Chertov (Fic Iterativa) escrita por Loraveii


Capítulo 3
Odin (um): Chá com a vovozinha


Notas iniciais do capítulo

CupCake: CIAOSSU ~ SEI QUE TA TARDE ~ MAS EU VOU POSTAR AGORA PORQUE SE NÃO SÓ DEUS SABE QUANDO VOU CONSEGUIR POSTAR DE NOVO e-e''
LEITORAS FANTASMAS PODEM ACABAR TENDO PERSONAGENS FANTASMAS TAMBÉM DESU PYON ~
Espero que as senhoritas mandem reviews ~ Se acalmem que todas as fichas vão aparecer, mas com calma desu pyon e-e

Como é minha primeira experiência com fichas, espero não ter feito algo horrível! Feedbacks são importantes para que eu continue com ânimo ~ As autoras dos personagens podem me mandar dicas, xingamentos, dizer se ta errado alguma coisa, e me lembrar de alguma coisa ~

Espero que gostem ~



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Antes mesmo que Nevi pudesse pensar em sair, duas pessoas entraram na sala onde ele estava, daquele imponente museu. Tinham roupas de oficiais verde-escuro, cheios de medalhas de condecorações, calças pretas e botas de cano alto especiais para neve, luvas brancas e os dedos cheios de anéis, e o mais alto usava um Ushanka em sua cabeça. Percebia-se pelo porte fisíco que um deles era uma menina, magra e pequena. As máscaras que usavam deixavam claro de que famiglia pertenciam, Giegue os conhecidos "Grave Diggers" (coveiros).


– Privet – disse um dos presente tirando a máscara que lembrava uma caveira.





Esse fato fez Nevi ficar mais confortável, pois assassinos profissionais jamais iriam se desfazer de sua proteção para falar com um inimigo, mesmo que pensasse matá-lo, era um sinal de confiança e não de hostilidade. Seus olhos âmbar cintilavam com astúcia, seus cabelos eram incomuns, curtos e arrepiados, uma confusão de preto e branco. Era alto, ao lado da pessoa ao seu lado poderia se dizer que era um gigante, magro com uma aparência forte, os traços eram selvagens e instigadores. Sem esperar uma resposta, continuou a falar em russo – Creio que você não faça ideia do que está lendo.








– E você faz? - sua voz era monótona, mesmo em um idioma tão forte.









Não era como se Nevi tivesse medo de ser abordado por estranhos, que provavelmente pertenciam a máfia, e ele estava enferrujado nesse idioma complicado. Afinal, aquela era uma seção do museu proibida para pessoas comuns, e ele não entrara ali da forma, digamos, autorizada. Ele simplesmente não queria ter que lidar com isso agora.









– Mais do que gostaria de admitir – seus olhos se estreitaram e um sorriso sombrio surgiu em seus lábios – Vejo que o seu Russo não é dos melhores, por isso perguntei se estava “entendendo”. É muitíssimo fácil se enganar com um alfabeto tão diferente do que se está acostumado.









– É normal aqui na Rússia caveiras ambulantes ficarem dando lições do seu idioma por ai?









– Calma nebol'shoy¹, quem sabe você precise de umas lições da caveira aqui sobre quão fria pode ser a terra a sete palmos – a menina que até então estava calada pareceu irritada com o temperamento de Nevi.









Ela tirou a máscara, era ainda mais baixa que o pequeno de cabelos azulados, ela deveria ter 1,45 m, enquanto o jovem ao seu lado tinha 1,89 m e Nevi 1,55. Sua pele era pálida, tanto que sua vida parecia ter sido sugada, e ela era apenas um fantasma. De fios castanhos chocolate, cortados na altura dos ombros, com duas mechas maiores na frente, e o restante repicados, eram ondulados nas pontas. Os olhos eram grandes e estavam voltados diretamente para Nevi, eram âmbar, um pouco mais claro que os do jovem ao seu lado. Era magra, e nada fisicamente desenvolvida, parecia ter uns 14 anos no máximo.









– Nyx, minha fofa deixe o menino em paz – disse de forma brincalhona, ao ouvir a palavra “fofa” a pequena mordeu o lábio inferior sem jeito, bufando.









– Você é um cão inútil Smert! - disse chutando os calcanhares do garoto









– Ela não é um amor? Só não se apaixone por ela - agora falava no idioma de Nevi, o qual estava olhando a cena com sua falta de expressão total. Sussurrou ao ouvido do pequeno – Ou arranco o seu fígado com fio dental.









– Oh, que pena, havia sonhado em encontrar uma desconhecida e roubá-la de uma caveira ambulante! E a propósito, vendi meu figado no mercado negro... – seu tom de voz que era sempre o mesmo, e monótono, não deixavam nenhum sentimento transparecer, além de uma pitada de sarcasmo óbvia.









– Lamento meu jovem, mas você não ia querer aturá-la, é terrível! De todas as for- Foi interrompido por uma mesa que veio voando do outro lado da sala de encontro com sua cabeça.









– “insira uma série de xingamentos em russo” VOCÊ NÃO DEVERIA FICAR ANDANDO POR AI COM ESSA CABEÇA CHEIA DE VENTO SEU CADÁVER DE CÃO SARNENTO E IMPRESTÁVEL! VÁ. LOGO. AO. ASSUNTO. OU ACHA QUE TEMOS A VIDA INTEIRA HEIN? VOCÊ VEIO AQUI PRA TOMAR CHÁ COM A VOVOZINHA, FOI?









– Não disse … ter-rí-vel... - ele deu um meio sorriso para ela, que a desarmou – Você quer que eu termine com isso logo para poder ficar com você... não é? - ele se aproximou tirando uma mecha de cabelo do rosto dela colocando-a atrás da orelha.









Logo após recebeu um carinhoso chute no meio das pernas, e a pequena saiu vermelha derramando um balde de xingamentos, deixando Nevi e Smert sozinhos. Após um suspiro, o jovem se virou olhando para o de fios azulados com um sorriso indecifrável no rosto.









– Pequeno Streva, acho que está na hora de esclarecermos alguns fatos que estavam naquele livro. O qual não é lá uma fonte muito segura para se confiar.









– Me parece ser mais seguro do que mesas que saem voando por ai... E como sabe o meu Sobrenome? - Nem Nevi se lembrava dele. Vai ver passar tempo de mais com o Squalo-senpai dá nisso, daqui a pouco eu posso começar a conjugar "voi" como se fosse um verbo" - ele pensava.









– Huh … você não viu nada. Eu vim aqui para te ajudar a lembrar de algumas coisas, e também, você parece pouco informado sobre esses acontecimentos.









– Desculpe, eu estava indo tomar chá com a minha vovozinha... ela vai ficar chateada se eu não for.









– Acredite, ela não vai poder te dar as respostas que deseja, já eu, possuo muito a oferecer – o jovem se aproximou e mordeu a orelha do menor – Você ao menos lembra do que aconteceu à 10 anos atrás?









– Lembro tão bem, quanto sei todos os 100 primeiros dígitos do PI...









Nevi engoliu a seco, um nó se formou em sua garganta. Esse era um assunto do qual não gostava de tocar, “deixe a carniça bonitinha ali, se ficar mexendo vai feder mais”, era o que ele pensava. Mas após ler aquele livro, ele lembrou de seu pai, algo que até então ele não possuía memória alguma. Essa era uma verdade sobre Nevi, todas as sua memórias começavam com as lembranças de uma casa em chamas e Fran. Desde então ele viveu alguns anos com Mukuro e todos os outros na Varia. Sem rostos para sentir saudades, sem família, sem passado. Sua vida começou aos 9 anos.










– Você não parece uma boa companhia para um chá … mas aceito se puder comer Kartoshka² – os olhos azuis profundos de Nevi analisavam Smert, que o olhava de forma tão... tão... selvagem era a única palavra para aqueles olhos afiados e instigantes.












– Desculpa não ser sua vovozinha – bagunçou os fios azuis, nenhum sorriso havia no seu rosto – Mas acho que as Kartoshka² não vão lhe decepcionar.












Esta seria uma longa conversa que Nevi não sabia se estava preparado para ouvir.











1













O lugar podia ser o mais bonito, o maior, o mais atrativo possível para qualquer um que não fosse ele. Mas isso não melhoraria o humor de alguém que foi arrastado para uma festa em um parque temático no sul da Rússia. Era em céu aberto, porém o dia estava nublado e frio. Era em um imenso terreno cercado de árvores, que mais parecia o central park. Brinquedos de todos os tipos estavam espalhados, desde montanhas-russas, carrosséis, rodas-gigantes, e centenas de barraquinhas.














Lá estava ele, um jovem de 12 anos que tinha uma cara de sono espantada em seu rosto, e as olheiras emolduravam os olhos vermelho-sangue. Era alto para a sua idade, os cabelos eram brancos, e curtos e possuia uma rala franja curta acima das sobrancelhas. Já não fosse o suficiente terem o acordado tão cedo para um evento tão estúpido quanto um aniversário. “Pra que comemorar todo ano, algo que aconteceu uma vez?” Para ele só servia para lembrar que as pessoas estavam morrendo. Mas aquele lugar conseguia ser ainda mais desagradável, era um inferno! Apesar do lugar ser enorme, havia uma grande concentração de pessoas. Ele imaginava se tinha alguém tão infeliz quanto ele ali. Odiava estar ali, odiava ser obrigado a estar ali. Quando acordou estava no carro ainda usando seu pijama, sua sorte era que dormia de calça, tudo que fez foi acrescentar sapatos e uma camisa branca social.










– “Você precisa fazer amigos” - imitava o tom de voz usado por Allucard, seu pai adotivo - “Alguém que não possuí contatos é menos que nada na máfia” - repetia irritado – E EM UMA FESTA INFANTIL ONDE O QUE MAIS TEM É PALHAÇOS E CRIANÇAS MENOS DE 5 ANOS VOU ENCONTRAR MUITOS CONTATOS INTERESSANTES QUE POSSUEM UM VOCABULÁRIO MUITO DIVERSIFICADO... O ÚNICO CONTATO QUE QUERO É COM O MEU COLCHÃO! - ele chutava um dos postes de iluminação que estava desligado. Uma menininha segurando um enorme algodão doce o olhava, ele apenas se virou sorrindo diabolicamente sussurrando um: “Jogue-se da minha frente, agora” mas ela continuava o olhando fixamente. Foi ai, que “ele” apareceu.







– Da próxima vez tente jogar ela pra longe você mesmo, talvez assim funcione – um pequeno menino de olhos azuis tão profundos, e cabelos azuis-everdeados que ficavam mais escuros a medida que o comprimento se aproximava das pontas, que acabavam nos ombros. O pequeno olhou pra menina e disse – Sabia que algodão doce é apenas pele de ovelha com açúcar? Você está matando ovelhinhas – a menina o olhou com os olhos cheios de lágrimas, largando o doce no chão e saindo correndo.








– Não me lembro de ver anões de jardim falando coisas tão arrogantes








– Você sabia que em alguns lugares da Africa albinos são assassinados para serem usados em rituais? Pode me chamar de Nevi, divertido ficar chutando postes de luz não?





– Lecter. Pelo menos é melhor do que ter que aguentar todo o resto - ele bufava irritado.


– Quando você diz resto, brinquedos, crianças, e adultos bobalhões? Ou fala dos palhaços?


Até então estava sendo fácil aguentar a quantidade de pessoas, o sono, mas os palhaços que estavam por todos os lados estavam o deixando a cada segundo mais irritado. Era só olhar para uma daquelas criaturas e seu sangue fervia e gelava ao mesmo tempo. Será que aquele anão de jardim havia percebido isso? Era estranho, até então ele via todas as crianças do mundo como demônios em miniatura que serviam para causar o envelhecimento dos seres humanos, mais chamados de “pais”, as vezes isso se estendia por todos os envolvidos. Mas aquele pirralho sem expressão, e com a língua afiada o fizeram mudar de opinião, ele passara a gostar um pouco mais de crianças.





– Você fala de mais, para um anão. Quantos anos você tem?








– Tenho 6, você parece um lobo Len, com esses cabelos brancos e olhos vermelhos. Vem, vou salvar você dos palhaços assassinos – ele puxou Lector sem nem ao menos questionar se o outro queria. O arrastou pelo caminho mais afastado da multidão e foram para a roda-gigante. Nevi balançava o compartimento, e quando parou lá em cima o albino lembrou de dizer.









– Não fique dando apelidos para pessoas que mal conhece, um dia vai acabar sendo lançado em queda livre por algum maluco.









– Você pode tentar Len-senpai, quem sabe eu vire uma fada e saia voando … - ele abriu a janela e olhou para fora, depois se voltou para Lector e disse – Apesar de um lobo solitário, você é uma companhia agradável. E me deve um presente de aniversário.









– Essa festa … é sua? - disse um pouco impressionado.









– Não, mas eu gosto de ganhar presentes – ele o olhou sem expressão, e Lector sentiu uma vontade de apertar o pescoço daquela criatura, mas ao invés disso, riu de forma descontraída, como a tanto tempo não fazia.











O despertador soava irritante, e foi quebrado por um punho furioso e irritado. Era apenas mais um para um pilha de destroços. Não adiantava avisar a sua faxineira que ele odiava aquelas pequenas caixinhas de som criadas no inferno, ela sempre trazia um novo e deixava programado as 7 h da manhã.














O albino agora com 22 anos portava aquele mesmo sorriso no rosto, havia tido um bom sonho. Era bom lembrar de como havia ganhado seu apelido, e de que forma passara a amar tanto crianças, ao ponto de odiar ver qualquer um fazendo mal a alguma delas. Refletia "ele" em cada uma delas. Ao se levantar, usava apenas uma cueca box por não estar fazendo muito frio. E ao abrir a janela de seu quarto, que ficava num cantinho












Lecter Von Killder, gostaria de solicitar seus serviços para assassinar um perigoso indivídup que ameaça o bem-estar de toda a máfia. Se possível, vá imediatamente para a Rússia. Irá reconhecer o alvo assim que o ver.








As coordenadas e sua passagem encontram-se dentro do envelope.








Gostaria de saber o que eu tenho a ver com isso … - o homem deitou-se na cama e dormiu novamente.









2

 

 






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Notas finais do capítulo

GOOGLE-SAN VEIO TIRAR AS DÚVIDAS~

Giegue: http://reborn.wikia.com/wiki/Giegue_Famiglia

Privet: Olá em russo

nebol'shoy: De acordo com o google tradutor, significa pequeno

Smert: De acordo com o google-san, significa morte ~

Batatas recheadas (Kartoshka) também são bem consumidas. É uma opção mais barata e é vendida muitas vezes em barraquinhas ao redor dos pontos turísticos.

Imagem do Smert: http://s2.zerochan.net/KAITO.full.323158.jpg e http://www.wallgc.com/images/2012/12/zombie-loan-2-bloody-anime-world.jpg (o de cabelo branco e preto)

Nyx: http://s2.zerochan.net/GUMI.full.1286421.jpg e http://s2.zerochan.net/Eye.Sensor.full.797717.jpg

Lecter:http://24.media.tumblr.com/tumblr_mcls83NuFj1rirx8ko1_500.jpg

Aviso que mandarei mps para que as autoras decidam o rumo de seus personagens ~ Ciao ciao ♥



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