai mais acontecer. – Vilu falou referindo-se ao beijo.

– É, senhor Castillo, desculpe. – León falou. Fiquei sério e sentei-me entre os dois, fazendo-os desvencilharem.

– Eu teria ficado bravo com isso mas – eu pausei e sorri novamente – vocês não vão acreditar no que aconteceu. – Eu mostrei o celular para eles. Os dois aproximaram-se mais e leram a mensagem. Fiquei atento às reações dos dois. León arqueou a sobrancelha, olhou-me e sorriu.

– Boa, sogrão. – Ele disse dando tapinhas amigáveis em meu ombro. Eu fiquei sério e suspirei, fazendo-o ficar sério também. – Desculpa, senhor. – Eu sorri novamente.

– Está tudo bem, garoto, hoje você me chamar do que quiser. – Ele voltou a sorrir. Eu olhei para Violetta e ela sorria feliz.

– Eu fico tão feliz por vocês, papai. – Ela falou abraçando-me. – Espero que vocês se resolvam.

– Eu também, filha. Eu também. – Levantei-me e os olhei. – Eu vou sair para comprar algo para Angie, juízo vocês dois.

– Nós podemos ir junto se o senhor quiser. – Leon interveio e eu sorri. Eles levantaram-se.

– Eu sabia que você era um bom garoto. – Ele sorriu.

Qualquer outro garoto não hesitaria em ficar sozinho com a minha filha em casa. Aliás, onde eu estava com a cabeça para deixá-los sozinhos? Nós saímos de casa e fomos ao shopping. Eu ia dar um buquê a ela mas eu já havia feito isso, seria muita falta de criatividade, então decidi comprar um anel, o mais lindo que eu encontrei, e uma caixa de chocolates. Nós caminhamos mais um pouco pelo shopping e quando já eram 18h fomos embora. Cheguei em casa e fui direto para o banho. Pareci uma mulherzinha, escolhendo a roupa. Pensei em colocar terno, pois eu sabia que ela adorava quando eu usava terno, mas era muito formal para uma conversa na casa dela, acabei colocando uma calça jeans e uma camisa social branca. Coloquei os sapatos, passei o perfume e desci. Já eram 19h10.

– E então? – Parei em frente à Vilu e ao Leon novamente.

– Está lindo, papai. – Violetta sorriu.

– Que bom. – Sentei-me no meio dos dois novamente. – Agora é só esperar até poder sair de casa.

– Senhor, não chegue lá às 19h30, ela vai pensar que o senhor está desesperado.

– Mas eu estou desesperado.

– Tá, só que ela não precisa saber disso.

– Ela sabe disso. – Falei e Vilu riu.

– Tudo bem então. – Leon desistiu. Eu sorri para Vilu.

E então, garoto, o que pensa em fazer de faculdade?

– Ahn, eu vou tentar seguir carreira musical, senhor. – Eu franzi o cenho. – Estou estudando música no mesmo estúdio em que a Violetta quer entrar ano que vem. – Violetta jogou uma almofada no Leon, acho que não era para ele ter falado, e eu a olhei.

– Você não me falou a respeito disso... por que? – Perguntei calmamente.

– Porque eu sei que você não gosta que eu cante e eu pensei que ficaria bravo, papai, desculpa. – Suspirei.

Nesse momento, olhei para o relógio de pulso, eram 19h15 e eu já podia sair de casa, dava uns 15 ou 20 minutos até o apartamento da Angie. Voltei a olhar para Violetta e levantei-me.

– Nós conversamos sobre isso depois, Vilu. – Eu conferi se a caixinha do anel estava em meu bolso. – Estou indo. – Dei um beijo na testa dela, apertei a mão do Leon e, antes de sair, passei no escritório para pegar a caixa de chocolate e as chaves do carro.

xxx

Cheguei ao prédio de Angie e meu coração disparou. Subi e caminhei até a última porta do corredor. Bati cautelosamente e esperei até ela abrir a porta. Assim que escutei o barulho da chave, abri um sorriso de orelha a orelha, a porta abriu-se e eu estendi a mão com a caixa de chocolate, estendi para logo abaixar completamente decepcionado. Deparei-me com um Leonardo de tronco nu e coberto apenas por um toalha no quadril, o cabelo estava molhado, aparentemente havia acabado de tomar um banho. Será que aquele havia sido um banho pós-transa? Pensar nisso deixou-me possesso e extremamente decepcionado. Abaixei a cabeça e virei-me para ir embora. Ele deu uma risada sarcástica e fez questão de que eu a escutasse. Sem pensar, virei-me novamente, soltei a caixa de chocolate e coloquei a mão no pescoço dele, empurrando-o contra a parede mais próxima que havia dentro do apartamento da Angie.

– VOCÊ ARMOU ISSO, NÃO É? – Eu apertava sem muita força a garganta dele. – SEU CRETINO. – Ele ainda sorria.

– Eu queria ver sua cara de tacho ao perceber que agora quem a come sou eu. – Eu soltei o pescoço dele e preparei-me para socá-lo no rosto mas ele abaixou e eu acabei socando a parede. Nesse momento ele socou meu abdómen e empurrou-me longe, acabei caindo no chão. Ele subiu em cima de mim e apertou meu pescoço. – O senhor está velho demais para dar uma de briguento, Castillo. – Eu tentava tirar as mãos dele do meu pescoço mas não conseguia. – Aliás, como é perder a mulher que ama para um cara mais jovem e mais bonito? – Nesse instante eu consegui tirar as mãos dele do meu pescoço, ergui um pouco o corpo e soquei o rosto dele. De volta, recebi uns três socos bem cheios no rosto.

POV. Off

– O QUE É ISSO? – Angie chegou na sala e viu German sendo socado por Leonardo. – PARA, LÉO. PARA. – Ela deu alguns socos fracos nas costas dele e o puxou. Leonardo a olhou e levantou-se. – VOCÊ TÁ MALUCO, LEONARDO? – Ela olhou para German. Ele encontrava-se no chão com algumas escoriações no rosto. Angie voltou a olhar para Leonardo. – Vai embora, Leonardo, depois conversamos. – Falou um pouco alterada. Ele suspirou e caminhou até o banheiro. Enquanto isso, Angie ajudou German a levantar-se e levou-o até seu quarto. German sentou-se na cama dela e encostou-se na cabeceira. Eles escutaram a porta da sala bater, Leonardo fora embora.

– Desculpa por isso. – German murmurou e Angie suspirou.

– Eu vou buscar algo para fazer um curativo no seu rosto. – Angie foi até o banheiro e voltou com uma caixa de primeiros socorros. Sentou-se ao lado dele na cama e abriu a caixa. Começou a fazer os curativos, haviam apenas três ferimentos pequenos.

– Invertemos os papéis agora. – German falou.

– Por que?

– Lembra-se da briga que você se meteu em 2007? – Angie assentiu. Ela nunca esqueceu daquela briga, ainda mais porque, depois da briga, German a cuidou como ninguém.

– Como eu posso esquecer? – Ela falou com um fraco sorriso no rosto enquanto fazia os curativos no rosto dele.

– Eu fiquei desesperado ao vê-la daquele jeito. Quis cuidá-la e protegê-la de tudo e de todos. – Ele murmurou. – Ainda quero isso. – Ela suspirou e eles ficaram quietos. Angie terminou de fazer os curativos e ficou olhando-o.

– Pode me dizer o que está fazendo aqui e explicar o que você fez para o Leonardo ter batido em você?

– Então a culpa por essa briga é minha?

– Eu conheço o Léo, ele não é violento. – German suspirou e abaixou a cabeça. Retirou o celular do bolso e entregou-o a Angie.

– Veja a mensagem. – Ela pegou o celular e viu que a última mensagem recebida era dela. Franziu o cenho e voltou a olhá-lo.

– E-Eu não mandei essa mensagem, German. – Murmurou.

– Eu sei... Agora, eu sei. – Ele suspirou. – Quando li a mensagem, um sorriso abriu-se em meu rosto e uma esperança invadiu meu coração, eu fiquei assim o dia inteiro, Angie, feliz por pensar que finalmente ficaríamos juntos. – Falou baixo e devagar. Ele a olhou. – Até eu chegar aqui e ver o Leonardo, seminu, abrir a porta do seu apartamento.

– German...

– Eu fiquei com raiva, muita raiva, mas a decepção foi maior do qualquer outra coisa. – German abaixou a cabeça. – Juro que não quis provocar essa briga mas quando eu estava indo embora, ele riu de mim e eu não consegui resistir à vontade de avançar no pescoço dele. – Voltou a olhá-la. – Desculpa por isso, meu amor. – Angie abaixou a cabeça.

– German, desculpa, mas... o Leonardo que eu conheço não faria isso. – Voltou a olhá-lo.

– Então o Leonardo que você conhece não se apresentou direito. – German falou e suspirou. – Eu não estou mentindo, Angeles. – Falou sério. Angie engoliu em seco no momento em que ele a chamou pelo nome, há muito tempo ele não a chamava de Angeles.

– Tudo bem, conversarei com ele sobre isso.

– Conversará? – German perguntou um tanto indignado. – Angie, isso não é o suficiente para você acabar esse namoro?

– Não, German, – ela começou, um pouco alterada – o suficiente é me mandar uma carta dizendo que não me ama mais.

– Que droga, Angeles, – falou alterado e foi aumentando o tom – quantas vezes mais eu vou ter que dizer que eu fui obrigado a fazer aquilo? DEIXA DE SER ORGULHOSA E ENFIA LOGO DENTRO DESSA CABEÇA DURA QUE EU TE AMO. – Angie levantou-se e caminhou até a janela do seu quarto. German ficou olhando-a, levantou-se e caminhou até Angie, parando atrás dela. Colocou as mãos no ombro dela. – Olhe para mim. – Sussurrou. Angie virou-se e seus olhos estavam marejados. – Desculpa falar assim com você, – Sussurrou e passou a acariciar o rosto dela. – é que eu não sei mais o que fazer para que você acredite em mim. – Fez uma pausa e os dois ficaram olhando-se. Com o outro braço envolveu a cintura dela, grudando os corpos e fazendo-a arrepiar-se. – Eu te amo, Angie. – Sussurrou e beijou-a. Os beijos tornavam-se cada vez mais frequentes e aquilo, para Angie, não podia acontecer. Contudo, ambos sentiam que apenas os beijos não estavam mais satisfazendo-os plenamente, sentiam necessidade do contato de seus corpos nus. Ao perceber que o beijo ficava mais quente a cada segundo, Angie repousou as mãos no peitoral de German e o empurrou lentamente.

– Isso não deve acontecer, German. – Angie falou ofegante e virou-se para a janela. German suspirou e afastou-se dela. Sentou na cama de Angie e ficou olhando para o chão. Retirou a caixinha com o anel de dentro do bolso, ficou olhando-a por alguns instantes e então depositou-a na cama dela. Levantou-se, caminhou até Angie, deu um beijo na cabeça dela e foi embora.

POV. Angie

Assim que German partiu, comecei a chorar. Eu o quero, eu o necessito, mais do que tudo, mas não posso ceder, não posso ser fraca. Fiquei um bom tempo olhando para a janela e chorando, até que cansei de chorar. Virei-me, caminhei até a cama e sentei-me. Havia uma caixinha de anel em cima dela, a qual não estava lá antes. Meu coração disparou novamente e eu voltei a chorar. Peguei a caixinha e fiquei olhando-a durante um bom tempo, pensando no porquê ele faz as coisas de uma forma que eu não consigo odiá-lo e nem esquecê-lo. Retirei o anel que havia dentro dela, um anel perfeito e lindo, e o coloquei em um dos meus dedos. Deitei na cama e continuei chorando até adormecer. Mais uma vez eu estava chorando por causa dele, sofrendo por causa dele e, eu juro, não aguento mais isso. Tudo me leva a crer que German é, realmente, o homem mais maravilhoso que eu já conheci em toda a minha vida e que ninguém jamais conseguirá igualar-se a ele mas eu não consigo perdoá-lo. Eu o amo, eu preciso dele para ficar bem, eu adoro quando ele abre um sorriso bobo ao me ver e amo quando ele me abraça mas eu... eu não consigo. 


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Notas finais do capítulo

Ahhh, não sei quando postarei novamente por motivos de:::::nem comecei a escrever o próximo capítulo.