Chertov (Fic Iterativa) escrita por Loraveii


Capítulo 4
Dva (dois) - Pônei cor de rosa


Notas iniciais do capítulo

Ciaossu pessoal ~ Estou aqui com mais um capítulo giganorme e-e' Espero que gostem, nesse o meu amado Smert não aparece e muito menos o Nevi atualmente.

Nevi: Sempre estão me tirando pra anão '-'

CupCake: Por que será?
Bem, as aparências dos personagens estarão abaixo para referência:

Angelique: http://fc09.deviantart.net/fs71/f/2011/329/4/9/luka_03_by_r_ena-d4h8tks.jpg

Ethan: http://fc06.deviantart.net/fs71/f/2013/086/f/5/fushimi_saruhiko_render_by_arisusaruhiko-d5zfdax.png

Serena: http://i.imgur.com/GFBBl.jpg



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7 am. Japão, setembro 27.


Essa era um futuro onde depois do enfrentamento de Tsuna e todos os seus aliados contra Checker face os arcobalenos tiveram a maldição removida e com o tempo após os resíduos que os ligavam ao trinesett terem desaparecido do seu corpo voltaram ao normal. Assim cada um voltou as suas atividades de antes, Lal e Colonello acabaram finalmente se casando depois de muita birra. Verde estava desaparecido desde o ocorrido de 10 anos atrás. Uni havia conseguido vencer a maldição familiar e passou a cuidar de sua famiglia volta e meia visitando seu “tio” Reborn que permanecera ao lado de Tsuna por todos esses anos o ajudando e aconselhando. Porém havia alguns anos que um acontecimento o fizera se deslocar a mando do décimo para uma cidadezinha onde ele encontrou parte de sua família. Depois de várias coisas acabou que sua prima Serena passou a viver com ele.


Agora viviam em uma casa próxima as instalações da Vongola. Ainda era cedo, mas a jovem Serena já estava acordada e isso significava que ninguém mais iria dormir. O som estava ligado no máximo e um rock pesado fazia as instalações da casa estremecer. Ela tinha cabelos longos e lisos até a metade das costas, eram azul-escuro opacos e seus olhos que brilhavam de animação eram azuis um tom mais claro e bem mais vivos. Tinha curvas medianas, pele branca e coxas sinuosas que chamavam atenção, sua altura era mediana. Na cozinha preparava o café da manhã enquanto cantava acompanhando a música que mais pareciam na opinião de Reborn apenas gritos indistinguíveis. Ele descia as escadas, a casa era pequena e aconchegante, possuía dois andares. Olhou a menina que carregava seus fones de ouvido no pescoço se perguntando porque não os usava de manhã.


– Chaos … Serena, baka! - deu um peteleco em sua cabeça o que chamou a atenção da jovem desatenta até então, que estava fixada em suas panquecas.

– 'dia Reborn... acordou cedo hoje! Estou fazendo panquecas para nós... - ele resmungou um “como se alguém da vizinhança inteira pudesse ao menos pensar em dormir...Ela apenas sorria, ainda vestia sua camisola comprida de seda preta.

– Bem, já que está acordada posso falar com você logo antes que fique surdo.

– Claro, pode falar Reborn – ela se apoiou pelos cotovelos na bancada, ele a olhou esperando que entendesse que era necessário abaixar o som. Logo que ela o fez, ele se sentou diante dela e tomava apenas café preto.

– Então, já que você é um constante incômodo para o meu sono vou mandar você para a Varia – disse o homem sorrindo de maneira maliciosa.

– Mas … mas .. Primo! Você não pode se livrar de mim só por causa disso!

– Você duvida é?

– Bem... não … mas, sei que você não vive mais sem mim – ela sorriu de forma infantil e recebeu um cascudo em troca. Reborn ajeitou o chapéu.

– Tirando o fato de você me perturbar com isso que chama de música, vou precisar de você por lá, pelo bem da Vongola.

– Sendo assim, vou ir agora mesmo! - ela se apressou em sair pela porta.

– Que bom que esteja tão prestativa hoje, mas acho que seria uma boa ideia tirar a camisola antes.

– H-hai … - olhou para si e corou de vergonha, subiu as escadas correndo animada – Finalmente as coisas vão começar a ficar animadas desu nee ~



1



10 am. Japão, setembro 27


Yamamoto andava de um lado pro outro preocupado com um jovem que estava levando-o a loucura devido ao mal comportamento, e suas atitudes de príncipe mimado unidos com um ego enorme e egocêntrico. O moreno alto e guardião-da-chuva abriu a porta de um dos quartos que haviam na sede da Vongola no Japão, os acontecimentos atuais estavam o preocupando e ele sabia que em breve algo viria à tona, e aquele jovem iria precisar estar no devido lugar recebendo um treinamento adequado, não só para suas habilidades mas para seu temperamento mimado. Nada melhor do que deixá-lo nas mãos de alguém capaz de realizar essa tarefa problemática.

Ele alisava os fios pretos, curtos e espetados, suspirava e sorria sabendo como seria difícil ter que acordar aquele que dormia profundamente abraçado em um enorme pastor alemão.


– Ma .. ma … O que vamos fazer com seu dono Summer, acho que ele não vai gostar muito … - o moreno olhava para o jovem que possuía fios curtos e pretos, era alto e magro e de pele bem pálida, e seus óculos estavam largados ao lado do travesseiro. - Ethan … preciso que você acorde, agora.


Um pequeno murmúrio abafado saiu do jovem que abriu os olhos irritados, sua expressão estava sombria e assustadora.


– Por Hades! O que o fez vir me perturbar tão cedo Yamamoto-senpai? Espero que seja algo bem interessante, ou vou ter que te mostrar como o tártaro pode ser mais divertido do que me acordar? - ele cambaleava se aproximando de Yamamoto, usando apenas uma calça de moletom preta.

– Hahahahaha, como sempre você acordou de ótimo humor Ethan – ele esfregava as mãos em seus cabelos enquanto sorria despreocupado – Mas acho que você vai gostar da notícia.

– Hummm … por Odin! Fale logo antes que eu desligue de tanto tédio... - ele sentou-se na cama, e colocou a mão na frente da boca abafando um bocejo.

– Tsuna decidiu que seria uma boa ideia você ter um treinamento mais aplicado...

– E isso quer dizer que vai passar a me obrigar a madrugar por acaso?

– Ma ma … isso quer dizer que você vai ir para a Varia, é melhor se apressar, saímos em uma hora.

– Varia? Eu vou treinar com o cabeça de peixe que te ensinou huh? Gostei da ideia de ir para o esquadrão de assassinato! - o mais velho sorriu grato por não ter que convencê-lo do assunto, saiu deixando o jovem se arrumar. Ele acabou colocando uma camiseta preta de alguma banda que Yamamoto desconhecia, e que a autora está com preguiça de descrever, colocou uma calça jeans e um all star preto, pegou sua espada e chamou Summer seu pastor alemão. Logo ele estava dentro de uma Mercedes preta, e dormia atirado no banco de trás.


– Ma ma … que menino complicado... Espero que Squalo cuide bem dele – Yamamoto olhou pelo retrovisor Ethan que deitava por cima de Summer e segurava sua espada com a mão que pendia para fora do banco.


2


A mais nova família Lannes estava começando a se habituar as formalidades sociais, e comemoravam o aniversário da pequena Aury que fazia 2 aninhos. O salão da mansão estava repleto de pessoas das mais diversas localidades. Tudo era suntuoso e belo, o lustre do salão, as grandes escadarias, as mesas bem dispostas, os garções levando e trazendo toda espécie de comidas e bebidas das mais refinadas. Mulheres e crianças, homens e jovens, todos bem vestidos com roupas de gala. Era uma festa à altura de uma princesa.


Aury andava pelo salão acompanhada de sua mãe que portava um sorriso alegre e orgulhoso no rosto. Era um dia para se comemorar, e lá estava Angelique mantendo um sorriso constante, tanto que chegava a doer. Ela tinha 10 anos, e seu temperamento começava a ser forjado, a pequena de olhos azuis brilhantes, fios róseos tão incomuns quanto belos, pareciam uma rosa ao desabrochar, uma franja rebelde passeava pelo rosto dela enquanto caminhava, seus cabelos ondulados estavam crescendo rápido, ficavam na altura da metade de seus braços. Era magra e já era elegante ao caminhar, sua pele branquíssima, de traços sutis e delicados, e a estrutura de um flor, fina e delicada com seu vestido vermelho sem mangas cheio de bordados em um tom mais claro.


Já estava cansada de cumprimentar uma série de adultos que insistiam em comentar sobre o quanto ela crescera, e como estava ficando bela.


Como se eu precisasse que velhos bêbados me dissessem o que eu já sei... hunf...” - disse ela enquanto sorria e acenava para seu pai do outro lado do salão. Ele se aproximava trazendo consigo uma criança pequena, parecia ser só um pouco mais velho que Aury. Seus olhos grandes e redondos de coloração azul tão profunda quanto a falta de expressão que carregavam, tinha duas marquinhas sutis abaixo do olho, eram pretas, pareciam dois risquinhos. Seus fios eram curtos, num corte típico de criança, repicados e rebeldes eram de um tom verde azulado que escureciam nas pontas puxando o tom de azul dos seus olhos. Ele era tão branco e pequeno quanto Angelique e possuía o mesmo nariz arrebitado e braços e pernas finos, e vestia um conjunto de terno e calção até os joelhos no estilo inglês, o conjunto era azul-escuro com detalhes em preto.


Querida, esse é Nevi, filho de um dos convidados amigos do papa. Espero que cuide dele minha Aimeé” – o pai dela simplesmente deixou a criança ali, a menina apenas sorriu vendo o homem se afastar.


O menino a olhava inexpressivo, alguma coisa nele era peculiar. Ela pegou uma das mechas de seus fios róseos e começou a enrolá-lo em seus dedos, essa atitude a acalmava quando estava nervosa. Não podia simplesmente largá-lo ali e já estava cansada de ter que socializar com todas aquelas pessoas.


Então, você é o Nevi pequenino?” - ela sorria tentando ser simpática, mas a palavra pequenino escondia sua verdadeira intenção.

Bem, seu pai acabou de falar isso, não acho que ele tenha cara de mentiroso” - o menino inclinou um pouco a cabeça para o lado esquerdo.

Realmente, papa falou, eu só queria confirmar... né Nevi, eu me chamo Angelique Aimée Lannes” - sorriu fazendo uma mesura educada como uma princesa, se curvou segurando a lateral do vestido.


Para qualquer um que olhasse Angelique representava uma jovem animada e sorridente, sempre muito alegre e bem disposta, o que gerava centenas de elogios sobre como a primogênita dos Lannes era maravilhosa.


Angel... Que nome mais comprido para um pônei” - o menino nem tentou terminar o nome complicado, e muito menos se via nele um sorriso ou qualquer sinal de simpatia.

Hahaha, você tem um senso de humor interessante”

Eu não estou rindo, estou?” - o menino bocejou indiferente.

– Não me interessa de quem essa criaturinha infantil é filho, se continuar com isso vou arrancar sua língua afiada com minhas unhas.


Angelique estava se irritando com o desleixo e a inexpressão do menino, sem falar é claro de como a tratava, com que direito aquele insolente falava daquela forma com alguém tão superior como ela? Mas sua resposta era manter o sorriso, afinal, não iria arruinar sua boa reputação por causa de alguém como ele.


Que tal conhecer a casa, huh? Posso te levar para brincar no quarto de minha irmã” - pensava na oportunidade de poder largá-lo em algum canto, ou esquecê-lo trancado em alguma das muitas salas da mansão.

Não quero ficar andando por ai com alguém que mais parece um pônei rosa... E eu tenho 5 anos, não 2... Achei que você fosse mais esperta”

Quem saber possamos ir no jardim?” - Como ele podia a desafiar a tal ponto? Era como se a estivesse testando os limites. Ele mal parecia ter a idade que tinha.

Podemos acabar encontrando mais fadas coloridas como você?” - ela o olhou vacilando o sorriso por um momento, mas se recompondo na mesma velocidade.

Ora ora, Creio que não temos fadas no jardim Nevi” - mas depois que eu enterrar você da cintura para baixo teremos um anão... Ela deu tapinhas suaves nos fios azul-esverdeados como que compadecida dele. E ele ainda tem coragem de falar dos meus cabelos? Jogou os fios róseos para trás dos ombros de forma orgulhosa e olhando-o com um desprezo escondido por seus sorrisos.

É uma pena que suas amigas não estejam presentes...”

O que vou fazer com você criaturinha peculiar...Não tenho ideia do que posso fazer para agradar-te” - suas palavras polidas escondiam seu sarcasmo e desprezo.

Pode continuar com isso e eu posso deixar a sua noite ser um verdeiro desespero, ou podemos colaborar moça com cabelo de pônei”

C-cabelo de pônei … Como você consegue ser uma criança tão adorável?” - ela se segurava para não beliscar o pequeno, que a olhava sem ânimo.

Eu realmente me esforço fada do arco-íris...”

Quem sabe eu deva te levar para conhecer as salas que possuem maravilhosas portas que só abrem pelo lado de fora...” - ela colocou o indicador nos lábios pensando na possibilidade de forma infantil.

Prefiro comer gafanhotos” - ela o olhou incrédula com a capacidade dele conseguir manter um total descaso por tudo a sua volta.

Nevi..... que tal irmos brincar?” - disse ela sem mais ideias.

Não gosto de brincar com pôneis cor de rosa, prefiro fadas gentis”

Que adorável vocabulário você tem criança, anda lendo muitas histórias de fantasia?” - como esse microscópico protozoário acéfalo consegue pensar nas coisas mais desagradáveis para se dizer?

Tudo bem crianças?” - A mãe de Angelique se aproximara, trazendo Aury em seus braços. A mulher tinha os cabelos presos em um alto e elegante coque, e eram da cor dos de sua filha mais velha, seu vestido era justo e pérola o que ressaltava muitíssimo bem suas cores delicadas. Já a pequenina tinha os fios loiros como o do pai, e olhos grandes e de tom azul-claro como da mãe.

Claro que sim mamãe. Nevi é terrivelmente adorável” - a menina puxou o menino pelo braço o aproximando de si.

Angel até me convidou para dançar” - ele a olhou, nenhum sorriso ou qualquer outro sinal de desafio.

Ora querida, que lindo! Mama vai ir dançar também! Espero que se divirtam” - a mulher saiu girando com a pequena filha em seus braços.


A menina contrariada foi com o pequeno até a parte do salão onde a orquestra tocava uma canção lenta. Nevi olhou para Angelique que estava a um instante de explodir, mas ali era só sorrisos.


Angel … sabe, acho que sem a máscara você é bem mais divertida, não gosto do seus momentos de fada boazinha e sorridente... Prefiro a bruxa má”

Quem você está chamando de bruxa seu anão de jardim!”

Hum... As vezes as máscaras ficam pesadas de mais, não é melhor deixá-las de lado?”

Que coisas interessantes para uma criança tão imatura dizer”

Você é divertida Angel” - ele a olhou e ela entendeu que apesar de Nevi ter visto seu lado por trás dos sorrisos ele agia indiferente. “Não importa se é bom ou ruim, Angel ou Devil, é mais divertido quando é verdadeiro, nunca gostei das máscaras, elas não deixam a gente ver o que tem por trás, são apenas um bloqueio desnecessários que limitam uma pessoa”

Realmente tens 5 anos de idade?”

Acho que as fadas andam meio burrinhas ultimamente”

Hahahaha e os anões desaprenderam a fechar a boca!”


Por fim, vendo que o menino era um desastre sem jeito para a dança, ela permitiu que ele colocasse os pequeninos pés por cima dos dela, e assim a pequena dama de máscaras fez o que mais gostava de fazer, ela controlou os passos da dança.


Você foi uma boa amiguinha, mas me prometa ser mais divertida da próxima vez” - ele esticou a mão, mostrando-lhe o dedo mindinho que selaria uma promessa.

E você prometa ser menos irritante, se bem que acho que isso seria o mesmo que pedir pela paz mundial” - ela uniu o seu mindinho ao dele e depois o puxou abraçando-o.


Ele me disse a verdade mais dura sobre quem eu era e quem eu fingia ser, suas palavras foram como uma bomba relógio esperando o momento certo de se cumprir. Teve um dia que isso acabou estourando inesperadamente em meu colo.


Duas meninas corriam livres pelo parque - as memórias eram cortadas como um filme estragado. Em uma cena Angelique corria pela floresta do parque e sua irmãzinha vinha atrás dela. Em outra cena a pequena se contorcia gemendo de dor pedindo que a mais velha parasse. Em outra via uma pedra em sua mão, e depois uma explosão a desacordava. Ela repetia todas as sua memórias, vendo os pais queimando diante de si até desaparecerem, apesar de gritar para que tudo parasse ela se via como trancada em um espelho vendo uma versão monstruosa e cruel de si torturando sua irmãzinha tão frágil, e depois os pais. Eles apenas tentavam corrigir a filha sobre um acontecimento que ela havia causado, mas dentro de si algo começou a queimar, sentiu raiva e ódio por aqueles que tanto a amaram, mas que agora aos seus olhos pareciam uma ameaça. Assim como as chamas que via consumindo a casa, assim como via um brinquedo explodindo diante de si. Ela consumia tudo que amava, com sua ira, com seu poder.



9 am. Milão Itália, setembro 26


Angelique se contorcia na cama, chamas alaranjadas saiam dela, as chamas da ira. O homem ao seu lado a olhava preocupado, tinha cabelos pretos e lisos até o pescoço, e olhos violeta. Era alto, magro porém forte, de pele pálida e traços firmes. Estava sem camisa, deixando uma tatuagem que começava no seu ombro esquerdo aparecer, era uma cobra preta e simples que se enrolava pelo braço até que a cabeça acabasse na palma de sua mão, era um homem muito bonito, e no momento estava com toda a sua atenção voltada para a mulher de cabelos compridos e ondulados que atualmente iam até o quadril e se espalhavam pela cama como fios de seda rosa. O corpo bem delineado, pernas longas. Era uma mulher estonteante, que usava um calção preto justo e curto e uma blusa de seda vermelha sem mangas, cujo comprimento ia até abaixo do quadril.


“Aimée” - ele era o único que a chamava assim desde muito tempo - “vou morder-te se não acordar agora”

Ela sentou-se na cama, as chamas da ira estavam concentradas em suas mãos, mais um segundo e ela seria capaz de explodir o prédio inteiro. Ele se aproximou dela, pegando sua mão direita e aproximando-a de seus lábios, beijou o pequeno lírio que havia sido tatuado na parte interna do pulso direito.

“Se você quer explodir tudo aqui, vá em frente, mas saiba que não vai se livrar de mim nem mesmo no inferno. Seja um anjo, seja um demônio, huh... não interessa, vou ficar ao seu lado até o fim.” - ele a puxou para si a envolvendo nos braços. A mulher tinha a visão embasada, e o corpo estremecia. Ela apenas tentava controlar a respiração, o que era um tarefa extremamente difícil naquele momento.

“Adam, - ela tentou se afastar dele, mas acabou sendo envolvida com mais força - Um dia ainda acabo explodindo essa sua presunção”

“Esse seria um dia bem ruim hahaha, o que eu sou sem a minha presunção hein?” - disse escondendo o nervosismo com seu jeito brincalhão. Ele temia que aquela flor tão delicada se despedaçasse.

“Leve as coisas um pouco mais a sério seu energúmeno vestido de ser humano” - ela o mordeu no ombro de forma sensual.

“Não se preocupe Aimée, eu sei me proteger de suas garras” - acabou a deitando na cama e se colocando por cima dela, segurando os pulsos finos dela com apenas uma mão.

“Será que sabe mesmo huh?” - sorria o desafiando, Adam era o único que conseguia afastar todo aquele medo que ela sentia, o medo de destruir tudo que amava mais uma vez.

Após Angelique ter sido acalmada por Adam, ela se levantou renovada com um sorriso cheio de volúpia nos lábios.



“Você parecia mais calma que o normal hoje Aimée” - esse nome que significava “amada” era um contraste enorme com a natureza verdadeira daquela mulher.

“Dessa vez tinha um pequeno intruso na seção habitual de lembranças” - trocava de roupas, e trançava os fios róseos.

“Ele é alguém interessante?” - se aproximou dela a abraçando por trás.

“É alguém bem peculiar, bem mais interessante que você querido” - ela sorriu vendo o homem revirar os olhos, afinal já estava acostumado com esses comentários tão típicos dela.

“A Destroyer tem uma missão em especial” - desviou rapidamente o assunto

“Quem eu preciso incinerar dessa vez?”

“Bem, aparentemente é alguém que tem causado preocupações na máfia”

“Humm, viajar e matar, isso é sempre divertido, assim eu não canso de ver essa sua expressão irritante. Para onde vou dessa vez?”

“Vai para Rússia”

“Quem sabe encontre alguém a altura dessa vez, estou cansada de presas fáceis como você Adam” - o homem se levantou espreguiçando-se.

“Também vou sentir tanto a sua falta querida, creio que Amélia terá que me consolar inclusive” - Amélia era assessora de Adam, e haviam tido um caso algumas vezes.

“Espero que se divirtam tanto quanto eu” - Angelique beijou-o no canto na boca, e pegou o envelope de sua mão deixando o quarto acenando e assoviando animada andando de forma tão segura de si.


Ela partiu deixando sua famiglia a famosa Exitium para trás, as vistas de qualquer um era apenas uma empresa de exportação famosa em Milão. Usava um short jeans, camisa social branca com um botão aberto e sandálias de salto alto pretas. Andava retocando seu brilho labial.

Deixar Adam para trás era algo que estava acostumada a fazer, ele era o único que a controlava e equilibrava, impedindo-a de explodir qualquer coisa que não fosse chamada para destruir.

Nas mãos dele a Destroyer conseguia se controlar, mas ela sempre hesitava ao se aproximar dele com medo do que poderia fazer, ela não suportaria sua perda, não pelas próprias mãos.

Ter lembrado daquele menino não poderia ser um bom sinal, mas de certa forma, uma mudança no repertório habitual de perturbações e pesadelos era sempre bem vinda. Ela sorria pensando nele enquanto rumava para o aeroporto em um elegante carro esportivo vermelho, sua cor favorita. “Nevi... o que será que aquele anão azul e intruso de pesadelos está aprontando?”


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Notas finais do capítulo

CupCake: Os personagens que ainda não apareceram ... aparecerão um dia quem sabe '-'

Aguardo reviews ~



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