A Imperatriz Do Submundo escrita por Liu Ming


Capítulo 4
Dragão vs Escorpião


Notas iniciais do capítulo

Não sei quantos leitores tenho realmente, mas estou adorando escrever essa história, espero que estejam gostando de ler XD
(Narrado por Shiryu)



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/402589/chapter/4

— Antes de te matar Dragão... Vou te explicar como funciona meu golpe Agulha Escarlate... A Agulha Escarlate consiste em atingir os quinze pontos da constelação de Escorpião no corpo do meu oponente... A cada agulhada a dor aumenta e o meu oponente se aproxima mais e mais de apenas dois possíveis destinos: Morte ou Insanidade... Tem preferência por algum desses dois, Dragão?

— Você fala demais e acima disso fala como se já tivesse ganhado... Vou lhe dar uma valiosa lição de humildade...

— Garoto arrogante!

Miro avançou em minha direção, a velocidade dele era inacreditável, ele me atacava com vários chutes, apenas alguns eu consegui bloquear com meu escudo, os outros atingiram meu peito, braços e pernas.

— Sua defesa é muito lenta Dragão... Com uma defesa como essa eu posso acabar com você facilmente... E ainda nem usei minha Agulha Escarlate... Mas agora... Faço questão de usar, só pra finalmente acabar com sua arrogância...

Ele veio pra cima de mim tão rápido que nem consegui desviar, ele atingiu meu corpo com suas agulhas por duas vezes e depois se afastou.

— Olhe... – Eu me mantinha de pé, apesar de que estava ficando difícil, a Agulha Escarlate é bem dolorosa e ainda existem mais 13 pontos que ele não acertou.

—Shiryu! – Era a voz de Shunrei – Você não pode ser derrotado! Eu acredito em você! Você não vai perder! Você não vai morrer! Não antes que eu... Não antes que eu te conte... – Ela ficou em silêncio por algum tempo – Vença Shiryu!

— Shunrei eu... Miro... Eu não vou perder aqui! Eu não vou morrer! Eu vou sobreviver e te derrotar! Queime cosmo!

— Shiryu! Eu te enfrentei e você pegou leve comigo seu desgraçado! Ouse morrer e eu nunca vou te perdoar! Vença e saia vivo pra eu poder ter minha revanche! Maldito Dragão! Vença!

Era a voz da June, ela parecia frustrada pela derrota, mas me incentivava, por alguma razão as palavras dela fizeram meu cosmo começar uma ressonância ele estava se expandindo e parecia não ter limites pra o quanto ele crescia, tanto que as ondas dessa ressonância já me mostravam onde Miro estava e como era sua posição de combate, ele deu um passo pra trás, mas no momento seguinte se encheu de confiança e avançou na minha direção, mas ele parecia mais lento ou meu cosmo tinha deixado meus sentidos mais ágeis, quando ele foi atingir mais uma Agulha Escarlate, eu o bloqueei com meu escudo, que ficou intacto.

— Como... Como um cavaleiro de bronze pode ver meus movimentos?! Eu me movo em velocidade superior a Mach 3...

— Não importa! – Lancei um pulso de meu cosmo enquanto ouvi a agulha escarlate quebrar – Meus amigos... A fé de Shunrei em meu sucesso... As palavras dela me fortalecem... Nenhuma patente e nenhuma velocidade e nenhuma armadura de ouro vai superar isso... Dragão Voador – Avancei na direção de Miro, que desviou do meu golpe, mas a onda de vento do meu golpe o deixou visível pra mim, o segurei pelo pescoço com a mão esquerda e soquei sua barriga com meu punho direito – Cólera do Dragão!

Tudo o que ouvi foi o grito de Miro, ele tinha sido arremessado até onde não pude mais ouvir ou perceber, mas algo estava errado, meu corpo estava muito exausto, a armadura estava pesada, muito pesada, meu corpo doía, cada musculo parecia tremer de dor, até que eu desmaiei.

Não sei quanto tempo fiquei desmaiado, mas acordei e por alguma razão eu conseguia ver, minha visão estava normal, meus olhos estavam curados, olhei pro lado, pra cama onde eu estava deitado, em uma cabana simples e com Shunrei deitada adormecida, como era bom ver o rosto dela de novo, mas do outro lado da cama tinha uma pessoa, uma mulher morena, com olhos azuis e um rosto fino, ela estava admirando um broche quando percebeu que eu havia acordado.

— Dormiu confortavelmente dragão?

— Quem é você?

— A dona do broche que você carregava, o broche que aumentou seu cosmo pra que você derrotasse Miro de Escorpião...

— Broche?! Que broche?

— A razão pela qual você veio até essa ilha, devolver o broche a verdadeira dona... Eu havia deixado esse broche com seu mestre já há um bom tempo...

— E quem é você?

— Uma velha amiga do seu mestre...

— E por que eu desmaiei?

— Esse broche guardava uma grande quantidade de cosmo divino... Que entrou em ressonância com o seu e o expandiu, mas seu corpo humano não foi forte o bastante pra aguentar tanto poder e fraquejou, pra sua sorte controlei todo esse poder e te salvei...

— Obrigado... Mas e minha visão?!

— Tome isso como agradecimento pelo favor de me devolver meu precioso broche...

— Você tem tanto poder assim?!

— Ervas medicinais... Um pouco da Água da Vida e o cosmo que estava guardado no broche foram mais que o suficiente pra curar seus olhos...

— Água da... Vida?!

— É uma água que brota apenas em um lugar raro e é dotada de um poder místico de cura raro... Com capacidades maravilhosas... Eu sempre guardo um pouco comigo...

— Obrigado... Seu nome é?!

— Kor’e... Agora volte a dormir...

A última coisa que me lembro é de ela ter tocado em minha cabeça antes de adormecer.

Acordei no dia seguinte com uma visão que tornou meus olhos um bem extremamente precioso, era Shunrei, deitada sobre meu peito, adormecida, seus cabelos estavam soltos, caídos sobre meu corpo, tirei meu braço de debaixo dos lençóis e comecei a acariciar seus cabelos, fiquei sentindo sua maciez em minha mão até que ouvi a porta da cabana abrir, pude ver pela primeira vez o rosto do mestre Albion, sua armadura, assim como a de June, que o acompanhava, ela de fato tinha bonitos cabelos loiros.

— Bom dia Shiryu, se sente melhor?

— Muito melhor mestre Albion

— Mestre, é impressão minha ou os olhos de Shiryu...

— Sim, estão curados, uma moça apareceu aqui durante a madrugada e me acordou...

— Então alguém da ilha realmente foi capaz de curar seus olhos... Mas como?

— Ela alegou ter usado ervas raras e a água da vida, isso juntamente ao grande cosmo que demonstrei contra Miro de Escorpião...

— Isso nos leva a outra pergunta... – Ele pegou um banco e o pôs ao lado da cama, se sentando e me olhando curioso – Aquela cosmo energia fluiu de você de forma tão intensa que começou a ser hostil ao seu corpo... Ela não provinha totalmente de você, certo?

— Sim... Essa mulher me explicou que o broche que eu carregava era o receptáculo de uma grande cosmo energia, uma energia divina...

— Talvez seja da própria Athena, chegou aos meus ouvidos o conhecimento de que certos objetos foram abençoados pela própria Athena, entre eles uma espada que foi usada por um antigo mestre do santuário já há quase trezentos anos... Talvez esse broche seja um objeto como aquela espada do antigo mestre...

— Pode ser... Mesmo assim não tenho palavras pra agradecer essa ajuda...

— Não precisa, lembra do inimigo que derrotou ontem? Um cavaleiro de ouro? Você protegeu meu lar e meus discípulos, serei sempre eternamente grato a você dragão... E toda a Ilha de Andrômeda sempre o receberá de braços abertos... – Ele olhou pra Shunrei – Essa garota, o que ela é sua?

— Nós fomos criados juntos pelo mestre ancião, isso criou um forte laço entre nós...

— Agora entendo o porquê dela não ter saído do seu lado nem por um instante... Ficou desesperada com seu súbito desmaio... Irei checar os ferimentos de Reda e Spika, aquela agulha escarlate os deixou de cama também...

— Mestre Albion, temo que eu e Shunrei teremos que partir hoje mesmo...

— Por quê?

— Uma grande batalha contra o mestre Arles pode estar muito próxima, portanto eu, juntamente a Shun, Hyoga, Ikki e Seiya devemos estar juntos e prontos para tal...

— O Shun... Também participará dessa batalha?!

— Sim, sem duvidas...

— Mestre Albion, eu peço sua permissão para acompanhar Shiryu nessa batalha...

— Muito bem... – Ele suspirou – Tem minha permissão... É uma amazona e o mestre é uma força de ambições malignas... Só está cumprindo seu dever, como mestre tudo o que posso fazer é ter orgulho e aceitar...

— Obrigada... – Albion saiu e nos deixou ali – Então dragão, quando nós partiremos?

— Assim que eu acordar Shunrei e preparar minha armadura e refazer meus curativos...

— Muito bem, irei para minha casa preparar minhas bagagens e estarei de volta em meia hora...

— Não, nos espere no porto...

— Sim, até mais tarde...

Ela saiu e me deixou com Shunrei, voltei a acariciar seu cabelo até que o tirei de seu rosto e comecei a acaricia-lo.

— Acorde Shunrei... – Ela abriu os olhos lentamente e me viu, olhando pra ela e percebeu que eu havia recuperado minha visão, ao perceber isso ela pulou em meus braços e abraçou meu pescoço.

— Shiryu você está curado... Você finalmente voltou a enxergar... Como estou feliz com isso...

— Graças aos deuses posso ver seu rosto novamente e relembrar porque eu sempre disse que você fica tão mais bela com os cabelos soltos...

— Shiryu... – Ela se afastou, sentando na cadeira onde estava adormecida – Não fale assim... Mas... Me conte... Como recuperou a visão?

— Uma curandeira, aqui da ilha, ela veio me visitar durante a madrugada e disse que a quantidade de cosmo que eu elevei durante a luta de ontem foi graças a um objeto que guardava um cosmo sagrado... Ela disse que esse cosmo, somado ao preparado de ervas dela e da sagrada água da vida curaram meus olhos...

— Que bom... – Ela pareceu nem se importar com minha explicação de tão feliz que estava – Agora podemos voltar para casa?

— Sim, iremos...

— E o que fará quando nós chegarmos?

— Provavelmente terei que ir para uma nova batalha...

— Entendo... – Ela abriu um sorriso falso, parecia desapontada – Estarei rezando por você...

— Não se preocupe, a June irá conosco, com mais uma pessoa seremos mais fortes...

— Sim, estarei rezando pela segurança de todos...

— Agora, vamos, precisamos nos arrumar pra ir pra casa...

— Sim... Shiryu...

Me sentei na cama enquanto Shunrei trocava meus curativos, aquele cosmo enorme feriu um pouco meu corpo, mas iriam se curar logo com os cuidados dela. Logo que ela terminou eu vesti minha camisa e coloquei minha caixa da armadura nos ombros junto com minha bagagem e a de Shunrei, saímos da pequena cabana e rumamos em direção ao porto, no caminho vimos o mestre Albion, que acenou pra nós com um sorriso.

Chegamos ao porto e vimos o mesmo capitão que nos trouxe, ele estava carregando o navio quando nos viu.

— Ei... O casal de namorados de Rozan... Estão voltando pra casa?

— Sim, mas o senhor já não deveria ter voltado?

— Um dos meus containers teve um pequeno acidente ontem quando estava sendo recolocado no navio, um maluco vestido em uma armadura de ouro acertou o container e o amassou, isso nos fez precisar de mais um dia...

— Perdoe-me... Ele era meu oponente, fui eu que o arremessei...

— Poxa... Que sorte a nossa... Então graças a surra que você deu naquele bocudo poderemos voltar pra China abençoados com a comida da sua namorada?

— Acho que sim, se o senhor puder aceitar nós dois e essa nossa amiga – June estava ao nosso lado, com roupas simples, uma calça jeans, uma blusa sem manga e sua máscara, com a caixa da armadura nas costas.

— Claro... Qualquer coisa pela melhor cozinheira que já pisou no meu navio – Ele gargalhou e nos convidou pra entrar.

A viagem de volta foi mais divertida que a de ida, enquanto Shunrei cozinhava eu e June treinávamos no convés do navio, quando estávamos os três juntos costumávamos conversar sobre nossos treinamentos, apesar que isso fazia Shunrei se sentir um pouco deslocada, a não ser quando ela falava dos momentos que me apoiava, June declarou várias vezes que por incontáveis ocasiões teve que fazer o mesmo com Shun.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

No próximo capítulo tirarei da manga uma cartinha que vai deixar todos vocês de queixo caído... Então... Esperem pra ver XD



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "A Imperatriz Do Submundo" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.