A Seleção escrita por Laah Felix


Capítulo 12
Rebeldes


Notas iniciais do capítulo

Olá meus Cupcakes :3
Como estão? Eu estou ótima, como o prometido que as atualizações voltariam ao normal aqui está um novo capítulo, Toda quinta e Sábado é dia de atualização de "A Seleção".
Enfim.. Beijos e Boa Leitura



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Hoje o prícip... Quer dizer o Damon, nos pediu para escrever uma carta para a nossa família, estava morrendo de saudades dos meus pais e irmãos, e claro, da chata da Ammy.

Pedi umas folhas de papel para as minhas criadas e uma caneta. Elas me entregaram rapidamente e saíram do meu quarto pra mim ter um pouco mais de privacidade.

"Querida família,

Estou com o coração apertado de tanta saudades, tenho que dizer que nunca pensei que passar só uma semana longe de vocês me faria tão mal assim, estou com saudades de cada detalhe de casa, antes que se perguntem apesar da saudades eu estou bem, minhas criadas cuidam muito bem de mim e todos do palácio são muito atenciosos com todas as Selecionadas, falando nas selecionadas tem umas garotas bem legais como a Bonnie e a Caroline, na verdade a Caroline é aquela loira 2, se lembra Ammy? Ela é muito legal e divertida, me arrisco a dizer que fiz uma boa amiga dentro dessa loucura.

Acho que vocês querem é mesmo saber do príncipe, ele até que é um cara bem legal com a gente, já tive um encontro com ele, e bom... Ele é bem respeitoso, não tem tanto o que se falar dele.

Juro que escreverei com mais frequência, estou com saudades de todos.

Amo vocês

Com Amor Elena Gilbert"

Coloquei a carta em um envelope e entreguei para um mordomo que passou recolhendo as cartas das selecionadas.

Decidi tocar um pouco de piano, me faria bem, quando fui pegar uma partitura me deparei com o Diário do Giovane Salvatore. Fazia um tempo que eu não o lia, então decidi largar o piano e ler um pouco.

Passei as páginas que eu já tinha lido, encontrei umas três páginas rabiscadas e uma havia um lindo desenho, uma garota com um belo cabelo de pontas cacheadas um rosto angelical e um sorriso encantador, Giovane deveria ter desenhado Melina, ela era realmente linda, passei a página e achei uma pequena descrição.

"Ontem teve um ataque dos malditos sulistas, estou já cheio deles, cheio de tudo isso, nunca escolhi ser príncipe, nunca escolhi ser nada disso, só queria ser normal, posso ser tudo, menos normal.

25/05"

O que diabos seria os sulistas?

Passei mais uma página.

"Hoje tive um encontro nada agradável com a Mary, estou um tanto angustiado, faz dois dias que não vejo Melina, perguntei á suas criadas o problema, mas elas somente responderam que sua senhora precisava descansar, irei visita-lá hoje, melhor tomarei coragem de ir até os aposentos dela.

26/05"

Lucy entrou no quarto e me avisou sobre o almoço que estava para ser servido, guardei o diário onde ele estava antes e desci até a sala de jantar, me sentei no lugar habitual, junto de Hayley e Sage, olhei para a cabeceira da mesa e vi que o príncipe estava olhando sorrindo para mim, ele meu deu uma piscadela e eu sorri de volta, olhei para a Caroline, que mexia em seu pato com laranjas de um jeito sonhador e um sorriso um tanto... Apaixonado? Sim... Essa era a palavra certa, Caroline estava com um sorriso apaixonado, será que ela já estaria se apaixonando pelo o príncipe? De todas as garotas dessa mesa, ela seria sem dúvida alguma a melhor rainha.

Quando um belo pedaço de pato iria ao encontro da minha boca um estrondo muito forte, um tiro, sim aquilo seria um tiro, todas nós nos olhamos assustadas, outro barulho igual segundos depois foi ouvido, um guarda entrou afoito e foi direto ao rei e sussurrou algo em seu ouvido, ele imediatamente olhou para os filhos e a esposa, a família real se levantou apressada, foram até as grandes janelas e apertaram um tipo de botão e grandes cortinas de aço desceram até o chão fechando as janelas, as portas antes de madeiras trabalhadas em instantes se transformaram em grande portas de ferro.

Estávamos sendo atacados pelos os rebeldes.

– TODAS AGORA PARA O FUNDO DA SALA! - A voz imponente do rei soou nos nossos ouvidos, todas fomos rapidamente.

Outro estrondo pode ser ouvido lá fora, As meninas estavam umas abraçadas ás outras, eu era uma das menores castas ali, já vivenciei um ataque rebelde de perto, mas não gosto de me lembrar disso.

"Eu tinha doze anos, estava com Jeremy como sempre no meu encalço, minha mãe tinha me pedido para ir á feira comprar umas cenouras que estavam faltando para o guizado que ela iria preparar para o jantar de aniversário do papai.

– Elena! - Meu irmão na época com 10 anos reclamou - vai demorar muito?

– Eu avisei que andaríamos bastante! - Revirei os olhos - Agora cala boca Jeremy.

Ele bufou e continuou a andar atrás de mim com a cara amarrada.

O centro de Carolina é um dos mais bonitos de todo o país, algo de se encher os olhos, a arquitetura gótica da cidade é algo lindo, ela é muito dividida, na parte sul é onde está os ricos, da casta três á cima, na parte norte são os pobres da quarta casta á baixo, mas no centro fica o verdadeiro e grande comércio, é um dos estados mais ricos depois da capital, Angeles.

Paramos em frente á banca onde tinha umas cenouras muito bonitas.

– E-elena - Jeremy puxou a barra da minha blusa

– O que foi Jer? - Perguntei impaciente

– Está ouvindo isso? - Ele perguntou

– Ouvindo o que?

Então eu ouvi um estrondo muito forte, como se fosse tiros e bombas, e logo senti o cheiro de fumaça, me virei e olhei um monte de homens sujos vindo em nossa direção, de onde eles vinham tinha muito fogo, puxei meu irmão pela a camisa e tentei correr dali.

As pessoas nem se importavam se éramos crianças ou não, simplesmente nos empurravam como se fossemos sacos de batatas no caminho, Jeremy se desprendeu da minha mão, olhei para todos os lados em meio ás chamas e aos tiros e pessoas correndo, mas não achei nenhuma pista dele, tentei correr o mais rápido o possível e olhei para todos os lados.

– CORRAM, OS REBELDES CORRAM! - Ouvi a voz de alguém naquele breu, eu já tinha ouvido falar deles no jornal, e também sabia que aquilo não era coisa boa.

Droga cadê o imbecil do Jeremy.

Senti alguém ou alguma coisa puxar meus cabelos com brutalidade.

– Olha Mike, a gracinha que eu achei aqui! - O homem que havia me agarrado cheirava á bebida destilada barata, suor e sujeira.

– Ein Bill, bom achado, coloca junto com a loirinha. - O Homem, Mike, de dentes amarelos sorriu pra mim.

Bill me segurava com força por trás, tentei me debater mas era quase impossível ele era muito forte.

– Fica quieta sua cabritinha - A voz forte de Bill vociferou na minha orelha - Se não te faço partir desse mundo mais cedo.

Um arrepio passou pela a minha espinha, eu era muito nova para morrer, tentei gritar por socorro, ele colocou a mão na minha boca, a única coisa que me passou na mente, mordi a ponta de seu dedo indicador com tanta força que juro que senti os ossos e o gosto horrível de sangue na minha boca.

– SUA CADELA! - O Homem nojento gritou, ele me soltou em um movimento rápido me soltei das mãos dele, mas é claro que ele não deixaria assim, pegou rapidamente um canivete e tentou me acertar na barriga, só que com o meu movimento ele pegou em cheio a minha coxa, um corte de uns 16 cm por toda a extensão dela.

Consegui correr para longe daquele louco, e achei o Jeremy encolhido por de trás de uma banca de frutas, o catei pelo o braço e corri para o mais longe dali.

– Você está sangrando Lena! - Me alertou o meu irmão

– Eu sei, seu idiota, agora anda!."

Toda vez que eu ouço a palavra Rebeldes, sinto o cheiro daquele homem nojento e a cicatriz na minha perna formiga.

Sinto alguém tocar no meu ombro.

– Tudo bem Elena? - Era o príncipe, só agora eu percebi que estava parada no meio do Salão.

– T-tudo sim! - Tentei sorrir

– Você está chorando? - Ele me perguntou descrente

– Não! - Olhei pro Chão - Melhor eu me juntar ás meninas!

Andei até onde a Caroline estava, soluçando a abracei pelos os ombros para tentar acalmá-la e tirar todas aquelas lembranças da minha mente.

– Ei.. Calma... Xiiu! - Ela estava chorando muito

Olhei em volta a percebi quantos guardas haviam ali para proteger a família real e as selecionadas, o rei junto á rainha e a princesa estavam colados á porta sentados, deveria ser, caso acontecesse alguma coisa, eles seriam os primeiros a morrer, como se fosse algo relacionado á honra.

O Príncipe andava pelo o local tentando consolar algumas garotas, e olha tenho que admitir, ele era horrível fazendo aquilo, se a situação não fosse tão trágica eu certamente riria.

– Me ajuda - Ele chegou do meu lado - Não sei o que fazer com tanta mulher chorando - Sussurrou só para que eu pudesse ouvir, soltei uma risada e ele me olhou bravo.

– Desculpe, dê batidinhas nas costas.

– Ãhn? - Perguntou sem entender

– Dê leves batidinhas nas costa e diga que ficará tudo bem, isso sempre funciona com mulheres normais - Dei de ombros

– Você certamente não se encaixa no grupo de mulheres normais, certo? - Perguntou sorridente

– Totalmente certo meu príncipe.

– Preciso ir, tem outras moças precisando ser consoladas - Ele sorriu e se afastou.

Sorri de volta e voltei a abraçar Caroline, que estava ainda altamente assustada.

Certamente seria um dia muito longo.


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Notas finais do capítulo

Então, me digam o que acharam :3
Gostaram?
Mereço reviews? Recomendações?
Obrigada a todos os reviews, responderei assim que der, mas eu leio e releio cada um deles com todo o carinho do mundo :3
Beijos minhas lindas e até sábado



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